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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) ratificou novamente o seu posicionamento quanto à necessidade de mudanças no Código Florestal vigente, ao apresentar a cartilha “Revisão do Código Florestal: o desafio de preservar e produzir”, também nesta quinta-feira (31/3), em sua sede, em Brasília (DF). O lançamento ocorreu na mesma ocasião em que a entidade reafirmou o seu apoio ao relatório do deputado Aldo Rebelo, relator do substitutivo do PL 1.876/99, que reforma o código florestal (Lei 4.771/65), aprovado na Comissão Especial responsável pela análise da matéria. O parlamentar acompanhou o pronunciamento feito pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Na cartilha, a entidade frisa o compromisso do cooperativismo brasileiro com a sustentabilidade e aborda pontos do atual Código Florestal que inviabilizam a sustentabilidade da agricultura brasileira e, portanto, precisam ser alterados. Segundo o exposto, 104 milhões de hectares de floresta e vegetação estão desprotegidos e 87 milhões de hectares de áreas já convertidas estão na ilegalidade. (SPAROVEK, G.; ET alli, 2010). Para se ter uma ideia, se utilizados somente os critérios previstos na Lei 4.771/65, oito em cada dez propriedades rurais no Estado de São Paulo não poderiam produzir legalmente. Em Minas Gerais, seriam necessários 101 anos, em média, para a adequação dos documentos das propriedades rurais às exigências do atual Código. (MEDINA, 2009)
Ao mesmo tempo, a OCB declara o seu apoio ao substitutivo, por entender que a proposta é mais adequada para conciliar preservação ambiental e produção agropecuária. As principais inovações propostas no texto são apresentadas na cartilha. Entre estas estão: a instituição do conceito de “áreas rurais consolidadas” e a previsão de tratamento diferenciado às mesmas, seja por assegurar a manutenção das atividades agropecuárias e florestais existentes até a elaboração dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) (art. 24), ou mesmo por viabilizar a regularização definitiva de tais atividades nos PRAs.
A cartilha “Revisão do Código Florestal: o desafio de preservar e produzir” pode ser acessada no Brasil Cooperativo pelo endereço abaixo:
http://www.brasilcooperativo.coop.br/gerenciador/ba/arquivos/impresso_codigo_florestal.pdf
Assista também à entrevista concedida pelo presidente da OCB ao Canal Rural, divulgada logo após a coletiva.
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=175162&channel=99
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta manhã o seu primeiro relatório trimestral de área intenção de plantio e estoques físicos de 2011. O documento era aguardado com ansiedade pelo mercado e trouxe números positivos para os preços da soja e do milho. Recuos na área e nos estoques fizeram a soja abrir o pregão desta quinta-feira com 50 pontos de alta e romper a barreira dos US$ 14 por bushel (27,2 quilos) na Bolsa de Chicago. O cereal começou os negócios do dia com 30 pontos de alta e voltou a se aproximar dos US$ 7 o bushel (25,4 quilos).
Nos cálculos do USDA, os produtores norte-americanos irão reduzir em 1% a extensão destinada à soja no ciclo 2011/12, que está em fase inicial de plantio no país. A oleaginosa deve ocupar 31 milhões de hectares neste ano nos EUA, contra 31,3 milhões na temporada passada. O número ficou 0,5% abaixo da expectativa do mercado, que esperava 31,1 milhões de hectares, e é 1,8% menor que o projetado pelo USDA no final de fevereiro, durante o seu Outlook Forum (31,5 milhões de hectares). Apesar do recuo, EUA devem ter a sua terceira maior área de soja da história neste ano, conforme o governo norte-americano. A oleaginosa deve perder ao menos 40 mil hectares em Iowa, Kansas, Mississippi, Nebraska e Ohio, enquanto Nova York e Dakota do Norte terão plantio rercorde.
Com ao menos 100 mil hectares adicionais em importantes estados produtores como Iowa, Kansas, Nebraska, Ohio, Dakota do Norte e do Sul, o milho deve ter a sua terceira maior área da história nos EUA. O USDA projeta plantio de 37,3 milhões de hectares com o cereal nos EUA na temporada 2011/12. Na comparação com o ciclo anterior, quando os norte-americanos destinaram ao milho 35,7 milhões de hectares, o incremento é de 4,5%. O número veio acima da expectativa do mercado (37 milhões de hectares) e do estimado no Outlook Forum (37,2 milhões).
O trigo também deve ganhar terreno nos EUA na temporada 2011/12. O USDA avalia que o cereal irá cobrir 23,5 milhões de hectares, 8,2% mais que no ano anterior (21,7 milhões). Na comparação com a estimativa de fevereiro (23 milhões de hectares), o incremento foi de 7,8%. O mercado esperava número 1,3% menor (23,2 milhões de hectares).
Estoques físicos - O relatório desta manhã também mostrou a situação dos estoques de grãos nos EUA em 1º de março de 2011. O documento trouxe úmeros menores que o esperado para a soja e milho e superiores à expectativa para o trigo. No caso da oleaginosa, os estoques caíram de 36,6 milhões de toneladas nesta mesma época do ano passado para 34 milhões de toneladas (-15,3%). O mercado esperava 35,2 milhões de toneladas.
