Notícias representação
O Sistema OCB vem a público informar que estão suspensos todos os prazos administrativos, inclusive os referentes aos processos de licitação, entre os dias 21/12/18 a 2/1/19.
Brasília (12/12/18) – A venda de carne brasileira para a Venezuela foi o tema principal de um encontro entre lideranças dos dois países, na manhã desta quarta-feira, na sede do Sistema OCB, em Roraima. Os representantes do Brasil estão empenhados em mostrar as vantagens do gado criado por aqui, dentre elas, o fato de os rebanhos estarem livres da febre aftosa. A programação contou com a participação de cooperados e de representantes do governo roraimense. À tarde, um grupo formado por venezuelanos e brasileiros visitou o Frigorífico Frigo10, considerado uma das referências, em termos de infraestrutura, para toda a América Latina.
"O Brasil lutou, durante muitos anos, para alcançar esse status de zona livre de aftosa. É claro que isso nos deixa muito felizes. Mas, agora, o que nós queremos é mostrar ainda mais o nosso potencial de exportação. Roraima é um estado onde muitos investidores querem estar e nós não podemos deixar uma oportunidade como essa passar", disse Sílvio de Carvalho, que responde pela presidência do Sistema OCB e do Sistema FAERR/SENAR.
O presidente da Federação Nacional de Pecuária do país vizinho, Armando Chacin, falou da importância do encontro entre as duas nações, visando negócios futuros. "Eu acredito que temos grandes chances de progredirmos com as negociações entre Brasil e Venezuela. Esse primeiro momento é o pontapé inicial para nos aproximarmos", comentou Chacin. A comitiva também é composta pela diretora do Instituto Venezuelano do Leite e Carne, Khaty Araque, e pelos pecuaristas Neol Naar e Carlos Arenas.
ZONA LIVRE
O Brasil é totalmente reconhecido, com certificado internacional de zona livre da aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que abre muitas portas a empresários do setor. Aliás, o Brasil se tornou um dos mais importantes membros das OIE. As zonas livres com vacinação tornaram-se cada vez mais amplas ao longo dos anos e alcançaram o restante do país.
O primeiro registro oficial de febre aftosa no Brasil foi no Triângulo Mineiro, em 1895. Os focos na América do Sul coincidiram com a importação de animais da Europa e com surgimento da indústria frigorífica no Brasil.
Em 1951, foi criado o Centro Pan Americano da Aftosa e reconhecida a necessidade de ações conjuntas entre os países do continente. Já em 1992, o Ministério da Agricultura criou o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, com a adoção de medidas regionais e da campanha sistemática da vacinação.
O último foco de aftosa foi registrado no município de Japorã, Mato Grosso do Sul, em 14 abril de 2006. Hoje, o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 218,7 milhões de cabeças de bovinos e búfalos. É também o maior exportador de carne com vendas para mais de 140 países. (Com informações do Sistema OCB/RR)
Brasília (13/12/18) – Gratidão. Esse foi o sentimento que norteou as palavras do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, durante o encerramento das atividades da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) durante a 55ª Legislatura. O evento ocorreu nesta quarta-feira, em Brasília, e reuniu presidentes das unidades estaduais do Sistema OCB e os integrantes da Diretoria da Frente. A intenção foi avaliar o trabalho dos parlamentares ao longo dos últimos quatro anos e celebrar as conquistas importantes para as cooperativas do país. Durante o evento, deputados e senadores foram homenageados com a Medalha Mérito Cooperativista.
CONQUISTAS
Dentre as conquistas destacadas por Márcio Freitas estão, por exemplo, a sanção do PLP 100/2011, possibilitando que as cooperativas de crédito passem a operar com recursos de municípios e outros entes públicos, além de atualizar as regras dos fundos constitucionais; a revisão das regras do Plano Agrícola e Pecuário em prol das cooperativas agropecuárias; e a defesa da manutenção das políticas de compras públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos.
Para a liderança cooperativista, também é essencial reconhecer o trabalho dos parlamentares da Frencoop que resultou na manutenção das políticas de incentivo às cooperativas de eletrificação rural e, ainda, nos avanços na tramitação de diversos projetos, como os novos marcos Regulatórios do Transporte de Cargas e dos Seguros Privados, dentre muitas outras proposições de interesse do setor.
“Nós sabemos que o trabalho dos parlamentares não é fácil. Sabemos também que o comprometimento deles com a causa cooperativista fez toda a diferença ao longo desses quatro anos. É por isso que fazemos questão de agradecer a todos que contribuíram com o fortalecimento das nossas cooperativas. E, falando de futuro, nós continuaremos contando com o apoio de vocês e, também, dos novos integrantes da Frencoop para fortalecermos, ainda mais, o movimento cooperativista brasileiro”, avalia Márcio Freitas.
APOIO
A deputada federal Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, futura ministra da Agricultura, também esteve presente ao evento. Ela destacou que a atuação da Organização das Cooperativas Brasileiras sempre embasou tecnicamente a defesa dos interesses do cooperativismo. Segundo ela, esse mesmo apoio é o que espera receber quando estiver à frente do Ministério, já que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, requisitou uma atuação mais direta no sentido de desenvolver o agronegócio das regiões Norte e Nordeste. Para a futura ministra, não há uma forma mais eficaz de organizar os produtores e de fortalecer toda a cadeia produtiva do que o cooperativismo.
FRENCOOP
Após três décadas de atuação legislativa, a Frencoop é uma das bancadas suprapartidárias mais atuantes e influentes do Congresso Nacional. Hoje, a Frente conta com a adesão 47% dos deputados e senadores. Ao todo são 279 integrantes, sendo 243 deputados e 36 senadores, independentemente da sua bandeira partidária ou estado de origem.
Seu principal objetivo, junto à OCB, é garantir um ambiente favorável para que o cooperativismo possa se desenvolver. Isso pode acontecer por meio de votações de projetos no Poder Legislativo ou no processo de formulação de normativos e de políticas públicas do governo. Periodicamente, a Diretoria Executiva da OCB se reúne com a Diretoria da Frencoop para definir prioridades.
