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Mais de 180 pessoas, a maioria advogados de cooperativas de São Paulo e de outros Estados, formaram o público do VIII Fórum de Aspectos Legais do Cooperativismo, evento realizado pelo Sistema Ocesp no dia 28 de agosto, na capital paulista.Na abertura, o superintendente do Sistema Ocesp José Henrique Galhardo discorreu sobre a importância do fórum, ressaltando sua tradição e relevância para o cooperativismo.
“Temos o cuidado de trazer renomados e influentes juristas, nomes nacionais e internacionais, para debater temas fundamentais à segurança jurídica das cooperativas”, disse o superintendente. José Henrique informou que este ano, a exemplo de 2008, ocorrerá o módulo internacional do fórum, desta feita na Suíça, em novembro. Frisou também a iniciativa do Sistema de implementar, ainda este ano, um plano de conformidade para cooperativas, a princípio para o ramo Trabalho, o que tende a melhorar a relação com o mercado.
Na mesa de abertura, junto com o superintendente do Sistema Ocesp, estavam o presidente da Comissão do Cooperativismo da OAB/SP, Antonio Luis Otero, o diretor da Aliança Cooperativa Internacional, Américo Utumi, o diretor do ramo habitacional da Ocesp, William Kun Niscolo, o coordenador jurídico da OCB, Adriano Alves, o gerente jurídico do Sescoop, Paulo Roberto Chuery, e o professor de Direito Cooperativo da FGV-Rio, Marco Aurélio Kaluf.
Otero sugeriu a criação de um órgão normativo, uma espécie de agência nacional, para regulação do setor cooperativista.
Quatro palestras - A primeira palestra do VIII Fórum de Aspectos Legais do Cooperativismo, proferida pelo secretário da Cicopa (Confederação Europeia de Cooperativas de Trabalhadores e Cooperativas Sociais), o belga Bruno Roelants, abordou os principais aspectos da recomendação 193 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e os padrões universais do cooperativismo, reforçando a identidade do sistema.
Na sequência, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) José Delgado falou sobre questões tributárias do cooperativismo e defendeu uma maior organização e união dos cooperativistas para que o setor seja melhor compreendido pelos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. “É preciso reverter a generalização por parte do STJ e do Ministério Público do Trabalho em relação ao sistema por conta das falsas cooperativas; muitas delas, por exemplo, utilizam o formato da cooperativa como terceirização de mão-de-obra e também para sonegação fiscal”, disse o ministro Delgado.
O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Lineu Peinado, ao falar de Pis e Cofins, disse que é necessário esclarecer melhor o que é e o que não é ato cooperativo, para que não haja injustiças. No caso das cooperativas de consumo, o desembargador sugere que as mesmas criem formas de comprovar que os produtos estão sendo adquiridos por cooperados. “Há respaldo jurídico para as cooperativas em termos de legislação. No entanto, é preciso sublinhar, destacar aquelas que estão adequadas de acordo com a Lei, para que os órgãos públicos passem a vê-las com bons olhos”, reforçou Peinado.
A última palestra do fórum, proferida pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho Pedro Paulo Teixeira Manus, ressaltou a importância da propaganda positiva das cooperativas de trabalho, pois só chegam à Justiça os problemas. Comentou como positiva, por exemplo, a ação do Sistema Ocesp de conferir um “selo de conformidade” para cooperativas de trabalho. “Esta iniciativa tem de ser levada ao conhecimento do TST”, disse o ministro Manus.
No encerramento, o consultor jurídico do Sistema Ocesp Paulo Vieira lembrou a edição passada do fórum, destacando os avanços obtidos direta ou indiretamente por conta de sua realização. “Ano passado trouxemos o jurista argentino Dante Cracogna, que finalizou, logo depois, a Lei Marco para as Cooperativas da América Latina; houve uma aproximação maior com o Superior Tribunal de Justiça com a participação da ministra Eliana Calmon em nosso fórum; e também constituímos uma federação sindical de cooperativas com as orientações passadas no fórum pelos especialistas em Direito Sindical professores Amaury Mascaro e Luiz Alberto dos Santos”, salientou Vieira. (Fonte: Ocesp)
"Se decidir aumentar os índices de produtividade do campo, o governo estará minando o setor agropecuário, responsável por 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB), 36,3% das exportações e 37% da força de trabalho do País. O alerta foi encaminhado ontem (31/8) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em ofício protocolado no Palácio do Planalto e dirigido ao Presidente da República.