No milho, os estoques dos EUA recuaram de 195,4 milhões de toneladas em março de 2010 para 165,6 milhões de toneladas em 2011. A expectativa do mercado era 170,2 milhões de toneladas. Os estoques de trigo, na contramão, saltam de 36,9 milhões de toneladas nesta época do ano passado para 38,6 milhões de toneladas, 500 mil toneladas a mais do que o mercado esperava. (Gazeta do Povo/Caminhos do Campo)
"Produtores de todos os Estados participarão na terça-feira (5), em Brasília, de ato pela aprovação do novo Código Florestal brasileiro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) levará uma centena de líderes sindicais rurais à capital federal.
O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a mobilização pode definir o futuro da agricultura no Brasil. “O objetivo é pressionar os parlamentares pela aprovação do projeto, que será votado no dia 15 de abril, pois os nossos produtores estão inseguros com as alterações das leis ambientais. Queremos demonstrar ao Congresso Nacional a urgência em atualizar o Código Florestal”, defende.
Pedrozo lembra que a manutenção da atual legislação ambiental representa queda na produção agropecuária e, consequentemente, aumento dos preços dos alimentos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o País tem apenas 219 milhões de hectares para a agropecuária, dos 850 milhões de hectares do território brasileiro. O dirigente considera importante o fato de a legislação ambiental estar sendo debatida no Congresso. “Nós estamos pela primeira vez avaliando atos monocráticos. O Brasil de 850 milhões de hectares não pode ser feito por uma mão só dentro de quatro paredes”, observou.
O presidente da Faesc defende ainda o respeito total ao princípio da defesa concorrente, previsto no artigo 24 da Constituição, permitindo que os Estados possam legislar junto com a União nas questões referentes ao meio ambiente.
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, está à frente da mobilização. “Os produtores rurais virão para Brasília para mostrar de forma pacífica, cívica, ao Congresso Nacional que o quadro de insegurança jurídica prejudica as atividades no campo e que, por isso, é preciso modernizar a legislação ambiental”, afirmou. Ela lembra que a agropecuária é um “patrimônio brasileiro que não pode ser criminalizado”.
A presidente da CNA disse que os produtores produzirão mais alimentos sem que seja preciso ocupar novas áreas, desde que a legislação ambiental seja modernizada. “As áreas que nós temos hoje são suficientes para aumentar a produção sem derrubar nenhuma árvore, mas nós precisamos de tranquilidade, de regras claras e não de decretos, que ficam mudando todos os dias, fazendo com que os produtores se transformem em criminosos”, afirmou.
Programa - São esperados cerca de 400 ônibus de todas as regiões do País. A concentração ocupará na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, a partir das 8h da manhã. Às 9h, inicia a programação, com a execução do Hino Nacional e um toque de berrantes. Logo após, às 9h30min, será oficializada uma missa campal. Às 10h30min, começam os pronunciamentos dos parlamentares em tenda armada no canteiro da Esplanada. Na hora do almoço, será servido o tradicional carreteiro gaúcho, preparado em grandes panelas instaladas no local da concentração. Logo após, às 14h, os produtores e demais participantes darão um grande abraço simbólico ao Congresso. Em seguida, iniciam as visitas aos deputados, na Câmara dos Deputados. O retorno das caravanas aos seus Estados está previsto para as 17 horas. (Fonte: MB Comunicação)
Nesta quarta-feira (30/3), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, encontrou-se com o deputado Pepe Vargas (RS), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 271/2005 na Comissão de Finanças e Tributação (CFT). Acompanhado da Assessoria Parlamentar e da Coordenadoria Jurídica, o presidente da OCB discutiu os pontos mais importantes do projeto que vai regulamentar o adequado tratamento tributário às relações entre associados e cooperativas.
Durante o encontro, o presidente da OCB solicitou urgência no processo além de sugerir a promoção do diálogo entre o cooperativismo, a Frencoop e o governo na definição do ato cooperativo, que está pendente desde a Constituição Federal de 1988, trazendo uma grande insegurança jurídica para setor. "Quando aprovado, o projeto garantirá a correta incidência tributária e o respeito ao sistema operacional das cooperativas", disse Freitas. Em resposta, o relator afirmou que estará atento às demandas da OCB e solicitou que sejam enviados para seu gabinete os materiais referentes ao tema para subsidiar o debate e seu relatório.
PLP 271/2005 – A proposição, que consta da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2011, foi aprovada em 2009 na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC), da Câmara dos Deputados, com parecer favorável às demandas do Sistema OCB. No momento, aguarda parecer do deputado Pepe Vargas (RS) na CFT, para então seguir para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e do Plenário da Casa.
Reafirmando o compromisso com o desenvolvimento do cooperativismo do Estado do Amapá, a Federação dos Sindicatos e Organizações de Cooperativas da Região Norte (Fecoop Norte) e o Sindicato de Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM) participam nesta quinta-feira (31/03), da Sessão Solene de Constituição da Frente Parlamentar do Cooperativismo do Amapá (Frencoop Amapá).
A presença da comitiva do Amazonas formada pelos presidentes José Merched Chaar e Petrucio Magalhães Jr., respectivamente da Fecoop Norte e OCB-AM, e os deputados estaduais Luiz Castro (PPS) e Adjuto Afonso (PP-AM), presidente e vice da Frencoop-AM, na cerimônia de Constituição da Frencoop Amapá ratifica de forma contundente o apoio à inserção do cooperativismo na política pública do Estado do Amapá, intensificando o intercâmbio entre os parlamentares de ambas as Casas.
