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Um Brasil mais cooperativo



Brasília (17/7/19) – A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) é composta por 264 deputados federais e 37 senadores. É também uma das frentes mais atuantes do Congresso Nacional e uma das estratégias do cooperativismo brasileiro na hora de propor e cobrar políticas públicas ou defender as demandas do setor junto aos Três Poderes da República.

O deputado federal Evair de Melo (ES) preside a Frecoop é o entrevistado da revista Paraná Cooperativo deste mês. Para ele, uma “ação política eficaz tem como consequência a melhoria do ambiente de negócios das cooperativas”. Confira abaixo um trecho do que disse o parlamentar.

 

DIÁLOGO

Ter mais representação política em todas as esferas de poder confere mais estabilidade e segurança ao setor cooperativista?

Sem dúvida. O diálogo torna-se mais assertivo com quem conhece e tem informações sobre o setor. Como exemplo cito a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, uma engenheira agrônoma e produtora rural, que tem conhecimento e sensibilidade sobre o cooperativismo. Mas eu gostaria de ver também um cooperativista à frente do Ministério da Economia, do Banco Central, no Supremo Tribunal Federal e, por que não, na Presidência da República. É essa ousadia que temos que ter para avançar além do nosso quadrado e ocupar mais espaço político. Por isso, a Frencoop quer conversar com os cooperativistas brasileiros, com a sociedade organizada e ouvir suas demandas. Estou confiante que teremos o respaldo necessário para agirmos com coragem e determinação no Congresso Nacional, fazendo a nossa parte para ter um país melhor e mais cooperativo.

 

ATUAÇÃO FOCADA

Quais suas principais bandeiras e prioridades na Frencoop?

A Frencoop tem como objetivo principal difundir o cooperativismo por todo o país. Temos o desafio de universalizar essa filosofia tão importante, que consegue produzir riquezas e distribuí-las de uma forma justa e transparente. Atuamos para disseminar os princípios e valores cooperativistas dentro do Parlamento, para que mais parlamentares conheçam e compreendam o cooperativismo. Dessa forma, ajudamos a divulgar o modelo de negócios cooperativo, ampliando sua presença e força em todo o Brasil. Um ambiente justo, que dialoga com a ciência, a tecnologia e a preservação de culturas e valores, permite que mais cooperados tenham a oportunidade de inserção na cadeia produtiva de sua atividade, participando de forma competitiva do mercado por meio de uma cooperativa. Minha missão como presidente da Frencoop, atuando alinhado com o Sistema OCB, é a construção conjunta de uma agenda de trabalho. Vamos rodar o país todo para conversar e conhecer com profundidade as demandas e anseios dos cooperativistas.

 

SISTEMA S

Como a Frencoop se posiciona com relação aos riscos de cortes ao Sistema S?

A Frencoop é totalmente contrária a qualquer possibilidade de redução da força e importância do Sistema S. O bom Sistema S, que tem utilidade para as pessoas e traz solução para muitos dos problemas do país, tem que ser valorizado, aperfeiçoado e fortalecido. São instituições que cumprem seu papel educacional, atuando com competência em capacitação, orientação e qualificação. O governo tem a obrigação e a legitimidade de cobrar resultados, e cabe a nós mostrar que o nosso sistema inclui as pessoas, as capacita, melhora a produtividade e as leva para o domínio do conhecimento. Penso que temos uma oportunidade de fazermos uma reflexão interna, um realinhamento. O Sescoop, no meu ponto de vista, é o modelo a ser seguido.

 

O Sistema S é um instrumento fundamental para a capacitação e desenvolvimento do cooperativismo?

O mundo evoluiu e mais do que em outras épocas, a capacitação tornou-se imprescindível para o desenvolvimento profissional das pessoas. Por exemplo, na área agrícola, o tratorista antigamente era um trabalhador geralmente com pouca instrução e qualificação. Hoje, para operar um trator ou uma colheitadeira é preciso saber utilizar o GPS e uma série de instrumentos de comando digitais. No caso do produtor rural, ele necessita ter um bom conhecimento de economia financeira e mercado, para fazer a gestão adequada de seu negócio. E o Sistema S preenche essa lacuna com eficiência, promovendo a qualificação de toda a cadeia produtiva.

 

REFORMAS

Qual o posicionamento da Frente Parlamentar quanto às reformas previdência e tributária?

A nossa posição é que as reformas são uma prioridade para o Brasil. O país não pode mais esperar. A reforma da Previdência já ganhou as ruas, com um sentimento popular de compreensão quanto à necessidade de mudanças, e a sociedade organizada tem posições claras e definidas da urgência disso. A reforma da Previdência já deveria ter sido feita, inclusive no mandato anterior, e não podemos mais trabalhar com a hipótese de postergá-la. Temos que pensar nas futuras gerações, que terão garantias de suporte com a reforma

Uma consequência que também teremos é o restabelecimento dos investimentos no setor produtivo e na infraestrutura, o que vai impulsionar os indicadores econômicos do país e, principalmente, gerar mais empregos, num momento em que milhões de brasileiros estão sem trabalho. Temos o desafio de reerguer a indústria do país, criando um ambiente de empregabilidade, por isso é necessário também fazer a reforma tributária. Simplificar o nosso modelo tributário, que é muito caro, injusto e difícil de ser aplicado, é reduzir o fardo dos tributos sobre os empreendedores, pois esse sistema não favorece o emprego e ainda afeta a renda das pessoas. São agendas estruturantes que merecem toda a atenção da Frencoop e do cooperativismo.

 

ÍNTEGRA

Clique aqui para ler a íntegra da entrevista.

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Começa o Capacitacoop 2019



Brasília (16/7/19) – A maior iniciativa de desenvolvimento profissional do Sistema OCB, o CapacitaCoop, começou nesta terça-feira, em Brasília, e vai até sexta (19). Quase 200 pessoas que trabalham diretamente na execução dos processos de monitoramento, formação profissional, promoção social, planejamento e operações das unidades tanto estaduais quanto nacional participam da programação.

Com o tema É impossível implantar processo sem plantar atitudes o objetivo dessa edição do evento é possibilitar uma visão integrada sobre a importância de se aprimorar processos, focando nos resultados que podem ser utilizados como ferramentas estratégicas no desenvolvimento do cooperativismo.

Durante a abertura do evento, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, agradeceu os participantes pela disponibilidade e pelo compromisso com o fortalecimento das cooperativas brasileiras.

“Espero que ao longo desses dias vocês possam pensar fora da caixa. Porque o que queremos é promover realmente uma disruptura completa na nossa forma de dar resultados e de mostrar esses resultados. Por isso, agradeço a cada um por participar desse evento que já se consolidou como um modelo que dá certo, que tem efetividade e que melhora a vida dos cooperados brasileiros”, comentou dando as boas-vindas.

 

INDICADORES

Dentre os temas as serem abordados ao longo dos quatro dias do Capacitacoop está a implantação dos indicadores institucionais do Sistema OCB. Segundo o superintendente, Renato Nobile, os indicadores são importantes ferramentas de gestão interna, pois contribuem para uma maior clareza quanto ao direcionamento institucional e para a pactuação de metas. Além disso, eles permitem a avaliação da execução da estratégia proposta e do próprio modelo de atuação.

“Vale destacar que os indicadores favorecem, também, a gação de informações, de forma a mensurar e comunicar a contribuição do Sistema OCB para o fortalecimento do modelo cooperativista, além da transparência perante as cooperativas, a sociedade e demais partes interessadas”, avalia o superintendente. (Leia mais)

 

PROGRAMAÇÃO


1º Dia – Terça-feira
11h – 13h: Credenciamento
13h – 13h30: Abertura
13h30 – 14h: Dados do Cooperativismo: Relevância para nossas estratégias
14h – 18h30: Conecta Sistema OCB - Rodas de conversas temáticas sobre os seguintes temas: estruturação dos ramos; registro e regularidade; licitação e gestão de contratos; e-Social; oferta de soluções.

2º Dia – Quarta-feira
8h30 – 12h30: Integração dos processos finalísticos e de planejamento
12h30 – 13h30: Almoço
13h30 – 14h: Campanha Somoscoop - Valorização do Sescoop
14h – 18h: Game: Competição ou cooperação?