O texto alerta que mudar as regras, exigindo que o pecuarista e o agricultor brasileiro passem a produzir ainda mais em 80% do total de suas áreas aproveitáveis, é uma situação incompatível com o atual cenário de crise mundial. O documento é assinado pela presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, e pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Fazer o campo produzir mais no momento atual de economia desacelerada é obrigar o produtor rural a trabalhar com prejuízo e isso vai prejudicar a atividade agropecuária brasileira, setor que tem gerado saldo positivo para a balança comercial e oferecido alimentos a preços baixos no mercado interno, alertam CNA e OCB.
"Uma mudança nos atuais índices de produtividade acabará minando todo o sucesso do agronegócio brasileiro. Eventual ajuste forçará os produtores a obterem produtividades elevadas, exploração mais as áreas aproveitáveis do imóvel rural, sem garantia de preços compatíveis com os custos de produção e de renda. Assim, diante de um quadro de crise, o produtor somente aumentará seus prejuízos", destaca o documento.
A alteração dos índices utilizados para verificação da produtividade agropecuária é uma hipótese considerada injusta e inadequada pela CNA e pela OCB, pois exigiria a intensificação do uso da terra, justamente no momento de recuperação da economia global.
"Não contemplam o complexo contexto econômico no qual se insere a atividade rural, nem a sustentabilidade dos empreendimentos. Impõem à propriedade rural a obrigação de produzir cada vez mais, não importando as variáveis de comercialização, armazenamento e transporte, disponibilidade de crédito, juros, mão-de-obra, intempéries, perecibilidade dos produtos, preços e renda líquida dos produtores, entre outros fatores intrínsecos à atividade", cita o documento.
Na prática, aumentar os índices de produtividade significa obrigar o setor rural a oferecer alimentos mesmo que não tenha para quem vender, onde guardar ou que os preços cubram, no mínimo, os gastos da produção. Quem não atinge os índices de produtividade corre o risco de ter as terras desapropriadas para atender a reforma agrária.
Pois a CNA e a OCB alertam que já há estoque de áreas disponíveis para a reforma agrária, sem necessidade de promover desapropriações. Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) indicam a disponibilidade de 1,345 milhões de hectares para o programa de redistribuição de terras. O Tribunal de Contas da União (TCU), inclusive, recomenda o uso de terras públicas disponíveis para atender a reforma agrária, evitando despesas com desapropriações, destaca o texto. (Fonte: Agência CNA)
"A importância de uma interpretação correta do papel das cooperativas de infraestrutura no setor de energia elétrica, com base em argumentos legais, está entre os pontos discutidos durante o Congresso Nacional do Ramo Infraestrutura da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). A questão foi apresentada aos participantes pelo advogado da Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural do Paraná (Fecoerpa), Odílio Lobo, nesta terça-feira (01/9), na sede da OCB.
“Aspectos técnicos e operacionais das cooperativas autorizadas” foi o foco da palestra de Odílio Lobo. “Existem pontos na legislação que precisam ser revistos. Ora as cooperativas autorizadas são vistas como consumidoras, ora como distribuidoras. As interpretações são diversas e também variam de acordo com o assunto tratado e o órgão responsável. Além disso, o regime jurídico das cooperativas, com suas particularidades, não é levado em conta”, diz.
Para Lobo, esse é um passo essencial para a discussão e definição de tarifas adequadas às cooperativas autorizadas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Será nesta quinta feira (3/9), a realização do Primeiro Seminário Cooperativista do Município do Iranduba (AM). De acordo com o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB/AM), Petrucio Magalhães Júnior, o objetivo principal é articular políticas públicas visando estimular e promover o cooperativismo local.
Na opinião do presidente da Cooapir, Expedito Santana, o seminário vai chamar atenção da necessidade de trabalhar de forma mais cooperada, para ampliar o crescimento de todos que mantêm algum tipo de relacionamento com o cooperativismo
A Cooapir, conta com 52 cooperados e fatura anualmente cerca de 10 milhões de reais. Tem uma forte perspectiva de crescimento para os próximos anos. O Sescoop/AM está apoiando por meio de uma consultoria especializada do Rio de Janeiro, a elaboração do Planejamento Estratégico da cooperativa.
O evento contará com a participação do prefeito do município de Iranduba, Nonato Lopes, do secretario de Agricultura do Estado do Amazonas, deputado Eron Bezerra entre outras autoridades. (Fonte: OCB/AM)
Ampliar o relacionamento institucional e a defesa da legislação cooperativista para atender às demandas do Ramo Infraestrutura junto ao governo e no Congresso Nacional está entre as prioridades apresentadas pelo presidente da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), Jânio Vital Stefanello. Ele proferiu palestra, hoje (1º/9), no Congresso Nacional do Ramo Infraestrutura da OCB, em Brasília (DF). “Devemos unir esforços com a equipe da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e convergir os encaminhamentos de defesa do ramo e do cooperativismo”, disse Stefanello.