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Brasília (10/12/18) – Política, economia, tecnologia e inovação. Estes são os temas que nortearão os debates durante a primeira edição do Agro Cenário, com foco em 2019. O evento que ocorre nesta quarta-feira, das 8h às 16h, é uma promoção do Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e Corteva Agriscience (a Divisão Agrícola da DowDuPont) com o apoio do Canal Rural, que fará a transmissão ao vivo de toda a programação.
A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o deputado João Henrique Hummel, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, e o economista e apresentador Ricardo Amorim são alguns dos nomes confirmados. Representantes do Sistema OCB também participarão do evento.
Programação
8h – Credenciamento
9h30 – Abertura
10h30 – Painel Político -Impactos do Cenário Político em 2019 no Agronegócio Brasileiro
12h – Painel de Inovação e Tecnologia – Soluções e inovações de impacto para o Agronegócio
13h30 – Almoço
14h30 – Painel Econômico – O Agronegócio no contexto do Cenário Econômico 2019
16h – Encerramento
(Com informações do Canal Rural)
Salvador (6/12/18) - O Sistema Cooperativista Baiano se empenha para promover o desenvolvimento das cooperativas que atuam nos mais diversos setores da economia. Uma das ações é a realização de encontros dos ramos para que as cooperativas se aproximem e debatam temas de interesse comum. Na última segunda (3/12) foi a vez das cooperativas de trabalho do Sistema OCEB se reunirem, em Salvador, para conhecer o Projeto de Sustentabilidade do Ramo Trabalho e traçar estratégias para ampliar seu acesso ao mercado.
O evento teve a participação da coordenadora nacional do Ramo Trabalho na OCB, Margareth Garcia da Cunha, e da analista técnica e econômica da OCB, Carla Bernardes, que apresentaram o Projeto Sustentabilidade para o público. Elas explicaram que esse projeto veio em resposta aos desafios enfrentados pelas cooperativas de trabalho, no que diz respeito à imagem perante a sociedade, aos órgãos de fiscalização, Poder Judiciário e tomadores de serviços.
PROJETO SUSTENTABILIDADE
Atento a essa realidade, o Sistema OCB tem buscado fortalecer o modelo cooperativismo de trabalho e assegurar que cooperativas legítimas não sofram restrições no mercado. “A gente vem fazendo um trabalho grande de ressignificação da imagem do Ramo e, para isso, é necessário fazer nosso dever de casa. O projeto Sustentabilidade é isso: um trabalho de conformidade das cooperativas com a legislação atual”, explicou Carla.
Os resultados esperados com o projeto foram apontados por Margareth Cunha. “Precisamos estar em conformidade com Lei 12.690/2012, por isso, o intuito desse projeto é ter subsídios tanto para negociarmos com o Ministério Público do Trabalho quanto para representarmos bem o Ramo”, comentou a coordenadora nacional.
GESTÃO
Um aliado das cooperativas para avaliar se estão ou não em conformidade com as questões societárias, princípios e boas práticas de trabalho cooperativista é o PAGC – Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista. A analista de Monitoramento do Sescoop/BA, Geisa Félix, apresentou a situação das cooperativas baianas que aderiram ao PAGC e passaram pela rodada de avaliações. Ela lembrou da importância de as cooperativas cumprirem seus planos de melhorias, a partir do que foi diagnosticado, para que tenham condição de oferecer melhores serviços e, consequentemente, se posicionem de forma mais competitiva no mercado.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
A etapa de debate entre os representantes das cooperativas foi, para Marília Reis, Conselheira Diretora do Ramo Trabalho na OCEB, um momento fundamental. “O ponto alto do encontro foi o fato de as cooperativas se conhecerem, falarem de suas dores, suas dificuldades e, na percepção de cada uma, as possíveis soluções”, afirma.
A expectativa de Aline Fantin, enfermeira cooperada da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Saúde, é colocar em prática tudo o que foi discutido durante o evento. Para ela, o encontro oportunizou a integração e o debate coletivo de situações comuns que envolvem as cooperativas de trabalho. Já para Alexandre Machado Sampaio, administrador na Cooperativa Unibrasil Saúde, o evento foi “muito enriquecedor porque demonstrou a força que o cooperativismo, no caso do Ramo Trabalho, tem. Foi benéfico no sentido de mostrar que juntos somos mais fortes”.
FUTURO
Os participantes saíram do evento com o compromisso de se unirem cada vez mais, trabalharem juntos, com intercooperação, e as cooperativas podem continuar contando com o Sistema OCEB para aprimorarem a sua gestão, objetivando, sobretudo, a ampliação do seu acesso ao mercado com inteira adesão ao Projeto de Sustentabilidade do Ramo Trabalho. (Com informações do Sescoop/BA)
Brasília (3/12/18) – A Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe) é uma das finalistas do Prêmio Melhores Práticas em Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral 2018. O prêmio é uma iniciativa do Comitê Temático Rede Brasileira de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral – CT RedeAPLmineral, e tem por objetivo reconhecer as melhores práticas realizadas no âmbito da cadeia produtiva do setor mineral, que abrange os processos de pesquisa mineral, extração, beneficiamento, transformação mineral e comercialização dos produtos.
A cerimônia ocorrerá nesta quarta-feira, 5/12, em Natal (RN), durante a 15ª edição do Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, da qual representantes da OCB participam. O tema do seminário é Assistência e Extensão Tecnológica e Mineral para o Desenvolvimento da Mineração Organizada em APL. Outros dois eventos que ocorrem simultaneamente são o XII Encontro do Comitê Temático Rede Brasileira de APLs de Base Mineral – Comitê Temático RedeAPLmineral e uma rodada de negócios envolvendo todos os players do setor.
Durante o seminário, a OCB participará do painel Experiências, Desafios e Oportunidades do Setor Privado em Assistência e Extensão Tecnológica e Mineral para APL de Base Mineral, ao lado do Sindmineração/RN, do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos, da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais e Centro de Tecnologia Mineral.
Brasília (5/12/18) – Representantes de cooperativas de crédito, bem como suas centrais, federações e confederações participaram nesta quarta-feira, em Brasília, do primeiro dia do Fórum de Monitoramento promovido pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), com o apoio do Sistema OCB e do Banco Central. O evento está na terceira edição e termina amanhã (6/12).
