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Em audiências, nesta quarta-feira (23/2), com os secretários de desenvolvimento rural, Ivar Pavan e de infraestrutura, Beto Albuquerque, do Estado do Rio Grande do Sul, a Federação das Cooperativas de Energia (FECOERGS), levantou, entre outras questões, a necessidade da volta do deferimento do ICMS no consumo de energia elétrica pelo produtor rural.
Até o ano de 2006 havia o deferimento que foi extinto em 2007 por decreto estadual. Os representantes da federação que participaram das audiências Jânio Vital Stefanello, presidente, Iloir de Pauli, vice-presidente e José Zordan, superintendente, saíram confiantes pela receptividade dos secretários, pois o tema faz parte do programa do Governo Tarso Genro.
O governo do Estado, em 2007, por meio de decreto estadual retomou a cobrança do ICMS sobre a energia rural até 100 kWh/mês, com a alíquota de 12%, que agora poderá ser alterado por outro decreto.
Segundo o presidente Stefanello todos os produtores rurais com inscrição estadual ativa poderão ser beneficiados com a medida, “pois é uma grande injustiça tributária, principalmente, contra o pequeno produtor que tem baixo consumo de energia e recebe a alíquota cheia e como o cálculo é feito por dentro, a alíquota de 12% se transforma em 13,64%”.
A questão agora será levada à secretaria estadual da Fazenda, para análise dos números, que segundo o superintendente Zordan atinge diretamente 80 mil produtores com consumo até 100kWh/mês e escaloadamente outros 380 mil agricultores.
O vice-presidente da Fecoergs, Iloir de Pauli, acredita que o deferimento possa vigorar ainda no primeiro semestre de 2011.
Nestas audiências foi tratada, também, a necessidade de recursos para construção de usinas de energia e melhorias nas redes das cooperativas, para atendimento do aumento de carga requerido pelos consumidores, que estão transformando a “luz” em insumo para o aumento da produção, gerando mais emprego e renda.
Segundo a federação que representa 15 cooperativas, com 250 mil sócios, os valores a serem investidos, nos próximos 4 anos, são na ordem de 400 milhões de reais.
Por determinação do secretário de energia Beto Albuquerque o presidente da concessionária CEEE, Sérgio Dias, presente na audiência, deverá coordenar um levantamento da necessidade de recursos, para reforço de redes, em todo Estado, com a participação das cooperativas. “Não existe divisão entre cooperativas e CEEE, a união dos interesses comuns das empresas e do governo, reforçam nossos pleitos no Governo federal”, disse Beto. (Fecoergs - 24/02)
Os produtores cooperados de açaí do município de Codajás obtiveram nesta terça-feira (22/2), uma vitória jurídica expressiva para a economia do município. Eles recuperaram o controle da gestão administrativa da fábrica de beneficiamento do produto, que é a principal ferramenta de desenvolvimento econômico local. A retomada ocorreu em acordo amigável.
A conquista aconteceu em Manaus, onde o presidente da Cooperativa Mista de Produtos e Frutas Regionais de Codajás, Carlos Crispim Rodrigues resgatou o pleno controle do empreendimento financiado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Há dois anos, a fábrica era gerida por terceiros, sob contrato oriundo de uma parceria que reduziu as sobras dos produtores em quase 70% no período.
“Hoje é um dia especial para nós agricultores do município. Consegui o distrato do convênio de forma amigável, que não contemplava a nós produtores. Quando chegar a Codajás vamos reativar de imediato a total capacidade da fábrica de beneficiamento do açaí, pois a Suframa ainda é nossa parceira no projeto e pretendemos ter capacidade de voltar a exportar e recuperar nossa margem de lucros”, comemorou Carlos Rodrigues.
Conhecida como Açaí de Codajás, a cooperativa existe desde 2002 e negocia aproximadamente 50% da produção cultivada da mão de obra local, o que representa 400 toneladas/ano por safra. Em 2004, a Suframa financiou em parceira com a Prefeitura de Codajás e governo do Amazonas uma fábrica de beneficiamento, além de asfaltar o ramal de acesso ao empreendimento. A ação de governo modernizou o processamento do fruto e a realidade econômica de Codajás.
Para ter uma idéia da força do açaí, entre os meses de novembro e janeiro, uma saca de 50kg do fruto beneficiado é negociada por até R$ 80,00 (oitenta reais). Antes da cooperativa, o valor da mesma quantidade vendida pelos agricultores era de R$ 6,00 (seis reais). Os 132 cooperados já exportaram para a Europa e Estados Unidos da América, mercado que se perdeu com a gestão que ora é deixada pra trás.
Agora, eles pretendem, a partir desse novo momento, reconquistar o futuro e antigos e novos clientes. Credenciada pela Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) a fornecer açaí ao Programa de Merenda Escolar do Estado do Amazonas (Preme), a cooperativa reforça junto a OCB-AM o auxílio nas futuras orientações jurídicas e estratégicas que viabilizem o sucesso projeto.
“Ficamos felizes com a notícia do desfecho dessa negociação, entre a cooperativa e a empresa Humanitas da Amazônia, que já durava meses. O momento agora é de planejar o futuro e firmar parcerias buscando resgatar a confiança dos cooperados e do mercado”, avaliou o presidente da OCB-AM, Petrucio Magalhães Jr. Ele disse acreditar no potencial dessa região, que tradicionalmente dispõe de um dos melhores açaís do país. “Confio na qualidade da agroindústria da cooperativa, que conta com moderníssimos equipamentos para o processamento do fruto”, afirmou. (Fonte: OCB/AM)
A possibilidade do governo federal de comercializar os estoques públicos de trigo a partir do mês de março está causando preocupação ao setor produtivo paranaense. O assunto foi discutido nesta terça-feira (22/02), no Ministério da Agricultura, em Brasília, durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno. Atualmente há 1,27 milhão de toneladas armazenadas no País, das quais 554 mil toneladas no Paraná, 555 mil toneladas no Rio Grande do Sul e o restante nos demais estados.
Técnicos do governo informaram que existe a intenção de promover o escoamento desse produto no próximo mês, o que foi questionado pela Ocepar. "Esse não é momento adequado para vender os estoques. No Paraná, ainda há 1,4 milhão de trigo nas mãos dos produtores e a entrada do governo no mercado agora deverá provocar a depreciação dos preços e prejudicar ainda mais os nossos triticultores", afirmou o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, que participou da reunião da Câmara Técnica. "O setor industrial poderia trabalhar com preços próximos à paridade de importação para possibilitar uma remuneração melhor aos produtores paranaenses", acrescentou Mafioletti.
