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Entidade pede um montante mínimo de R$ 528 bilhões para atender produtores
O Sistema OCB defendeu o fortalecimento da arquitetura da política de crédito e seguro rural no Plano Safra 2024/2025 em reuniões realizadas no Ministério da Fazenda e na Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) nesta segunda e terça-feira (3 e 4/06). “Entendemos que o cooperativismo é um meio importante de fomento e capilaridade para o agro, o combate à inflação e o estímulo à produção de alimentos. Tanto que o movimento é é responsável por mais de 50% da produção nacional de grãos e 71,2% do quadro social é formado por agricultores familiares. Reconhecemos nosso papel e sabemos que podemos contribuir ainda mais para o fortalecimento do setor e para o desenvolvimento socioeconômico do país”, afirmou a superintendente Tania Zanella em suas explanações.
Na Fazenda, o encontro ocorreu com o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais, da Secretaria de Política Econômica (SPE), Gilson Alceu Bittencourt. Já na FPA, a defesa das demandas para o Plano Safra foi feita junto ao diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, Otávio Ribeiro Damaso, dos secretários de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Neri Gueller, e de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Vanderley Ziger, além de parlamentares que compõem o colegiado.
Tania reforçou a proposta do Sistema OCB para o Plano Safra, que pede um montante mínimo de R$ 558 bilhões para atender produtores de diferentes portes. “Além deste volume de recursos, defendemos o fortalecimento das cooperativas de crédito e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como meios de capilaridade, efetividade e instrumentalização para a política em nível nacional, e que demonstrará ainda mais a pujança do agro no Brasil”, considerou.
Em relação aos limites de contratação, a sugestão do cooperativismo é elevar os tetos. Sobre as taxas de juros, a defesa é que os percentuais fiquem abaixo de dois dígitos para todas as linhas de planejamento agropecuário, com reduções de 2,5 pontos percentuais acompanhando o movimento da taxa básica de juros (Selic).
Quanto às exigibilidades, a superintendente afirmou que o cooperativismo visa à ampliação das fontes de recursos destinados à política agropecuária. As sugestões para o Plano Safra incluem a alteração dos depósitos à vista de 30% para 34%, a manutenção da poupança rural em 65% e o aumento das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) de 50% para 60%, com isenção tributária.
Tania também enfatizou a necessidade de ampliação orçamentária e abrangência do Seguro Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), considerados mecanismos essenciais para a produção nacional. Por fim, entre as prioridades apresentadas, está ainda o acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf, por meio de ajuste para que o percentual mínimo de DAP/CAF seja de 60%.
“Para isso, sugerimos a adoção de uma escala gradual de enquadramento, que tem como referência faixas de percentuais de agricultores familiares no quadro social para limites diferenciados de contratação. Dessa forma, conseguimos, inclusive, contemplar a política pública que visa valorizar cooperativas que possuam maior percentual de agricultores familiares em seus quadros sociais, sem deixarmos desamparados os que atingem percentuais de 60% até 75%, explicou Tania.
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Encontro aprovou proposta que aprimora substituição de membros do Conselho
Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em nível global e convocou a reunião para discutir a aprovação de uma proposta de alteração no regulamento da organização, que sugere a substituição de um representante do Conselho da ICAO, em casos em que não seja possível completar seus mandatos. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou na terça-feira (28) da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias (ICAO), que organiza o Ramo Agro da
Com a aprovação, a partir de agora, é possível substituir o membro por um novo, que faça parte da sua mesma organização nacional. A decisão sobre quem assumirá fica a cargo da organização à qual o substituto original pertence como forma de gerar maior relevância para a organização eleita e não apenas no indivíduo.
Para o presidente Márcio, a mudança é relevante, assim como a participação ativa nas reuniões da ICAO para o cooperativismo brasileiro. "É no âmbito dessa entidade que se articulam os cooperativismos agropecuários de todo o mundo. Conectamos as cooperativas brasileiras às africanas ou do leste asiático. Além disso, com o novo regramento, garantimos o melhor funcionamento do corpo diretivo da organização", disse.
Antes, a regra da ICAO exigia a convocação de uma Assembleia Extraordinária para eleger um substituto no caso de um representante não conseguir cumprir seu mandato. Com a nova regra, a substituição de membros do Conselho será mais simples e eficiente, com o fortalecimento das organizações nacionais que compõem o órgão e sem interrupções na legislatura do corpo executivo.
Atualmente, a ICAO é presidida pela Confederação Nacional de Cooperativas Agropecuárias (NACF) da Coreia do Sul, representada pelo Secretário-Geral Wook Lee. O Sistema OCB representa o Brasil no Conselho Executivo, que ocupa o cargo de vice-presidente para as Américas. Outros membros do Conselho incluem representantes da Polônia (Europa), Uganda (África), e Japão (Ásia e Oceania), além das Filipinas, Malásia, e Turquia, que também compõem o Comitê Executivo da ICAO.
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Participação reflete representatividade do cooperativismo na geração de empregos
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e acontece anualmente em Genebra, na Suíça. A participação do Sistema se dará por meio da Confederação Nacional das Cooperativas, entidade sindical de grau máximo do movimento. O Sistema OCB participa pela primeira vez, na próxima semana, da Conferência Internacional do Trabalho, que reúne representantes de governos, empregadores e trabalhadores de 187 países para debater e buscar soluções para os desafios enfrentados no mundo das relações de trabalho. O evento é promovido pela
Bruno Vasconcelos, coordenador sindical do Sistema, explica que o convite, feito pelo governo federal, reflete a força do cooperativismo na geração de empregos no Brasil. “Já são mais de 520 mil contratos diretos registrados em todo o país e o número cresce ano a ano. Essa representatividade nos credencia como um setor importante no mercado de trabalho. Além disso, temos conquistado espaços cada vez mais efetivos nos fóruns e conselhos nacionais e nossa participação nos debates em nível internacional se torna um desdobramento natural”.
A conferência será realizada entre os dias 3 e 14 de junho e a delegação dos empregadores do Brasil será composta por um delegado, dez conselheiros e 76 observadores. Apenas os delegados possuem direito a voto. Cada Estado-membro é representado por dois delegados do governo, um de empregadores e um de trabalhadores, além de seus respectivos consultores técnicos. No caso do Brasil, o delegado dos empregadores este ano será da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
A CNCoop participará como observadora e poderá acompanhar os debates dos cinco grupos de trabalho definidos para o evento. Os temas abordados envolvem a aplicação de convenções e recomendações; a proteção contra riscos biológicos; a discussão sobre o objetivo estratégico dos princípios e direitos fundamentais no trabalho; o trabalho decente e a economia do trabalho; e a revogação de convenções que não se fazem mais necessárias.
Ainda segundo Bruno, além de poder participar de todos os grupos, os observadores podem apresentar sugestões e participar ativamente dos debates. “Temos, assim, a possibilidade de alinhar as decisões antes das votações para que o delegado que representa o país tome suas decisões com base no que o grupo como um todo definir”.
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Evento destacou colaboração com a Índia e discutiu impactos das enchentes no RS
A Câmara do Leite do Sistema OCB realizou, na segunda-feira (27), a segunda reunião de 2024, em formato híbrido, com transmissão diretamente da Prefeitura de São Paulo. O encontro fez parte da programação da Conferência Internacional Josué de Castro sobre Segurança Alimentar e Combate à Fome e contou com a presença de diversos representantes do setor e autoridades locais.
A abertura foi conduzida pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas e pela superintendente Tania Zanella. O presidente falou sobre a importância do movimento e citou o sucesso do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e seus desdobramentos para chamar a atenção sobre a importância das cooperativas de leite. "Nós construímos nosso futuro e não podemos ficar apenas esperando por condições favoráveis. Precisamos agir, de maneira pró-ativa, para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem. É por meio do nosso esforço conjunto e da nossa capacidade de inovar e colaborar que garantiremos um futuro próspero e sustentável para o setor", declarou.