A abertura contou com a participação do presidente do FGCoop, Bento Venturim, do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não-bancárias do Banco Central, Harold Espínola.
Durante sua fala, Bento Venturim, destacou a relevância do fórum para o fortalecimento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Dentre os assuntos abordados ao longo dos dois dias do fórum, segundo ele, estão a apresentação do novo modelo de monitoramento, construído a partir da realidade das cooperativas de crédito, por integrantes do SNCC e, também, do Sistema OCB.
“Queremos, daqui por diante, ser reconhecidos por nossa capacidade de antecipar, prevenir e mitigar problemas, por meio da melhoria do monitoramento e implementação da assistência financeira às cooperativas”, declarou o presidente do FGCoop.
Já o presidente do Sistema OCB, Márcio Freitas, frisou que, no cooperativismo, os processos de gestão e governança têm como base a transparência e que, graças a ela, é possível gerar confiança tanto nos cooperados quanto no ente regulador. “Agindo assim, vamos mostrar à sociedade que o nosso modelo de negócios é, de fato, a grande moeda do milênio”, comentou a liderança.
AUDITORIA
Convidado para falar sobre auditoria cooperativa, o representante do Banco Central, Harold Espínola, enfatizou que é preciso encará-la como uma oportunidade de conhecimento do próprio negócio e, ainda, como uma ferramenta de aprendizado. “A ideia é tão interessante que o Banco Central até pensa em utilizá-la em outros segmentos financeiros”, comentou. A questão da auditoria cooperativa será tratada, em detalhes, nesta quinta-feira.
MONITORAMENTO
O presidente do FGCoop explicou que, para o aperfeiçoamento do monitoramento das cooperativas de crédito, foi constituído um subcomitê composto por integrantes do SNCC, que, em conjunto com a equipe técnica do FGCoop aperfeiçoou a metodologia de avaliação do risco de descontinuidade com base em técnicas estatísticas e em alinhamento às práticas especializadas do segmento. “A nova metodologia busca ser mais conservadora e em conformidade com a visão estratégica do Fundo de atuar preventivamente na detecção de problemas nas cooperativas associadas”, explicou.
ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
Em relação à assistência financeira, Bento Venturim disse o foco, neste momento, é auxiliar as cooperativas não filiadas ao sistema que estiverem enfrentando situação de risco de descontinuidade a se unir a outra cooperativa, mas que, futuramente, um novo passo será dado no sentido de auxiliar essas cooperativas a recuperar sua saúde financeira e a manterem-se no mercado.
GESTÃO
Amanhã, representantes do Sistema OCB apresentarão o cenário de governança cooperativa no Brasil. A intenção é iniciar o debate sobre a importância do tema para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.
Brasília (28/11/19) – “Sem igualdade de gênero, não conseguiremos superar os desafios globais que temos, atualmente, em todo o continente americano”, comenta Graciela Fernandez, presidente da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas). A frase da líder cooperativista uruguaia reflete muito bem a necessidade de ampliar a participação das mulheres no mundo dos negócios e, também, na política.
Esse, aliás, foi o tema do Seminário Internacional de Gênero e Cooperativismo, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), nesta terça-feira (27/11), na Casa do Cooperativismo, em Brasília, e que contou com a participação de Graciela, de diversas lideranças do agronegócio latino-americano e, ainda, de responsáveis pelas políticas públicas de promoção da mulher dentro e fora do Brasil. (Leia aqui)
Segundo Graciela, a presença de mulheres em organismos internacionais incentiva todas elas a continuarem militando, lutando como líderes de cooperativas, para que sua opinião também seja levada em consideração, pois são competentes para liderar e desempenhar, sim, cargos políticos. Confira a entrevista!
- Como a senhora vê a questão de igualdade de gênero na América Latina? E no ambiente cooperativista?
A ONU vem realizando um importante trabalho para diminuir essa questão da desigualdade entre homens e mulheres. Estamos totalmente convencidos de que com a Agenda 2030, da ONU, vamos trabalhar juntos, por meio de políticas públicas, e, assim, corrigir esse problema. Com o esforço conjunto entre os representantes do Estado, da sociedade e, especificamente do cooperativismo e das organizações de economia solidária, mais propriamente da agricultura familiar, poderemos colocar em prática o quinto objetivo do desenvolvimento sustentável, que trata da igualdade de gênero. Sem igualdade de gênero, não conseguiremos superar os desafios globais que temos, atualmente, em todo o continente americano e, especificamente, no cooperativismo das américas.
- Qual o papel das mulheres nas cooperativas? Quais contribuições, em particular, elas podem trazem para o crescimento do modelo de negócio cooperativista?
As mulheres têm tido um papel histórico nas cooperativas. Elas trabalham com dedicação em todos os ramos do cooperativismo, contribuindo de diversas formas, inclusive como gestores. Assim, elas têm conseguido contribuir muito com o desenvolvimento das cooperativas das quais fazem parte. Agora, nós, quando definimos que o cooperativismo é uma ferramenta de promoção da igualdade de gênero, por meio da aliança com outros setores e, também, com seus consumidores, estamos definindo que o papel da mulher é muito importante, porque o consumo delas é bastante significativo para a economia. Aliás, esse tema não tem sido debatido como deveria. No cooperativismo devemos apostar no consumo da mulher, nos produtos que ela consome, e como esse consumo reflete economicamente e de forma global em todos os ramos do nosso negócio.
- Qual o significado, para o movimento cooperativista, de ter uma liderança feminina à frente de uma organização de representação internacional?
Já tem mais de 20 anos que me dedico à promoção do desenvolvimento do cooperativismo no Uruguai, como parte de uma organização histórica, responsável pela organização do movimento cooperativismo do nosso país, que é o Centro Cooperativista Uruguaio. Toda a base de nosso trabalho são os princípios e valores do cooperativismo e, assim, nossa atuação tem sido no sentido de oferecer, principalmente, assistência técnica e educação cooperativista à nossa base. Nós, do Centro Cooperativista Uruguaio, acreditamos que a mulher pode e deve alcançar posições de destaque em organismos políticos, como a ACI Américas, por exemplo, porque quando isso acontece, nós mostramos a todas as demais mulheres cooperativistas que é possível fazer muito mais, de forma global. A presença de mulheres em organismos internacionais incentiva a todas elas a continuarem militando, lutando como líderes de cooperativas, para que sua opinião também seja levada em consideração, pois somos competentes para liderar e desempenhar, sim, cargos políticos.