Ele também ressaltou a importância de capacitar os funcionários que atuam no setor elétrico tendo em vista as mudanças contínuas existentes e uma nova cultura criada para setor. “Temos um novo ambiente de regulação, que exige entendimento das ações tanto por parte das cooperativas, quanto por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, disse. Neste contexto, Jânio Stefanello ressalta o papel das federações no fortalecimento e aprimoramento do setor.
O presidente da Infracoop disse ainda que a aproximação do setor cooperativista com o órgão regulador de energia elétrica é muito importante para o aperfeiçoamento da legislação responsável pelo enquadramento das cooperativas de eletrificação, como permissionárias ou autorizadas.
O superintendente da Infracoop, José Zordan, por sua vez, fez um panorama geral da regulamentação das cooperativas de infraestrutura. Atualmente, existem 26 permissionárias e, 26 em negociação além de 14 cooperativas autorizadas. “Esse evento tem como propósito esclarecer os principais tramites que as cooperativas enfrentam para atuar no setor. Além disso é uma oportunidade de conhecer realidades distintas no entanto com o mesmo objetivo”, concluiu.
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Cerca de 80 representantes de cooperativas, federações e confederações de infraestrutura estão reunidos nesta terça (1/9) e quarta-feira (2/9), na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). Trata-se do Congresso Nacional do Ramo Infraestrutura da OCB que tem como missão reunir demandas comuns e prioritárias do segmento em uma agenda de trabalho para serem negociadas com o governo federal.
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, abriu o congresso dizendo que este fórum é fundamental para as cooperativas pontuarem seus problemas e demandas embasando um trabalho mais eficiente e eficaz de representação da organização. “Estamos assistindo a um processo lento de regularização das cooperativas. Este é o momento para elencarmos os pontos críticos da base e elaborarmos estratégias de ação junto aos poderes Legislativo e Executivo”, enfatizou.
Segundo o representante nacional do Ramo Infraestrutura da OCB, Valdir Pimenta da Silva, que realizou a abertura do congresso junto ao presidente da organização, o evento servirá não só para levantar os problemas como também para encontrar as soluções estratégicas. Ele colocou como desafio listar os pontos comuns e prioritários mesmo diante da diversidade do setor: “as diferenças não são percebidas somente pelo regionalismo. A forma de atuar dentro de um mesmo estado também é diferente”.
A mesa de abertura do congresso foi composta ainda pelo presidente da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), Jânio Vital Stefanello; Roberto Coelho da Silva, presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural (Conbrac) e também do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Norte (OCB/RN), e pelo presidente do Sindicato e Organização da Cooperativas do Estado da Paraíba.
Sobre o ramo - As cooperativas do Ramo Infraestrutura atendem o seu quadro social com serviços essenciais, como energia e telefonia. No Brasil somam 148 sociedades organizadas por mais de 600 mil associados. Até 31 de dezembro de 2008 geravam 5.664 empregos diretos.
"O deputado federal, Moacir Micheletto foi recebido no início da tarde desta segunda-feira (31/8), pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. Na oportunidade o deputado falou sobre diversos assuntos, entre os quais o Projeto de Lei Complementar (PLP) 374/2008 para implantação do seguro de renda rural no país, o chamado Fundo de Catástrofe ou Fundo Garantidor de Renda, o qual é o relator. Segundo o parlamentar, a aprovação deste projeto deverá acontecer pelo Plenário da Câmara Federal até o final de setembro.
O objetivo do Fundo é oferecer cobertura suplementar aos riscos do seguro rural nas modalidades agrícola, pecuária, aquícola (pesca cultivada) e florestal, assegurando renda aos produtores que tiverem suas atividades prejudicadas por catástrofes como enchentes, geadas, secas, doenças ou pragas. A expectativa é de que este novo mecanismo entre em vigor no próximo ano-safra 2010/2011.
Tesouro - O montante de recursos destinado ao Fundo, está sendo discutido com o governo federal. "Já conversamos a respeito com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e deveremos ter em torno de R$ 5 bilhões do Tesouro Nacional para este fundo". Micheletto disse que o repasse destes recursos ao fundo não deverá ocorrer em uma só vez, mas sim de forma parcelada. Segundo Koslovski, "a notícia dada pelo deputado é muito boa, pois os produtores rurais aguardam com ansiedade a criação do Fundo de Catástrofe e o deputado Micheletto tem sido um defensor desta causa junto ao Congresso Nacional", frisou.