“Este evento é de suma importância para a defesa dos interesses do cooperativismo no Estado do Amapá e Região Norte do país. Pois é pelas leis estaduais promulgadas pelas Assembleias Legislativas, com a existência de uma Frente Parlamentar Cooperativista atuante, que o cooperativismo tem como auxiliar o poder público no desenvolvimento do setor primário do Amapá”, afirmou José Merched Chaar.
Além da constituição da Frente, acontecerá uma Assembleia Geral e será criada também a Agenda 2011 da Frente amapaense. Ao longo do dia, será debatido o planejamento estratégico e organizada uma programação de eventos para todo ano. Outro ponto de pauta é a elaboração de uma política de beneficiamento para as cooperativas com o objetivo de aprimorar a atuação do segmento em favor da economia do Estado vizinho.
Considerado o evento mais importante da história do cooperativismo do Amapá, a constituição da Frencoop representa um significativo avanço nos interesses do público cooperado. A sinalização vem dos 24 deputados com assento na Casa Legislativa do Amapá, onde todos são signatários da Frente, indicativo que deixa otimista o presidente da OCB-AP, Gilcimar Barros Pureza.
“Presidida pelo deputado estadual Jaci Amanajás (PPS-AP), a Frencoop assume a agenda cooperativista no parlamento cujo alguns itens são: atender as demandas políticas do Sistema Cooperativista Amapaense; acompanhar os assuntos de interesse no Executivo e no Judiciário, visando apoiar, politicamente, as posições do Sistema; estimular e apoiar a formação de frentes parlamentares nos legislativos municipais.
O evento contará com a participação de dirigentes, cooperados, familiares e colaboradores das cooperativas do Amapá, deputados estaduais, representante da OCB Nacional, presidentes das OCBs da Região Norte. A programação começa às 9h, na Assembleia Legislativa do Amapá, e continua até à noite, quando será realizado um coquetel de lançamento da Frencoop Amapá, previsto para iniciar às 19h no salão de eventos do Macapá Hotel. (Fonte: OCB/AM)
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Nesta quinta-feira (31/3), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, apresenta oficialmente o posicionamento da entidade sobre a revisão do Código Florestal Brasileiro, em coletiva de imprensa, às 11h, na sede da OCB, em Brasília (DF). O relator do substitutivo à Lei 4.771/65, aprovado pela Comissão Especial do Código Florestal, deputado federal Aldo Rebelo, participará do evento.
Na oportunidade, serão apresentados reflexos da atual legislação na produção agrícola, e será lançada a cartilha “Revisão do Código Florestal: o desafio de preservar e produzir”, uma publicação que busca um alinhamento institucional e a conscientização dos parlamentares sobre o tema.
Nesta terça-feira (29/3) foi realizada Audiência Pública conjunta entre as Comissões de Agricultura e Reforma Agrária, e Meio Ambiente e Defesa do Consumidor, ambas do Senado Federal, para discutir as alterações no Código Florestal Brasileiro (Lei nº 4.771/65).
O convidado, deputado Aldo Rebelo (SP), relator da matéria na Câmara dos Deputados, fez sua exposição baseado em seu substitutivo apresentado e aprovado, ainda em 2010, na comissão especial. Os principais pontos abordados durante a apresentação foram relativos às questões que envolvem os novos parâmetros de Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e a Área de Reserva Legal.
De acordo com o parlamentar, muitos agricultures que seguiam as leis da época e até chegaram a ser induzidos a desmatar para produzir, agora se vêem prejudicados por decretos editados posteriormente pelo Executivo, como o decreto 6514/08.
Estiveram presentes à reunião os senadores: Aníbal Diniz (AC), Jorge Viana (AC), Sérgio Petecão (AC), Eduardo Braga (AM), Vanessa Grazziotin (AM), Inácio Arruda (CE), Rodrigo Rollemberg (DF), Ana Rita (ES), Clésio Andrade (MG), Marisa Serrano (MS), Waldemir Moka (MS), Blairo Maggi (MT), Jayme Campos (MT), Pedro Taques (MT), Flexa Ribeiro (PA), Gleisi Hoffmann (PR), Acir Gurgacz (RO), Ivo Cassol (RO), Valdir Raupp (RO), Ângela Portela (RR), Ana Amélia (RS), Casildo Maldaner (SC), Luiz Henrique (SC) e Kátia Abreu (TO). Além desses parlamentares, também estiveram na reunião os deputados Marcos Montes (MG) e Valdir Colato (SC).
Para mais informações sobre a audiência pública realizada no Senado Federal, clique aqui.
Além do debate no Senado Federal, foi realizada também a segunda reunião do Grupo de Trabalho que promove a Câmara Conciliatória do Código Florestal, com a coordenação do deputado Eduardo Gomes (TO), primeiro-secretário da Câmara dos Deputados. Com a presença de 13 parlamentares, a reunião apenas deliberou sobre a prorrogação do prazo de envio das notas técnicas das entidades em 48 horas.
A OCB continua sua participação em ações que visam garantir a aprovação imediata do substitutivo do deputado Aldo Rebelo, como no apoio à mobilização que será realizada no dia 05/04, na Esplanada dos Ministérios.
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Mauro Zanatta | De Brasília
O novo texto da reforma do Código Florestal Brasileiro, ainda em elaboração pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), revogará a proposta de "desmatamento zero" aprovada no relatório da comissão especial da Câmara, em julho de 2010.