3º Dia – Quinta-feira
8h30 – 12h30: Indicadores: Apontando o melhor caminho (Como os resultados impactam na tomada de decisão? Quais os melhores indicadores para mensurar os resultados? Por que ter dados consistentes para a geração de resultados? Por que utilizar indicadores de desempenho para mensurar o alcance das estratégias e eficiência dos processos?)
12h30 – 13h30: Almoço
13h30 – 18h: Indicadores: Apontando o melhor caminho

4º Dia – Sexta-feira
8h30 – 10h30: Consolidando o conhecimento
10h30 – 12h10: Palestra: “É impossível implantar processos sem plantar atitudes.”
12h10 – 12h30 Encerramento


FOTOS

Para acessas as fotos do evento, clique aqui.

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Ramo Saúde busca práticas de sucesso na Europa



Brasília (15/7/19) – Cooperativas de saúde iniciaram nesta segunda-feira uma missão técnica na Europa. A viagem técnica, realizada pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), tem por objetivo proporcionar o conhecimento aprofundado da realidade das cooperativas europeias de saúde, sobretudo com relação a financiamentos. A equipe é formada por representantes dos Sistemas Unimed e Uniodonto, da Confemed (Confederação Nacional das Cooperativas Médicas) e da OCB.

A programação desta segunda-feira ocorreu em Bruxelas, na Bélgica, e incluiu uma reunião com o diretor Geral da ACI, Bruno Roelants, e com a diretora geral da ACI Europa, Agnés Mattis. O objetivo foi conhecer aspectos gerais do cooperativismo em nível internacional e, mais detalhadamente, na União Europeia. A equipe verde-amarela, obteve informações sobre o cooperativismo de saúde, as modalidades de seguros e o trabalho de lobby da ACI Europa em prol do fortalecimento do modelo no continente europeu.

A missão brasileira também participou de uma audiência com o diretor para Sistemas de Saúde, Produtos Médicos e Inovação da União Europeia, Andrej Rys. A discussão girou em torno de assuntos como regulação, supervisão, financiamento e integração dos serviços públicos e privados nos países da União Europeia. Os cooperativistas também conheceram um pouco mais sobre a atuação da União Europeia no setor de saúde e a participação da iniciativa privada no mercado.

 

SOBRE A MISSÃO

A programação da missão técnica continua até sexta-feira, dia 19/7, e inclui reuniões e audiências com representantes da Federação Belga de Cooperativas, da Associação Alemã dos Fundos Estatutários de Saúde, do Ministério da Saúde da Alemanha, da Associação Alemã de Seguros Privados de Saúde e, ainda, da Confederação das Cooperativas Alemãs e da Fundação de Ciências da Saúde da Alemanha.

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Setor conhece nova tabela de preço mínimo para frete



Brasília (12/7/19) – Representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras acompanharam, nesta quinta-feira (11/7) a apresentação da nova proposta de piso mínimo para fretes no país, realizada durante o 33ª Reunião do Fórum Permanente do TRC, ocorrido em Brasília. O documento é o resultado de Consulta Pública promovida pela ANTT, e que contou com as contribuições da OCB.

O responsável técnico do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da ESALQ-LOG, professor José Vicente Caixeta, conduziu a apresentação da proposta de Política Nacional de Pisos Mínimos de Frete, baseada nas contribuições recepcionadas via audiência pública, promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo informações da Agência, o relatório final dessa audiência pública já se encontra finalizado, mas aguardando a aprovação da Diretoria Geral da ANTT, para que seja publicado. A expectativa é de que esse relatório esteja disponível no site da Agência, até o dia 20 de julho.

 

COMPROMISSO

Um dos compromissos assumidos pelo Ministério de Infraestrutura, foi a criação de um aplicativo de cálculo do valor do frete, baseado na metodologia proposta na Política Nacional de Pisos Mínimos. De acordo com representantes do Ministério, o aplicativo encontra-se em fase de teste e será disponibilizado nas lojas virtuais após publicação da nova tabela. Os interessados podem acessa-lo por aqui. Vale destacar que o aplicativo já apresenta os valores validados de acordo com a nova metodologia apresentada pela ANTT.

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Indicadores serão lançados no Capacitacoop



Brasília (11/7/19) – Ter indicadores que comprovem a efetividade de ações e investimentos é a forma mais segura de evidenciar a eficácia da gestão de um negócio, independentemente do setor econômico. É por isso que o Sistema OCB está concluindo a formatação de um pacote de indicadores institucionais a ser utilizado tanto pela unidade nacional quanto por suas organizações estaduais.

Segundo o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, os indicadores são importantes ferramentas de gestão interna, pois contribuem para uma maior clareza quanto ao direcionamento institucional e para a pactuação de metas, permitindo, também, a avaliação da execução da estratégia proposta e do próprio modelo de atuação.

“Favorecem [os indicadores], também, a geração de informações, de forma a mensurar e comunicar a contribuição do Sistema OCB para o fortalecimento do modelo cooperativista, além da transparência perante as cooperativas, a sociedade e demais partes interessadas”, avalia o superintendente.

 

CAPACITACOOP

Os indicadores do Sistema devem ser lançados oficialmente na próxima semana (de 16 a 19), durante evento nacional de capacitação, em Brasília, que contará com a participação de dezenas de técnicos das organizações estaduais do Sistema OCB.

 

ENTREVISTA

Renato Nobile é o entrevistado desta semana e falou um pouco mais sobre os indicadores. Confira!

 

Como surgiu o projeto dos indicadores?

Com objetivo de garantir uma atuação sistêmica e otimizar o resultado do trabalho realizado pelas três casas (OCB, Sescoop e CNCoop), foi elaborado o Plano Estratégico do Sistema OCB 2015-2020, com a definição de indicadores para a mensuração da estratégia. Porém, estava faltando implementar o processo de monitoramento dos resultados em nível nacional.

Dessa forma, o projeto de implementação dos indicadores institucionais foi iniciado em setembro de 2017, com a participação de representantes das Unidades Estaduais, além da Unidade Nacional, e consistiu na priorização de indicadores, considerando o melhor custo-benefício para definição de processos de coleta e registro dos dados nacionais, além do processo de monitoramento.

Foram utilizadas as seguintes premissas: relevância para a tomada de decisão, custo reduzido de implementação e, por fim, mensuração de resultados nos âmbitos nacional e estadual.

 

Porque é importante ter indicadores?

Os indicadores são importantes ferramentas de gestão interna, pois contribuem para uma maior clareza quanto ao direcionamento institucional e para a pactuação de metas, permitindo a avaliação da execução da estratégia proposta e do próprio modelo de atuação. Ainda, favorece a geração de informações, de forma a mensurar e comunicar a contribuição do Sistema OCB para o fortalecimento do modelo cooperativista, além da transparência perante as cooperativas, a sociedade e demais partes interessadas.

 

Considerando que os indicadores abrangem todo o Sistema OCB, qual o papel das unidades?

O Sistema OCB tem um plano estratégico sistêmico, que abrange todas as unidades (nacional e estaduais) do Sescoop, da OCB e da CNCoop. Assim, todos agimos em torno de um propósito comum, buscando alcançar a visão do cooperativismo, cada um cumprindo sua missão e atuando para alcançar seus objetivos estratégicos, uma vez que a qualidade dos nossos resultados e indicadores depende do comprometimento de todos.

No caso das unidades estaduais, é importante destacar que elas são responsáveis pela qualidade e disponibilidade do dado. Cada uma tem a responsabilidade de registrar e classificar – correta e tempestivamente – os dados para os indicadores, utilizando-se dos conceitos padronizados nacionalmente. Vale ressaltar que cabe à unidade nacional a consolidação de todos os dados e, ainda, a disponibilização dos referenciais comparativos em nível regional e, também, nacional.

 

Quantos e quais são esses indicadores?

Iniciamos a implantação em 2017 com um painel de 41 indicadores, sendo: 15 para o Sescoop, 14 para a OCB, três para a CNCoop e outros nove, compartilhados. Como o monitoramento de indicadores é um processo novo para o Sistema OCB, espera-se o constante aprimoramento, a partir das medições e ajustes, principalmente nesse momento de implantação.

A fim de promover o alinhamento de conceitos e de processos, foi estruturada a série Cadernos de Indicadores do Sistema OCB.

 

Por falar nisso, qual a importância do alinhamento de conceitos com as unidades?