Palestra - Atendendo um convite do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o deputado Moacir Micheletto fará uma palestra, as 10 horas desta terça-feira (01/09), durante reunião do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. "Esse debate com os empresários da Fiesp vai trazer uma importante contribuição ao projeto, cujo relatório pretendo concluir ainda esta semana", explicou Micheletto, que é relator do Projeto de Lei. (Fonte: Ocepar)
"Identificar as dificuldades no processo de regulamentação das cooperativas permissionárias e autorizadas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outros órgãos competentes. Com este objetivo, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) promove nesta terça e quarta-feira (1º e 2/9), em sua sede, em Brasília (DF), o Congresso Nacional do Ramo de Infraestrutura.
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Ao final da apresentação, o deputado Micheletto dará uma coletiva à imprensa (às 12h) para detalhar o funcionamento do Fundo de Catástrofe.
A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) festeja 38 anos de funcionamento no próximo dia 28. As cooperativas catarinenses, em seu conjunto, faturaram R$ 11 bilhões em 2008, montante 22,2% superior ao exercício anterior. O ramo agropecuário, mais uma vez, demonstrou sua absoluta hegemonia: as 51 cooperativas responderam por 66,8% do movimento econômico com faturamento de R$ 7,4 bilhões (crescimento de 24% em relação a 2007). As informações são do presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan.
De acordo com ele, o segundo maior movimento foi das 33 cooperativas da saúde, que cresceram 14,1% e faturaram R$ 1, 6 bilhão.O ramo crédito, com 73 cooperativas, ficou em terceira posição, com movimento de R$ 672,8 milhões de reais e 30,4% de crescimento. O ramo transporte, com 21 cooperativas, ficou em quarta posição com R$ 621,8 milhões de reais e 14,2% de expansão.
Atualmente o sistema cooperativista é formado por 255 cooperativas dos ramos agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho e transporte. Juntas, elas representam 860.000 famílias associadas, o que corresponde a mais de 1/3 da população estadual. As cooperativas empregam diretamente 30 mil pessoas, contingente que cresceu 12,7% em 2008.
Representação - O primeiro órgão representativo do setor cooperativista foi a Ascoop - Associação das Cooperativas de Santa Catarina, fundada em 1º de agosto de 1964, em Blumenau (SC). A estruturação legal-institucional, entretanto, ocorreu em 1971, quando o Governo Federal editou a Lei nº 5.764, de 16/12/71, que definiu a política nacional de cooperativismo e instituiu o regime político das cooperativas. Nesse ano foi criado o Conselho Nacional de Cooperativismo e oficializadas a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organizações de Cooperativas Estaduais (OCE). Em 28 de agosto de 1971 surgiu a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) para representar efetivamente o sistema cooperativo catarinense e disciplinar a criação e o registro de cooperativas singulares, cooperativas centrais e federações de cooperativas. (Fonte: Ocesc)
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Fernando Dantas
O Brasil saiu da turbulência global maior do que entrou. Às vésperas do mês em que se completa um ano da crise iniciada com a concordata do Lehman Brothers, em 15 de setembro, o otimismo com o País tornou-se consensual. "O fato de que o Brasil passou tão bem pela crise tinha mesmo de instilar confiança", diz Kenneth Rogoff, da Universidade Harvard, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para Jim O?Neill, do Goldman Sachs, e criador da expressão Bric (o grupo de grandes países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China), "o Brasil passou por essa crise extremamente bem, e pode crescer a um ritmo de 5% nos próximos anos".
O crescimento de importância do Brasil e de outras economias emergentes é uma das características do novo mundo surgido com a crise econômica. Para comentar essa e várias outras mudanças, o Estado ouviu oito grandes economistas estrangeiros e brasileiros: Rogoff; O?Neill; Barry Einchengreen, da Universidade de Berkeley; José Alexandre Scheinkman, de Princeton; Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio gestor do Gávea Investimentos; Edmar Bacha, consultor sênior do Itaú BBA e codiretor do Instituto de Estudo de Políticas Econômicas - Casa das Garças (Iepe/CdG); Affonso Celso Pastore, consultor e ex-presidente do BC; e Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.
Pastore observa que a recessão no Brasil foi curta, de apenas dois trimestres, comparada a quatro em países como Estados Unidos, Alemanha e França. Goldfajn nota que há os países que estão saindo da recessão no segundo trimestre e os que estão saindo no terceiro - o Brasil está entre os primeiros, com várias nações asiáticas. "Mesmo no primeiro trimestre, se olhar mês contra mês, há números fortes de crescimento no Brasil", acrescenta.
Para Goldfajn, a crise foi um teste de estresse para diversos países, no qual alguns passaram, outros não, alguns tiveram nota boa e outros nota ruim. "Acho que o Brasil tirou nota boa, e agora está todo mundo olhando e dizendo ?esse cara é bom?", diz Goldfajn.