O relator informou ontem ao Valor, após audiência no Senado, que extinguirá a chamada "moratória" de cinco anos prevista em seu texto anterior. "Há pedidos de todos os lados para acabar com isso. E vou acolhê-los", disse.
O polêmico projeto, que deve ser votado no plenário da Câmara na próxima semana, também incluirá o conceito de agricultura familiar na nova lei e reduzirá à metade as Áreas de Proteção Permanente (APPs) obrigatórias para propriedades de até quatro módulos fiscais - de 20 hectares no Sul a 400 hectares na Amazônia. A inclusão do conceito reforça a posição política do segmento, mas também arregimenta essa "clientela" para a defesa da dispensa de APPs em todas as áreas de até quatro módulos.
"Até quatro módulos, dispensa a recomposição da reserva legal, mas não de APP", informou ontem ao senadores. Em São Paulo, segundo ele, se a recomposição fosse obrigatória, ao menos 3,6 milhões de áreas produtivas teriam que ser "arrancadas" do Estado. A soma de RLs na conta de APPs também será permitida. "Isso resolve o problema de médias e grandes propriedades", avaliou Rebelo.
O novo texto também transformará em declaratória a averbação (registro) de áreas de reserva legal (RLs) nas propriedades rurais. Caberá aos órgãos ambientais estaduais o ônus de comprovar a existência das áreas declaradas pelo produtor. As RLs variam de 80% na Amazônia a 35% nos Cerrados e 20% nas demais regiões e biomas. "A averbação será feita por um cadastro declaratório no órgão estadual, sem papelada", informou o presidente da Frente da Agropecuária, deputado Moreira Mendes (PPS-RO). A averbação estará atrelada aos programas de regularização ambiental (PRAs), a cargo dos Estados.
No texto do relator, deve figurar, ainda, uma regra para garantir a aplicação da legislação da época de uma eventual derrubada da mata original. "Se podia abrir 30%, 50% da área, não pode se responsabilizar o produtor", defendeu Aldo Rebelo. Avalia-se que o mecanismo "blindará" desmatamentos feitos durante a década de 1970, por exemplo, quando a lei obrigava os produtores a derrubar metade da área para garantir a propriedade definitiva do lugar.
Também funcionará como uma controversa espécie de "anistia" a multas posteriores. "Não é anistia, embora tenhamos uma tradição de anistiar. Há multas estratosféricas, sem correspondência com o valor das propriedades", afirmou o relator. No Acre, segundo ele, o Estado criou uma "comissão de anistia" para rever as multas aplicadas contra produtores.
A medida deve "congelar" as multas e punições administrativas aplicadas contra produtores até o fim do processo de regularização ambiental. Esse processo está previsto no atual relatório via zoneamento econômico-ecológico (ZEE), planos de bacia hidrográfica e georreferenciamento da propriedade.
Aldo Rebelo também incluirá em seu novo relatório a obrigação da recomposição das RLs em áreas do mesmo bioma, mas com possibilidade de ser fora do Estado da derrubada original. "Isso protege a área nativa em que foi aberta", disse o relator.
Para atender uma parte das demandas da Frente Ambientalista, o relatório incluirá novas formas de recuperação, recomposição e regeneração das áreas desmatadas. Entrará nos detalhes dos procedimentos nesses casos. "Precisamos de um pacto para consolidar o que está em uso e preservar o patrimônio, recuperando e recompondo em APPs e cursos d'água", defendeu Rebelo.
A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) afirmou ontem ser contra a manutenção das áreas de reserva legal e defendeu a dispensa de recomposição para áreas acima de quatro módulos. "O relatório ainda não é suficiente para a CNA", afirmou a presidente da instituição, senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 30/03/2011
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ADRIANA MATIUZO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO
Produtores rurais da região de Ribeirão Preto e do Triângulo Mineiro foram "convocados" ontem, durante um debate, a participar de um ato em Brasília, no dia 5 de abril, a favor da reforma do Código Ambiental.
Para convencer os produtores, deputados ruralistas, como Moreira Mendes (PPS-RO) e Nelson Marquezelli (PTB-SP), adotaram um discurso similar ao usado pelos sindicalistas, exaltando a união da classe.
Marquezelli afirmou que os agricultores precisam se mobilizar porque as ONGs ambientalistas, nacionais e estrangeiras, já estão "afiadíssimas". "No dia, vai ser no voto. Então, precisamos fazer pressão. Quem manda neste país é quem tem voto e quem tem voto é o povo brasileiro", disse o deputado, pedindo para os produtores rurais irem a Brasília.
Já Mendes, que preside a Frente Parlamentar da Agropecuária, afirmou que o ato ainda terá um papel de desmistificar a produção rural perante a população urbana.
De acordo com o deputado, a população das cidades está desinformada sobre a importância do agronegócio e opta pela defesa do meio ambiente, por ser um tema "mais simpático."
"Precisamos ir a Brasília fazer essa pressão. A participação de vocês é fundamental. Nosso objetivo a partir de agora tem de ser organização através de sindicatos e cooperativas", afirmou Mendes.
O evento, organizado pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) e outras entidades do setor para defender a aprovação do novo código, reuniu cerca de mil produtores rurais.