É fundamental que todas as pessoas que trabalham com os dados do Sistema OCB tenham clareza, estejam alinhadas e adotem o mesmo conceito, para que as medições sejam uniformes e confiáveis. Os indicadores ajudam a promover mudanças significativas dentro das organizações, pois possibilitam não só medir os resultados alcançados como também entender cada processo mais profundamente. Por isso, se o indicador mostrar um resultado errado, as decisões serão tomadas a partir de premissas erradas. O que queremos é evitar que isso ocorra.

 

Com relação à série Cadernos de Indicadores do Sistema OCB, poderia fazer um breve resumo?

O trabalho de implementação de indicadores de desempenho em uma organização é desafiador e exige um conjunto de conhecimentos, processos, práticas e decisões. Para facilitar a consulta ao material do trabalho e dar mais destaque a cada conteúdo produzido, o Sistema OCB elaborou seis cadernos com a seguinte proposta:

 

  • Caderno 1: Fundamentos e etapas para a Implementação de Indicadores de Desempenho

Trata dos principais conceitos envolvendo indicadores e sua implementação, descreve o processo de implementação em nove etapas e aborda alguns pontos importantes do processo de integração entre a implementação dos indicadores de desempenho com o planejamento estratégico da organização.

 

  • Caderno 2: Diagnóstico da Situação Atual

Apresenta o resultado do diagnóstico da situação atual com relação a indicadores de desempenho no Sistema OCB, fruto de duas atividades principais: uma pesquisa on-line com todas as unidades estaduais, realizada em julho de 2018, com o objetivo de identificar os principais conceitos utilizados, as ferramentas e os processos adotados; e visitas presenciais a cinco estado (Espírito Santo, Amazonas, Pernambuco, Goiás e Paraná), com o intuito de identificar como era a coleta, o registro e o tratamento dos dados necessários à produção dos indicadores de desempenho.

 

  • Caderno 3: Fichas Técnicas dos Indicadores de Desempenho

Contém a ficha de todos os indicadores selecionados para serem implementados na primeira fase do trabalho, com detalhes sobre os conceitos envolvidos, a fórmula de cálculo, periodicidade, responsáveis, procedimentos de coleta, entre outros aspectos relevantes para a implementação.

 

  • Caderno 4: Compêndio de Boas Práticas em Indicadores de Desempenho

Reúne 10 boas práticas relacionadas a indicadores em organizações que trilham o caminho da excelência em gestão. Os exemplos foram extraídos da Comunidade de Boas Práticas da FNQ e todos passaram por um processo de aprovação de conteúdo pela Equipe Técnica da FNQ e receberam certificado após o processo.

 

  • Caderno 5: Indicadores Mais Utilizados

Apresenta uma lista genérica de indicadores mais utilizados em diferentes e diversas instituições, em três grandes áreas e subáreas: partes interessadas (controladores, acionistas, financiadores e indicadores econômico-financeiros), modelo de negócio (cadeia de valor e fornecedor) e gestão do desempenho (ativos, recursos e competências). O objetivo é apoiar a construção do sistema de indicadores pela aplicação do pensamento análogo, bem como estimular sua pesquisa e descobrir outros e novos indicadores.

 

  • Caderno 6: Medidas para a Implementação de Indicadores – Unidade Nacional

Apresenta oito medidas recomendadas para a implementação do sistema de indicadores de desempenho no Sistema OCB, dada a situação atual diagnosticada. Lista também as premissas necessárias para o sucesso da implementação e as condições que delinearam as soluções recomendadas.

 

Sobre o monitoramento dos indicadores, como é possível garantir a qualidade dos dados recebidos das unidades estaduais? É preciso que as ferramentas sejam padronizadas?

É preciso que os conceitos utilizados para o registro dos dados sejam padronizados. As ferramentas preferencialmente precisam ser as mesmas, para que o dado seja transmitido de forma tempestiva e contemple todos os atributos necessários para constituir o indicador, além de viabilizar a consolidação dos dados em âmbito nacional, realizar as medições e os relatórios de resultados. A própria organização estadual deverá avaliar os resultados dos indicadores, para que sejam feitas as devidas correções, seja no processo ou na ferramenta de coleta. Reconhecemos que várias unidades já possuem ferramentas próprias, é por isso que o maior desafio será a consolidação de uma padronização em nível nacional.

 

Os resultados devem ser avaliados de quanto em quanto tempo?

Para alguns indicadores, é possível a medição mensal. Porém, todos terão um recorte anual, como forma de mensurar os resultados propostos para cada ano e comunicar à sociedade. Os resultados embasarão as reuniões dos tomadores de decisão.

 

Após elaborados, qual o próximo passo para a implementação desses indicadores?

Será realizada uma capacitação nacional, durante a edição 2019 do Capacitacoop, sobre os conceitos e processos de coleta de registro dos dados a serem padronizados em todos os estados. Além disso, serão elaborados relatórios de resultados periódicos, a fim de verificar o grau de aderência aos conceitos adotados. Em 2020, será realizado um workshop de resultados do Sistema OCB.

Brasil inspira cooperativas da Argentina



Brasília (9/7/19) – O trabalho de representação dos interesses das cooperativas junto aos Três Poderes, realizado pela OCB, há 50 anos, tem chamado a atenção. Nesta semana, uma delegação de dirigentes cooperativistas argentinos conheceu, in loco, as estratégias de atuação da entidade. A delegação do país vizinho foi liderada pelo vice-presidente da Cooperativa SanCor Seguros, maior cooperativa financeira do país.

Vinda da Capital Nacional do Cooperativismo da Argentina, Sunchales, a delegação teve a oportunidade de se reunir com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e dialogar com técnicos da OCB, da CNCoop e do Sescoop sobre os projetos desenvolvidos pelo Sistema OCB.

A comitiva também teve a oportunidade de se reunir com o diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados do Ministério da Agricultura, Márcio Madalena. Durante o encontro, o grupo teve a oportunidade de conhecer as parcerias desenvolvidas entre a OCB e o Ministério.

 

INTEGRAÇÃO

Muito ativa, a cooperação do Sistema OCB com o movimento cooperativista argentino abrange diversos ramos e seguimentos. Ao longo deste ano, duas comitivas brasileiras já visitaram o país vizinho e outras duas comitivas brasileiras devem ser recebidas ao longo do segundo semestre. Um segundo grupo de cooperativas argentinas visitará o Brasil no mês de setembro.

As organizações representativas de cooperativas dos dois países também articulam sua cooperação multilateralmente por meio da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul, a RECM. A cooperação é não somente voltada à área técnica, mas também busca promover o comércio entre as cooperativas dos dois países.

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Dia C mostra a força das cooperativas em 400 cidades



Brasília (8/7/19) – De Norte a Sul do país, foi possível comprovar a capacidade transformadora das cooperativas, durante a celebração do Dia de Cooperar, realizada em mais de 400 cidades do país, no último sábado, 6/7. O Dia C, como é mais conhecido é o movimento nacional de iniciativas voluntárias, transformadoras e contínuas, realizadas pelas cooperativas do país.

A celebração contou com a oferta de serviços de saúde, saúde bucal, atividades esportivas, emissão de documentos, atendimentos diversos à comunidade carente e muita alegria. Tudo isso marcou, também, o Dia Internacional do Cooperativismo – efeméride que ocorre em mais de 100 países, simultaneamente, sempre no primeiro sábado do mês de julho.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, avaliou a celebração que ocorreu em 23 estados. “O que nós vimos foi a materialização do nosso discurso de que as cooperativas estão, realmente, comprometidas com o desenvolvimento do país. Elas mostraram, mais uma vez, sua capacidade de transformar realidades, mobilizando parceiros e voluntários para protagonizarem esse processo de mudança socioeconômica”, explica Márcio Freitas.

Segundo ele, ao completar 10 anos, o Dia C prova que cooperar vale a pena. “Sabemos que quando a gente se junta para fazer alguma coisa, somos capazes de promovermos grandes feitos. E, no universo cooperativista, isso não é diferente. Quanto mais estivermos de mãos dadas, alinhados com o mesmo propósito, maior será o alcance das atitudes simples que movem o mundo”, avaliou a liderança.