Uma das principais razões para o sucesso do Brasil em enfrentar a crise, segundo Pastore, é que ela pegou o País com o regime macroeconômico adequado - câmbio flutuante, bom nível de reservas, inflação controlada, superávit primário, dívida pública desdolarizada e caindo em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB). Essa solidez combinou-se com o sistema financeiro capitalizado, pouco alavancado, que estava proibido pela regulação de operar com os ativos perigosos, como os títulos estruturados no mercado americano de hipotecas subprime. "Uma das lições da crise é que países que tinham uma abordagem equilibrada da regulação do mercado financeiro, como Brasil, Austrália, Canadá , não tiveram crise bancária", diz O?Neill.
A política anticíclica, baseada em corte de impostos e ampliação de gastos públicos, também ajudou, embora esta segunda parte seja criticada pelos efeitos de médio prazo. Para Pastore, os aumentos do funcionalismo e do Bolsa-Família tiveram efeitos contracíclicos, mas "por coincidência", já que foram decididos antes da crise. "O defeito é que, se fosse política contracíclica mesmo, teria de expandir gastos transitórios, e não permanentes."
Para a maioria dos economistas, o aumento dos gastos públicos correntes reduz o espaço do investimento, e impede que o Brasil cresça a um ritmo ainda mais forte do que os 4% a 5% que estão sendo previstos. "Não é nem preciso dizer que há um monte de coisas que o Brasil poderia fazer para crescer mais rápido", comenta Rogoff.
De qualquer forma, o sucesso diante da crise jogou o Brasil no radar dos investidores. "À medida que continuarmos a crescer mais que o mundo, é natural que o País receba um aporte muito grande de investimentos estrangeiros diretos", diz Pastore, acrescentando que eles aumentaram, mesmo com recessão e queda de lucros nos países que sediam as empresas que investem no Brasil.
A contrapartida dos fluxos de capital é o câmbio valorizado e o déficit em conta corrente, o que significa que o mundo está financiando o Brasil para consumir muito (o que implica poupar pouco) e investir ao mesmo tempo. Segundo Goldfajn, os brasileiros serão um dos povos convocados, junto com os asiáticos, a preencher o espaço deixado pelo fim da exuberância do consumidor americano, atolado em dívidas e necessitado de reconstruir seu patrimônio.
Crise mudou mapa da globalização
Mudança ocorreu tanto no comércio quanto nos investimentos e nas relações de poder de órgãos internacionais
Jamil Chade
Os fluxos de investimentos mudaram de direção, a China se transformou no maior exportador do planeta e organizações consideradas como pilares das decisões internacionais hoje são ques"
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, cobrou o acesso aos resultados do censo agropecuário realizado pelo governo federal em 2006, indicadores importantes para se estabelecer estratégias de ação do setor. Freitas falou sobre a questão nessa quinta-feira (27/8), durante evento promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (Abag-RP), na sede da cooperativa Carol, em Orlândia (SP).
Vantagens
“Cooperativismo, o melhor caminho para o desenvolvimento sustentável” foi o tema apresentado pelo presidente da OCB, integrando a programação do ciclo relacionado ao II Prêmio Abag de Jornalismo. Por não conhecimento dos números oficiais atualizados, Márcio Lopes de Freitas se baseou nos resultados do censo de 1996, projetados para 2008, para demonstrar que os produtores rurais vinculados a cooperativas têm renda média anual de R$ 26.783,00, bem maior que a média dos não vinculados, de R$ 6.433,00.
“No montante, isso mostra que o cooperativismo propicia receita diferencial de R$ 6,6 bilhões aos produtores rurais. Cada vez mais, as cooperativas se preocupam com a agregação de valor, o que resultará em mais benefícios aos cooperados”, disse.
Em sua explanação, Freitas ressaltou que a agropecuária é um dos setores mais fortes do Sistema Cooperativista Brasileiro, que conta hoje com 7.682 cooperativas, atuantes em 13 ramos de atividades econômicas, reunindo um total de 7,8 milhões de cooperados e 255 mil empregados. Além disso, o Sistema registra um faturamento de R$ 84,9 bilhões e responde por 6,4% do PIB brasileiro.
Outros setores
O presidente da OCB ressaltou que outros ramos vêm se destacando e citou como exemplo o cooperativismo de crédito rural que, no auge da crise internacional, ampliou em 22% a oferta de recursos, enquanto os bancos comerciais se retraíam.
O Ramo Turismo também foi citado por Freitas como um setor relativamente novo no cooperativismo, mas que está se fortalecendo. “São pessoas que se unem e investem em pousadas e na promoção de viagens, obtendo custo menor, repassado isso para os turistas”, comenta.