- E quando olhamos para o cooperativismo da América Latina de uma forma geral, como a senhora avalia o cenário hoje, considerando oportunidades e desafios?
No atual momento, a América Latina vive um período complexo do ponto de vista social e econômico. Também estamos vendo incertezas importantes do ponto de vista econômico, mudanças de ordem política e riscos à democracia. Isso ocorre em uma região em que vemos muitos jovens e mulheres em situação de desemprego e onde testemunhamos a retomada da informalidade, de forma considerável, sobretudo envolvendo esses dois públicos.
Este contexto traz desafios importantes ao cooperativismo porque estamos sentindo que na Declaração das Nações Unidas, vários líderes ressaltam que a saída é um trabalho social, envolvendo a cooperação. Somente por meio do cooperativismo poderemos ter a paz e manter a democracia em todos os países. Nosso modelo econômico tem, em sua gênese, este fator essencial que é a cooperação.
Por isso, eu acredito que nós estamos vivendo um momento muito complexo do ponto de vista da história do cooperativismo. Atravessamos guerras mundiais no passado e, atualmente, estamos celebrando os 70 anos da assinatura da Carta de Direitos Humanos, sendo que o cooperativismo saiu ileso e continuou seguindo. Atravessamos crises econômicas e financeiras realmente importantes nos últimos anos e continuamos de pé, porque o nosso propósito é o bem-estar das pessoas.
Desta forma, devemos continuar trabalhando unidos, somando, sob à égide da colaboração e da cooperação. Por isso, queremos fomentar a intercooperação, que é um desafio importante, além de redes de negócios. Percebo que o cooperativismo não está utilizando todo o potencial que poderia. Acredito que podemos ser mais, somar, aproveitar a atuação em redes de negócios, de resultados.
Brasília (10/12/18) – O Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes) lança, nesta quarta-feira (12/12), às 17h, no Salão Nobre, o livro Perdas e Desperdício de Alimentos: estratégias para redução. O trabalho, relatado pelo deputado federal Evair Vieira de Melo (ES), propõe a criação, por meio de projeto de lei, de uma Política Nacional de Educação Alimentar e Nutricional do Consumidor.
O objetivo é desenvolver uma consciência para o consumo adequado e responsável de gêneros alimentícios. Outra proposta é a elaboração, pelo Governo Federal, de um Plano Nacional de Armazenagem de Grãos, de modo que se possa dar especial atenção à armazenagem dentro das fazendas.
Este é o terceiro livro da série Caderno de Trabalhos e Debates do Cedes, que será publicado pelo Centro de Documentação e Informação (Cedi). O estudo foi coordenado pelos consultores legislativos Rodrigo Dolabella, da Câmara, e, Marcus Peixoto, do Senado, e contou com a colaboração de especialistas do SESC, da Conab, da Embrapa, da USP, da Unicamp, do Ministério do Desenvolvimento Social, da Organização Save Food Brasil e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
NÚMEROS DO DESPERDÍCIO
Segundo a FAO, a estimativa é de que todos os anos são perdidos ou desperdiçados no mundo cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, um prejuízo de cerca de US$ 1 trilhão. Com apenas parte disso, daria para matar a fome de 815 milhões de pessoas que, em 2016, se encontravam em estado de insegurança alimentar.
No Brasil, estima-se que aproximadamente 10% dos alimentos produzidos são perdidos ou desperdiçados. Isso ocorre principalmente nas cadeias de frutas e hortaliças, entre 30% e 50%, em razão de serem alimentos perecíveis, que exigem mais cuidados com manuseio e transporte. O desperdício também é elevado no setor de bares e restaurantes, nos hotéis, nas cantinas escolares, nos hospitais e nas residências.
As causas para o desperdício são as mais diversas e vão desde as deficiências de infraestrutura e logística, à falta de tecnologia e de profissionais capacitados e ao comportamento dos varejistas e consumidores. Para que a meta estabelecida pela ONU de erradicar a fome no mundo até 2030 seja alcançada, será necessário reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial.
INICIATIVAS
O projeto Mesa Brasil Sesc (MBD) atua na coleta e distribuição de alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, mas ainda próprios ao consumo humano, e em ações educativas. O MBS constituiu uma rede de 92 bancos de alimentos que atendem 500 municípios.
Há ainda mais 84 bancos de alimentos públicos, apoiados pelo Ministério do Desenvolvimento social, e outros 24 em fase de construção. Outra iniciativa, a Save Food Brasil, lançada em 2016, prevê a formação de uma rede nacional de especialistas dos setores público e privado para trabalhar em colaboração e executar projetos, ao mesmo tempo em que conscientiza a sociedade civil.
No Congresso Nacional, existem quase trinta projetos de lei sobre o assunto em tramitação, a maioria trata o problema apenas nas etapas de distribuição e consumo. Também há propostas para tornar a doação obrigatória, mas a logística não é simples e tem custos que podem torná-la inviável.
Outro obstáculo, não esclarecido na legislação brasileira, diz respeito à responsabilização civil e penal do doador por danos causados à saúde do beneficiário, pelo consumo do alimento doado, que faz com que o doador em geral prefira descartar os alimentos para não pagar indenização.
O QUE É O CEDES?
O Centro de Estudos e Debates Estratégicos é um órgão técnico-consultivo da Câmara dos Deputados dedicado a análise, discussão e prospecção de temas de caráter inovador ou com potencial de transformar as realidades econômica, política e social do nosso país. O Colegiado é composto por 23 parlamentares, os quais têm a atribuição de propor uma agenda de atividades e conduzir estudos estratégicos para o Brasil, desenvolvidos com o apoio da Consultoria Legislativa.