 

NÚMEROS

A gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sescoop, Geâne Ferreira, explicou que, como as cooperativas ainda estão realizando ações e iniciativas, seria prematuro apresentar um balanço fechado. “As cooperativas estão trabalhando muito pela construção de um país com melhores condições para todos. Até agora, segundo os relatórios já preenchidos por elas, sabemos que, só no sábado (6/7), tivemos entre 25 e 30 mil atendimentos em todo o país, nas áreas de saúde, lazer, cidadania, responsabilidade socioambiental e cultura”, divulgou a gerente.

Entretanto, segundo Geâne, a tendência é de que esse número cresça com o passar dos dias. “Como o Dia C ocorre ao longo de todo o ano, esse número representa apenas uma fração do que as cooperativas fazem, de fato. Só para se ter uma ideia, ao longo dos últimos dez anos, foram mais 10 milhões de atendimentos, realizados em um quinto dos municípios do país. Esse dado mostra que as cooperativas fazem jus ao fato de o cooperativismo brasileiro ser um dos principais parceiros da ONU no combate à extrema pobreza no mundo, até 2030”, comemorou a gerente.

Sobre a divulgação dos dados consolidados do Dia C 2019, a expectativa é de que isso ocorra em meados de dezembro deste ano.

 

ATENDIMENTOS (EM 2018)
  • Região Sudeste: 1,3 milhão
  • Região Sul: 485 mil
  • Região Nordeste: 190 mil
  • Região Centro-Oeste: 158 mil
  • Região Norte: 100 mil

 

     

Pacote de medidas é assinado pelo Mapa

Brasília (4/7/19) – Grandes notícias para as cooperativas agropecuárias! Um pacote de medidas que favorecem o cooperativismo no segmento foi assinado nesta quinta-feira (4/7) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. As novidades são fruto do esforço do Sistema OCB junto à pasta para que cooperativas e agricultores familiares tenham ampliados sua participação e acesso em políticas públicas voltadas ao setor.

A primeira medida assinada cria o programa Brasil Mais Cooperativo, cuja base é o documento “Propostas Para Um Brasil Mais Cooperativo”, de autoria do Sistema OCB, entregue a representantes do Governo Federal. O intuito do documento foi apresentar ao novo governo do país as propostas de como o cooperativismo pode contribuir para o desenvolvimento do Brasil. Seguindo a mesma ideia, o programa vai abranger todas as políticas em favor do cooperativismo que o Mapa pretende adotar.

Uma dessas políticas públicas também foi assinada nesta quinta-feira. Trata-se da Portaria nº 62/2019 que altera a forma de cálculo para concessão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) para as cooperativas agropecuárias, tornando a DAP mais acessível a cooperativas que possuam agricultores familiares em seus quadros sociais.

 

COMBUSTÍVEL SOCIAL

A ministra Teresa Cristina também anunciou o envio, à Casa Civil, do decreto que vai permitir que 40 mil agricultores familiares, por meio de suas cooperativas, possam fornecer matérias-primas para a produção de biodiesel no âmbito do Selo Combustível Social. O programa viabiliza que usinas produtoras de biodiesel tenham acesso às alíquotas de PIS/Pasep e Cofins com coeficientes de redução diferenciados oferecendo, em contrapartida, meios para uma adequada assistência técnica aos agricultores familiares fornecedores, ampliando assim a oferta qualificada de matéria-prima e a renda familiar desses produtores.

“Contamos com as cooperativas para, juntas, oferecer aos pequenos proprietários rurais mais acesso à informação e geração de renda”, disse Tereza Cristina durante a solenidade.

 

IMPORTÂNCIA

O Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke, disse que essas medidas são de extrema importância para a inclusão de mais e mais cooperativas nos programas do governo federal. “Estamos muito contentes em poder atender esses pedidos da OCB na semana em que o país celebra os 50 anos da OCB, o Dia de Cooperar e, também, o Dia Internacional do Cooperativismo.”  

 

COMPROMISSO COM O PAÍS

O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas, avaliou as medidas como um marco na história do cooperativismo do país. “Nós elaboramos o documento Propostas para um Brasil Mais Cooperativo com a intenção de mostrar ao novo governo o quanto também estamos comprometidos com o desenvolvimento socioeconômico no Brasil. Então, a partir desse programa do Ministério da Agricultura, esperamos que outras áreas também vejam as cooperativas como estratégicas nesse processo de retomada do crescimento.”

 

EM BREVE

Outros dois acordos de cooperação entre OCB, Sescoop e Governo Federal serão assinados em um futuro próximo: um visa fomentar a intercooperação de boas práticas em gestão e inserção em mercados entre as regiões Norte e Sul, e outro voltado para cooperação técnica no desenvolvimento dos profissionais de ciências agrárias das cooperativas em defesa agropecuária.

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OCB completa 50 anos e divulga números do cooperativismo



Brasília (4/7/19) – O cooperativismo gera trabalho, emprego, renda e confirma sua importância socioeconômica para o desenvolvimento estratégico do país. É o que apontam os números do Anuário do Cooperativismo Brasileiro (2019), lançando nesta quinta-feira (4/7), durante sessão solene conjunta realizada no Plenário do Senado Federal, em homenagem aos 50 anos da OCB, celebrados em 2019.

Senadores, deputados federais, representantes dos poderes Executivo e Judiciário, e cooperativistas participaram do evento e – atentos – acompanharam o discurso do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, que discursou em nome dos 50 milhões de brasileiros ligados ao cooperativismo.

Além do resultado das 6.828 cooperativas, a liderança cooperativista destacou a necessidade de um olhar mais cuidadoso por parte dos parlamentares, para as questões que tramitam no Congresso Nacional.

“Diante da relevância das cooperativas para o país, gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a todos pelo empenho em desenvolver o cooperativismo brasileiro, mas também para pedir que continuem olhando com o cuidado que as cooperativas merecem. Nós já fazemos muito social e economicamente falando, mas queremos e podemos fazer muito mais! Por isso contamos com cada um de vocês... inclusive dos representantes do governo federal e do Judiciário aqui presentes. Temos demandas urgentes tramitando nas Comissões desta Casa de Leis e nos ministérios e, juntos, podemos transformar o Brasil num país muito mais cooperativo”, enfatizou.

 

TRABALHO E EMPREGO

Dentre os principais resultados obtidos pelas cooperativas nos últimos anos e destacados pelo presidente da OCB estão o aumento no ingresso de novos cooperados e o crescimento na geração de empregos diretos.

“Estamos na contramão do desemprego! Geramos, entre 2014 e 2018, cerca de 18% a mais de postos de trabalho – bem mais do que os outros setores econômicos. Segundo o IBGE, a empregabilidade brasileira, no mesmo período, cresceu apenas 5%. Tanto que o número de cooperados, ou seja, quem trabalha por um país melhor, também cresceu e o percentual é de encher os olhos: 15%”, destaca o presidente da OCB.

 

DEPOIMENTOS

 

CRESCIMENTO: “O cooperativismo promove, diariamente, o crescimento da nação e, por isso, me coloco a disposição das cooperativas brasileiras para defender seus interesses. Acredito muito nesse jeito de olhar o mundo, fazer negócios e de agir em prol de um mundo melhor.” Senador Luis Carlos Heinze(RS), que propôs a sessão solene pelo Senado.

 

DESAFIO: “Celebrar 50 anos pode ser traduzido como superação de dificuldades e em aprendizados importantes. O grande desafio agora é saber aproveitar as oportunidades de um mercado cada vez mais exigente, sem, contudo, esquecer dos valores e princípios, praticados em mais de 100 países e que torna o cooperativismo um modelo de negócios único.” Deputado Evair de melo (ES), que propôs a sessão solene pela Câmara dos Deputados.

 

HISTÓRIA: “Aproveito esta celebração para agradecer a todas as pessoas que trabalharam, ao longo dessas cinco décadas, para fortalecer o cooperativismo. A história não nasce sozinha. É gente que a faz e não podemos esquecer daqueles que não mediram esforços para chegarmos nesses 50 anos.” Roberto Rodrigues, embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial

 

AGRICULTURA: “Hoje, o Brasil pode dizer que só tem uma agricultura, integrando os grandes, os médios e os pequenos para alimentar o país e o mundo. É assim que as cooperativas agem: direcionando o esforço para um único foco. Não temos dúvida de que as cooperativas agropecuárias vão fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional”. Fernando Schwanke, Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura

 

CRÉDITO: “Pretendemos aumentar de 8% para 20% a participação das cooperativas no Sistema Financeiro Nacional e, para isso, pretendemos estimular o crescimento delas nas regiões Norte e Nordeste, não apenas para levar crédito, mas para levar o espírito cooperativo”. Paulo Souza, diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil

 

LINKS
  1. ANUÁRIO: Clique aqui para acessar os dados.
  1. ENTREVISTA: Clique aqui para conferir a entrevista com Márcio Freitas sobre outros destaques do anuário.
  1. FOTOS: clique aqui para conferir as fotos da sessão solene.