A diretora executiva da Abag de Ribeirão Preto, Mônika Bergamaschi, afirmou que o debate serviu para que o produtor sentisse o clima de mobilização.
A estimativa da associação é que mil produtores do Estado vão a Brasília, mas ela afirma que a adesão poderá ser ainda maior.
"Se não houver mudanças no código, vai faltar comida, vai faltar cadeia e algema neste país porque teremos 90% dos agricultores do Brasil na ilegalidade", disse a diretora da Abag.
Apesar dos discursos inflamados, o deputado federal Antônio Duarte Nogueira (PSDB) defende uma mobilização focada nos bastidores do congresso.
"É preciso cautela para não acirrar ainda mais os ânimos", afirmou.
Veículo: Folha de S.Paulo / Folha Ribeirão
Publicado em: 29/03/2011
A deputada federal Rebecca Garcia (PP) e os deputados estaduais Marcelo Ramos (PSB) e Conceição Sampaio (PP), membros da Frente Parlamentar Cooperativista realizam no próximo dia 31, o terceiro Fórum das Águas de Manaus, cujo tema é “Mobilização Social em Foco”.
Contribuir para o usufruto sustentável dos recursos hídricos do Amazonas, por meio da mobilização da opinião pública é a proposta de Rebecca Garcia, coordenadora política da Região Norte da Frencoop Nacional, junto com Marcelo Ramos e Conceição Sampaio, membros da Frencoop Estadual.
“O Fórum tem como objetivo debater a problemática das águas. E mais que isso, levantar soluções. Porque temos que ter a consciência que nós, além do poder público, também podemos fazer a nossa parte", disse Rebecca.
O evento apresentará duas palestras: Gerenciamento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental no Estado do Amazonas, com as presenças do superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Marco Antonio Oliveira e Édison Carlos da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Trata Brasil.
Em seguida os presentes participarão do diálogo através do debate aberto a todos. À tarde, estarão disponíveis diversas exposições de parceiros como o Comitê do Tarumã-Açu, Águas do Amazonas, Organização Não-Governamental (ONG) SOS Mata-Atlântica e a Marinha do Brasil.
Uma carta - Como resultado do Fórum será construído um documento a ser encaminhado ao poder público e demais entidades que participarão do evento. O Fórum acontece ao longo do dia 31, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam). (Fonte: OCB/AM)
A Organização das Cooperativas do Estado do Pará (OCB/PA) e a unidade estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PA), em parceria com o Sicoob Central Amazônia e com a Consultoria & Educação Corporativa realizaram o curso “Técnicas para Análise e Concessão de Crédito”, com o especialista Ivaldo Ferreira de Melo Júnior. Participaram 30 pessoas no curso que aconteceu nos dias 16 e 17 deste mês.
A diretora financeira do Sicoob Central Amazônia, central que reúne 21 cooperativas de crédito no Estado, Irecê Teixeira Firmino, acredita que a iniciativa atende a demanda das cooperativas na busca de informações e procedimentos inovadores. “O curso foi dinâmico e nos permitiu perceber detalhes do dia a dia, que irão facilitar os procedimentos de concessão de crédito”, comenta.
De acordo com o superintendente do Sescoop-PA, Manoel Teixeira, que esteve na abertura do evento, ainda estão previstos outros treinamentos dessa natureza voltados para o crédito dentro da programação de cursos do Sescoop/PA. “As cooperativas estão ávidas por cursos mais específicos. Por isso, no planejamento de 2011, acontecerão várias capacitações em diversos municípios”, complementa o técnico em cooperativismo Henrique Melo.
Mais informações do calendário e dos cursos podem no site www.paracooperativo.coop.br ou ligue para o (91) 3226-5280.
(Informações: OCB-Sescoop/PA)
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, participou na última sexta-feira (25/3) da inauguração da primeira parte do Complexo de Armazenagem e Indústria de Café Japy, da Cooxupé, na BR 146, próximo ao trevo de entrada da cidade de Guaxupé, no sul de Minas.
O governador Antonio Augusto Anastasia participou da solenidade e descerrou a placa ao lado do presidente da Cooxupé, Carlos Paulino. Também participaram da solenidade o presidente da Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato, que também é vice presidente da OCB, superintendente da OCB, Renato Nobile, e o assessor estratégico da OCB, Mauricio Landi.
Orçado em R$ 70 milhões, o complexo se consolida como uma indústria moderna, equipada para receber cafés a granel que serão empilhados em bags. Com esta etapa concluída, a Cooxupé amplia sua capacidade atual de armazenagem em 1,5 milhão de sacas. O investimento conta com o apoio de Banco do Brasil e Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A segunda etapa das obras do Complexo de Armazenagem e Indústria de Café Japy já está em andamento e engloba 60 silos para 3 mil sacas cada, onde ficarão os cafés disponibilizados pela Cooxupé e preparados para venda ao mercado interno e externo. Um barracão com 4.700 m² para máquinas de preparo, padronização, liga e embarques de café também será construído.
Assembleia – Pela manhã a diretoria da OCB participou da assembleia para prestar contas do exercício encerrado em 2010, ano em que a Cooxupé faturou cerca de R$ 1,8 bilhão, superando em 19,7% o exercício de 2009. “Foi um privilégio acompanhar, como convidados, da AGO que demonstrou um trabalho considerado exemplo do exercício fiel aos princípios do cooperativismo”, destacou o superintendente da OCB, Renato Nobile.