Audiência - O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, está tratando dessa questão nesta quarta-feira (23/02) com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, em audiência que acontece em Brasília.
Comercialização - De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), o Paraná, maior produtor nacional do cereal, comercializou 56% das 3,4 milhões de toneladas colhidas nesta safra. São 1,91 milhão de toneladas, das quais 682 mil toneladas foram escoadas para fora do estado por meio dos leilões de PEP (Prêmio de Escoamento do Produto), a maior parte destinado à exportação. Em janeiro, o Brasil exportou 500 mil toneladas de trigo para países como a Argélia, Tunísia, Quênia, Sudão e Turquia. Por outro lado, importou 550 mil toneladas, tendo como principais fornecedores a Argentina (350 mil toneladas); Uruguai (110 mil toneladas) e Paraguai (56 mil toneladas). "As perspectivas do mercado internacional são favoráveis, embora os preços elevados lá fora não tenham refletido em aumento dos valores no Brasil. Por outro lado, contribuíram para aumentar a liquidez no mercado interno e atualmente há compradores para os produtores que têm interesse em vender trigo", afirma Mafioletti.
Classificação - Na reunião da Câmara Técnica de Culturas de Inverno, ocorrida nesta terça-feira, o setor produtivo voltou a defender a prorrogação da Instrução Normativa (IN) nº 38, que trata do padrão oficial de classificação do trigo. "Estamos solicitando ao governo que o cronograma de início da vigência da IN seja postergado para julho de 2012. A normativa entraria em vigor em julho de 2011, mas ainda não houve tempo hábil para a pesquisa e as demais empresas realizarem a readequação para indicação das variedades conforme a nova classificação para a safra 2011", explica Mafioletti. Representantes do governo federal informaram que o assunto está sendo analisado pelo ministro da Agricultura. O presidente da Ocepar também deve discutir essa questão com Rossi na audiência desta quarta-feira.
Agenda estratégica - Membros do governo, indústria e entidades representativas dos produtores também estiveram reunidos na segunda-feira (21/02), no Ministério da Agricultura, para elaborar a agenda estratégica da cultura do trigo para os próximos anos. O documento é dividido em dez temas com suas diretrizes, ações, coordenação e prazos. Na agenda foram incorporadas as propostas do Paraná e criados alguns grupos de trabalho com diversas temáticas, entre elas, a da certificação e segregação das variedades, cuja reunião será realizada provavelmente em abril em local a ser definido. A Ocepar está apoiando e participando de vários temas e grupos de trabalho.
Participantes - Participaram das reuniões em Brasília representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro), Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Fazenda, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Associação de Moinhos de Trigo do Norte e Nordeste (Atrigo) e Sindicatos da Indústria do Trigo (Sinditrigo) dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. (Fonte: Ocepar)
Para garantir a qualidade do café brasileiro oferecido aos consumidores entra em vigor nesta quarta-feira, 23 de fevereiro, o Padrão Oficial de Classificação do Café Torrado em Grão e Torrado e Moído. A partir de agora, fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vão colher amostras do produto nos pontos de venda e analisar duas questões: a presença de matérias estranhas e impurezas (se houve adição de outro produto ao café) e o percentual de umidade (teor de água).
“Essa norma permitirá que o consumidor brasileiro tenha à sua disposição um café absolutamente puro, o que atende ao principal requisito de qualidade do produto. A ação é de interesse de toda a cadeia produtiva, principalmente dos produtores”, enfatiza o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone.
Após análise de microscopia, será considerado café dentro do padrão de qualidade aquele que apresentar percentual máximo de 1% de impurezas, como cascas, paus e restos de folha do cafeeiro. Já o percentual máximo admitido de matérias estranhas (sementes de milho, açaí e fragmentos metálicos do moinho do café), será de 0,1%. Além disso, o produto deve ter, no máximo, 5% de umidade.
Em caso de irregularidades, o industrial será notificado e terá três dias para contestar o resultado apresentado pelo Ministério da Agricultura. “Denominamos de solicitação de perícia. Um representante técnico da indústria realiza ou acompanha in loco uma nova análise na amostra de contraprova para saber se realmente o produto não está de acordo com as normas de qualidade”, informa o coordenador-geral de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Fábio Fernandes.
Se as distorções em relação à norma legal forem confirmadas, será lavrado auto de infração e aberto processo administrativo. As penalidades poderão ser advertência, suspensão da comercialização, apreensão ou multa. Os valores variam de R$ 2 mil a 5 mil, por lote. De acordo com a situação, a multa poderá ser acrescida de um percentual do valor comercial da mercadoria.
Além dos testes de impureza e umidade, a análise sensorial avaliará a fragrância do pó, o aroma, a acidez, o sabor e a qualidade da bebida. A exigência desse teste foi prorrogada por dois anos, por meio da Instrução Normativa n° 6, publicada nesta quarta-feira, 23 de fevereiro, no Diário Oficial da União (DOU).
Após esse prazo, o produto passará a ser classificado em três denominações: “Café Padrão Único”, “Café Fora do Tipo” e “Café Desclassificado”. Para ser caracterizado como “Café Padrão Único”, o produto deverá apresentar no máximo 5% de umidade e 1% de impurezas. O café que apresentar resultados acima desses limites será denominado produto “Fora do Tipo”, e não poderá ser comercializado. Nesse caso, as indústrias terão de reprocessá-lo e enquadrá-lo dentro dos limites do “Café Padrão Único”.
O produto que apresentar mal estado de conservação, odor e aparência impróprios, além de percentual de matérias estranhas, sedimentos e impurezas igual ou superior a 1,3% será desclassificado. Nessa condição, o café terá a venda proibida e caberá ao Ministério da Agricultura autorizar a utilização do produto para outros fins que não seja a alimentação humana.
Saiba mais - O Padrão Oficial de Classificação do Café Torrado em Grão e do Café Torrado e Moído foi estabelecido na Instrução Normativa n° 16, publicada no dia 25 de maio de 2010. Na ocasião, determinou-se o prazo de 270 dias para a norma entrar em vigor. Trata-se de uma norma inédita no mundo, construída durante três anos, por representantes do governo, instituições de pesquisa, produtores, indústria e empresas privadas. A iniciativa serve como exemplo de política pública de valorização do café e de defesa dos consumidores.
Todos os produtos vegetais destinados diretamente à alimentação humana, importados ou relacionados à compra e venda do poder público devem ser classificados seguindo o padrão oficial do Ministério da Agricultura. A medida foi determinada pela Lei 9.972/2000.