Como resultado do trabalho, são produzidos e publicados documentos de alta densidade crítica e especialização técnica ou científica, que trazem apensados Projetos de Lei e/ou indicações para o Poder Executivo. Desde sua instalação em 2003 (à época como Conselho de Altos Estudos), o CEDES tem contribuído para o aperfeiçoamento da atuação político-parlamentar, fortalecendo o papel do Poder Legislativo na interlocução de problemas de relevância social perante a população brasileira. (Fonte: Gabinete do deputado Evair de Melo)
Brasília (2711/18) – A participação das mulheres na atividade rural vem se fortalecendo tanto no Brasil quanto em outros países. Dentro desse contexto, as cooperativas exercem um importante papel no desenvolvimento de práticas sustentáveis que favorecem essa inclusão. Alguns exemplos, que mostram como a força feminina atua nesse modelo de negócio, foram apresentados no Seminário Internacional Gênero e Cooperativismo, realizado hoje (terça-feira, dia 27/11), na sede do Sistema OCB, em Brasília.
Cinco anos depois de ter enfrentado prejuízos provocados pelo incêndio que destruiu o galpão com toda a produção de fibra da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru, no Amazonas, a presidente Eliana Medeiro se diz pronta para novos desafios. “Foi um período muito difícil, mas soubemos nos reconstruir. Estamos nos preparando para entregar a primeira safra de guaraná que será matéria-prima para uma multinacional de bebidas não alcoólicas”, disse. Eliana começou na cooperativa há 26 anos como estagiária de contabilidade e, hoje, lidera mais de 430 cooperados.
O evento destacou como a força, a sensibilidade e a perseverança são qualidades que diferenciam o trabalho movido pela união de mulheres na conquista de bons resultados. Maria Helena dos Santos, presidente da Cooperativa dos Floricultores do Estado da Paraíba (Cofep), contou como conseguiu superar o preconceito para aumentar a produção de crisântemos, rosas e gérberas. “Primeiro, tivemos que convencer os maridos a deixar as mulheres saírem de casa para trabalhar. Procuramos valorizar a participação das esposas e das filhas como forma de aumentar a renda familiar”, afirmou. Em seguida, Maria Helena se empenhou em mostrar que o cultivo de flores também é uma atividade que pode ser exercida por ambos os sexos. “Eles achavam que flores era coisa de mulher e se recusavam a ir ao campo com elas”, explicou. Hoje, a Cofep, com 19 anos de existência, reúne 28 cooperados, com 6 homens e 22 mulheres. “A produção só aumenta”, comemora.
AGRO+ MULHER
O Seminário Internacional Gênero e Cooperativismo marcou o lançamento do Plano Agro+Mulher pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “É um programa que dá um caráter oficial ao empoderamento das mulheres”, afirmou o ministro da pasta, Blairo Maggi. O campo ainda é considerado o principal acesso ao mercado de trabalho. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, os próprios valores do cooperativismo representam uma oportunidade de igualdade e de inserção das mulheres em várias atividades produtivas. “O grau de profissionalização do nosso movimento se deve muito à presença competente de cooperadas e gestoras que estão à frente de diversos negócios”, afirmou. Ele também ressalta a adesão feminina em outros ramos do cooperativismo.
A presidente da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI Américas), Graciela Fernandez, comentou a respeito da importância das políticas públicas voltadas para diminuir as desigualdades em relação à mulher. “Estamos totalmente convencidos que com a agenda 2030 da Organização das Nações Unidas vamos trabalhar no fomento de iniciativas para melhorar essas condições junto aos representantes da sociedade civil, do cooperativismo e de outras instituições ligadas à agricultura familiar em diversos países”, afirmou. A igualdade de gênero está prevista no quinto princípio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Além de representantes de cooperativas brasileiras e de instituições internacionais ligadas ao setor, cerca de 100 pessoas participaram do evento. A sessão de abertura também contou a presença da secretária nacional de políticas para as mulheres do Ministério dos Direitos Humanos, Andrezza Collato; o chefe da União Europeia no Brasil, Thierry Dudermel; e do secretário de mobilidade social, do produtor rural e do cooperativismo do Ministério da Agricultura, José Dória.
SISTEMA OCB
Somos um Sistema composto por três instituições: OCB, Sescoop e CNCoop. Temos uma unidade em cada estado do Brasil e, também, no Distrito Federal. Nosso papel? Trabalhar pelo fortalecimento do cooperativismo brasileiro. A OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) cuida da representação institucional junto aos Três Poderes. O Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) é responsável pelas ações de desenvolvimento das cooperativas, cooperados e empregados, com foco em formação profissional, promoção social e monitoramento. E a CNCoop (Confederação Nacional das Cooperativas) completa o tripé, com a representação sindical patronal do movimento. Focos distintos e complementares, que fazem a soma dessas forças resultarem na potencialização de um setor essencial para a economia e a sociedade brasileiras.
Mais informações
Sistema OCB
Adriana Moreira - InPress Porter Novelli
(11) 97629-6306 ou (61) 3217-2138
Brasília (5/12/18) – A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei (PL) 1292/1995 que altera a Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública. O projeto ainda deverá ser votado pelos deputados no Plenário da Casa.
Como o tema é bastante amplo e complexo, foram realizadas diversas audiências públicas com parlamentares, governo e sociedade civil para cada parte tivesse a oportunidade de apresentar suas considerações. Em seu parecer, o deputado João Arruda (PR) buscou assegurar a forma de contratação mais vantajosa para a administração pública, o desenvolvimento nacional sustentável, a justa competição e evitar o sobrepreço e o superfaturamento de contratos.
COOPERATIVAS
Após atuação da OCB, o projeto assegura a participação das cooperativas em processos licitatórios afastando qualquer impedimento legal. Também veda ao agente público (ressalvados os casos descritos em lei) comprometer, restringir ou frustrar o caráter competitivo de licitações inclusive nos casos de cooperativas.
O texto também inclui a dispensa de licitação quando se tratar de coleta, comercialização ou processamento de resíduos sólidos em que os serviços são realizados por cooperativas de coleta. A matéria é de origem do Senado Federal e será analisada novamente pelos senadores com as novas mudanças propostas pelos deputados.