Cooperativismo na Reforma da Previdência

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta semana, em primeiro turno, o texto base da Reforma da Previdência (PEC 6/2019). E a matéria contém alguns pontos de interesse para o cooperativismo brasileiro, todos eles analisados e discutidos pelo Sistema OCB e pelos deputados da Frente Parlamentar do Cooperativismo, a Frencoop.

Confira as alterações aprovadas na comissão especial e que foram mantidas na votação em plenário:

CSLL de cooperativas de crédito: Alíquota de 15% de CSLL para as cooperativas de crédito. No caso dos bancos, a alíquota foi ampliada para 20%.

FAT ao BNDES: Manutenção da redução de 40% para 28% dos recursos do FAT ao BNDES, para garantir a continuidade dos programas de desenvolvimento do setor produtivo financiados pelo banco.

Aposentadoria rural: Idade mínima de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. E mais: tempo de atividade rural será reconhecido para concessão de aposentadoria de acordo com as regras vigentes à época do exercício da atividade.

Imunidade tributária das exportações: Retirado dispositivo que colocava fim à imunidade das exportações para os setores que participam da desoneração da folha e que pagam a tributação pela receita bruta (aves e suínos, por exemplo).

Funrural: Retirado dispositivo que vedava qualquer nova remissão ou prorrogação de dívidas fora da folha de pagamento, dentre elas, o Funrural.

A votação da Reforma ainda está em andamento na Câmara, com destaques ainda sendo analisados pelo plenário. A expectativa é que a apreciação dos destaques se encerre neste sábado (13/07) e o segundo turno de votação da proposta aconteça após o recesso parlamentar.

Um cooperativismo forte é sinônimo de uma nação forte

Brasília (4/7/19) – O Anuário do Cooperativismo Brasileiro (2019), lançado pela OCB nesta quinta-feira (4/7), apresenta os principais números e resultados das cooperativas do país e marca a celebração dos 50 anos da OCB, dos 10 anos do Dia de Cooperar e da 97ª edição do Dia Internacional do Cooperativismo. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comentou os resultados do anuário que, em geral, reúne dados que retratam a relevância socioeconômica do movimento cooperativista brasileiro. Confira abaixo:

 

O anuário mostra que as cooperativas estão na contramão do desemprego. Poderia explicar o porquê?

É muito simples: enquanto os demais setores econômicos geraram 5% de postos de trabalho entre 2014 e 2018, as cooperativas conseguiram mais que triplicar esse percentual. Geramos praticamente 18% a mais de empregos, no mesmo período.

Além do número de postos diretos de trabalho, outro indicador extremamente relevante para nós é o ingresso de novos cooperados. De 2014 para 2018, esse percentual cresceu 15%, ou seja, saltamos de 14,2 milhões para 14,6 milhões de um ano para o outro.

Se nós somarmos esses números (cooperados + empregados) podemos, com segurança, afirmar que 50 milhões de brasileiros, ou seja, 25% da população do país, está ligada diretamente ao cooperativismo. É um bom percentual, mas estamos trabalhando para elevar esse percentual, porque acreditamos no nosso modelo de negócios e sabemos que, quanto mais o cooperativismo for compreendido e vivido pela sociedade, mais cooperativo será o Brasil. E o que isso quer dizer? Que todos terão oportunidades melhorar de vida e de realizar seus sonhos.

 

Poderia nos dizer como foram os resultados econômicos das cooperativas em 2018?

No que diz respeito ao ativo total e ao ingresso e receitas brutas, nossas cooperativas também fizeram bonito. Elas registram, respectivamente, R$ 351,4 bi e R$ 259,9 bi. E se a gente cresce, todo mundo cresce. Para ter uma ideia, as cooperativas recolheram aos cofres públicos R$ 7 bilhões, em impostos e tributos, apenas em 2018. Também fizemos a economia girar no ano passado, ao injetarmos mais de R$ 9 bilhões, apenas com o pagamento de salários outros benefícios destinados a colaboradores. Como se vê, quanto mais forte forem as cooperativas, mais forte será a economia do país.

 

Quanto aos ramos, poderia citar os destaques principais?

Sim, e podemos começar pelas cooperativas de crédito. Como sempre dizemos, elas têm um papel estratégico na inclusão financeira de milhões de pessoas e na democratização do crédito. Falamos de um total de 9,8 milhões de cooperados, de uma presença em 594 municípios brasileiros onde outras instituições financeiras não estão presentes, e de um crescimento de 18,6% em depósitos só em 2018, totalizando mais de R$ 151 bilhões.

Esse papel estratégico foi, inclusive, ressaltado recentemente pelo presidente do Banco Central, Ricardo Campos Neto, que esteve com a gente, na nossa sede, aqui em Brasília, para falar da Agenda BC# - desafios e ações que o Banco Central estabeleceu para fortalecer ainda mais o Sistema Financeiro Nacional. E a ideia é fazer isso a partir de quatro pilares centrais: inclusão, educação, competividade e transparência. Pilares esses que estão totalmente ligados à natureza cooperativista e à forma de trabalhar e atuar das nossas cooperativas.

Outro ramo que teve destaque foi o Saúde. As cooperativas médicas, por exemplo, respondem por 31% do mercado de saúde suplementar. Hoje, as 786 cooperativas de saúde se fazem presentes e atuantes em praticamente 85% do território nacional. Nossos cooperados trabalham diariamente para oferecer um atendimento de qualidade e diferenciado à população, pensando em cuidar, mas também em promover a saúde a partir de um trabalho de educação e de conscientização, pontos fundamentais para a prevenção. Hoje, elas respondem pelo atendimento de praticamente 25 milhões de brasileiros, e nas várias áreas da saúde – médica, odontológica, psicológica, em tantas outras.

Além do Crédito e Saúde, também temos o Transporte. Nesse segmento o sucesso não foi diferente! Transportamos dois bilhões de pessoas, seja na modalidade individual, como os táxis, ou coletiva, como os ônibus. Também respondemos pelo escoamento de praticamente 450 milhões de toneladas de bens, dentro e fora do país. São cerca de 1351 cooperativas reunindo 98 mil cooperados em todo o Brasil.

Essas são apenas algumas das provas de que um cooperativismo forte é sinônimo de uma economia forte. Os números que reunimos e apresentamos nessa edição do Anuário do Cooperativismo Brasileiro retratam a expressividade, o tamanho, a força e a contribuição do nosso modelo de negócio para o Brasil.

São dados que reforçam a importância do cooperativismo como agente de transformação e de desenvolvimento, afinal, nós trabalhamos por um mundo feliz, equilibrado, justo e com melhores oportunidades para todos.

 

E como as cooperativas podem conhecer mais detalhes do anuário?

Basta acessar o nosso site. Todas as nossas publicações estão lá. O endereço de acesso é: https://somoscooperativismo.coop.br/assets/arquivos/Publicacoes/Anuario-2018.pdf.

 

E para finalizar, a OCB está completando 50 anos. Qual sua mensagem aos cooperados brasileiros?

Gostaria apenas de reforçar que nós, cooperativistas de todos os cantos do país, temos a certeza de que o futuro é cooperativista. É isso o que querem as gerações que estão aí. Hoje celebramos os 50 anos da OCB, mas também iniciamos a nossa jornada rumo aos próximos 50 anos. E assim, convido a todos – deputados, senadores, representantes do governo, do Poder Judiciário e, também, a sociedade civil – a trabalhar por um Brasil mais cooperativo, onde cada cooperado seja valorizado como alguém que assume seu protagonismo e faz sua parte por um país mais próspero e por mundo melhor. Contamos com vocês. Vamos juntos! Afinal, nós SomosCoop!

Pronaf: governo amplia possibilidade de acesso de cooperativas agro

Brasília (3/7/19) – A Portaria nº 62, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que altera a forma de cálculo para concessão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) para as cooperativas agropecuárias foi publicada no Diário Oficial da União, desta quarta-feira (3/7).