Hoje, 69 produtos estão padronizados. Entre eles, abacaxi, algodão, arroz, amendoim, farelo de soja, maçã, milho, pera, tomate e trigo. (Fonte Mapa)
Mauro Zanatta | De Brasília
Rejeitada em parte pela bancada ruralista e quase totalmente por deputados ambientalistas, a proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro ganhou fôlego no jogo de bastidores. De forma reservada, os ruralistas costuram um novo texto para complementar e ajustar o polêmico relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Os ruralistas abriram um canal direto de negociação com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. E têm aval do Palácio do Planalto e dos principais líderes partidários da Câmara, boa parte deles com origem no campo. Sob orientação da presidente Dilma Rousseff, as conversas evoluíram, alguns consensos surgiram e um texto "conciliatório" deve ser apresentado na "comissão de entendimento" criada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT). A comissão deve sugerir as mudanças até abril.
O objetivo da convergência política é garantir a votação do novo Código Florestal, em vigor desde 1965, no plenário da Câmara em abril. Para isso, haveria concessões a ambos os lados. As principais alterações, ainda sob avaliação, seriam restringir a compensação ambiental em áreas dentro do mesmo Estado onde ocorreu a derrubada da vegetação original. A "anistia" aos desmatadores teria uma data de corte menos ampla, podendo ser 2001, quando foi editada a medida provisória que alterou a Área de Proteção Permanente (APP). Quem desmatou até essa data, teria tratamento diferenciado dos demais. Assim, as áreas consolidadas seriam garantidas e a lei não retroagiria para punir ninguém.
Nas negociações entre ruralistas e o governo, estão as APPs em margens de rios. Essas áreas poderiam voltar a ter um mínimo de 30 metros ao invés dos 15 metros previstos no relatório Aldo Rebelo. E as APPs teriam que ser recompostas. O governo ofereceria linhas de crédito a juros baixíssimos para garantir essa obrigação. Alguns topos de morro podem voltar a ter proteção total a desmatamentos.
Até aqui, porém, perdura o embate em um tema central: as áreas de reserva legal (RLs). O Meio Ambiente aceita a soma das RLs com as APPs. Também topa dispensar a recomposição de RLs até os 80% previstos na atual legislação na Amazônia. Esse índice poderia ficar em 50% das áreas. Além disso, ficaria dispensada essa recomposição em municípios onde mais da metade do território for coberto por unidades de conservação (UCs).
Mas o Meio Ambiente não aceita, de forma nenhuma, a isenção de RLs em áreas até quatro módulos rurais (de 20 a 100 hectares). Os ruralistas também são irredutíveis em mexer nesse item. Eis aí um tema que pode ser levado a voto no plenário da Câmara. Outro ponto de divergência é a concessão de poder de legislar sobre o assunto aos Estados. Isso também deve ser objeto de votação.
Mas uma outra proposta une a ala ambiental do governo aos interesses ruralistas: o pagamento por serviços ambientais a quem mantiver as áreas verdes preservadas. Mas o governo quer o mecanismo para incentivar a manutenção das áreas, e não como indenização aos proprietários rurais.
Os ruralistas contam, ainda, com um forte apoio das lideranças partidárias da Câmara. Vários líderes têm militância ruralista. No PSDB, Duarte Nogueira (SP) tem forte base rural eleitoral. O PDT é comandado pelo ruralista Giovani Queiroz (PA). E o PP tem o deputado Nelson Meurer (PR) como líder da bancada. "É um fato inédito e temos que aproveitar o momento político", disse o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). O líder do seu partido, Henrique Alves (PMDB-RN), também declarou apoio às teses ruralistas. Mas como terá eleições para a Presidência da Câmara em 2013, Alves pode tentar uma posição de "equidistância". O goiano Jovair Arantes (PTB) e o mineiro Lincoln Portela (PR) também fecharam questão com os ruralistas.
Em audiência com a bancada do PDT na Câmara, o relator Aldo Rebelo afirmou que há espaço para negociações com o Meio Ambiente. "Vamos fazer um esforço pelo consenso. Vamos negociar o que for possível e votar", afirmou aos deputados cujo líder é o ruralista Giovani Queiroz (PA). Rebelo rejeitou a costura de um projeto de lei ou MP do governo. "Não acredito que o governo mande um projeto de lei ou uma medida provisória porque tem as portas abertas com o relator", disse.
Em seminário em outra sala da Câmara, parlamentares e militantes ambientalistas criticaram a proposta de Aldo Rebelo e tentaram radicalizar na defesa do atual Código Florestal. "O Aldo fugiu do debate, ignorou a ciência para falar aos deputados do PDT", acusou o diretor do Instituto O Direito por um Planeta Verde (IDPV), André Lima. O deputado Aldo Rebelo afirmou não ter sido convidado pelos ambientalistas para debater o tema. "Já demos muita trela para essa gente de ONGs", rebateu.
(Fonte: Valor Econômico)
Obter apoio para melhorar o desenvolvimento do setor rural e de Cooperativismo Agropecuário no Estado do Amazonas. Este foi o objetivo dos representantes do setor primário no encontro que tiveram com o Secretário de Estado da Produção Rural (Sepror), Eron Bezerra, nesta segunda-feira, dia 21, na sede da secretaria, no Distrito Industrial.
Durante o encontro, o Presidente do Sindicato e Organizações das Cooperativas do Estado do Amazonas(OCB/Sescoop-AM), Petrucio Magalhães Júnior, apresentou ao secretário um documento com reivindicações das cooperativas agropecuárias e extrativistas do Estado.
No documento, constam questões como a redução da burocracia para concessão de licença ambiental nos órgãos competentes; linha de crédito mista (custeio de safra e capital de giro para compra de matéria prima) para as cooperativas agroextrativistas; municipalização do Programa de Regionalização da Merenda Escolar (PREME) de forma que as prefeituras possam comprar a produção das cooperativas, entre outros.
A OCB/AM também se colocou à disposição da Sepror para atuar em projetos como o “Residência Agrária”, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam). As cooperativas deverão ceder suas estruturas nos 27 municípios do Estado - onde a OCB/AM atua, para que os técnicos tenham um local de apoio na prestação dos serviços à comunidade. “Nós trabalhamos no desenvolvimento de atividades econômicas, gerando trabalho, renda, promovendo a inclusão social. Portanto, um papel importante para organizar a produção no Estado e promover a economia local por meio de políticas que possam vir a fortalecer esse modelo de organização social que é o cooperativismo”, ressaltou Magalhães.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, também esteve presente no encontro e da mesma forma apresentou propostas do setor rural ao governo do Amazonas. Entre as preocupações da FAEA estão a continuidade e ampliação do Programa de Regionalização da Merenda Escola (Preme) e programa de mobiliário escolar; o incentivo a certificação orgânica, ambiental e sanitária de produtos agropecuários e extrativistas; aumento para 3% na participação do setor primário no orçamento do governo; construção de um novo parque de exposições agropecuárias em Manaus, em local distinto do atual mas com o mesmo nome; criação de um órgão com autonomia política, financeira e administrativa para a condução dos serviços de defesa agropecuária; e asfalto nas estradas, agrovilas e ramais dos municípios; entre outras.