Vicente Nogueira, coordenador da Câmara do Leite do Sistema OCB, fez uma apresentação detalhada sobre o panorama global da produção de leite e destacou a recuperação considerada moderada pós-pandemia. Em seguida, Jayen Mehta, diretor geral da cooperativa indiana Amul, compartilhou a história e a estrutura da coop, a maior de lácteos da Índia e uma das maiores do mundo. Ele destacou o bom relacionamento entre Brasil e Índia, especialmente na área de desenvolvimento genético para a pecuária leiteira tropical.
Fernando Pinheiro, analista técnico institucional, afirmou que a reunião foi uma oportunidade para os representantes conhecerem um pouco mais sobre a experiência da Amul. "Ver uma das maiores processadoras de alimentos do mundo falar sobre suas operações foi enriquecedor. O encontro também contou com o relato das cooperativas do Rio Grande do Sul, que atualizaram os demais participantes sobre as condições do setor no estado após as fortes enchentes", disse.
O pesquisador Glauco Carvalho, da Embrapa Gado de Leite, falou sobre as conjunturas do mercado de lácteos, apontando uma diminuição nas importações, melhora nos preços aos produtores nacionais e queda nos custos de produção. Ele alertou para a necessidade de cautela na recuperação do consumo de lácteos e destacou os prejuízos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Conrado Zanon, CEO da Germinare Agro, fez uma exposição sobre o mercado de soja e milho, ressaltando os efeitos climáticos e as incertezas econômicas pós-pandemia. Ele também abordou os impactos da catástrofe climática no Sul do país para o mercado de grãos.
No momento de fala das cooperativas, representantes do Rio Grande do Sul, como as cooperativa Central Gaúcha e a Santa Clara, descreveram o cenário no estado após as enchentes, destacando ações solidárias e os desafios para manter as operações. Eles agradeceram o apoio do Sistema OCB e do cooperativismo nacional.
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Websérie retorna com novas histórias e mostra como o coop transforma realidades
A nova jornada do SomosCoop na Estrada já começou. A terceira temporada vai percorrer oito cidades brasileiras, sob o comando de Glenda Kozlowski. Mais uma vez, ela viaja o país e comprova, de perto, o impacto transformador do cooperativismo na vida das pessoas. Da Paraíba ao Espírito Santo, ela passa por Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso e Rio de Janeiro e explora as realidades das cooperativas e dos cooperados em diferentes regiões.
Disponível no canal do Sistema OCB no YouTube, no primeiro episódio, Glenda nos leva até Cabaceiras, na Paraíba, para conhecer a Arteza, uma cooperativa formada por 29 produtores de couro que decidiram investir em máquinas e equipamentos modernos para aprimorar a qualidade de seus produtos. A viagem segue, então, para Pernambuco, onde ela visita e retrata a Coopexvale, uma cooperativa agrícola que se destaca na produção de uvas no Vale do São Francisco.
Já no terceiro episódio, a websérie chega na capital paraibana para mostrar a Unimed de João Pessoa, fundada por 106 médicos, em 1971. A cooperativa é um referencial em serviços de saúde e está envolvida em projetos sociais, como o Mãos que Apoiam, para mulheres com câncer de mama. No episódio seguinte, Glenda conta a história da Cercos, uma cooperativa de eletrificação que atende 16 povoados em Lagarto (SE) e beneficia 25,4 mil habitantes, além de realizar projetos de perfuração de poços artesianos, beneficiando mais de 300 mil famílias.
O próximo destino é o Rio de Janeiro. A colaboração entre as cooperativas Data Coop, Coopas e Libre Code, do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, são o destaque por oferecem serviços a grupos de profissionais não tradicionais como professores, biblioteconomistas, engenheiros e cineastas. Da capital carioca, Glenda pega a estrada novamente até Campo Verde, no Mato Grosso, onde a Cooperfibra é referência na produção sustentável de soja, milho e algodão, sendo uma das maiores do Ramo Agro no país.
Rumo ao Espírito Santo, a jornada passa pela Cooperativa de Transporte Sul Serrana Capixaba, que opera desde 2002 com 514 cooperados e oferece transporte escolar de qualidade, além de outros benefícios com impacto positivo na educação e na segurança das crianças. Para encerrar, a última parada é na Cafesul, também no Espírito Santo. Por lá, a linha especial Café Póde Mulheres é produzida por cooperadas, com a promoção e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais a partir de práticas agrícolas modernas e sustentáveis.
Até agora, mais de 24 mil quilômetros foram percorridos, 21 cooperativas visitadas e mais de 360 horas se passaram no SomosCoop na Estrada. De ponta a ponta, incontáveis sorrisos ficaram registrados e inúmeras experiências foram narradas. De história em história, o poder da cooperação é o melhor combustível para seguir viagem.
Confira o primeiro episódio da terceira temporada:
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Nova medida permite operação de crédito com condição subsidiada do Pronampe
Medida Provisória (MP) 1.226/24, com complementação de ações de apoio à população e organizações impactadas pelo desastre climático no Rio Grande do Sul. Com a decisão, as cooperativas de crédito passam a poder operar a linha com concessão de desconto, via Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A medida original destinou R$ 2 bilhões para a subvencão, mas havia limitado a operação apenas para o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. O governo federal acatou o pedido do cooperativismo brasileiro e editou uma nova
A medida foi solicitada pelo Sistema OCB assim que a MP 1.216/24 foi editada, uma vez que a entidade entendeu como discriminatória a exclusão das cooperativas e de outras instituições financeiras. “As cooperativas de crédito estão presentes em 98% dos municípios do Rio Grande do Sul, sendo a única instituição financeira fisicamente presente em 141 deles, o que representa 28% do total. Ou seja, em praticamente (1/3) um terço dos municípios gaúchos, a única instituição financeira fisicamente presente é uma cooperativa de crédito”, explicou o presidente Márcio Lopes de Freitas.
Ainda segundo ele, era fundamental que o governo reavaliasse a inclusão das cooperativas de crédito na MP. “Nossa maior preocupação é atender as necessidades dos nossos cooperados e de suas comunidades nesse momento tão difícil. Entendemos que a alteração dessa medida só trará benefícios para a população, facilitando o acesso às possibilidades de créditos emergenciais que estão sendo liberados para as vítimas dessa tragédia, ressaltou.
Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o deputado Arnaldo Jardim (SP), foi fundamental nas articulações para a reedição da MP. “O cooperativismo representa um modelo de negócios que faz a diferença e impulsiona o país para frente. No crédito, as cooperativas são exemplos genuínos de como é possível levar crédito para as localidades mais distantes e, principalmente, para os pequenos e micro empreendedores. Por isso, a reedição dessa MP era uma questão de justiça social”, afirmou.
Atualmente, apenas no Rio Grande do Sul, as cooperativas de crédito são responsáveis (data-base março/24), por uma carteira de Pronampe no valor total de R$ 1,1 bilhão, com de mais de 31 mil contratos firmados, sem contar os que têm relação com outra instituição financeira que não as oficiais.
Para o Sistema OCB, a restrição às cooperativas dificultava o acesso a esses recursos por pequenos empresários do estado, que precisariam buscar outra instituição para solicitar os recursos. “Obrigar essas pessoas a terem que se deslocar a outras localidades, é penalizar ainda mais o povo gaúcho. Por isso, entendemos que estender a medida para as demais instituições financeiras, incluídas as cooperativas de crédito, além de aumentar a capilaridade, viabiliza também maior competitividade nas ofertas dos créditos”, defendeu a entidade.
O assunto foi tratado com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento Econômico, Comércio e Indústria (MDIC), Geraldo Alckmin; com os ministros da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Empreendedorismo e da Casa Civil, Fernando Haddad, Carlos Fávaro, Paulo Teixeira, Márcio França e Rui Costa, além de outras autoridades como o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloísio Mercadante; e os diretores de Fiscalização e Regulação do Banco Central, Ailton Aquino dos Santos e Otávio Ribeiro Damaso. Também foram feitas tratativas com o secretário Extraordinário da Presidência da República para o Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta.