Reflexos da crise
Ao falar sobre a crise financeira internacional, enfatizou que os reflexos só não foram maiores para o País graças ao agronegócio e ao cooperativismo. “Mesmo assim, alguns gargalos afetam o setor como, por exemplo, o impacto da legislação ambiental, que causa incerteza e insegurança às vésperas do plantio da nova safra de grãos, ressalta”. O problema logístico, da falta de infraestrutura, principalmente nas estradas, a necessidade de fundos garantidores para o acesso ao crédito rural, seguro de renda e a irrealidade e instabilidade da taxa de câmbio foram outros pontos citados por Márcio Lopes de Freitas em sua palestra. (Com informações da Carol)
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as oportunidades de parcerias em favor do desenvolvimento da agricultura irrigada serão tema de palestra a ser apresentada pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, no XIX Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird). O evento ocorre no próximo dia 30 de agosto, em Montes Claros (MG), e vai divulgar projetos de irrigação como o Jaíba, que despontam como um dos maiores do País.
Um dos pontos fortes do Conird serão os Dias de Campo, nos quais o participante têm contato com a realidade local e o uso que se faz da irrigação para o desenvolvimento socioeconômico da região. Outra proposta do evento é fortalecer um fórum em favor do desenvolvimento sustentável do agronegócio sustentado na agricultura irrigada.
A cada ano, o Congresso mostra exemplos de diversas cadeias produtivas voltadas para a maior segurança alimentar, bioenergética, para a produção de fibras e para a conquista dos mercados interno e externo. Mais informações podem ser obtidas no site do evento: http://www.abid.org.br ou pelos e-mails e-mails:
No dia 4 de setembro o sistema OCB-Sescoop/MS promove o II Seminário Jurídico do Cooperativismo de Mato Grosso do Sul na sede da instituição. Promover a reflexão e o debate das mais importantes teses e hipóteses pertinentes ao cooperativismo brasileiro são objetivos do seminário, no qual juristas abordarão a compreensão da operacionalização das cooperativas brasileiras. O evento pretende estimular a produção de conhecimento e o seu aproveitamento pelos profissionais do Direito no Estado.
O seminário é destinado a magistrados, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, advogados e acadêmicos de Direito. Contará conta com diversas palestras e temas sobre direito cooperativo comparado, direito sindical, direito cooperativo na visão do Superior Tribunal de Justiça e a visão do judiciário do Mato Grosso do Sul em relação ao cooperativismo. Mais informações no telefone (67) 33260171.Clique aqui e confira a programação completa.
A lei inclui a denominação “cooperativas educacionais”, em substituição a “cooperativas de alunos, professores e pais”, como entidades comunitárias inseridas na categoria de instituição privada de ensino e acrescenta no texto a expressão "sem fins lucrativos", adequando a lei aos princípios cooperativistas.
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SÃO PAULO - As cooperativas brasileiras registram, no primeiro semestre de 2009, um recuo menor nas vendas ao comércio exterior na comparação com as exportações do País no geral. O estudo da Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que o cooperativismo registra queda de 5,95% nos valores exportados frente ao mesmo período de 2008, enquanto a queda nas exportações brasileiras é de 22,83%.
De acordo com o gerente de Mercados da OCB, Evandro Ninaut, a queda menor aconteceu pela busca de novos mercados pelas cooperativas e pelo apelo social existente. "Nós procuramos ampliar o mercado diante da crise mundial, além disso, nós temos um nicho de mercado, temos um apelo social, que se aplica como um diferencial para o mercado internacional e torna as vendas mais fáceis", explicou.
Na visão da Coplana, cooperativa exportadora de amendoim, o cenário é contrário à crise mundial, eles esperam crescer 30% em 2009, na comparação com o 2008. "Desde 2002 estamos crescendo, no ano passado vendemos 10.870 mil toneladas do grão e este ano esperamos vender 14 mil toneladas, temos uma qualidade invejável de amendoim e estamos ocupando o espaço da Argentina no comércio exterior, por isso asseguramos aos produtores a compra da safra que deve aumentar entre 5% e 10% este ano", disse Francisco de Assis Politi, gerente comercial da divisão de grãos da Coplana.
Politi destaca ainda que a "porta da exportação" é muito estreita no Brasil e somente empresas com processos altamente qualificados conseguem aprovação do Ministério da Agricultura (Mapa) para colocar o produto no mercado externo.
Com base na análise dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a pesquisa mostra que as cooperativas exportaram US$ 1,75 bilhão no primeiro semestre deste ano, ante ao US$ 1,86 bilhão em 2008, tendo as commodities como principais produtos. A corrente de comércio caiu 11,5%, menor percentual que o País, que recuou 25,9%.
Quanto às quantidades comercializadas, a OCB aponta que houve um crescimento de 8,32% ao registrar a venda de 3,77 milhões de toneladas, no mesmo período de comparação. Em consequência da desvalorização do dólar frente ao real, os valores recebidos em reais pelos embarques do setor ao exterior atingiram R$ 3,84 bilhões, um aumento de 21,66%.