O secretário Eron Bezerra se comprometeu em interceder junto ao governador Omar Aziz para que as petições da OCB e da FAEA sejam atendidas. “A Sepror tem compromisso com o setor primário e as reivindicações tanto da OCB quanto da FAEA serão levadas ao governador Omar Aziz, que certamente atenderá ao que for possível neste momento”, completou Eron Bezerra. (Fonte: OCB/AM)
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Ao longo do ano, as indústrias mobilizam centenas de profissionais de stewardship e técnicos em busca de um único objetivo: difundir os princípios das Boas Práticas Agrícolas. Em diversas regiões do país, estes profissionais percorreram fazendas e pequenas propriedades agrícolas. Nas universidades, salões comunitários e escolas rurais, reuniram pesquisadores, professores, estudantes universitários, agricultores e familiares. Em parceria com universidades, institutos de pesquisa, sindicatos rurais e cooperativas, desenvolveram cursos, seminários, dias de campo e palestras; falaram sobre educação e saúde no campo e sobre a importância da conscientização socioambiental e sustentabilidade.
Instituído há 14 anos, o Prêmio Andef, anteriormente intitulado “Prêmio Mérito Fitossanitário”, tem como finalidade valorizar os envolvidos nestas ações. Também serão prestigiadas as iniciativas realizadas por parceiros vinculados ao inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, à ANDAV - Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários e associados à OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras.
A avaliação dos projetos é conduzida por uma Comissão coordenada pela Fealq – Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, sendo a banca julgadora é composta por professores de Universidades, representantes do IBAMA, ANVISA, Ministério da Agricultura, Senar, Secretaria de Saúde e de órgãos estaduais de Defesa Agropecuária.
Regulamento
O Prêmio, este ano está com novo regulamento. Serão premiadas ações em três categorias (Indústria, Canais de Distribuição (revendas e cooperativas) e Campo Limpo), com temas voltados a Responsabilidade Social, a Responsabilidade Ambiental e Boas Práticas Agrícolas no uso de defensivos.
Podem participar do Prêmio na Categoria Indústria as empresas associadas à ANDEF e seus profissionais. Na Categoria Canais de Distribuição podem se inscrever revendas e cooperativas, e seus profissionais, associadas à ANDAV e à OCB respectivamente. E na Categoria Campo Limpo podem concorrer todas as centrais participantes do programa de incentivo promovido pelo inpEV (Programa Implantar). (Fonte: Andef)
Confira mais informações, tire-dúvidas, e regulamento no site www.andefedu.com.br
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O governo autorizou nesta terça-feira, 22 de fevereiro, a realização de leilões para apoio à comercialização de feijão e arroz. A medida foi publicada no Diário Oficial da União por meio da Portaria Interministerial nº 67 (Ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento). As operações, anunciadas pelo ministro Wagner Rossi no início do mês, irão beneficiar os produtores da região Sul que estão recebendo preço de mercado abaixo do mínimo estipulado pelo governo.
Segundo a portaria, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá executar leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor. O governo poderá destinar até R$ 200 milhões para as operações de arroz e R$ 50 milhões para o feijão. Os recursos vão favorecer o escoamento dos grãos e permitir que os produtores recebam o preço mínimo, atualmente, fixado em R$ 25,80 por saca de 50 kg de arroz e R$ 80 por saca de 60 kg de feijão.
Para iniciar os leilões, a Conab irá lançar avisos com os critérios para os participantes, com a quantidade de grãos a ser negociada, locais e valor do prêmio a ser arrematado. No total, serão negociadas até 300 mil toneladas de feijão e mais de um milhão de toneladas de arroz.
Além das operações de PEP e Pepro, o governo está fazendo aquisição direta de arroz e feijão desde o início do mês. Devem ser adquiridas até 460 mil toneladas dos grãos dos estados da região Sul e Goiás.
Entenda melhor
Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) - O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento.
Prêmio de Escoamento de Produto (Pepro) - É uma subvenção econômica (prêmio) concedida ao produtor rural e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o preço mínimo estabelecido pelo governo federal e o valor do prêmio equalizador arrematado em leilão.
Aquisição do Governo Federal (AGF) - Operação que consiste na compra direta do produto pelo governo. O produto deve estar incluído na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
Preço Mínimo - É o valor fixado pelo governo federal para produtos agrícolas. A finalidade da política é garantir que o agricultor receba um preço mínimo para cobrir os custos da safra. Quando o preço de mercado está abaixo do mínimo, o governo realiza leilões, como os de Prêmio de Escoamento de Produto e Aquisição do Governo Federal para permitir que esses valores cheguem pelo menos, ao patamar estipulado na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Atualmente, 34 produtos estão incluídos na política governamental, como arroz, feijão, milho, trigo, algodão, uva, sisal, soja, borracha e leite. (Mapa)
A Casa do Cooperativismo Mineiro recebeu, no último dia 15 de fevereiro, a visita dos deputados estaduais Antônio Carlos Arantes e Anselmo José Domingos. Os deputados foram recebidos pelo presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, e pelo superintendente William Bicalho. A importância de pautar as principais demandas do cooperativismo mineiro no ambiente político e fortalecer a representatividade do setor na Assembleia Legislativa foram alguns dos temas discutidos durante o encontro.
Antônio Carlos Arantes, em seu terceiro mandato consecutivo, enfatizou a atuação da Frente Parlamentar do Cooperativismo em Minas (Frencoop-MG) e propôs agilidade em sua reinstalação. Já o deputado Anselmo Domingos, em seu primeiro mandato, manifestou interesse em integrar a Frente e estreitar relações com o Sistema em prol do segmento.