Mais ações
Além do pedido em relação à questão do Pronampe, atendido pelo governo, o Sistema OCB está empenhado em outras articulações que contribuam para minimizar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul. A entidade está em contato constante com a Frencoop e a Frente Parlamentar da Agopecuária (FPA) para a célere aprovação das medidas emergenciais que dependem do Legilativo para sua implementação.
Além disso, com foco nas cooperativas agropecuárias, a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella, participou de reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O encontro debateu propostas em conjunto para a construção de medidas precisas. “Boa parte do cooperativismo brasileiro tem raízes no Rio Grande do Sul e esse espaço para diálogo é muito importante. Queremos construir uma rampa de soluções juntos”, defendeu.
Entre as ações defendidas estão a suspensão emergencial dos vencimentos com instituições financeiras por 120 dias; a liberação de linhas de crédito para renegociação de dívidas dos produtores e suas organizações cooperativas abrigados pela edição do Decreto de Calamidade Pública; a renegociação e alongamento dos créditos de produtores em instituições financeiras (prazo de 10 anos, carência de dois anos); e a abertura de linha de crédito para cooperativas agropecuárias do RS possibilitando alongar crédito de cooperados no montante de R$ 2,8 bilhões, com taxas fixas compatíveis as praticadas no atual Plano Safra (7% – 8%).
Junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) as tratativas abordaram iniciativas da entidade que envolvem as cooperativas de crédito, com base em seu potencial e capilaridade para atuar nas operações de liberação de recursos. Já com o Banco Central do Brasil (BCB), foi realizada reuniões para tratar das iniciativas da autarquia para ajudar as cooperativas de crédito na mitigação dos efeitos da crise.
As cooperativas de Infraestrutura também constam dos pedidos em articulação pelo Sistema OCB. “A recuperação do setor de infraestrutura, principalmente o setor elétrico, é fundamental para que os danos e impactos dos eventos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul sejam mitigados. O devido acesso à energia elétrica é fundamental para a sobrevivência das pessoas e para a retomada de atividades produtivas. Por isso, estamos solicitando a criação de linha de crédito excepcional no montante de R$ 600 milhões para volta imediata do fornecimento de energia ao setor produtivo”, completou o presidente Márcio.
O Sistema OCB está coordenando ainda, em conjunto com a Ocergs, a mobilização das cooperativas na corrente humanitária que se formou em todo o país em ações de arrecadação de recursos, doações de itens de primeira necessidade como roupas, alimentos e bebidas, e de trabalho voluntário para ajudar nas atividades de apoio às vítimas.
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Especificidades do cooperativismo e defesa do ato cooperativo foram abordados
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que trata sobre a regulamentação da Reforma Tributária foi discutido, nesta terça-feira (28), em Audiência Pública na Câmara dos Deputados e também em reunião realizada pelo Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Nas duas ocasiões, o Sistema OCB defendeu a importância do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.
O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, foi o convidado da FPA para a reunião que debateu os impactos da reforma no setor agropecuário. Durante o encontro, o deputado Pedro Lupion (PR), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e presidente da FPA, destacou a importância do diálogo contínuo com o Poder Executivo para garantir que as necessidades do setor sejam atendidas. Por sua vez, Bernard Appy, se colocou à disposição para entender quais pedidos do agro poderiam ser contemplados, além de ouvir outros pleitos que necessitam ser discutidos no Congresso Nacional.
Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, explicou que a oportunidade de tratar das especificidades do ato cooperativo junto ao Poder Executivo, com o apoio da Frencoop, é essencial para ajustar o PLP 68/2024 às necessidades das cooperativas. "É muito importante que a gente possa discutir nossos diferenciais com a Receita Federal, para que a legislação reflita adequadamente nosso modelo de negócios e não prejudique a competitividade do setor".
Arnaldo Jardim (SP), deputado e presidente da Frencoop, lembrou que o adequado tratamento tributário ao ato tributário é uma questão fundamental a ser atendida na regulamentação da reforma. “Consideramos que houve avanços significativos na aprovação do texto base da Reforma ainda no ano passado, mas a forma como a proposta de regulamentação está tratando o tema não permite a plena compreensão do ato cooperativo. Por isso, fizemos observações para que os ajustes necessários sejam feitos”, declarou.
O deputado Vitor Lippi (SP), também defendeu o ato cooperativo, especialmente no que diz respeito às cooperativas de crédito. “As cooperativas representam um setor que tem especificidades que precisam ser respeitadas. As cooperativas de crédito, por exemplo, são essenciais para levar recursos aos pequenos produtores e empreendedores brasileiros. É uma rede que merece todo o cuidado e que não pode ter nenhum prejuízo na regulamentação da reforma, especialmente pela contribuição que oferece às atividades econômicas do país”.
Os pleitos do agro, expostos nessa reunião, foram construídos dentro de um Grupo de Trabalho específico da Reforma Tributária no IPA, com representação de todos os segmentos do agronegócio, inclusive o Sistema OCB.
Audiência no Poder Legislativo
Na Câmara, o tema foi conduzido pelo deputado Cláudio Cajado (PB). A sessão teve como objetivo debater a instituição de tributos como o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS) e a forma como eles devem impactar os mais diversos setores produtivos do país
Amanda Oliveira, coordenadora tributária do Sistema OCB, explicou as especificidades do cooperativismo na regulamentação da Reforma Tributária e, em sua fala, enfatizou que o modelo de negócios se distingue significativamente dos tradicionais e que as diferenças precisam ser refletidas na legislação tributária. "O modelo cooperativo é particular, é constituído por pessoas que se unem por um objetivo em comum para oferecer melhores condições às necessidades dos seus cooperados, sem finalidades lucrativas", disse.
Segundo ela, a necessidade de um tratamento tributário justo e diferenciado para o ato cooperativo é fundamental para manter a competitividade do movimento. "A inclusão de um regime específico para as cooperativas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 foi uma conquista significativa, mas a definição das hipóteses de não incidência de tributação ao ato cooperativo ainda precisa ser detalhada na Lei Complementar. É essencial harmonizar as particularidades societárias das cooperativas com o regime específico de atuação econômica, já que as coops podem adotar qualquer gênero de serviço, produto ou atividade", expressou.
A audiência pública contou com a participação de representantes das confederações da Indústria (CNI), da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), de Serviços (CNS), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), do Transporte (CNT), de Saúde (CNS), das Seguradoras (CNSeg), dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), de Notários e Registradores (CNR) e das Instituições FInanceiras (CNF). Cada representante trouxe perspectivas e preocupações específicas sobre os impactos da reforma em seus respectivos setores.
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Reunião no Ministério do Desenvolvimento Agrário reforçou importância do movimento no segmento
Anuário Brasileiro do Cooperativismo 2023”, afirmou a superintendente Tania Zanella, presente no encontro. Em reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e diretores da pasta, o Sistema OCB apresentou, nesta segunda-feira (27), as propostas do cooperativismo para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. O objetivo do encontro foi trabalhar alternativas que contribuam para a ampliação do desenvolvimento agrícola e pecuário brasileiro. “Discutimos propostas para aprimorar a distribuição de recursos e sugestões que acreditamos ser significativas para fortalecer ainda mais os agricultores familiares no Brasil, que representam mais de 70% do quadro social das cooperativas agropecuárias brasileiras, segundo os dados do
O montante sugerido pelo Sistema OCB para a dotação orçamentária 2024/2025 é de R$ 87 bilhões, sendo R$ 45 bilhões de custeio e comercialização e outros R$ 42 bilhões para investimento. A entidade também solicitou a redução das taxas de juros para valores abaixo de dois dígitos, com uma média de corte de 2,5 pontos percentuais por linha,com base na taxa de juros praticada no momento, e o aumento global do limite de contratação por beneficiário em praticamente todas as linhas, visando ajustar os valores para a realidade atual do agronegócio nacional.
No que diz respeito aos recursos globais, a entidade propôs ao MDA medidas como a elevação do percentual de exigibilidade dos recursos obrigatórios em depósito à vista de 30% para 34%; a manutenção do percentual de direcionamento dos recursos captados por meio da poupança rural em 65%; e o aumento do direcionamento dos recursos captados por LCA de 50% para 60%.