Commodities
A pauta de exportações do cooperativismo tem o complexo soja na liderança das vendas diretas com 37,9% das exportações totais. Seguidos do setor sucroalcooleiro (26,7%), que corresponde aos açúcares e ao álcool etílico, e as carnes (16,30%). O café, cereais (milho, trigo, arroz e cevada), algodão e leite e laticínios aparecem na seqüência, com representações de 9,3%, 3,3%, 2,2% e 0,8%, respectivamente.
Em valores, o complexo soja somou um total de US$ 662,25 milhões entre janeiro e junho de 2009, crescimento de 2,09% em relação ao primeiro semestre de 2008, quando foram embarcados US$ 648,68 milhões. Dentre os produtos, o grão de soja mostra-se como principal produto exportado, ao marcar 49,44% do total (US$ 327,40 milhões), contra 60,08% no mesmo período de 2008 (US$ 389,75 milhões).
O setor sucroalcooleiro, por sua vez, respondeu por US$ 466,34 milhões, com crescimento de 13,55%, no mesmo período de comparação. Os açúcares são destaque nesse segmento, com participação de 84,17% este ano (US$ 392,53 milhões), frente a 45,08% em 2008 (US$ 185,15 milhões). A elevação das exportações de açúcares, de 112%, compensou a retração de 62,27% nas vendas externas de álcool.
Os principais destinos dos produtos cooperativistas de janeiro a junho de 2009 são China com US$ 213,99 milhões. Seguido da Alemanha (US$ 169,62 milhões), Países Baixos (US$ 140 milhões), Arábia Saudita (US$ 131,04 milhões) e Emirados Árabes Unidos com US$ 97,08 milhões.
Para Ninaut, o crescimento das vendas para países do Oriente Médio aconteceu em decorrência da quebra na produção de açúcar indiano. "Até o final do ano devemos registrar US$ 4 bilhões em vendas, e marcar o mesmo número de 2008, em decorrência da quebra da Índia."
A tendência ainda de acordo com o gerente é que complexo soja e o setor sucroalcooleiro permaneçam entre os principais produtos exportados pelas cooperativas. Espera-se ainda uma recuperação do setor de carnes.
Veículo: DCI
Publicado em: 28/8/2009
Representantes de entidades ligadas à agropecuária rejeitaram nesta quinta-feira (27/8) a idéia de que o setor seja um dos maiores responsáveis pelo aquecimento global e apontaram caminhos para uma agricultura sustentável, que contribua para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Segundo os participantes de seminário sobre o assunto na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o Brasil tem condições de reverter o quadro, desde que haja envolvimento de governos, de institutos de pesquisa e de grandes e pequenos agricultores.
Prejuízos - Segundo o pesquisador Eduardo Assad, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em vez de "vilã", a agricultura pode tornar-se a vítima do aquecimento global, com grandes prejuízos se nada for feito para minimizar os efeitos das mudanças climáticas. "O aumento de temperatura é desastroso para a planta, pois afeta seu ciclo e reduz a produtividade", disse Assad.
Como consequência, ele disse que o País pode perder 40% da produção de soja até 2070 caso o atual contexto não mude. O prejuízo seria de R$ 7,6 bilhões. A adaptação das plantas ao aquecimento global passaria por melhoramento genético. O tempo estimado para esse trabalho, segundo o pesquisador da Embrapa, é de dez anos.
Sistemas de produção - Outra estratégia seria atuar na absorção de carbono já durante a agricultura, a partir do manejo de solo. Um manejo comum é o do plantio direto, no qual a palha e os restos vegetais de outras culturas são mantidos na superfície do solo, garantindo cobertura e proteção contra processos danosos, como a erosão.
No caso da pecuária, a solução passa pela adoção de sistema agrosilvopastoril, ou seja, de integração entre lavoura e pecuária. Os benefícios seriam a redução da abertura de novas áreas de pasto e uma menor emissão de gases de efeito estufa, em razão de uma retenção de carbono pela vegetação.
O problema para adoção desses mecanismos no País, na avaliação de Assad, é que não se costuma financiar sistemas de produção. "A gente financia lavouras e pastos. Sistema de produção é mais complicado, mas, no longo prazo, é altamente rentável. Temos que parar de pensar como indústria, mas como sistema", afirmou.
A vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, reforçou a tese de que os sistemas de produção estão relegados a segundo plano no Brasil. Ela afirmou que, muitas vezes, para conseguir financiamento oficial, o produtor tem de estar vinculado à pecuária.