Brasília (5/12/18) – Um movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas. Este é o Dia de Cooperar que, em 2019 completa 10 anos, beneficiando brasileiros e mostrando que o movimento cooperativista se diferencia dos demais modelos econômicos por sua capacidade de mudar, para melhor, a vida das pessoas. E, neste ano, as iniciativas transformadoras, realizadas com o apoio do Sistema OCB e suas organizações estaduais, registraram o envolvimento recorde de cooperativas. Confira na entrevista abaixo, realizada com a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sescoop, Geâne Ferreira, os próximos passos do Dia de Cooperar.
Qual a importância dessas iniciativas estarem alinhadas aos ODS?
Desde quando começamos a estimular as ações e práticas do Dia C, vinculadas aos ODS, percebemos um impacto muito grande de contribuição das cooperativas em relação à essa agenda mundial. Para se ter uma ideia, começamos com ações em apenas de 7 ODS e, atualmente, as iniciativas podem ser enquadradas em, pelo menos, um dos 17 ODS. Prova disso é o reconhecimento que tivemos até em nível internacional. Primeiro foi a Aliança Cooperativa Internacional que reconheceu o Dia C como um movimento que engaja as cooperativas em relação à agenda dos ODS. E, depois, a própria ONU passou a reconhecer esse fato, realizando diversas atividades conosco. Vale destacar que, inclusive, já fomos convidados para realizar palestras e apresentações sobre o Dia C dentro e fora do país.
Considerando que o Dia C, a partir de 2018 se tornou um grande movimento, você pode explicar qual a diferença entre ação e projeto?
As cooperativas que participam do Dia C podem escolher como desenvolverão suas atividades. Se a cooperativa tem a possibilidade de realizar ações mais pontuais, em um único dia, de mobilizar a comunidade, mobilizar os cooperados para uma atividade apenas, classificamos a iniciativa como ação, que é algo esporádico e pontual. Agora, se a cooperativa tem condição de realizar um projeto contínuo, algo mais duradouro e que vai trazer alguma transformação para aquela comunidade, caracterizamos como projeto. Em síntese, uma ação ocorre de maneira pontual, ao contrário do projeto, realizado de forma contínua, trazendo resultados mais duradouros e, possibilitando, um acompanhamento maior por parte da cooperativa.
É importante que as cooperativas desenvolvam mais projetos do que apenas ações pontuais?
Exatamente. É muito importante que as cooperativas comecem a abraçar a prática de projetos contínuos. Isso permite que elas coloquem em prática o sétimo princípio do cooperativismo: o interesse pela comunidade. Se ela tem a capacidade de realizar uma iniciativa mais contínua para trazer resultados melhores para a comunidade, que isso seja feito. Nós, do Sistema OCB, estimulamos muito isso.
Como as cooperativas que ainda não fazem parte desse movimento podem participar?
É muito importante que as cooperativas que têm o interesse em participar do Dia C procurem as unidades estaduais do Sescoop, em todas as capitais brasileiras. Essas unidades são capazes de estimular e orientar essa participação. No nosso site: www.somoscooperativismo.coop.br é possível encontrar todos os endereços e demais informações de contato para que os interessados recebam todas as orientações não apenas sobre o Dia C, mas sobre o cooperativismo como um todo, de forma internacional, nacional e regional.
Quais as novidades para o ano que vem?
Nós temos uma preocupação grande com a coerência entre o nosso discurso e a nossa ação. O que fazemos, refletimos em nossos materiais, por isso, a partir de 2019, as cooperativas vão ver muitas novidades. Primeiro, trazendo a sustentabilidade como carro-chefe, já que nos preocupamos muito com o meio ambiente. Vamos trabalhar com balões biodegradáveis, papéis-semente, camisetas com fibra de garrafa pet, justamente para diminuirmos ao máximo o impacto das nossas ações. Além disso, toda a nossa identidade visual (bonés, camisetas e sacochilas) poderão ser reutilizadas nos anos seguintes. As cooperativas vão poder enxergar na marca e nos materiais do Dia C a nossa preocupação e o nosso compromisso com a sustentabilidade.
O ano de 2019 é muito importante para o Dia C, não é mesmo?
Sim. Em 2019 o Dia C completa 10 anos e, por isso, a celebração será muito importante, pois percebemos essa evolução. Ele nasceu em Minas Gerais e foi conquistando os outros estados. Atualmente, temos registros de que o Dia C já ocorre em mais de mil municípios do país, beneficiando milhões de brasileiros. Temos muito para comemorar, celebrar e continuar sonhando.
Brasília (27/11/18) – A participação de cooperativas nas compras públicas realizadas pelo governo está ganhando força. Na última semana, representantes da OCB participaram da Reunião Gerencial de Compras de Alimentos da Agricultura Familiar, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), em Brasília. Cooperativistas de diversas partes do país, além de executivos da OCB/PA também acompanharam a programação.
O evento teve por objetivo avaliar o último ano de trabalho entre o MDS, Ministério da Defesa, Forças Armadas, órgãos da União, estados, municípios e entidades representantes de agricultores familiares e suas organizações, como é o caso da OCB, apoiando e promovendo as aquisições de alimentos da agricultura familiar pela modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
RESULTADOS
Como resultados da participação da OCB na reunião, estão a criação de um capítulo sobre cooperativas na Plataforma de Ensino a Distância (EAD) para órgãos compradores; a celebração de uma parceria entre a empresa Vale e a OCB/PA para fortalecimento do cooperativismo na região sudeste do estado paraense; elaboração de uma cartilha sobre compras públicas da agricultura familiar voltada para cooperativas; e, ainda, o lançamento do portal Cooperativas nas Compras Públicas no âmbito do governo federal.
MERCADOS
O serviço oferecido no portal é destinado a apoiar as cooperativas na sua inserção em mercados. Desenvolvido pelas gerências Técnica e Econômica e de Relações Institucionais da OCB, o ambiente virtual possibilita que as cooperativas cadastradas acompanhem, em tempo real, as oportunidades de vender seus produtos ao governo e, ainda, obter todo o suporte para que elas acessem esse mercado.