Entre as prioridades apresentadas, também está o acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf, por meio de ajuste para que o percentual mínimo de DAP/CAF, ou seja, 60%. “Para isso, sugerimos a adoção de uma escala gradual de enquadramento, que tem como referência faixas de percentuais de agricultores familiares no quadro social para limites diferenciados de contratação. Dessa forma, conseguimos, inclusive, contemplar a política pública que visa valorizar cooperativas que possuam maior percentual de agricultores familiares em seus quadros sociais, sem deixarmos desamparados os que atingem percentuais de 60% até 75%, explicou Tania.
A superintendente também reiterou o papel das cooperativas como instrumento de desenvolvimento no campo, sendo um meio essencial para a geração de emprego e renda no país. “Esse cenário é potencializado pelas características de inclusão produtiva, econômica e social resultantes da organização coletiva que o modelo de negócios propicia para os seus donos, ou seja, os cooperados”, completou.
O ministro Paulo Teixeira reiterou seu apoio ao cooperativismo e informou que a equipe do ministério está trabalhando para buscar atender os mais diversos pleitos da agricultura familiar. “Faremos todo o possível para que o Plano Safra 2024/25 seja mais uma vez um poderoso indutor da produção agropecuária brasileira”, destacou.
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Sua Casa é Nossa Causa vai arrecadar fundos junto aos cooperativistas de todo o Brasil
O Sistema Ocergs, com o apoio do Sistema OCB, iniciou nesta terça-feira (28), uma ação que visa arrecadar fundos para auxiliar os colaboradores da entidade gaúcha que foram gravemente afetados pela recente calamidade climática no Rio Grande do Sul. Em prol do fortalecimento do cooperativismo e com base nos princípios do movimento, o intuito é mobilizar a comunidade cooperativista e a sociedade civil por meio da campanha Sua Casa é Nossa Causa.
A catástrofe causou danos significativos às residências de muitos colaboradores e, a partir de uma vaquinha solidária, as organizações desejam colaborar com a reconstrução das vidas e lares dessas pessoas. O montante arrecadado durante a campanha será utilizado para suporte elétrico, hidráulico, limpeza, aquisição de móveis, utensílios, vestuário e apoio à saúde física e mental dos afetados.
Por isso, todos os membros do Sistema OCB, da comunidade cooperativista, parceiros e apoiadores da sociedade civil, estão convidados a se unirem para que, juntos, possamos mostrar a força da solidariedade cooperativista e realmente fazer a diferença na recuperação da dignidade e bem-estar daqueles que tanto contribuem para o desenvolvimento do movimento no Rio Grande do Sul. “É em momentos como esse que o cooperativismo mostra sua força e resiliência. Conhecemos como ninguém a força do coletivo e, por isso, nossa união fará mais uma vez a diferença”, afirma o presidente Márcio Lopes de Freitas.
A arrecadação da campanha será administrada por um comitê gestor, composto por representantes dos dois Sistemas, que serão responsáveis por definir o plano de ação, acompanhar as doações e gerenciar a distribuição dos recursos, que será feita com base nas necessidades individuais, priorizando os mais afetados. Todos os movimentos financeiros serão registrados em um relatório a ser disponibilizado mensalmente no site do Sistema Ocergs, para garantir total transparência.
A apresentação do plano de ação será realizada em 6 de junho e a arrecadação dos recursos seguirá até 27 de agosto de 2024. Para mais informações ou dúvidas, entre em contato com o comitê gestor por meio do e-mail
PIX Solidário – Chave PIX (e-mail):
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Material destaca a importância do cooperativismo na construção de um futuro mais próspero
O Sistema OCB divulgou, nesta segunda-feira (27) duas cartilhas voltadas às boas práticas no processo eleitoral. O objetivo de capacitar e orientar os cooperativistas, além de oferecer informações relevantes sobre o movimento para os candidatos às eleições municipais de outubro. Cooperativismo e as Eleições 2024 e Propostas para Cidades Mais Cooperativas, detalham o processo eleitoral e explicam como se envolver na escolha de políticos que compreendam e valorizem o papel do cooperativismo na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
As publicações abordam boas práticas de como cooperativas podem participar de forma legítima durante o processo eleitoral e também apresentam propostas de políticas públicas que promovam e estimulem o cooperativismo em nível municipal, destacando a importância desse modelo de negócios na geração de trabalho, renda e inclusão financeira, além do desenvolvimento regional e a criação de arranjos produtivos locais.
Para Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, o cooperativismo promove desenvolvimento alinhado com responsabilidade socioambiental e oferece uma solução viável e sustentável para impulsionar e gerar prosperidade econômica local. "O objetivo é que os futuros postulantes a cargos públicos possam entender a importância das cooperativas como verdadeiros agentes de transformação social e econômica. Por isso, acreditamos que o nosso movimento tem um papel significativo para o desenvolvimento de ações e políticas públicas que nos ajudem a impulsionar e fortalecer ainda mais o movimento", afirmou.
O papel fundamental das cooperativas na sensibilização de seus cooperados sobre a importância da participação política, com foco no desenvolvimento econômico, social e ambiental das comunidades também é enfatizado. “As cooperativas devem compreender a diferença entre neutralidade política e inércia, mantendo-se independentes de filiações partidárias. Além disso, é crucial que todas operem de acordo com a legislação, baseando-se na transparência em governança e gestão, e sensibilizando seus membros sobre pautas alinhadas ao cooperativismo”, acrescentou o presidente Márcio.
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Experiência imersiva impactou congressistas ao instigar mudanças no ambiente de trabalho
A Sala Sensorial se destacou como uma das ativações mais impactantes do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC). Com base nos princípios cooperativos de adesão voluntária e participação democrática, o circuito proporcionou uma experiência imersiva e abordou temas cruciais como inclusão, diversidade e equidade no ambiente de trabalho. A condução da sala contou com o apoio dos membros dos comitês nacionais de jovens e mulheres do Sistema OCB, Geração C e Elas pelo Coop.
Na entrada, painéis exibiram dados relevantes para estimular o pensamento inclusivo. Estatísticas como "32% das mulheres com mais de 50 anos estão desempregadas enquanto apenas 19% dos homens na mesma faixa etária vivem o desemprego" e "Seis em cada 10 trabalhadores brasileiros terão mais de 45 anos de idade até 2040", frisavam as desigualdades vivenciadas no mercado de trabalho.
De acordo com o relatório avaliativo, a Sala Sensorial conseguiu tocar profundamente 75,8% das pessoas que participaram. Elas relataram ter se sensibilizado com a experiência, enquanto 14,7% disseram ter se sentido incomodadas. Além disso, 97,7% afirmaram que a vivência contribuiu significativamente para a implementação de ações de diversidade e inclusão em suas cooperativas. “Os resultados refletem o poder das provocações feitas para gerar conscientização”, afirma Cláudia Moreno, coordenadora de Desenvolvimento Social do Sistema OCB.
A avaliação geral sobre a ativação foi extremamente positiva: 98,3% considerou que as vivências geraram reflexões sobre mudanças comportamentais que precisam ser adotadas no dia a dia. “A maior parte dos visitantes eram congressistas, mas dirigentes, convidados de honra, imprensa e observadores também passaram por lá, e puderam testemunhar a profundidade da proposta”, explicou Cláudia.
Uma das dinâmicas mais impactantes da Sala Sensorial foi a Caminhada do Privilégio, que recebeu avaliação positiva de 94,2% dos participantes. A dinâmica foi fundamental para evidenciar as desigualdades que permeiam a sociedade e provocar questionamentos sobre os privilégios que a maioria das pessoas possuem, enquanto outras não. Nela, uma cartão com características de certos personagens era entregue aos participantes que avançavam um passo cada vez que o monitor descrevia alguma dessas características. Ao final, quem chegava à frente primeiro, relevava a personalidade que estava representando e refletia sobre a descoberta que a experiência gerou.