Na ocasião, foi proposta a continuidade da agenda de trabalho da Frente pautada pelo Sistema Ocemg/Sescoop-MG e iniciados os trabalhos para sua reinstalação. O presidente do Sistema, Ronaldo Scucato, afirmou que a parceria firmada entre a entidade de representação do cooperativismo mineiro e a Frencoop-MG é fundamental para que o setor alcance resultados ainda mais positivos no Estado. (Fonte: Ocemg)
"O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) e representantes das entidades do setor orizícola reúnem-se nesta terça-feira (22), às 16h30, com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para solicitar mais apoio do governo para comercialização da safra 2010/2011. A reunião acontecerá no 4º andar do edifício principal do Ministério da Fazenda, em Brasília.
O parlamentar gaúcho explica que os produtores de arroz esperam que a área econômica do governo federal amplie a oferta de PEP e AGF e lance opções públicas e privadas. “O montante anunciado até o momento não será suficiente para melhorar o valor do grão no mercado e garantir o preço mínimo aos agricultores. O apoio governamental precisa ser maior”, evidencia Heinze.
No início deste mês, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, anunciou a liberação de recursos para sustentar a venda de um milhão de toneladas de arroz por meio do PEP. Parte do dinheiro também será aplicada na compra de outras 360 mil toneladas do produto por meio de AGF. Heinze argumenta que a ajuda governamental está longe de resolver o problema, já que Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem colher mais de nove milhões de toneladas do cereal.
fonte: www.deputadoheinze.com.br
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Detentora de 37% do mercado nacional de planos de Saúde, com 17 milhões de usuários e 110 mil médicos cooperados, dos quais 1.100 no Ceará, a Unimed Brasil vai mudar o modelo operacional até o fim do ano. A estratégia é transformar grande parte das operadoras em unidades prestadoras de serviços locais, mantendo-as agrupadas em federações estaduais.
No Ceará, por exemplo, a ideia é transformar as nove unidade que operam no Interior, em quatro operadoras e cinco prestadoras de serviços, além de se criar novas unidades singulares. A remodelagem do sistema nacional, do qual a Unimed Fortaleza não participa, foi antecipada ontem, pelo presidente da Unime Brasil, o médico nefrologista, Eudes Aquino.
Em Fortaleza, onde apresenta na manhã de hoje, os resultados de 2010 e as perspectivas para este ano, Aquino explicou que a estratégia tem o objetivo de reduzir custos operacionais internos e promover melhorias endógenas, sem implicar em custos novos à clientela. Conforme antecipou com exclusividade para o Diário do Nordeste, isso seria possível com a centralização de atividades contábeis, jurídicas e de gestão nas operadoras, o que permitiria a abertura de novas prestadoras de serviços e consequente expansão da rede Unimed no País.
Segundo ele, o projeto "não visa lucro", mas a repaginação do plano de saúde no mercado, como forma de ampliar as receitas, melhorar a qualidade dos serviços e garantir mais trabalho aos médicos cooperados. Além disso, avalia, o novo modelo daria maior agilidade de atendimento, permitiria a geração de dados para criar parâmetros gerenciais e organizacionais internos mais apurados, bem como ampliaria a inter cooperação entre as cooperativas.
Ele ressaltou no entanto, que o novo modelo estratégico ainda será apresentado a todos os cooperados no País, a partir de julho próximo. "Essa discussão começa no meio do ano e, progressivamente, vai sendo implantada ao longo do ano. Essa é a nossa ideia, que iremos submeter aos pares", salientou. Ele garantiu que a independência das unidades será mantida.
Ao comemorar 35 anos em 2010, a Unimed Brasil anuncia a presença em 83% do território nacional, a disponibilidade de 99 hospitais próprios e 3.244 hospitais credenciados, que ofertam 330,2 mil leitos entre próprios e de terceiros. Para Aquino, além da infraestrutura, a qualidade dos serviços é o que justifica a participação de 37% do plano no mercado e o crescimento na demanda.
Filas
Ele reconhece no entanto, que o incremento na procura pelos serviços médicos, em parte estimulada pelo aumento das classe C, vem gerando demora no tempo de atendimento das consultas. Aquino argumenta, porém, que ainda persiste no Brasil a cultura do consumo, que também contagia o setor de saúde.
"Grande parte dos pacientes que são atendidos nos serviços de urgência, vão por conveniência pessoal e não por ter uma urgência, uma emergência para ser atendido", questiona.
"Isso não é uma critica, porque o paciente tem o direito de fazer o que bem entender, mas isso sobrecarrega o atendimento de pessoas na emergência, o que também acontece nos consultórios", justificou.
Diante do impasse recorrente em vários planos de saúde privados, a Agência Nacional de Saúde (ANS), estuda a possibilidade de baixar resolução determinando o prazo máximo de sete dias, para o atendimento de consultas por parte dos planos de saúde. "Criada há 12 anos, a ANS presta um grande serviço, mas agora se arvora de poder de polícia, de um poder regulador que ele não dispõe no texto legal que a criou e começa a interferir nas unidades de medicina privada", reagiu Aquino.
"Essas história se arbitrar tempo de consulta não é responsabilidade da ANS. Esse controle do tempo de consulta, de atendimento do paciente é prerrogativa do profissional médico", argumenta o presidente da Unimed Brasil. Conforme disse, o tema será levado a debate das assembleias das cooperativas e os médicos cooperados é que irão avaliar se essa medida é procedente, se é exequível ou se é mais uma intervenção da ANS, para tentar normatizar as ações do setor.
Parcerias públicas
Para o médico, uma solução para esse problema, bem como promover a ampliação dos serviços médicos às camadas mais carentes da população, notadamente das classes sociais D e E, seria estabelecimento de Parcerias Público Privadas (PPP) no setor de saúde. De acordo com ele, a Unimed Brasil formatou e apresentou à União um projeto de quatro anos, nesse sentido, para uma parceria com os governo Federal, estaduais e municipais. Segundo disse, o projeto de PPP foi proposto em várias esferas, mas foi barrado por questões políticas, que ele preferiu não mencionar.
CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER
Veículo: Diário do Nordeste
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O governo federal está tentando mobilizar os produtores rurais brasileiros sobre a necessidade de uma baixa emissão de gases de efeito estufa em suas atividades agrícolas. O trabalho é feito por meio do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que foi criado pelo Ministério da Agricultura no ano passado para orquestrar ações na área e ajudar o Brasil a cumprir as metas de redução de emissão de gases com as quais se comprometeu durante a 15ª Conferências das Nações Unidas sobre o Clima (COP 15), em Copenhage, em 2009.