"O processo ainda é trabalhado de forma convencional. Há uma dificuldade imensa para que o apoio aconteça na prática. Muitas políticas fazem o contrário do que a gente tenta discutir", reclamou.
Política rural - O assessor técnico da Comissão de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus de Brito, afirmou que faltam políticas estruturantes do governo para o setor. Ele disse que a atividade rural deve ser valorizada pelas contribuições feitas à preservação ambiental.
"Parece que o Brasil se envergonha do setor agropecuário quando vai negociar o assunto com outros países. A agricultura é considerada a vilã. O problema é que temos que diminuir a distância dos nossos vários Brasis. Há produtores sem nenhuma condição de trabalho, emitindo [gases] por falta de informação. Temos que transformar todo o País em um sistema de produção eficiente e ecológico, mas defendendo os interesses nacionais", afirmou Brito.
O assessor da CNA disse que não é a agropecuária brasileira a responsável por 30% do aquecimento global, mas a agropecuária do mundo inteiro.
O seminário da Comissão de Agricultura foi sugerido pelo deputado Beto Faro. (Fonte: Agência Câmara)
"Nesta quinta-feira (27/8), foi instalada a Frente Parlamentar Municipal do Cooperativismo em Manaus (Frencoop/Manaus), na Câmara de Vereadores daquele município. A nova representação cooperativista tem como presidente e propositor da criação da primeira Frencoop municipal do norte do País, o vereador Homero de Miranda Leão. A solenidade contou com a presença do presidente da Frencoop/Amazonas, deputado Luiz Castro, da secretária geral adjunta da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) no Congresso Nacional, deputada federal Rebecca Garcia, e do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/AM), Petrucio de Magalhães Júnior.
A instalação da Frente Municipal permitirá que os diversos segmentos da sociedade que optaram pelo cooperativismo possam ter acesso a informações dos benefícios da Frencoop para o setor. Segundo o vereador Homero de Miranda Leão, a instalação da Frente na CMM irá permitir maior proximidade com as cooperativas, contribuirá com a efetivação de leis que resultem em benefícios diretos aos cooperados, além de garantir mais empenho na elaboração de projetos de lei que reflitam em melhorias ao setor e a sociedade.
“O setor cooperativista é um modelo de organização que preza não o lucro pelo lucro, e sim na divisão igualitárias da produção” . Segundo Leão é uma modalidade que não explora o trabalho, mas ao contrário divide de forma proporcional o resultado da produção conjunta. Atualmente existem 7.682 cooperativas em todo o Brasil, com 7.887.707 associados, e embora a crise mundial tenha afetado muitos segmentos econômicos, as cooperativas movimentaram no ano passado R$ 84,9 bilhões. Isto representa crescimento de 17,6% frente aos R$ 72 bilhões registrados em 2007.
Aliado a isso, o vereador destacou a expansão da geração de emprego proporcionada pelas cooperativas. Em 2008, foram criados 254.556 trabalhos com carteira assinada, no ano anterior as cooperativas empregaram 250.961 trabalhadores. Representando o presidente da Frencoop Nacional, deputado federal Odacir Zonta (PP) a deputada federal Rebecca Garcia disse se sentir honrada pelo Amazonas ser um dos primeiros estados da federação a instalar em suas Casas Legislativas frentes cooperativistas.
“O trabalho da OCB tem sido fundamental para que estivéssemos participando deste momento histórico, demonstra o comprometimento dos representantes públicos em melhorar segmentos que tanto contribuem para o crescimento social e econômico do país. Esse momento engrandece o cooperativismo, a sociedade e a economia, mas, sobretudo fortalece o Estado”, falou. (Frente: OCB/AM)
"Cooperativismo de Crédito: Lei Complementar Federal nº 130 e as suas alterações será o tema da palestra proferida pelo especialista em crédito da Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Silvio Giust. A palestra será no dia 14 de setembro em Vitória (ES), na Casa do Cooperativismo capixaba.
A Lei Complementar 130/2009, tornou viável uma legislação específica para o setor, regulamentando o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Neste momento, todos os convidados, de pé, comemoraram com entusiasmo e muitas palmas. Também será abordado a tendência do mercado e perspectivas para o setor e o plano de ação do Conselho Especializado de Crédito da OCB (Ceco).
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“Como criar uma Frencoop” é o nome do manual que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) lançou este mês. A ferramenta, que pode ser acessado no portal Brasil Cooperativo, vai orientar os dirigentes na constituição de frentes parlamentares em estados e municípios. O conteúdo foi preparado para apoiar as ações das 27 organizações estaduais do Sistema OCB em articulação com a classe política dos estados e municípios onde há cooperativas. O manual tem o propósito de viabilizar Frencoop’s para assegurar a defesa dos interesses das cooperativas nacionalmente. Clique aqui e acesse o manual
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