A Universidade Federal do Tocantins (UFT) em parceria com o Sescoop/TO realiza o MBA em Gestão de Cooperativas com o objetivo de formar gestores de cooperativas preparados para lidar com a especificidade das organizações cooperativas e com habilidades conceituais e operacionais para a gerência destas organizações.
As inscrições serão efetuadas até o dia 8 de abril de 2011 e o candidato deverá preencher o formulário de inscrição e enviar exclusivamente por e-mail:
O processo seletivo do MBA será realizado por meio de análise de currículo e entrevista (mais detalhes no Edital) obedecendo a quantidade de vagas que serão de 55, sendo que 25 estão reservadas a candidatos vinculados ao Sistema OCB/Sescoop-TO.
O investimento para o MBA será de taxa de matrícula no valor de R$ 200,00 (que corresponde à primeira das 18 mensalidades) e 17 (dezessete) parcelas de R$ 250,00, com desconto para pagamento até dia 10 de cada mês de 20%, valor da mensalidade neste caso ficará em R$ 200,00.
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Marcelo Beledeli
MAURO SCHAEFER/ARQUIVO JC
O fortalecimento da economia nacional ao longo da última década veio acompanhado de uma forte expansão do crédito às empresas e aos consumidores. Embora esse movimento tenha beneficiado, principalmente, os grandes bancos, um dos segmentos que mais aproveitou o bom momento foi o de cooperativas de crédito.
Apenas em 2010, o setor, que conta com 1.370 cooperativas em todo o Brasil, atingiu um incremento de 60% em seus ativos em comparação com os resultados de 2009. Isso significou um desempenho recorde de R$ 13,2 bilhões, levando o total dos ativos do segmento a alcançar R$ 66 bilhões.
Com 4,85 milhões de associados, o Brasil conta com 4% da população economicamente ativa (PEA) ligada à uma cooperativa de crédito, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Os depósitos recebidos em 2010 demonstram a elevada confiança que o segmento vem recebendo de seus associados, totalizando uma captação recorde de depósitos. Foram R$ 7,7 bilhões, 130% a mais do que em 2009, que já havia sido o melhor ano da história do setor. Com esse resultado, o segmento acumula R$ 29,9 bilhões de depósitos.
As operações de crédito também apresentaram bom desempenho, porém não acompanharam os mesmos percentuais dos depósitos e ativos. A carteira de empréstimos chegou a R$ 29,8 bilhões em dezembro de 2010, apresentando um crescimento de R$ 4,6 bilhões, o segundo maior da história do segmento, perdendo apenas para o ano de 2008. Isto porque, em razão da crise mundial, as cooperativas de crédito atuaram fortemente na concessão de crédito (quando da retração de mercado de boa parte das instituições financeiras convencionais no pior período da crise), tendo apresentado naquele ano um incremento de R$ 5,9 bilhões.
Já na evolução patrimonial, 2010 registrou o segundo melhor resultado, com R$ 1,8 bilhão. Em 2009 o aumento foi de R$ 2 bilhões. Com esse resultado, o cooperativismo de crédito brasileiro apresentou um total de patrimônio de R$ 13,1 bilhões no ano passado.
Os resultados positivos não se verificaram apenas no balanço financeiro, mas também na expansão do sistema. Em 2010, houve uma acentuada evolução nos postos de atendimento avançados (pequenas filiais com estrutura enxuta) saindo de 2.914 em dezembro do ano anterior para 3.159 doze meses depois, uma média de 20,4 novos pontos por mês. "Isso foi praticamente um ponto de atendimento por dia útil", lembra Silvio Giusti, gerente de Relacionamento em Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB.
No entanto, a exemplo do sistema financeiro tradicional, esse crescimento também gerou a necessidade de melhorar as condições do segmento para enfrentar a competição com os bancos. Com isso, diversas cooperativas passaram por um processo de fusão.
Em dezembro de 2010, havia 1.370 cooperativas, uma redução de 35 em comparação com o mesmo mês de 2009. "Há um processo de aglutinação e consolidação das bases, principalmente entre aquelas que atuam em áreas geográficas próximas, a fim de se fortalecer de modo a aumentar sua capacidade de escala", explica o gerente da OCB.
Somando cooperativas e postos avançados, o cooperativismo de crédito nacional atingiu a marca de 4.529 pontos de atendimento em 2010. Hoje, se o segmento compartilhasse suas estruturas, seria a segunda maior rede de atendimento do País, atrás apenas do Banco do Brasil (5.087) e na frente do Itaú (3.739).
Segundo Giusti, os bons resultados do setor apontam que os números podem apresentar maiores elevações no futuro. Atualmente, as cooperativas de crédito participam apenas de 2,5% do sistema financeiro nacional, enquanto em países europeus, como França, Holanda e Alemanha, a média gira em torno de 20% a 30%. "Isso mostra que temos um grande potencial a desenvolver, mas é preciso que a sociedade conheça mais as oportunidades do sistema", afirma.
Rio Grande do Sul é o estado onde o sistema é mais forte
Pioneiro no cooperativismo de crédito no País, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que possui a maior parte da população ligada ao segmento. Cerca de 1,2 milhão de gaúchos (17,3% da população economicamente ativa) são associados a uma cooperativa de crédito.