Além das estatísticas, questionamentos provocativos também foram apresentados em painéis para desafiar as percepções dos visitantes: Você confiaria toda a responsabilidade das tecnologias de sua cooperativa nas mãos de um jovem de 19 anos? Você daria oportunidade de emprego a uma jovem refugiada? No verso das perguntas, as respostas surpreenderam os visitantes. Fotografias de pessoas inspiradoras como Barack Obama, Mark Zuckerberg, Stephen Hawking, Malala Yousafzai e Oprah Winfrey enfatizaram que grandes líderes podem vir de qualquer cenário social ou idade.
Os participantes não pouparam elogios à iniciativa. Comentários como Deveria ter uma sala dessa em cada cooperativa; A experiência foi muito importante para nos conectarmos com o compromisso da inclusão, que deve ser pessoal e corporativo de promover a equidade ou Foi uma reflexão necessária para conseguir enxergar a necessidade de tornar um ambiente de trabalho equitativo, são alguns exemplos recebidos durante a avaliação da Sala Sensorial ao final da experiência.
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Experiências garantiram momentos de integração e aprofundamento de conhecimentos aos congressistas
Entre os dias 14 e 16 de maio, o Sistema OCB realizou o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). O evento reuniu mais de 3 mil pessoas entre líderes, dirigentes e cooperativistas para discutir e planejar o futuro do movimento. Durante toda a programação, diversas ativações proporcionaram experiências aos congressistas, com o objetivo de integrar os participantes, bem como promover o aprendizado acerca das soluções e ações desenvolvidas pelo Sistema OCB para o desenvolvimento e fortalecimento das cooperativas.
Todos os participantes foram convidados a embarcar na Jornada Coop, uma trilha especialmente desenvolvida para apresentar as soluções oferecidas para as cooperativas. No início da jornada, cada participante recebia um passaporte, que os guiava por todas as estações do circuito até a última parada, onde ganhavam um brinde.
SouCoop permitiu aos congressistas verificar se a cooperativa que representavam estava registrada no maior banco de dados do cooperativismo no Brasil, o que garante visibilidade e formalização dentro do movimento. Em seguida, na estação AvaliaCoop, foi realizado um diagnóstico completo da cooperativa, que abarcou os aspectos como Governança e Gestão, Identidade, Desempenho, ESG e Negócios, destacando as áreas que necessitam de aprimoramento. Na primeira parada, o
A próxima fase, o Capacitacoop, permitia que, a partir do CNPJ da cooperativa, era possível verificar o número de cooperados cadastrados na plataforma e quais haviam concluído algum curso. O objetivo era relacionar o progresso da cooperativa no CapacitaCoop e incentivar uma maior participação nos cursos, além de aumentar o conhecimento sobre essa solução. Já na estação NegóciosCoop, os participantes puderam verificar se suas cooperativas estavam aproveitando as oportunidades de impulsionar as vendas, recebendo orientações sobre como maximizar o potencial de mercado.
Na ESGCoop, os congressistas puderam descobrir a quantidade de carbono emitida durante o deslocamento de suas cidades de origem até o 15º CBC, em Brasília. O cálculo era feito tanto para viagens de avião quanto de carro. O objetivo era demonstrar o impacto ambiental de uma simples viagem e destacar que as cooperativas possuem a capacidade de neutralizar emissões de carbono, refletindo seu compromisso com a sustentabilidade e os princípios ESG. Na estação InovaCoop, por sua vez, os congressistas foram sensibilizados sobre a inovação no cooperativismo, com a abordagem de termos e conceitos como Inteligência Artificial generativa, e-commerce e marketing.
Na fase RepresentaCoop, os participantes aprenderam sobre a força da representação política e institucional do movimento, a necessidade de uma presença ativa nos espaços de discussão e decisão, e a importância da educação política dentro das cooperativas e comunidades. Ao final, eles podiam participar de uma atividade lúdica onde tiravam fotos, impressas na hora, para capas de grandes revistas como Forbes, Exame e “Pequenas coops, grandes negócios”.
A última parada na jornada foi o estande SomosCoop, onde os congressistas que completaram a trilha receberam um brinde e uma foto personalizada, também impressa na hora, para quem publicasse nas redes sociais com a hashtag #15CBC #SomosCoop #OFuturoéCoop. O destaque ficou com o túnel de LED, e exibia vídeos sobre a história do movimento e suas iniciativas, além de um mapa interativo do Brasil onde os participantes podiam marcar as cidades que gostariam de ver visitadas pelo projeto SomosCoop na Estrada.
Para Renata Eller Lima Dela Costa, da cooperativa Cooptac, de Afonso Cláudio, no Espírito Santo, a experiência foi proveitosa. "Interagir com todas as etapas é compreender que tudo está interligado", disse. Por sua vez, Maria Gladis dos Santos, assessora de desenvolvimento de cooperativas no Sescoop Mato Grosso, a etapa mais interessante foi o AvaliaCoop. "Toda a jornada nos convida a buscar estratégias e inovar. Mas a parte de fazer um diagnóstico completo de cada cooperativa é entender no que podemos melhorar para crescer mais", afirmou.
No centro do saguão de entrada, uma grande parede espelhada reforçou o propósito da palestra de encerramento do designer Fred Gelli, com o tema "Eu sou coop, nós somos coop". Frases como “Somos maior do que a soma das partes” e “São nossas potências que fazem o nosso movimento ganhar impulso” reforçaram a ideia de unir os cooperativistas em torno de um grande propósito: construir um futuro cada vez mais cooperativo.
Uma das ativações mais emocionantes do 15º CBC foi a Sala Sensorial, projetada para promover a inclusão, equidade e diversidade. A sala foi montada para acolher os congressistas e fomentar reflexões sobre a importância desses temas. Em um ambiente seguro e educativo, o espaço oferecia estímulos visuais e auditivos com o objetivo de construir um ambiente mais justo e inclusivo para todos. O objetivo era garantir que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas, com pessoas de diferentes raças, gêneros e com deficiência, em prol de espaços de trabalho mais justos e equitativos, que reforçam os valores fundamentais do coop e promovem um futuro mais inclusivo e sustentável para todos.
Eliane Goulart, do Sescoop Paraná, saiu da sala sensorial emocionada. Para ela, a ideia foi fantástica, pois trazia pensamentos profundos de se colocar na pele do outro, de ter mais empatia. Para ela, foi possível entender o quanto as cooperativas podem contribuir para realmente ter uma diversidade maior de colaboradores. "O propósito foi cumprido. Estou muito reflexiva. Fiquei num personagem que sofria discriminação e só dei um passo, enquanto todos os outros caminhavam. Isso me fez pensar em como posso acolher as minorias", afirmou.
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Taxa de reciclagem dos materiais coletados durante o evento alcançou 75%
O 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que aconteceu entre 14 e 16 de maio, em Brasília, deixou sua marca como um evento inspirador e de extrema importância para o futuro do movimento, com a definição das diretrizes estratégicas que vão nortear as ações e planejamentos dos próximos cinco anos. Para além dos resultados promissores, o CBC também será lembrado como um exemplo de compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Ao longo dos três dias, o Congresso adotou medidas para garantir uma pegada neutra de carbono, com as emissões creditadas em favor do Projeto REDD+Rio Preto Jacundá, que busca promover impactos sociais e ambientais positivos na região amazônica. Além disso, os resíduos gerados durante o evento foram tratados de forma ambientalmente responsável, com os orgânicos destinados à compostagem e o seco encaminhado para reciclagem ou descarte de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
A gestão dos resíduos ficou a cargo da Rede Alternativa, uma central de cooperativas do Distrito Federal. Ao todo, foram coletados e analisados 871,2 kg de resíduos, com uma taxa de reciclagem de 75%, o que corresponde a 651,2 kg de materiais reciclados. Para ilustrar, o impacto ambiental positivo dessa iniciativa, o peso total dos resíduos reciclados é equivalente a 130 sacos de arroz com 5kg cada um.
Durante todo o evento, catadores e catadoras estiveram presentes para orientar e promover a educação ambiental. Eles instruíram os participantes sobre a maneira correta de descartar os resíduos gerados. A abordagem demonstrou o engajamento do setor, como um todo, para a realização de um congresso sustentável, que também se preocupa com a conscientização e promoção de práticas ambientalmente responsáveis.