A partir da publicação, para que uma cooperativa singular possa ser beneficiária da DAP Jurídica, o quadro de cooperados deve ser constituído por mais da metade de agricultores familiares com DAP ativa. Anteriormente, a exigência é que fosse comprovado que, no mínimo, 60% de seus associados fossem agricultores familiares com DAP.

 

CENTRAIS

Houve alteração também para a concessão da DAP Jurídica para as cooperativas centrais. Com o novo normativo, para que essas cooperativas possam acessar a Declaração, a soma dos agricultores familiares com DAP ativa deve constituir mais da metade do número de cooperados pessoas físicas da totalidade das cooperativas singulares. Para deterem a DAP anteriormente, essas cooperativas deviam ser constituídas exclusivamente por cooperativas singulares da agricultura familiar com DAP Jurídica.

Desde o início da nova gestão do governo federal, a OCB vem trabalhando junto à equipe da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA um melhor enquadramento das cooperativas e seus cooperados nas políticas públicas da agricultura familiar.

Com essa nova formatação, um número maior de cooperativas agropecuárias e, consequentemente, de agricultores familiares cooperados, poderão ter acesso às políticas de fomento destinadas a esse público, possibilitando assim um tratamento mais adequado às necessidades desses agricultores, agregando valor à sua produção e gerando renda para essas famílias.

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Celebração do Dia C é neste sábado

Brasília (3/7/19) – Mais de 10 milhões de atendimentos, realizados em 1/5 dos municípios brasileiros. Esses são os números que traduzem a força das cooperativas, ao realizarem, ao longo de 10 anos, o Dia de Cooperar (Dia C), um movimento nacional de estímulo a iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras.

E para comemorar esse resultado, cooperativas de todas as partes do país realizam neste sábado, dia 6 de julho, em mais de 400 cidades, uma celebração simultânea do Dia C. Serão oferecidos serviços sociais e ministrados cursos e aulas. A intenção é mostrar à sociedade que as cooperativas acreditam que as atitudes simples movem o mundo e que elas estão engajadas em ser protagonistas da transformação que o país precisa e merece.

“Embora tenha o nome de Dia C, o Dia de Cooperar é formado por iniciativas que ocorrem ao longo do ano, mudando a realidade de muitos brasileiros. Esse é o maior programa de voluntariado do cooperativismo e, por isso, foi reconhecido pela ONU. Tanto que todas as iniciativas estão alinhadas com pelo menos um ODS, que preveem a erradicação da pobreza extrema no mundo até o ano de 2030”, comenta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

 

TEMPO REAL

A programação das atividades de celebração do Dia C será acompanhada por uma equipe de jornalistas que farão a cobertura em tempo real. Para acompanhar tudo o que acontecerá, basta acessar o site do Dia de Cooperar.

Texto aprovado na Comissão Especial da Reforma da Previdência garante direitos das cooperativas

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados  

Brasília (05/07/19) – A comissão especial da Reforma da Previdência (PEC 6/2019) finalizou, na noite desta quinta-feira (4/7), a votação dos destaques que alteram trechos do substitutivo do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

Um deles retirou do texto da Reforma da Previdência dois dispositivos: o primeiro, que vedava qualquer nova prorrogação ou remissão de dívidas fora da folha de pagamentos, a exemplo do Funrural; e o segundo, que tributava as contribuições previdenciárias substitutivas da folha de pagamento nas exportações (o que afetaria algumas cadeias do setor agropecuário, como aves e suínos).

Esses dois pontos, que impactam diretamente o cooperativismo agro, foram alcançados a partir da atuação de integrantes das frentes parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e Agropecuária (FPA), como os deputados Evair de Melo (PP-ES), Alceu Moreira (MDB-RS), Sérgio Souza (MDB-PR) e Jerônimo Goergen (PP-RS).

Outros temas que envolvem as cooperativas e seus cooperados e que merecem destaque são:

CSLL para cooperativas de crédito: após mobilização da OCB e da Frencoop, o relator retornou alíquota de 15% de CSLL para as cooperativas de crédito. No caso dos bancos, a alíquota foi ampliada para 20%.

Aposentadoria Rual: O relatório manteve as regras atuais para quem exerce atividade econômica familiar, incluindo trabalhadores rurais, garimpeiros e pescadores artesanais. Ou seja, a idade mínima deve permanecer em 55 anos para mulheres e 60 para homens - contudo, eles deverão contribuir por 20 anos, ao invés dos 15, previstos na regra atual. No caso das mulheres, o tempo de contribuição não sofre alterações. Essas considerações também valem para os casos de segurados especiais.

A proposta do governo previa idade mínima de 60 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, com 20 anos de tempo de contribuição parta ambos os sexos.

A matéria agora segue para votação em dois turnos no plenário da Câmara dos Deputados. Clique aqui para conferir o texto aprovado na comissão especial.

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Banco Central aposta em cooperativas como aliadas



Brasília (25/6/19) – Menos de um mês após o Banco Central anunciar os quatro eixos de sua Agenda BC#, o presidente da autarquia, Roberto de Oliveira Campos Neto, esteve na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília, nesta terça-feira (25), para explicar como o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) pode contribuir com as ações da chamada democratização financeira, foco da Agenda. O cooperativismo, conforme anunciado, faz parte do eixo Inclusão.

Campos Neto, que, durante o evento, estava acompanhado por diversos diretores do Banco Central, fez questão de destacar o crescimento das cooperativas de crédito em tempos de crise, com índices superiores ao desempenhado pelos demais integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Segundo ele, as cooperativas possuem diferenciais muito estratégicos. Dentre eles: o atendimento diferenciado, o foco no cooperado, o estímulo à poupança e a democratização do acesso ao crédito, sobretudo entre os pequenos investidores.

Sobre a participação das cooperativas de crédito nesse grande projeto de retomada econômica nacional, Campos Neto disse que pretende ouvir, ainda mais, o setor para saber o que pode ser melhorado. Como exemplo, o presidente do Banco Central disse que pretende aprimorar a Lei Complementar nº 130/2009, tida como marco legal do SNCC e que acaba de completar 10 anos.

 

INCLUSÃO

A dimensão Inclusão, que engloba as cooperativas de crédito, pode ser traduzida na facilidade de acesso ao mercado para todos: pequenos e grandes, investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros. Entre as medidas para alcançar esse objetivo, estão plataformas digitais, menos burocracia e simplificação de procedimentos.

O objetivo desse eixo é expandir o cooperativismo de crédito. Para isso, o Banco Central atuará, em conjunto com as cooperativas, em três grandes vetores: 1) Fomento de atividades e negócios; 2) Aprimoramento da organização sistêmica e promoção do aumento da eficiência do segmento; e 3) Aprimoramento da gestão e da governança.

Um dos desafios lançados pelo presidente do Banco Central é ampliar a presença do cooperativismo de crédito nas regiões Norte e Nordeste. “Precisamos de um projeto de expansão”, comenta Campos Neto, informando que gostaria de ver os primeiros resultados dessa ação ainda no segundo semestre deste ano. “Sei que é um trabalho conjunto e, por isso, irei acompanhar esse projeto pessoalmente”, declara.

Por fim, o presidente do Banco Central afirmou que já está na hora de todos trabalharem por um país melhor para todos: “Precisamos crescer a torta. Chega de nos preocuparmos apenas com o nosso pedaço”.

 

DESAFIO

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que os desafios são enormes, mas que nessa tarefa de contribuir com o Banco Central, contará com a participação de cada cooperativa, dirigente ou cooperado do país. “É a oportunidade de nos tornarmos uma expressão cada vez maior na economia do país e de mostrarmos o nosso trabalho. Aquilo que fazemos de melhor: cuidar do nosso cooperado”.

Segundo Márcio Freitas, o cooperativismo é ideal para incluir mais brasileiros no Sistema Financeiro Nacional (SFN), por isso, é uma das estratégias do Banco. De acordo com o IBGE, ainda há cerca de 60 milhões de pessoas ‘desbancarizadas’ no país, ou seja, cerca de ¼ da população ainda é considerada “sem-instituição financeira”.

O coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO), Manfred Dasenbrock, destacou que a proposta do Banco Central é, de fato, desafiadora, mas exequível. “Nosso propósito é servir as pessoas, oferecendo serviços financeiros de qualidade, com preço justo e atendimento personalizado. Somos apaixonados por inclusão financeira. Tanto é verdade que, em centenas de municípios do país, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes”, avalia Manfred.