Em relação à cobertura territorial, dos 496 municípios do Estado, 439 possuem pontos de atendimento de cooperativas de crédito (89%). Apenas Santa Catarina (com 88% de seus 293 municípios) tem um índice maior que o Rio Grande do Sul.
A importância do setor deve-se, principalmente, à história da colonização do Estado, onde os pequenos produtores importaram modelos associativistas europeus para resolver as dificuldades de obter financiamentos junto aos bancos tradicionais. "O mundo cooperativo na Europa não nasceu da agricultura, mas do crédito.
As primeiras cooperativa"
A Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) segue com inscrições abertas para a décima quarta edição de seu prêmio, antes chamado de “Mérito Fitossanitário”. O prêmio conta com apoio da OCB e busca destacar e fomentar as iniciativas de empresas e profissionais da área de defensivos agrícolas, bem como de agentes de canais de distribuição (revendas e cooperativas), centrais de recebimento de embalagens vazias e suas respectivas associações gerenciadoras para disseminar ações de educação, responsabilidade social e ambiental.
Podem se inscrever indústrias associadas à Andef e seus profissionais (categoria Indústria), cooperativas e revendas, associadas respectivamente à OCB e Andav (categoria Canais de Distribuição), e centrais de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos, filiadas ao Inpev (categoria Campo Limpo). O prazo de entrega dos trabalhos é 30 de Abril de 2011, sendo a data limite de postagem até 26 de abril de 2011. Mais informações e regulamento completo em www.andefedu.com.br
O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas (OCB/AL), Marcos Rocha, e diversas autoridades entre elas o deputado federal Joaquim Beltrão e o deputado estadual Joãozinho Pereira, participaram na tarde de ontem (24/3), da primeira sessão itinerante da Câmara Municipal de Penedo.
O convite, feito pelo presidente da casa, vereador Manuel Messias de Lima, não foi por acaso, a sessão foi realizada na sede da Cooperativa de Turismo Rural de Penedo (Cooptur-Rural). De acordo com Marcos Rocha, um dos temas debatido no encontro foi a situação da Cooperativa de Colonização Agropecuária de Penedo (Coopenedo), que possui uma grande dívida junto ao Banco do Nordeste e não tem condições de saná-la.
Na discussão as cooperativas buscaram a intervenção dos parlamentares, para que , por meios legais, consigam resolver a situação. O objetivo maior é tornar a Coopenedo uma unidade ativa e competitiva, já que ela possui uma casa de farinha e cooperados que produzem além da mandioca, maracujá, feijão e outras culturas.
“Os deputados e vereadores se comprometeram em discutir de forma mais detalhada a questão. O grupo levantou a possibilidade de ser beneficiado com a Medida Provisória 472/09, que concede o perdão para dívidas rurais de até R$ 10 mil, caso a dívida seja rateada para todos os cooperados”, explicou Marcos Rocha.
Frencoop - Aproveitando o encontro, o presidente da OCB/AL convidou o deputado federal Joaquim Beltrão para ser o representante de Alagoas na Frente Nacional em Defesa do Cooperativismo na Câmara Federal e o deputado estadual Joãozinho Pereira para ser membro da Frente.
“Os dois deputados de pronto aceitaram o convite e isso mostra que o cooperativismo está acima de qualquer linha partidária. Lançamos ainda a proposta para os vereadores de Penedo implantarem a Frente Municipal, como fez o legislativo de Maceió, e a resposta também foi positiva. O cooperativismo precisa de políticas publicas de incentivo, por isso, temos que trabalhar em parceria com os nossos parlamentares”, frisou Marcos Rocha. (BCCOM Comunicação)
Hoje (25/3), na área II da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), as professoras Nágila El Kadi (da PUC Goiás), Luciana de Oliveira Dias e Telma Ferreira Nascimento (da Universidade Federal de Goiás - UFG) lançam o livro “Plantar, bordar e colher: mulheres cooperadas, diagnósticos e reflexões”. A obra é resultado do projeto “Cooperativas Populares de Mulheres em Goiás: diagnóstico, capacitação e incentivos públicos federais”, selecionado em edital de seleção pública pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).
O objetivo do edital era selecionar projetos de pesquisa que pudessem aprofundar o conhecimento sobre a temática e contribuir para o fortalecimento das políticas públicas para mulheres e igualdade racial em Goiás. A pesquisa envolveu reflexão teórica e trabalho de campo. Evidenciou a necessidade de avançar a discussão sobre importantes temas que extrapolam os muros da academia e se traduzem nas vivências das pessoas, como gênero, cooperativismo popular, economia solidária, inclusão social e movimentos sociais.
O primeiro objetivo do projeto foi diagnosticar os empreendimentos solidários que se caracterizassem com cooperativas populares com a participação significativa de mulheres, procurando traçar o perfil sócio-econômico dos dirigentes, a forma de organização da gestão adotada, a situação de trabalho dos participantes, a situação mercadológica envolvendo produto, comercialização etc. O segundo objetivo foi realizar cursos de treinamentos e capacitação das mulheres cooperadas partindo das demandas apresentadas. O livro foi elaborado a partir de contribuições de pesquisadores, alunos e professores da UFG, PUC Goiás e da Universidade Estadual de Goiás (UEG). O lançamento será no Terraço do Bloco D da área II da PUC Goiás está previsto para começar às 20h. (Fonte: OCB/GO)
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A Cooxupé inaugura amanhã a primeira parte do Complexo de Armazenagem e Indústria de Café Japy, em Guaxupé, no Sul de Minas. Orçado em R$ 70 milhões, o complexo se consolida como uma indústria moderna, equipada para receber cafés a granel que serão empilhados em bags (embalagem nova para ensacar o café).