Durante o lançamento, o analista de Relações Institucionais da OCB, Leonardo Meira, explicou que as cooperativas cadastradas recebem informações a respeito dos editais de licitação e chamadas públicas para aquisição de produtos e serviços pelos governos nos níveis federal, estadual e municipal. (Leia mais aqui)
CURSO
Outro lançamento que também marcou a reunião foi o curso sobre compras institucionais, na modalidade EAD, voltado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O evento reuniu cerca de 100 gestores do governo federal, além de agricultores familiares interessados em comercializar os produtos para a administração pública.
O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, participou da reunião promovida pelo órgão e ressaltou a importância do encontro para um mercado que, neste ano, já movimentou cerca de R$ 235 milhões. “Entendemos que podemos aperfeiçoar ainda mais as compras com a aproximação desses dois públicos, descobrindo os gargalos e as necessidades de cada um”, afirmou.
O curso à distância foi elaborado para estimular o crescimento do mercado e que cada vez mais órgãos federais, estaduais e municipais adquiram os produtos da agricultura familiar. “Orientar compradores sobre quais são as facilidades e as formas de acessar as compras da produção da área é criar mais um elemento facilitador para este círculo de desenvolvimento sustentável, auxiliando o comprador que está lá na ponta, que às vezes não conhece adequadamente o sistema”, explicou o ministro.
EXPERIÊNCIA
Em 2016, a primeira aquisição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi no valor de R$ 800 mil. Neste ano, a instituição já ultrapassou mais de R$ 2,2 milhões em compras do setor agropecuário, o que representa 55% do total dos produtos adquiridos por ela. Segundo a nutricionista e diretora da Divisão de Alimentação da UFRGS, Ludymila Barroso, agora é exigido que as empresas terceirizadas dos três restaurantes da universidade também adquiram alimentos da agricultura familiar.
“Para 2019, estamos mudando algumas cláusulas contratuais dos restaurantes para termos mais controle sobre as compras, sem oscilar, porque isso atinge também o agricultor”, conta a diretora.
SAIBA MAIS
Na Compra Institucional do PAA, cada agricultor familiar poderá vender até o limite de R$ 20 mil, por ano, para cada órgão comprador. Já para as cooperativas ou associações, o limite é de R$ 6 milhões por ano, por órgão comprador. A legislação determina que pelo menos 30% dos alimentos adquiridos para abastecer órgãos federais venham da agricultura familiar. Para saber mais sobre as chamadas públicas abertas em todo o país, é só acessar o portal www.comprasagriculturafamiliar.gov.br. (Com informações do MDA)
Salvador (23/11/18) – Um dos temas que têm ganhado visibilidade nos últimos tempos é de energias renováveis, já que diz respeito às fontes inesgotáveis de energia obtidas da Natureza e alia o desenvolvimento socioeconômico e a preocupação com o meio ambiente. O cooperativismo está atento a esse assunto e o Sistema OCEB, como representante dos interesses do cooperativismo baiano, objetivando garantir a participação das cooperativas em novas oportunidades de negócios, vai realizar no dia 07 de dezembro de 2018, em Salvador/BA, o primeiro Workshop de Energias Renováveis para o Cooperativismo: os desafios e perspectivas na geração compartilhada.
O workshop é promovido pelo Sistema OCEB em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e reunirá presidentes, dirigentes e associados de cooperativas para discutir sobre energias renováveis como viabilidade de negócios na redução de custo, bem como sobre a constituição de cooperativa para geração e distribuição de energia. Também será tratado sobre as possibilidades do sistema cooperativista na geração e distribuição de energia na Bahia, à luz da Resolução 482/2012 da ANEEL.
PALESTRANTES
A programação do evento contará com painéis e apresentação de cases de sucesso, que serão conduzidos por representantes do Ministério de Minas e Energia, da Superintendência de Atração e Desenvolvimento de Negócios, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, além de gestores da Coopercampos/SC, da Cooperativa Brasileira de Energia Renovável (COOBER/PA), primeira cooperativa de geração distribuída no Brasil, e do Sicoob Centro-Serrana do Espírito Santo (SICOOB/ES), pioneira na construção de usina fotovoltaica. Será um momento para aprofundar as reflexões sobre os desafios e as perspectivas na geração compartilhada e também apontar caminhos para novas oportunidades de negócios.
INSCRIÇÕES ABERTAS
As inscrições estão abertas até 5 de dezembro, por meio deste site: http://eventos.bahiacooperativo.coop.br. (Fonte: Com informações do Sistema OCEB)
SERVIÇO
Brasília (23/11/18) – Mais de duas mil pessoas participaram das atividades do 12º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred), realizado pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras) e com o apoio do Sistema OCB. O evento que começou na quarta-feira, terminou nesta sexta, e movimentou Florianópolis.
Ontem, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, foi o moderador do painel Diretrizes Estratégicas do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), realizada pelo coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito da OCB, Manfred Dasenbrock, que também preside o Sistema Sicredi, que discorreu, dentre outros assuntos, sobre os desafios do SNCC:
- Competitividade: Que depende não só do desempenho do cooperativismo de crédito, mas também de uma série de fatores complexos externos e internos ao segmento, como a economia, os concorrentes, a regulação, a tecnologia, entre outros;
- Legislação e regulação: Que é por si só um fator de competitividade, mas de tal importância e complexidade que merece destaque. Sua superação também depende de muitas variáveis que certamente podem ser influenciadas pelo SNCC, mas não são controladas por ele.
- Comunicação: Que envolve divulgar os diferenciais do cooperativismo de crédito e usá-los em favor do segmento. Depende do empenho das próprias cooperativas e das instituições que as representam em tornar seus diferenciais mais conhecidos pelos atuais e potenciais associados, além da sociedade e formadores de opinião;
- Governança e qualificação: Que está relacionado com os próprios esforços dos atores do SNCC (cooperativas, centrais, confederações, bancos, OCB, Sescoop e FGCoop). Considerando que a regulação tem um papel importante nesse contexto, cabe ao segmento implementar as medidas de governança e gestão que atendam aos padrões esperados e desejados de uma instituição financeira cooperativa;
- Intercooperação: Que é um dos princípios mundiais do cooperativismo e uma das chaves para o sucesso de todo o segmento cooperativista. Intensificar parcerias e negócios entre cooperativas dos diversos ramos é uma prerrogativa do próprio segmento que, ao fazer isso, investe no próprio futuro;
- Representação sindical: Que está em fortalecer as relações entre as cooperativas de crédito e seus colaboradores, que tanto contribuem para o sucesso do segmento, assunto que está dentro da esfera de ação do SNCC.