De acordo com o coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, neste momento o ministério está levando o programa para os estados, tentando mobilizar os governos locais para se engajarem nele. Em alguns já está promovendo reunião técnicas, com agricultores, com a ajuda de organismos como Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Emater, Organização das Cooperativas do Brasileiras (OCB) e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
O objetivo é mostrar para os produtores que há disponível para eles uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para implementação de projetos que visem a diminuição da emissão de gases. Apesar de serem medidos como carbono equivalente, explica Dossa, a meta envolve seis tipos de gases, entre eles gás carbônico (CO2) e metano. O objetivo do programa Agricultura de Baixo Carbono é deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalente de CO2 em dez anos.
O recurso de US$ 2 bilhões, disponibilizado por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), começou a chegar aos produtores entre novembro e dezembro de 2010. O prazo de carência é de três anos e o de pagamento é 12 anos. Os juros são de 5,5% ao ano. O Ministério está fazendo o trabalho de divulgação do programa justamente para que os produtores saibam da existência deste dinheiro e formulem projetos para usá-lo.
O programa ABC disponibiliza recursos para seis áreas, que foram escolhidas como foco para redução de gases de efeito estufa na agricultura. Uma delas é a recuperação de áreas degradadas, na qual a meta é recuperar 15 milhões de hectares. Em plantio direto há o objetivo de que 8 milhões de hectares passem a ser cultivados assim. Há ainda a integração das atividades de lavoura e pecuária, a fixação biológica de nutrientes no solo, plantio de florestas e uso de dejetos de animais para adubo e geração de biogás.
De acordo com Dossa, atualmente o Brasil é o 14º maior emissor mundial de gases na atmosfera – o primeiro lugar é ocupado pela China – e o 79º se a conta for feita per capita. “Temos uma situação razoavelmente boa”, diz o coordenador. Segundo ele, o país tem se destacado no trabalho pela redução de gases de efeito estufa e o programa ABC já chegou a ser apresentado a outras regiões como Argentina, Canadá e Europa.(Fonte:Agência de Notícias Brasil-Árabe)
Estudantes que concluíram o ensino médio em escolas cooperativas de Goiás mantêm alto índice de aprovação nos vestibulares neste ano. Os resultados demonstram a eficácia dos métodos de ensino e as conquistas alcançadas pelos cooperativistas do ramo educacional no estado. Na Cooperativa de Ensino de Pontalina (CEP), de 30 alunos que fizeram o vestibular, 14 foram aprovados em universidades federais e nove ingressaram em universidades privadas.
Resultado semelhante é observado na Cooperativa de Ensino da Cidade de Goiás (Coopecigo), onde 23 foram aprovados, sendo 13 em universidades públicas e dez em particulares. “Em que pese nossa estrutura física ser menor, isso não impede de implementarmos um trabalho sério, com professores empenhados que têm dado um resultado satisfatório para nós, nossos alunos e toda a comunidade escolar”, comentou a diretora da Coopecigo, Ângela de Oliveira Barbosa.
Com 169 alunos matriculados no ensino fundamental e médio, a Coopecigo tem 22 anos. Os alunos de cooperativas educacionais têm disputado com bom aproveitamento inclusive em cursos mais concorridos, como Direito e Medicina. Na Cooperativa Educacional de Edéia (Cedel), dois alunos conseguiram aprovação na Universidade Federal de Goiás nesses dois cursos. Outros 21 alunos da cooperativa ingressaram em cursos de universidade privadas.
A Cooperativa de Ensino de Jaraguá (Coenja) também informou um alto desempenho de seus alunos vestibular 2011, com 30 aprovados. Ramo em processo de consolidação em Goiás, as cooperativas educacionais do estado têm trabalhado para melhorar os serviços prestados a alunos e pais. Uma das saídas tem sido se associar a redes educacionais como COC e Positivo.
A Cooperativa de Ensino de Rio Verde (Coopen), cooperativa de pais, se associou à rede COC. A coordenadora pedagógica da cooperativa, Rosimar Mendes de Lima, cita o ensino no “sistema de apostilamento” como uma das vantagens. (Fonte: OCB/GO)
No dia 25 de fevereiro o Sesccop/MS promove o curso de Condução de Assembleias Gerais em Cooperativas, na sede do Sistema OCB-Sescoop/MS. O objetivo é sensibilizar os participantes quanto à importância e a necessidade da participação ativa, consciente e responsável dos associados e sua responsabilidade no momento de decidir os destinos da cooperativa. A capacitação também auxilia no desenvolvimento de ações teóricas e práticas com o objetivo de aperfeiçoar os participantes na aplicação da assessoria técnica durante o planejamento, condução e realização de uma assembleia geral.
O curso é direcionado a dirigentes, conselheiros, advogados, auditores, consultores, gerentes e contadores das cooperativas do Mato Grosso do Sul, totalizando 30 vagas. Os instrutores do curso serão: Juarez Pereira, Administrador, Gerente de Capacitação Cooperativista do Sescoop/MS, Cícero Gomes Coimbra, Contador e Economista. Auditor credenciado pela OCB e Roberto Claus, Advogado, Assessor Jurídico da OCB/MS.
As inscrições podem ser feitas até dia 18 de fevereiro AQUI.
A média de mecanização das usinas na colheita de cana do Estado de São Paulo deve crescer para 70% na safra 2010/2011, segundo estimativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Até a safra 2009/2010, o percentual era de 67%, segundo o gerente do projeto Etanol Verde da pasta, Ricardo Viegas. A mecanização ajuda a reduzir queimadas.
O fator para o aumento são os investimentos na mecanização em troca da redução de custos. A maioria das grandes usinas já apresenta índice de colheita mecanizada acima dos 75%, mas a Usina São Martinho atinge 90%.
A marca foi registrada na unidade de Pradópolis (a 315 km de São Paulo), na safra 2010/2011. Lá, a São Martinho bateu, pela segunda vez, recorde mundial de moagem da planta, com 8,4 milhões de toneladas.
Nas três usinas do grupo -São Martinho, Iracema e Boa Vista-, a mecanização alcançou 85,3% na safra. O aumento verificado foi de 0,8 ponto percentual em relação à safra anterior, de 84,4%.
A mecanização e a estagnação da lavoura de cana, aliás, têm sido apontadas como principais fatores para o aumento em 7,2 pontos percentuais (para 63%) da área de cana colhida mecanicamente no Estado.
"Os dados oficiais só serão divulgados no final de março, mas há uma tendência de crescimento na área de cana colhida mecanicamente no Estado, impulsionado por esses fatores", disse Viegas.
O Estado tem cerca de 5,2 milhões de hectares plantados com cana. A Cosan, maior produtora de açúcar e etanol do país, por exemplo, apresentou índice de mecanização de 78,1% da cana própria. A empresa faz a renovação do canavial prevendo a colheita mecanizada.