Thayná Cortês, analista técnica do Sistema OCB, destacou a importância dessa abordagem sustentável. "Além de toda preocupação com a sustentabilidade, gerir os resíduos sensibilizou os congressistas presentes no evento sobre a importância de cuidar do meio ambiente. O lixo não foi para um aterro sanitário ou lixão e isso significa que cuidamos dos resíduos gerados", disse.
Para a gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, o Congresso foi uma oportunidade significativa de aprofundar o trabalho de conscientização realizado constantemente junto às cooperativas e cooperados. “Mostrar as ações sendo realizadas na prática e durante o evento, como a coleta orientada dos resíduos, contribui para aumentar o comprometimento e a compreensão sobre como separar o lixo e as formas de reciclagem. A percepção é muito maior e acreditamos que os resultados se estendem para muito além dos três dias em que estivemos reunidos”, destacou.
Para conscientizar sobre a importância da economia verde e a mitigação dos gases de efeito estufa, o CBC contou também com uma ativação especial no totem do ESG Coop. Nele, os congressistas puderam medir contabilizar quanto cada pessoa emitiu de carbono, em média, no deslocamento para o Congresso.
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Sala de Comunicação organizou painel para mostrar diferenciais que o uso do carimbo SomosCoop oferece
O segundo dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que aconteceu na quarta-feira (15), foi uma jornada repleta de painéis inspiradores que delinearam o futuro do cooperativismo. Os congressistas puderam participar de salas temáticas, cada uma dedicada a abordar questões importantes para o movimento. De Comunicação à Representação, passando por Cultura, Inovação, Intercooperação, Negócios e ESG (Ambiental, Social Gestão e Governança) as palestras exploraram uma gama de tópicos sobre como impulsionar o crescimento e a sustentabilidade do modelo de negócios.
Na sala temática dedicada à Comunicação, os participantes assistiram a depoimentos sobre a importância da área na construção e no fortalecimento das marcas cooperativistas. A partir do tema A Força da Marca Cooperativa, Ricardo Chueiri, diretor de mercado e consumo na Aurora Coop; e Renato Theodoro, presidente da Cafesul, compartilharam suas experiências sobre como suas cooperativas se destacaram no mercado, impulsionadas pela comunicação estratégica.
A Aurora reúne 14 cooperativas de produtores rurais do Centro-Sul do Brasil e representa cerca de 100 mil famílias de agricultores. De acordo com Ricardo, ela alcançou destaque ao posicionar o cooperativismo como o diferencial de sua marca. “A consistência em comunicar esse valor, aliada a um portfólio de produtos de alta qualidade, foram fundamentais para esse sucesso”, afirmou.
Ainda segundo ele, até 2020, apenas 12% das pessoas reconheciam a marca Aurora em todo o país. "A revitalização da marca incluiu a inserção do coop no nome, o lançamento de novos produtos e uma estratégia de comunicação eficaz, que resultou em uma mudança significativa na percepção do público. A marca Aurora demonstrou que o nosso modelo de negócios, se baseado na distribuição justa dos resultados, é uma proposta valorizada pelos consumidores, que têm preferência pela compra de produtos de cooperativas", explicou.
Por sua vez, a Cafesul, cooperativa formada por sete municípios da região Sul do Espírito Santo, buscou sobreviver e prosperar no mercado, mesmo sendo uma cooperativa de pequeno porte. Valorizando a cultura local e o potencial das comunidades onde atua, a Cafesul adotou estratégias de comunicação que destacam a identidade regional em suas embalagens, com exaltação dos símbolos do estado e agregação valor aos produtos, especialmente aos cafés produzidos pelas mulheres cooperadas.
Para Renato Theodoro, ao adotar a utilização do carimbo SomosCoop, a Cafesul reforçou sua imagem positiva e conseguiu reforçar a disseminação dos princípios cooperativistas. "Além de buscar ressaltar nossas origens, nossas particularidades e valorizar nosso espaço de produção, também nos inserimos no MarketCoop, solução de marketplace desenvolvida pelo Sistema OCB e que está em fase de testes. A plataforma vai incentivar a intercooperação e ampliar o alcance das marcas. Reforçar o que é, de fato, nosso diferencial, foi essencial para fortalecer nossa presença no mercado", disse.
Os dois cases foram escolhidos para corroborar a importância da comunicação eficaz na consolidação das marcas cooperativas e, ainda, ressaltar a relevância do cooperativismo como um modelo de negócios capaz de promover o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde está inserido.
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Painel do 15º CBC debateu importância da cultura organizacional como diferencial no mercado
A essência do movimento cooperativista e as formas de enaltecer e perpetuar essa cultura, a partir de valores como solidariedade, democracia e responsabilidade social, foram o principal foco do painel Identidade Cooperativa: preservando o nosso diferencial. Promovido pela sala temática de Cultura Cooperativista durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, o debate abordou em que medida essa cultura contribui para gerar vantagem competitiva para as cooperativas e sua relação com a capacidade de inovação e adaptação do negócio.
Os convidados para o painel foram Sonja NovKovic, diretora do International Centre for Co-operative Management, e Tiago Schmidt, presidente da Sicredi Pioneira. A mediação ficou sob a responsabilidade de Camila Luconi, consultora de Transformação no Sicredi.
Sonja iniciou sua fala com um desafio aos participantes. Ela perguntou quantos deles conseguiriam listar, de cabeça, os sete princípios e os dez valores do cooperativismo. A resposta foi parcialmente positiva para os princípios, mas bastante restrita para os valores. Ela lembrou, então, o quanto esses pontos são importantes na formação da cultura cooperativista.
Segundo Sonja, a cultura organizacional é um dos pilares fundamentais que delineiam o ambiente e o funcionamento de uma organização. “Ela é composta por princípios, valores e crenças que definem a identidade e a maneira como os integrantes de uma organização interagem entre si e com o ambiente externo. Reúne ainda, hábitos, costumes e comportamentos dos colaboradores que impactam diretamente em sua produtividade”, afirmou.
A palestrante também destacou que o mundo moderno, muitas vezes, coloca a identidade organizacional sob ameaça, em razão do que classificou como isoformismo, ou seja, a semelhança entre entre propostas de diferentes realidades. “A transformações por imitação de formas, estruturas e processos pode tornar as organizações muito parecidas uma com as outras. O diferencial do cooperativismo está no propósito do modelo de negócios adotado, mas que, muitas vezes, é pouco conhecido ou compreendido”, acrescentou.
Nesse sentido, Tiago Schmidt salientou a importância da educação para o fortalecimento da cultura cooperativista. “A identidade não existe sem educação em seu sentido mais amplo, aquele que inclui experiências e vivências práticas. É preciso entender como e porque o cooperativismo é e tem os valores e princípios que defende. Seus propósitos econômicos e sociais precisam ser amplamente conhecidos”, ressaltou.
Para Tiago, os propósitos econômicos costumam ser mais divulgados por ser mais simples apresentar os dados positivos que o cooperativismo registra no desenvolvimento das comunidades onde está presente e, consequentemente, no país. “Os sociais, no entanto, também são muito importantes para o fortalecimento da nossa cultura. Por isso, precisamos trazer mais pessoas para conversar sobre eles e mostrar o quão diverso, inclusivo e benéfico é nosso modelo de negócios”, completou.
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Detalhes sobre as normas que envolvem o ato cooperativo foram especificados por especialistas
A regulamentação do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na Reforma Tributária, em tramitação no Congresso Nacional, também foi tema do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC). Na sala temática de Representação, os desafios para que as especificidades do modelo de negócios sejam consideradas na norma foram abordados no painel A Reforma Tributária e o futuro do país, que contou com apresentações de Camila Cavalcanti, diretora de Programa na Secretaria Especial da Reforma Tributária; Roni Pertenson Bernardino Filho, assessor do gabinete da Secretaria Especial da Receita Federal; e João Caetano Muzzi, advogado tributarista. A jornalista Natalia Godoy foi a mediadora.