 

VANTAGENS

Presentes em praticamente todo o território brasileiro, as cooperativas de crédito possuem, juntas, a maior rede de atendimento bancário do país e um portfólio de produtos e serviços (tais como: conta corrente, empréstimos, financiamentos, investimentos, planos de previdência e seguros) similar à dos demais integrantes do SFN, mas com taxas e tarifas cerca de 30% menores.

Além de economia, as cooperativas oferecem inclusão e educação financeira a mais de 10 milhões de brasileiros, muitos deles moradores de uma das dezenas de cidades onde elas são as únicas instituições financeiras presentes. Só na última década, o número de pessoas que se vincularam à uma cooperativa de crédito cresceu praticamente 180%.

Outro aspecto que torna uma cooperativa de crédito a alternativa mais viável para cidadãos e empreendedores que buscam opções mais vantajosas no Sistema Financeiro Nacional, é o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Criado para assegurar valores de até R$ 250 mil, por depositante, em casos de intervenção ou liquidação extrajudicial, o fundo trouxe mais segurança institucional, credibilidade e competitividade para todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).

 

COMPROMETIMENTO

O evento também contou com a participação de deputados e senadores, integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que manifestaram seu comprometimento com a causa cooperativista especialmente no que diz respeito ao estímulo ao desenvolvimento do setor, visando o fortalecimento de toda a economia brasileira. Representando toda a diretoria da OCB, esteve Edivaldo Del Grande, presidente do Sistema Ocesp.

Estiveram presentes prestigiando o evento da Agenda BC# os parlamentares:

  • Deputado Evair de Melo (ES) – presidente da Frencoop
  • Senador Luis Carlos Heinze (RS)
  • Deputado Domingos Sávio (MG)
  • Deputado Arnaldo Jardim (SP)
  • Deputado Zé Silva (MG)
  • Deputado Celso Maldaner (SC)
  • Deputada Aline Sleutjes (PR)
  • Deputada Caroline de Toni (SC)

 

QUATRO DIMENSÕES

A reformulação da agenda foca em quatro aspectos:

  • INCLUSÃO: Facilidade de acesso ao mercado para todos: pequenos e grandes, investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros.
  • COMPETITIVIDADE: Adequada precificação por meio de instrumentos de acesso competitivo aos mercados.
  • TRANSPARÊNCIA: No processo de formação de preço e nas informações de mercado e do BC.
  • EDUCAÇÃO: Conscientização do cidadão para que todos participem do mercado e cultivem o hábito de poupar.
 
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OCB lançará Anuário do Cooperativismo

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Brasília (3/7/19) – Nesta quinta-feira, 4/7, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) lançará o Anuário do Cooperativismo Brasileiro – 2019, durante uma sessão solene em homenagem aos 50 anos da entidade. O evento ocorrerá no plenário do Senado Federal, a partir das 9h. O anuário reúne informações socioeconômicas que mostram a contribuição das cooperativas para a economia do país entre os anos de 2010 e 2018. Dentre os grandes destaques a serem apresentados estão indicadores como empregabilidade, ingresso de cooperados e faturamento das cooperativas.

A solenidade contará com a presença de Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, do deputado Evair de Melo, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e de outros integrantes da bancada cooperativista no Congresso.

A sessão solene também marca a comemoração do 97º Dia Internacional do Cooperativismo e, ainda, os 10 anos do Dia de Cooperar (Dia C), ambos celebrados no dia 6/7. Vale destacar que o Dia C é um grande movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, e que fazem parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro.

Aprovado texto base da Reforma da Previdência

Brasília (4/7/19) – A comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/2019) aprovou há pouco, por 36 votos favoráveis a 13 contrários, o texto-base elaborado pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). No momento são analisados destaques para votação em separado, que podem alterar trechos específicos do substitutivo.

No novo documento apresentado, alguns pontos que envolvem as cooperativas e seus cooperados merecem destaque. São eles:


- CSLL PARA COOPERATIVAS DE CRÉDITO: após mobilização da OCB e da Frencoop, o relator retornou alíquota de 15% de CSLL para as cooperativas de crédito. No caso dos bancos, a alíquota foi ampliada para 20%.

 

- APOSENTADORIA RURAL: O relatório manteve as regras atuais para quem exerce atividade econômica familiar, incluindo trabalhadores rurais, garimpeiros e pescadores artesanais. Ou seja, a idade mínima deve permanecer em 55 anos para mulheres e 60 para homens - contudo, eles deverão contribuir por 20 anos, ao invés dos 15, previstos na regra atual. No caso das mulheres, o tempo de contribuição não sofre alterações. Essas considerações também valem para os casos de segurados especiais.

 

A proposta do governo previa idade mínima de 60 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, com 20 anos de tempo de contribuição parta ambos os sexos.

 

 - EXPORTAÇÕES: O relatório acaba com a imunidade tributária para exportações no caso dos setores que participam da desoneração da folha. Atualmente, segundo o Art. 149, §2º, inciso I da Constituição Federal, é vedada a cobrança de impostos de todas as naturezas, a fim de estimular a venda de produtos brasileiros fora do país.

De acordo com o relatório do deputado Samuel Moreira (SP), relator da PEC da reforma da Previdência, as empresas e cooperativas que exportam produtos como carnes de aves e suínos e, também, as do setor sucroalcooleiro deverão recolher a Previdência para seus funcionários e a incidência não seria sobre a folha de pagamentos, mas sobre a receita das operações de comércio exterior.

 

MANUTENÇÃO DE DIREITOS

A OCB entende que o processo de desenvolvimento do nosso país demanda mudanças e aperfeiçoamentos graduais e constantes nas políticas públicas, especialmente em relação ao seu financiamento. Para ter sucesso, tais alterações precisam garantir competitividade ao setor produtivo, com segurança jurídica e condições favoráveis aos investimentos. Ao mesmo tempo, é preciso garantir a manutenção dos direitos sociais conquistados na Constituição e dar sustentabilidade e credibilidade ao nosso sistema previdenciário.

Assim, a OCB defende a aprovação da Reforma da Previdência, levando em consideração a realidade dos cooperados e cooperativas brasileiras e a importância social e econômica desse setor para o Brasil. Dessa forma, será possível estabilizar as contas públicas e estimular o retorno da confiança no crescimento econômico brasileiro e permitiremos que o cooperativismo continue contribuindo com a geração de renda e emprego em nosso país.

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OIT reconhece cooperativas como geradores de trabalho decente



Brasília (24/6/19) – O modelo cooperativo de negócios acaba de ser reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na sexta-feira (21/6), durante sua 108ª reunião, realizada em Genebra, na Suíça, mais de seis mil representantes dos 170 países-membro aprovaram a Declaração Centenária da OIT para o Futuro do Trabalho, que aprimora o arcabouço jurídico global, voltado às relações de trabalho.  

A OIT é diferente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Trata-se de um organismo internacional de direito público, composto por estados e governos de dezenas de países. Com apoio de alguns governos, inclusive o do Brasil, a declaração incluiu o cooperativismo. O texto aprovado afirma o seguinte:

“A OIT deve direcionar seus esforços para (...) apoiar o papel do setor privado como principal fonte de crescimento e criação de empregos, promovendo um ambiente propício ao empreendedorismo e às empresas sustentáveis, bem como às cooperativas e à sociedade de economia social e solidária, a fim de gerar trabalho decente, emprego produtivo e melhores padrões de vida para todos.”

A declaração reconhece que, em tempos de “mudança transformadora no mundo do trabalho” e “desigualdades persistentes”, “é imperativo agir com urgência para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios para moldar um futuro de trabalho justo, inclusivo e seguro para todos”.

“O movimento cooperativo saúda a Declaração final e deseja destacar a frutífera colaboração com a OIT desde sua criação. Como responsáveis ​​por proporcionar emprego a 10% da população mundial empregada, as cooperativas são atores cruciais para a construção de um futuro melhor hoje”, declarou o presidente da ACI, Ariel Guarco.

 

SOBRE A OIT

Atualmente com 170 membros, a Organização Internacional do Trabalho foi criada em 1919, no âmbito do Acordo de Versailles, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. Sua principal função é promover as condições adequadas de trabalho em todo o mundo.