"A intenção é remodelar o canavial para garantir 100% da mecanização", disse o diretor financeiro e de relação com investidores da empresa, Marcelo Martins. A Cosan tem 26 fábricas de açúcar e etanol em cinco Estados.
Preocupação
Segundo Ricardo Viegas, a maior preocupação a partir deste ano é mecanizar a colheita de pequenos e médios produtores. Ele afirmou que a discussão está sendo feita entre órgãos do governo com o objetivo de encontrar uma saída ambiental para o setor.
Segundo estimativa da secretaria, seriam necessárias 5.000 colheitadeiras para toda a cana plantada no Estado. Atualmente, esse número é de 2.600, sendo 170 para fornecedores de cana, geralmente pequenos e médios produtores paulistas.
"Uma alternativa pode ser a formação de consórcios entre os fornecedores [de cana], porque eles integram uma cadeia importante", disse. O prazo para mecanização é de 2014 para áreas mecanizáveis e 2017 para não mecanizáveis (com declive acima de 12%).
(Fonte: Jornal Paraná)
Os preços do café arábica no mercado interno do Brasil subiram cerca de 90 reais por saca desde o início do ano, mas poucos produtores vão tirar completo proveito desses ganhos no físico, pois grande parte da safra foi comercializada até o fim de 2010, afirmaram representantes de cooperativas.
Embora a maioria dos cafeicultores tenha também vendido durante a escalada de preços no ano passado --capitalizando algum lucro--, somente 10 a 20 por cento da produção de 2010/11 ainda está disponível para ser vendida nos níveis atuais, segundo as cooperativas.
A saca do café tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, superou pela primeira vez a marca de 500 reais na terça-feira, segundo indicador do Cepea apurado desde setembro de 1996, acompanhando o mercado internacional que repercute a baixa oferta de café de qualidade e a firme demanda.
Os melhores lotes de cafés finos, semi-lavados, chegaram a ser negociados por até 600 reais, segundo corretores.
"Já vendeu praticamente 90 por cento do café, somente 10 por cento vai aproveitar esse preço", afirmou Álvaro Pereira Coli, gerente de comercialização da Cocarive, no Sul de Minas.
"É em torno de 20 por cento (o que restou a ser comercializado) na nossa região e acredito nisso também para o Brasil", acrescentou Alexandre Silveira Pádua, responsável pela comercialização da Cooparaiso, que atua em uma área de produção de 4,2 milhões de sacas, também em Minas Gerais, o maior produtor brasileiro de café.
Os produtores dizem ainda que a alta histórica do café não será completamente capitalizada na nova safra (2011/2012), considerando que o Brasil está neste ano no período de baixa do ciclo bianual do arábica.
Neste ano de baixa, a produção deverá cair cerca de 15 por cento na comparação com a safra anterior, segundo apontam números do governo e do setor privado.
"O que pega pela frente é o seguinte: com a bianualiade (negativa) este ano, a produção é menor... O produtor hoje põe na ponta do lápis 500 reais e vê que não existe dificuldade de preço. O que existe é dificuldade em relação à produção", destacou Pádua, da Cooparaiso.
Segundo ele, em algumas lavouras a queda na produção no ano de baixa pode chegar a 50 por cento, o que afeta fortemente a rentabilidade do produtor, visto que os custos de produção impactam mais a atividade em um período de colheita menor.
As incertezas maiores que envolvem uma safra de baixa também limitarão os ganhos dos agricultores, pois muitos são obrigados a adotar uma cautela extra nas vendas antecipadas, disse Pádua, temendo não ter o produto para entregar.
Poucas vendas – Segundo os representantes das cooperativas, que negaram informações de corretores de que os produtores estão pressionando os compradores para uma renegociação de acordos já realizados a preços menores, quem ainda tem café diante de um cenário altista agora está retendo as vendas.
"O pessoal está segurando, vendendo muito pouquinho, e esperando um pouco. O prejuízo se arrastou por muito anos, e ele quer tentar dar uma recuperada", comentou Coli, da Cocarive, referindo-se ao longo período de preços baixos que o setor amargou.
Já o superintendente comercial da Cooxupé, Lúcio Dias, disse que se há queixa agora de que o produtor está segurando vendas, isso ocorre em função da produção insuficiente para atender a forte demanda e pelos estoques baixos.
"Tem muita gente falando que o produtor não está vendendo, mas o produtor já vendeu a safra. O resto do estoque está nas mãos de pequenos produtores ... ou então de grandes empresários, que só vão vender quando acharem que o negócio está bom", disse Dias, da maior cooperativa de café do mundo.
(Fonte: CNC)
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Além do maior ganho com as exportações, país se beneficiará de preços mais baixos dos produtos que importa
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO
Preços de commodities em alta têm levado economistas a fazer revisões significativas em suas projeções para o saldo da balança comercial.
Há casos de reajustes recentes de mais de 100% em relação aos superavit que eram esperados para 2011.
Com isso, as novas projeções indicam valor das exportações entre US$ 15 bilhões e quase US$ 30 bilhões superior ao das importações neste ano.
A média do mercado, de acordo com o relatório Focus do Banco Central, ainda espera saldo comercial menor, de US$ 10 bilhões.
Mas esse número também tem sido gradualmente ajustado para cima, tendência que deverá ser mantida.
A balança comercial brasileira encerrou 2010 com saldo positivo de US$ 25,3 bilhões. No ano passado, as expectativas médias feitas para 2011 chegaram a ficar abaixo de US$ 4 bilhões.
A manutenção dos preços elevados das commodities é a principal causa das previsões mais otimistas para o saldo comercial deste ano.
Darwin Dib, economista do Itaú Unibanco, lembra que o Brasil também continua se beneficiando de preços mais baixos dos produtos que importa, como bens de capital, em consequência do ritmo ainda fraco de atividade nos países desenvolvidos.
Com isso, recentemente o banco revisou, de US$ 7 bilhões para US$ 15 bilhões, sua projeção para o superavit comercial deste ano.
EFEITO CHINA
André Sacconato, economista da consultoria Tendências, diz que a forte demanda da China por minério de ferro -principal produto de exportação do Brasil- tem contribuído de forma significativa para o bom desempenho da balança comercial no início deste ano.
A Tendências já tinha uma projeção elevada para o superavit da balança comercial neste ano. Ainda assim, ajustou o número para cima em janeiro, de US$ 18 bilhões para US$ 28 bilhões.
O Bradesco -que também já era mais otimista que a média do mercado em relação ao saldo de 2011- aumentou sua projeção em dezembro passado, de US$ 14 bilhões para US$ 17,2 bilhões.