Camila falou sobre o processo de construção, estágio atual e próximos passos da reforma. Segundo ela, a necessidade de rever a tributação sobre o consumo foi identificada ainda durante a Constituinte, em 1988, e esse processo se intensificou a partir de 2019 com a apresentação da Proposta de Emenda à Constituição 45/2019, que no final de 2023 se transformou na Emenda Constitucional número 132. “Trata-se de uma mudança realmente revolucionária, que vai transformar as bases da tributação sobre o consumo atual, tornando-a mais simples, transparente e neutra”, afirmou.
A expectativa agora, segundo ela, é de que a proposta de regulamentação apresentada pelo Executivo para a Reforma Tributária seja votada na Câmara dos Deputados até o final do presente semestre e, no Senado Federal, até o final do ano. “É um calendário ousado, mas que reflete o prazo ideal para iniciarmos os testes e implementação das novas medidas a partir de 2026 como prevê a emenda”, explicou. Camila também enfatizou o papel do Sistema OCB na inclusão dos dispositivos que tratam do ato cooperativo na norma constitucional. É preciso reconhecer o trabalho realizado pela entidade na defesa das demandas que envolvem os interesses das cooperativas”, concluiu.
Roni Peterson abordou de forma resumida a proposta de regulamentação da Reforma Tributária, apresentado no projeto em discussão em relação ao cooperativismo. Ele afirmou que o tema foi um dos primeiros a entrar na pauta da receita e um dos últimos a serem definidos em razão da complexidade envolvida. “O importante é ressaltar que fizemos uma tentativa muito sincera para trazer uma regra geral e capaz de alcançar todos os ramos e atividades desenvolvidas pelas cooperativas. E, também, destacar nossa disposição ao diálogo para que continuemos construindo uma solução coletiva”, declarou.
João Caetano Muzzi, por sua vez, destacou as características do modelo societário cooperativista e a importância da compreensão das especificidades dele para a construção de uma norma realmente assertiva e eficaz. “O cooperativismo é um modelo societário que faz distribuição de dinheiro, riqueza, renda e oportunidades sem fins lucrativos. Isso significa que todos os resultados são transferidos para o cooperado. Por isso, o que discutimos é a definição de onde o ato cooperativo deve ser tributado, ou seja, onde se fixa a riqueza, o que acontece na figura do cooperado e não da cooperativa. A consideração dessas especificidades é fundamental e o ponto mais sensível na regulamentação da reforma”, argumentou.
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Congressistas contribuíram para moldar um movimento mais sustentável e inovador
O 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) reuniu 3 mil pessoas entre dirigentes e cooperados, de 14 a 16 de maio, em Brasília. Durante os três dias, foram discutidos e definidos os rumos do cooperativismo no Brasil para os próximos cinco anos. O evento promoveu palestras, debates e votações que resultaram em diretrizes estratégicas norteadoras para o futuro do coop.
O primeiro dia de congresso contou com a presença do especialista em inovação, Salim Ismail, e sua palestra Liderança Exponencial. Reconhecido no mundo todo por suas análises sobre o impacto da tecnologia nos tempos modernos, Salim incentivou os congressistas a adotarem uma abordagem proativa em relação à inovação e a transformação digital. Sua apresentação abordou as mudanças disruptivas que estão moldando o futuro dos negócios e da sociedade. "Nossa era exige adaptação e uma mentalidade de inovação contínua. As cooperativas possuem a oportunidade única de liderar essa mudança, a partir do poder da tecnologia para impulsionar um futuro mais colaborativo e sustentável", salientou.
A superintendente Tania Zanella compartilhou os resultados e avanços do cooperativismo desde a última edição do congresso. Ela ressaltou o impacto positivo que as cooperativas geram em diversos setores, desde a economia até o desenvolvimento social. Sua apresentação evidenciou não apenas os resultados alcançados, mas também o compromisso contínuo do cooperativismo em promover um futuro mais próspero e inclusivo para todos. "Nossa jornada até aqui reflete nossa missão, força e resiliência diante dos desafios. Cada conquista é fruto da nossa determinação em construir um futuro mais promissor para as cooperativas e para o Brasil", disse.
O lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo 2024 foi um marco. Com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, parlamentares e ministros, o momento consolidou o compromisso do setor com seu desenvolvimento contínuo e também ressaltou sua relevância para a economia nacional e o bem-estar da sociedade. Com discursos inspiradores e compromissos renovados, os líderes políticos e cooperativistas puderam confirmar a importância do modelo de negócios como uma força que colabora para a construção de um país mais justo, equitativo e próspero.
No segundo dia do CBC, a futurista Amy Webb trouxe análises e previsões sobre o impacto da tecnologia na sociedade, nos negócios e na vida cotidiana. Ela apresentou a palestra Cenas do Futuro e destacou as tendências emergentes e os desafios que as cooperativas podem enfrentar em um mundo cada vez mais digital e interconectado. "Precisamos pensar no futuro com diversos cenários possíveis, não como um destino fixo. O cooperativismo tem a oportunidade de moldar essas perspectivas e promover a inovação e a sustentabilidade em um mundo cada vez mais conectado", declarou.
A escritora e pensadora digital Martha Gabriel lançou seu novo livro O Futuro é Coop durante o CBC e explorou a importância do cooperativismo como modelo de negócios capaz de enfrentar os desafios da atualidade, construindo um futuro mais sustentável e inclusivo. A obra, que compartilha o mesmo título de sua palestra, faz uma análise profunda sobre como a essência do movimento pode transformar vidas e comunidades, a partir da inovação econômica e social. "É um modelo capaz de se adaptar às necessidades e aos desafios do futuro. Pode ser a melhor maneira para construir um mundo mais justo e equilibrado", destacou.
No mesmo dia, também foram abertas as dez salas temáticas, em que os participantes puderam participar de painéis importantes e debater pautas sobre Comunicação, Cultura cooperativista, ESG, Inovação, Intercooperação, Negócios e Representação. As sessões consolidaram a aprovação de 100 diretrizes estratégicas, das quais 25 foram escolhidas para nortear o planejamento estratégico do movimento para o período de 2025 a 2030.
O último dia do CBC começou com a priorização das propostas, onde os congressistas votaram as mais importantes para o cooperativismo. Essas diretrizes foram escolhidas com base em critérios de impacto e urgência, e as duas mais votadas, de cada tema, foram destacadas como prioritárias, além das cinco mais votadas independentemente do tema.
A palestra de Fred Gelli, co-fundador e diretor de criação da Tátil Design de Ideias, fechou a programação do evento com chave de ouro. Em sua apresentação O Que Somos? Construindo Futuros a Partir do Nosso Lugar de Potência, ele discutiu a necessidade de reinventar a maneira como nos relacionamos com a realidade e o papel do design em moldar um futuro mais sustentável e cooperativo. Ele destacou a importância de o cooperativismo ser mais contundente na divulgação do seu valor e expressão.
Já o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez a fala de encerramento do congresso com um discurso inspirador. Ele destacou a evolução e a coesão da entidade e ressaltou o papel de cada líder, cooperado e dirigente na construção de um futuro promissor. "O futuro começou a ser desenhado e os detalhes estão na nossa mão. Precisamos cooperar para realizarmos juntos. Só precisamos de coragem para inovar e construir o processo em comunidade, como o sistema que somos", concluiu.
Em meio às enchentes que assolaram o estado, os gaúchos não puderam estar presentes no 15º CBC. Por isso, a superintendente Tania Zanella fez uma homenagem à única representante do Rio Grande do Sul, Larissa Zambiasi. Tania destacou a força e o potencial do cooperativismo da região e reforçou o compromisso de todo o coop em ajudar na reconstrução do estado.
O fechamento oficial do evento ficou por conta do grupo Batuque Salubre, da Escola de Artes Unimed BH, que trouxe uma apresentação vibrante e envolvente com tambores e ritmos variados, deixando todos os presentes energizados e inspirados.