Com esta etapa concluída, a Cooxupé amplia sua capacidade atual de armazenagem em 1,5 milhão de sacas. O investimento conta com o apoio do Banco do Brasil e Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Veículo: O Estado de Minas
Publicado em: 25/03/2011
“Um acompanhamento mais efetivo tanto da gestão como na constituição de cooperativistas dará maior visibilidade às atividades desenvolvidas pelo setor no país”. Esta foi a avaliação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, na abertura do Encontro Nacional de Monitoramento, em Brasília (DF). Ele também lançou um desafio para os quase 40 profissionais que estão participando do evento até quinta-feira (25/3): desenvolver uma ferramenta que possibilite ao sistema cooperativista o seu monitoramento e conseqüente autocontrole. “O cooperativismo encontra-se em um importante momento econômico e, em decorrência do vácuo jurídico que se impõe após a Constituição de 1988, quando as cooperativas obtiveram a autogestão, precisamos aprimorar as nossas bases de dados”. Para ele, essa demanda é latente e fez parte, inclusive, das 27 proposições resultantes do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo.
O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Luís Tadeu Prudente Santos, disse que alguns estados já estão trabalhando com monitoramento e que encontros como esses são importantes para alinhar e compartilhar conhecimentos. O superintendente da OCB e o gerente Geral do Sescoop, respectivamente, Renato Nobile e Ryan Carlo, também acompanharam a abertura das atividades.
A programação de hoje (24/3) inclui, além do nivelamento do conceito da autogestão com a contextualização histórica no Brasil, noções sobre regulações por atividade econômica ou por personalidade jurídica nos diferentes períodos de tempo. Já amanhã, serão apresentadas atividades de referência de algumas unidades estaduais e haverá atividades em grupo. O evento acontecerá na sede da OCB, em Brasília (DF).
A qualidade do trigo cultivado no Paraná está sendo comprovada por análises laboratoriais realizadas nos lotes que estão sendo embarcados pelas cooperativas paranaenses ao exterior. O estado está exportando 750 mil toneladas da safra 2010, sendo que deste total o cooperativismo responde por 500 mil toneladas, ou seja, 67%. “Há uma demanda forte pelo produto brasileiro, especialmente devido à quebra da safra russa, e também porque o mercado externo está reconhecendo a qualidade do cereal brasileiro”, afirma o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra.
Levantamento - As boas características do trigo cultivado no Paraná também foram evidenciadas em recente levantamento realizado pela Ocepar. As análises de 135 amostras referentes as 550 mil toneladas de trigo do Paraná vendidas nos últimos leilões de PEP (Prêmio de Escoamento do Produto), apresentaram um valor médio de Força de Glúten (W) de 273 e de Falling Number (FN) de 319, o que caracteriza um trigo de excelente qualidade. “É um resultado importante que ajuda a desmistificar os argumentos de que o trigo nacional possui qualidade inferior”, acrescenta Turra.
Tecnologia – Ainda de acordo com o gerente, a qualidade do trigo paranaense é resultado dos investimentos realizados nos últimos anos em tecnologia para cultivares. No Paraná e no Rio Grande do Sul, por exemplo, os cultivares da classe pão ou melhorador representavam 53% das áreas na safra de 2008. Em 2010, esse percentual aumentou para 79%.
Preços - Em relação à comercialização de trigo, Turra afirma que as vendas para o exterior estão sendo estimuladas pela boa remuneração que o produto externo está proporcionando em relação ao preço pago no mercado interno. No Paraná, por exemplo, o preço pago ao produtor, em fevereiro de 2010, foi de R$ 24,05 a saca de 60 quilos, sendo que no mesmo período desse ano, o valor passou para R$ 25,25/saca, o que representa um aumento de 5%. Por outro lado, no mercado internacional houve uma variação de 69% no preço de trigo, tomando-se como base a bolsa de Chicago, que é referência mundial de preços das commodities agrícolas. Em fevereiro de 2010, a cotação do trigo em Chicago fechou em US$ 5,20 por bushel, o que equivale a US$ 11,50 por saca de 60 quilos e, no último mês de fevereiro, foi cotado a US$ 8,8 por bushel, o que equivale a US$ 19,40 a saca do cereal. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento, na safra 2009, o Brasil exportou um milhão, cento e setenta mil toneladas de trigo, contra um milhão, quatrocentas e cinquenta mil toneladas da safra 2010, uma variação de 24%.
Área menor – As dificuldades de escoamento enfrentadas pelo produtor ao longo de 2010 deverão motivar a redução de aproximadamente 10% da área de trigo no Paraná, principal produtor nacional do cereal. Até o momento foram vendidas 70% das três milhões, quatrocentas mil toneladas da safra passada e os triticultores paranaenses já iniciaram a semeadura do ciclo 2011. “Nossa expectativa agora é com o anúncio, por parte do governo federal, do plano safra das culturas de inverno. Temos informações de que as medidas serão apreciadas na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional, que normalmente se reúne na última quinta-feira do mês”, afirma Turra. (Fonte: Ocepar)