O cooperativismo colabora com a OIT desde sua criação, em 1919. De fato, o primeiro diretor geral da OIT, o francês Albert Thomas, era também membro do Conselho de Administração da ACI. Atualmente, a OIT é o único organismo internacional vinculado à ONU com um departamento exclusivamente dedicado a estatísticas de cooperativas.

 

VITÓRIA

A inclusão das cooperativas na declaração da OIT representa uma vitória para a ACI (membro observador da OIT), que trabalhou incessantemente para isso. A OCB, por sua vez, apoiou o esforço, pedindo ao governo brasileiro a defesa de uma emenda que incluísse o modelo cooperativista na Declaração. A delegação brasileira atendeu o pedido, apresentando junto com o grupo de países latino-americanos a emenda que acabou sendo aprovada pela plenária da OIT.

Com efeito, as decisões tomadas no âmbito da OIT têm implicações nas legislações dos países membros. Em 2002, por exemplo, ocorreu a publicação da Recomendação 193, que estimulava os membros a promover o cooperativismo de trabalho em seus países. Um dos desdobramentos dessa recomendação, aqui Brasil, foi a proposta e aprovação da Lei 12.690/2012, que trata especificamente do cooperativismo de trabalho.

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Governo lança Plano Safra com R$ 225,59 bilhões



Brasília (18/9/19) – O governo federal lançou nesta terça-feira (18) o Plano Safra 2019/2020, que atenderá pequenos, médios e grandes produtores. Foram disponibilizados R$ 225,5 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. Do total, R$ 222,74 bilhões são para o crédito rural (custeio, comercialização, industrialização e investimentos), R$ 1 bilhão para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e R$ 1,85 bilhão para apoio à comercialização. Essa é a primeira vez, em 20 anos, que o governo une numa mesma política pública os planos Safra da Agricultura Familiar e o Agrícola e Pecuário.

O lançamento ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão, de diversos ministros, dentre os quais, Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil), além do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que discursou em nome de todo o setor agropecuário. A cerimônia foi prestigiada, ainda, por secretários do MAPA, parlamentares e representantes do setor agrícola

 

COOPERAÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro elogiou a construção conjunta da equipe de governo para o Plano Safra e destacou inovações como a disponibilização de R$ 500 milhões para os pequenos produtores construírem ou reformarem suas casas. “Foi uma elaboração que passou por muita gente. Eu fico muito feliz de estar à frente de um governo onde todos falam entre si. Aqui não há brigas políticas, apenas o empenho em servir o Brasil”, disse Bolsonaro.

 

PAPEL FUNDAMENTAL

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou que toda a agricultura, independentemente de seu porte, desempenha papel fundamental para garantir a segurança alimentar não só do Brasil, mas de outros 160 países, parceiros comerciais. “Temos, enfim, uma só agricultura alimentando com qualidade o Brasil e o mundo”, destacou.

 

DISCURSO

Márcio Freitas agradeceu o esforço do governo federal em ampliar a política pública “em um momento em que o país busca o equilíbrio fiscal e o caixa está baixo. O cooperativista também homenageou os agricultores brasileiros que, resilientes, têm enfrentado situações difíceis. “Estamos batendo outro recorde: quase 240 milhões de toneladas de grãos. E isso só grãos! Se somarmos tudo, é mais de 1 bilhão de toneladas” diz.

 

SEGURANÇA ALIMENTAR

Ainda segundo o presidente do Sistema OCB, é notável o crescente protagonismo do Brasil em relação à segurança alimentar mundial, aprimorando os bons resultados em sua legítima e maior vocação: a de alimentar o mundo. “Até 2026/2027, o Brasil será o país que mais ampliará a produção, com previsão de aumento de 41% no período, graças à tecnologia tropical sustentável, aplicada ao uso agropecuário de apenas 30,2% do território nacional, e à conservação dos recursos naturais disponíveis”, avalia. Para a liderança, o crescimento da produção graças à utilização de insumos modernos, tecnologia e pesquisa permitiu, nos últimos 30 anos, aumentos expressivos na produção.

 

IC AGRO

Márcio Freitas também se referiu ao aumento da confiança do setor agropecuário no atual governo. “Pela primeira vez em seis anos, desde a criação do Índice de Confiança do Agronegócio Brasileiro (ICAgro), houve uma forte mudança na percepção do setor em relação ao olhar do Governo Federal para a Agropecuária: 79% dos respondentes mencionaram que o Governo apoia o setor. Antes, esse número não atingia sequer os 40%. Isso, sem sombras de dúvidas, é um excelente indício do reconhecimento pelos esforços direcionados ao desenvolvimento sustentável das atividades do campo.”

 

SEGURO RURAL

Por fim, o presidente do Sistema OCB fez questão de ressaltar a importância do seguro rural. “Não podemos nos esquecer do seguro rural, dos efeitos do clima e da alta volatilidade dos mercados, com variações expressivas nos preços. Assim, planejar o quê e como produzir seria uma tarefa menos complexa e, portanto, bastante favorecida com a maior previsibilidade dos orçamentos para o seguro rural e com o aperfeiçoamento dos instrumentais já existentes. Aqui, devemos um especial agradecimento aos representantes do Governo Federal e do Congresso Nacional, que ratificaram o volume de R$1 bilhão para a safra 2019/20, o maior orçamento da história.

Contribuição confederativa vence no dia 30 de junho

Brasília (18/6/19) – Os sindicatos exercem importante papel de representação em diversos âmbitos da sociedade, para garantir os direitos de seus associados (empregados e empregadores). No cooperativismo isso também ocorre. Para se ter uma ideia, todos os dias, os interesses das cooperativas, enquanto categoria econômica, são defendidos no âmbito dos Três Poderes da República por sindicatos, federações e pela Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).

Essa estrutura de defesa também possui três níveis de atuação: municipal, estadual e nacional, com prerrogativas exclusivas, dentre elas a possibilidade de propor ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal e a participação em fóruns, conselhos e demais órgãos colegiados dos poderes públicos.

 

CONTRIBUIÇÃO

E se de um lado existe a atuação dos sindicados de empregados, do outro, existe um trabalho consistente voltado aos empregadores, no caso, as cooperativas. Por isso é tão importante ter um sistema sindical fortalecido. “Todo esse trabalho é custeado por uma contribuição confederativa anual, baseada na classe de capital social de cada cooperativa. É essa contribuição que nos permite atuar pela defesa do cooperativismo brasileiro, buscando avanços e melhorias para o setor. É muito importante, em um estado democrático de direito, a organização sindical em prol das categorias representadas e da coletividade, e isso não é diferente para o cooperativismo”, comenta a gerente sindical da CNCoop, Jucélia Ferreira, que faz um alerta: “Essa contribuição vence no próximo dia 30/6”.

 

INFORMAÇÕES

Os interessados podem encontrar todas as informações a respeito do trabalho dos sindicados, federações e da própria CNCoop, clicando aqui

 

BREVE HISTÓRICO

Anteriormente, o cooperativismo era representado, na esfera sindical, por entidades genéricas que representavam outras categorias econômicas e, assim, os interesses das cooperativas acabavam ficando em segundo plano.

Por isso, desde a década de 90, as cooperativas começaram a ser representadas por entidades sindicais específicas, que hoje contam com três níveis: os sindicatos de cooperativas (1º grau), que atuam no âmbito municipal, estadual e nacional; as federações (2º grau), que agrupam esses sindicatos; e, em terceiro grau, a CNCoop, que reúne as federações.

Essa organização sindical, que completa quase 30 anos, foi fundamental para a representação das cooperativas enquanto categoria econômica. A relação entre os sindicatos dos empregados em cooperativas (representação laboral) e os sindicatos das cooperativas (representação patronal) funciona muito melhor. É uma linguagem paralela e simétrica na promoção do cooperativismo como gerador de trabalho, emprego, renda e desenvolvimento social.

 

SAIBA MAIS

Atualmente, existem, no Brasil, cerca de 50 sindicatos de cooperativas, 6 federações e a CNCoop. E mais: o Sistema Sindical Cooperativista é fundamental para gerar espaços de interlocução com o governo, com outras instituições públicas e privadas, para colaborar com a divulgação e o aprimoramento da doutrina cooperativista. O Sistema Sindical também auxilia as cooperativas em assessoria e consultoria jurídicas; assistência em negociações coletivas, estrutura física para eventos e reuniões; e outros muitos serviços.