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Encontro reuniu representantes da unidade nacional e das organizações estaduais do Sistema OCB
O Sistema OCB realizou, nesta sexta-feira (17), sua Oficina de Planejamento Estratégico. O encontro contou com a participação de mais de 100 representantes da unidade nacional e das Organizações Estaduais (OCEs) e colheu subsídios para o desdobramento das diretrizes priorizadas no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), para compor as estratégias de atuação das entidades. A identidade organizacional do Sistema OCB, incluindo sua visão e missão também foi abordada durante a oficina.
“Demos hoje mais um importante passo para a construção do futuro do cooperativismo nos próximos cinco anos. Após três dias de trabalho intenso e a participação efetiva dos cooperados na definição das principais diretrizes para o nosso movimento, começamos agora essa nova etapa que vai nortear os trabalhos das nossas entidades de representação, que são responsáveis por orientar e acompanhar a implementação efetiva e eficaz das ações”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Para a gerente -geral do Sescoop, Karla Oliveira, realizar a oficina logo após o término do CBC também é estratégico. “Foi um momento super importante de reflexão sobre nossa identidade sistêmica e o nosso papel para apoiar o desenvolvimento das cooperativas, com foco nas diretrizes estabelecidas por elas”, declarou.
A continuidade do trabalho desenvolvido no encontro acontece no dia 11 de junho, quando os representantes se reúnem novamente, em formato virtual, para a apresentação do planejamento estratégico sugerido para o ciclo 2025-2030.
Frederico Azevedo, superintendente da OCB/MT disse que a discussão das diretrizes aprovadas no CBC foi relevante para criar uma integração entre dirigentes, lideranças e equipes quanto a delimitação de missão, visão e desdobramento das estratégias. “O Sistema OCB foi muito feliz no direcionamento da oficina e os resultados serão proveitosos para o cooperativismo brasileiro”, destacou.
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Palestra abordou importância do movimento para reinventar relacionamento com a realidade
O último palestrante do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), foi Fred Gelli, co-fundador e diretor de criação da Tátil Design de Ideias. Nessa quinta-feira (16), ele se apresentou com o tema O que somos? Construindo futuros a partir do nosso lugar de potência, e trouxe sua visão sobre o papel do design e do cooperativismo na construção de um futuro melhor.
Logo de início, Fred questionou qual futuro queremos construir em um mundo marcado por catástrofes ambientais, guerras, adversidades econômicas, problemas estruturais, desigualdade social e crises democráticas. Ele pontuou que, há muito tempo, a maneira de consumir do ser humano gera muitos problemas devido ao excesso. "Estamos vivendo tempos nunca antes experimentados e estamos vendo nossa criatividade ser desafiada. Precisamos reinventar a maneira como nos relacionamos com a realidade", afirmou.
Uma das ideias centrais da apresentação foi uma análise acerca da capacidade humana de intuir e imaginar o futuro, como sendo o que nos diferencia de outras espécies. Fred observou que, enquanto a maioria das espécies avança muito pouco, os seres humanos evoluem rapidamente, de forma cooperativa e em uma evolução conjunta. "O que faz a gente cooperar? O propósito. Por isso, diante do desafio evolutivo, temos que redesenhar tudo: produtos, serviços e modo de vida", alertou.
Ele enfatizou a importância das cooperativas e organizações em concentrar suas maiores competências para gerar impacto positivo no mundo. Para ele, o cooperativismo pode servir de inspiração até mesmo para a evolução do modo de consumir, através da descentralização, geração de valor e equilíbrio entre competição e cooperação. "Cada marca precisa encontrar seu lugar de potência e entender quais competências possui para gerar resultados positivos no mundo. Quando uma marca é bem gerenciada, gera um valor incrível", explicou.
Ele também abordou a importância do branding e do design para o sucesso de uma marca. "Marca é percepção. Branding é a parte subjetiva, onde está a visão, a missão. Acontece que as pessoas se relacionam com a expressão de uma marca, e é aí que entra o design. Os elementos desse aspecto são fundamentais para dar coerência ao que está sendo oferecido para os clientes".
Fred Gelli destacou ainda que o movimento cooperativista precisa ser mais contundente na demonstração de seu valor em suas expressões. "O cooperativismo tem a força de um propósito em comum. É preciso mostrar isso com mais intensidade, divulgar isso de forma mais didática e mais ampla. O SomosCoop é um bom começo para fortalecer a imagem do movimento. A marca é um ativo poderoso ppara conseguir a conexão com o propósito das pessoas", acrescentou.
Para ele, o 15º CBC foi um chamado para que dirigentes e cooperados repensem suas abordagens aos desafios contemporâneos, utilizando o cooperativismo como uma poderosa ferramenta para construir um futuro mais justo, equitativo e sustentável para todos. “Somos a soma de nossas potências. Eu sou coop, nós SomosCoop”, concluiu.
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Último dia de evento traçou um caminho próspero para o cooperativismo
Nesta quinta-feira (16), o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) chegou ao final após um dia repleto de emoções, decisões estratégicas e visões para o futuro. O evento, que reuniu cerca de três mil líderes cooperativistas de todo o país, fechou suas portas com uma série de momentos marcantes.
Já no início do dia, a superintendente Tania Zanella fez uma homenagem emocionante às vítimas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul e convidou a única representante do estado gaúcho, Larissa Zambiasi, membro do Comitê de Jovens Geração C, para subir ao palco e simbolizar a força e o potencial do cooperativismo na região Sul. "Nosso movimento tem, na sua essência, a cooperação e a união. Agora, mais do que nunca, queremos estar ao lado dos gaúchos na reconstrução das cidades e das vidas dessas pessoas. Sabemos que, juntos, podemos transformar essa dor em força e recomeço. Queremos reforçar que você não está sozinha, nenhum gaúcho está. O movimento cooperativista está aqui para apoiar, reconstruir e fortalecer cada comunidade atingida", disse.
A programação foi marcada, principalmente, pela priorização das diretrizes estratégicas que vão guiar o movimento no período de 2025 a 2030. Das 100 diretrizes votadas pelos congressistas, 25 foram escolhidas para nortear o planejamento. As propostas foram avaliadas com base em critérios de impacto e urgência, e as duas com maior pontuação, para cada tema, foram consideradas prioritárias, além das cinco mais votadas após a escolha das vinte primeiras, independente do tema. Os eixos abordados foram Comunicação, Cultura cooperativista, ESG, Inovação, Intercooperação e Negócios.
Fred Gelli, co-fundador e diretor de criação da Tátil Design de Ideias, apresentou a palestra Qual futuro queremos construir? e abordou os desafios contemporâneos enfrentados pela sociedade, como catástrofes ambientais, crises no capitalismo, desigualdade social e democracia em crise. Ele fez uma provocação criativa: reinventar a maneira como nos relacionamos com a realidade. Para Fred, antigamente, as decisões eram tomadas por nós, mas hoje, a tecnologia, muitas vezes, assume esse papel. "A capacidade humana de imaginar e cooperar é essencial para a evolução. O cooperativismo, com seu propósito, deve ser uma marca de inovação. É preciso expandir o conceito do coop e fazer o mundo entender que essa é uma ferramenta poderosa de transformação", afirmou.
Após um vídeo que percorreu a história do Sistema OCB e, emocionado com a magnitude do evento, o presidente Márcio Lopes de Freitas, encerrou o CBC com um discurso inspirador. "É bonito ver o esforço e dedicação de todos os envolvidos. Durante esses três dias, conseguimos reforçar que o nosso movimento é fruto de uma construção coesa e próspera", expressou. Ele relembrou a época em que se engajou no coop e desejou que a teia de cooperativas se tornasse um Sistema. "Agora, somos uma rede organizada, alinhada e democrática. Precisamos continuar nos superando, cada vez mais, com coragem e ousadia. O futuro já começou e só precisamos desenhar os detalhes. É só cooperar e seguir nesse processo. Todos juntos", concluiu.
O encerramento do 15º CBC reservou ainda mais uma surpresa para os participantes: um espetáculo vibrante e cheio de energia proporcionado pelo grupo Batuque Salubre, da Escola de Artes Unimed BH. Com uma levada contagiante de tambores, o grupo misturou samba, reggae, maracatu, funk e outros ritmos para fechar o evento com alegria e uma atmosfera de pura festa e cooperação.
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