O economista Paulo Miguel, sócio da Quest Investimentos, diz que a expectativa de crescimento menor do volume de importações (devido à demanda doméstica mais fraca) também tem contribuído para as revisões do saldo comercial.
A Quest vai aumentar sua projeção para o superavit comercial de US$ 8 bilhões para cerca de US$ 20 bilhões.
O esperado volume menor de importações poderá ajudar a amortecer as revisões para baixo nas projeções do crescimento da economia brasileira em 2011.
Embora a média do mercado ainda espere expansão de 4,5% da economia neste ano, há analistas que já apostam em número inferior a 4%.
Veículo: Folha de S.Paulo
Publicado em: 18/02/2011 - 09:39
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) vem desenvolvendo desde as eleições de 2010 um trabalho voltado à recomposição da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que precisa ser reinstalada no Congresso Nacional a cada legislatura. A determinação é do Ato da Mesa da Câmara dos Deputados 69/2005, que vincula a implantação das frentes parlamentares à adesão de pelo menos 1/3 dos integrantes do Poder Legislativo.
A recomposição da Frencoop teve início com o mapeamento de deputados e senadores com atuação voltada ao segmento, que serviu como subsídio para o apoio de cooperativas às campanhas de candidatos com potencial para fazer parte da Frente.
Como resultado deste trabalho, além da eleição de 4 presidentes de Frencoops estaduais, a OCB contou com a reeleição de 63 dos 82 parlamentares indicados pela entidade como destaques para o sistema cooperativista em todo o Brasil, o que representou uma porcentagem de 76,83% de permanência destes no Congresso Nacional.
Atualmente, a Assessoria Parlamentar da OCB está recolhendo assinaturas de adesão à Frencoop de deputados e senadores, tendo em vista a posse da nova diretoria e a implantação da Frente nesta legislatura. A solenidade acontecerá no dia 22/3, em Brasília, em conformidade ao lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2011.
Na primeira semana já foram recolhidas 84 assinaturas, sendo de 72 deputados e 12 senadores.
"O Governo do Espírito Santo doou 30 botijões para armazenamento de sêmen bovino para cooperativas produtoras de leite, associações de produtores, sindicatos e prefeituras. O Sistema OCB-Sescoop/ES participou da entrega dos botijões, realizada na última sexta-feira (11/02), no pátio da sede do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Além do presidente do Sistema Esthério Sebastião Colnago, estiveram presentes no evento responsável pelo atendimento ao Cooperado da Veneza, João Marcarini Filho; demais representantes das cooperativas beneficiadas (Selita, Veneza, Colagua, Colamisul e Cavil); o superintendente do Sistema OCB-SESCOOP/ES, Carlos André Santos de Oliveira; o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; o secretário de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli; o presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, dentre outras autoridades.
Durante a entrega, o presidente Esthério Sebastiáo Colnago falou em nome das cooperativas beneficiadas e agradeceu o apoio que o Governo tem dado ao Cooperativismo Capixaba, principalmente através da Seag. “Estou falando em nome não só destas cinco cooperativas, mas em nome das 150 mil famílias cooperativistas espalhadas hoje por todo Estado. E ações como esta ajudam e dão oportunidade a muitas destas famílias se manterem na agricultura”, observou o presidente.
O secretário Enio Bergoli também reconheceu a importância do cooperativismo para a agricultura capixaba. “O trabalho em prol da nossa atividade rural tem sido constante. Através da tecnologia é que podemos multiplicar e até mesmo triplicar a produtividade”, destacou o secretário, que ainda lembrou sobre a agenda com a OCB/ES para tratar do Laboratório do Leite, outro projeto que visa fortalecer a pecuária capixaba.
O governador Renato Casagrande também reforçou que “o exemplo da pecuária do leite pode ser utilizado para todos os setores da economia” e que o Governo tem duas tarefas: “atender a quem mais precisa, e na atividade rural quem mais precisa é a agricultura familiar; a outra tarefa é levar desenvolvimento a todos”. E certamente esta doação contribuiu muito para que estas tarefas sejam cumpridas.
Sobre o Programa
A ação faz parte de um programa da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) ao criar novos núcleos de inseminação artificial em todo o Estado. Neste programa estão envolvidos: melhoramento genético, laboratório de qualidade, distribuição de 258 resfriadores de leite, combate e erradicação da brucelose, treinamento de trabalhadores, entre outras. O programa investiu, em 2010, mais de R$ 7 milhões na pecuária de leite.
(Fonte: OCB-Sescoop/ES)
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Júlia Pitthan | De Florianópolis
A Coopercentral Aurora, de Chapecó, no oeste catarinense, prevê para 2011 um crescimento de 45% no volume de leite processado em sua fábrica de Pinhalzinho. Com o aumento, o grupo estima que serão industrializados 440 milhões de litros no ano, volume próximo à capacidade total da planta, inaugurada em 2009 a partir de investimentos de cerca de R$ 180 milhões.
Além do leite longa vida rastreado, que deverá absorver 330 mil litros por dia, a Aurora vai intensificar a produção de queijo mussarela, leite em pó e soro em pós, usado pela indústria alimentícia. O presidente da central, Mario Lanznaster, diz que o mix da cooperativa no segmento de lácteos será complementado com a fabricação de manteiga, creme de leite e achocolatados, além de iogurtes e bebidas lácteas.
Em 2010, a Aurora registrou crescimento de 22,7% no volume de leite processado: 11 cooperativas agropecuárias entregaram 302,2 milhões de litros, que foram transformados em 110,4 mil toneladas de produtos. Da receita operacional bruta de R$ 3,1 bilhões do ano passado, a área de lácteos respondeu por 7,5%. Em 2011, o segmento poderá alcançar até 20% das vendas.
Segundo Lanznaster, há intenção de expandir a oferta de produtos com maior valor agregado para todas as regiões do país. O longa vida ficaria restrito ao mercado do Sul que, conforme ele, ainda oferece boas condições de crescimento.
A Aurora embasa o crescimento no aumento de produtividade do gado leiteiro da região oeste de Santa Catarina. Cerca de 6 mil fornecedores, ligados a 15 cooperativas, abastecem a Aurora com leite. De acordo com Lanznaster, o trabalho de manejo da pastagem e melhoria das características genéticas do rebanho permitiram que a produtividade média saltasse de 4 para 8 litros por vaca por dia em dez anos.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), o consumo de leite no Brasil, foi de 5,5 bilhões de litros em 2010. A expectativa é que esse consumo cresça até 5% em 2011.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 17/02/2011 - 09:38