O público, considerado o maior da história do Concred, pode acompanhar, ainda, o debate sobre a atuação dos principais sistemas do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) como protagonistas do Mercado Financeiro. Participaram do painel Henrique Castilhano Vilares (presidente do Sistema Sicoob), João Carlos Spenthof (vice-presidente da SicrediPar), José Maria de Azevedo (presidente do Sistema Unicred), Cledir Assisio Magri (presidente do Sistema Cresol) e Moacir Krambeck (presidente da Central Ailos).
O FUTURO JÁ CHEGOU
Nesta sexta-feira, na arena Protagonismo e Sinergia, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, ministrou a palestra O futuro do cooperativismo se constrói agora. Ele discorreu sobre o movimento cooperativista do ontem, do hoje e de amanhã, abordando os grandes marcos históricos que mudaram, em todos os países, o jeito de pensar, planejar, produzir e consumir. Segundo ele, a inovação é um convite diário, feito às empresas.
“Desde a revolução industrial, passando pelo surgimento do cooperativismo há cerca de 200 anos, até o período atual, quando se vive a era da robótica, da automação e da inteligência artificial a palavra que move a humanidade é, sem dúvida, inovação. Não podemos mais continuar fazendo as mesmas coisas do mesmo jeito. O consumidor quer ter a certeza de levar para casa opções que impactam positivamente tanto a sociedade quanto o meio ambiente. Eles não querem mais um produto ou serviço, simplesmente. Querem fazer parte de um ciclo de consumo responsável e ético, especialmente onde todo mundo ganha. E isso é o que o cooperativismo faz”, enfatizou o superintendente.
Brasília (23/11/18) – Nossa causa mobiliza pessoas em torno de negócios democráticos, colaborativos e sustentáveis em todo o planeta. Fazemos parte de um grande movimento, abraçado por 13,2 milhões de cooperados em todo o Brasil. Para que esse movimento seja cada vez mais conhecido e presente no dia a dia da sociedade, o trabalho dos comunicadores cooperativistas é fundamental.
Somos os responsáveis por dar visibilidade às nossas cooperativas, atuando na divulgação de produtos e serviços, além de contribuir para a manutenção de uma imagem positiva do cooperativismo junto a diferentes públicos.
ENCONTRO DE COMUNICADORES
É por isso que vamos reafirmar o nosso compromisso com a causa cooperativista em mais um Encontro de Comunicadores do Cooperativismo Paulista, realizado pelo Sescoop/SP. Estaremos reunidos no clima do movimento Somos Coop para um dia inteiro de palestras, debates e apresentação de cases de cooperativas. O evento contará com a presença de:
- RODOLFO GUTILLA - Jornalista e antropólogo, sócio-diretor da Cause, empresa que desenvolve estratégias integradas de comunicação, relacionamento e advocacy. Ex-diretor de Assuntos Corporativos, Sustentabilidade e Relações Governamentais da Natura.
- DANIELA LEMKE - Jornalista, pós-graduada no MBA Executivo em Marketing Digital Estratégico e em Design Digital, Gerente de Comunicação do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).
- LEANDRO BEGUOCI - Diretor editorial e de produtos da Associação Nova Escola. Também foi editor-chefe do grupo FOX no Brasil, editor-executivo do iG e repórter da Folha de S.Paulo e da revista Veja. É jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, mestre em governança em mídia e comunicação pela London School of Economics
- ROSENILDO FERREIRA - Titular da coluna Empreendedorismo Sustentável na revista IstoÉ Dinheiro e fundador e líder do Projeto Colaborativo 1 Papo Reto. Fez carreira nas redações de alguns dos principais jornais e revistas do País, com destaque para Zero Hora, O Estado de São Paulo, Correio Braziliense, Gazeta Mercantil e Isto É Dinheiro.
Fonte: Com informações do Sescoop/S
Brasília (29/11/18) – Um dos maiores eventos do agronegócio das regiões Norte e Nordeste do País é a Feira Internacional de Agropecuária (Fenagro) que está ocorre no Parque de Exposições de Salvador, até o dia 2/12. O evento conta com mais de 2,5 mil representantes do trade do setor produtivo e quatro mil animais em exposição.
E, ciente da importância de disseminar a cultura cooperativista, pela primeira vez, o Sistema OCEB, participa do evento. Além do atendimento aos visitantes, que ocorre no estande temático do movimento SomosCoop, a entidade participa da programação da Fenagro realizando, nesta sexta-feira, dia 30/11, em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, o seminário Cooperativismo no Desenvolvimento da Agricultura Baiana.
Para o presidente do Sistema OCEB, Cergio Tecchio, a participação na feira é uma oportunidade de se aproximar ainda mais da população baiana e fortalecer o movimento cooperativista. “A feira é um local onde é possível encontramos os principais interessados em desenvolver o cooperativismo no estado: representantes dos setores agrícolas, agropecuário, de serviço e de comércio estão nesse espaço. Para que o cooperativismo seja um instrumento de desenvolvimento da Bahia, nós temos de estar perto de tudo e a Fenagro é um espaço múltiplo, de muita participação; é onde podemos dialogar com o governo e com a sociedade”, argumenta a liderança.
SOBRE A FEIRA
A Fenagro desse ano abre espaço especial para os pequenos produtores do estado. Cerca de 270 empreendimentos, entre cooperativas e associações dos 27 territórios de identidade da Bahia, estão comercializando seus produtos na 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária - FEBAFES. A feira reunirá empreendimentos da Agricultura Familiar, economia solidária, assentados dos programas de reforma agrária e crédito fundiário, além de povos e comunidades tradicionais do estado.
A feira, que iniciou dia 24 de novembro e segue até o dia 2 de dezembro, conta em sua programação com concurso leiteiro, cozinha interativa, feira artesanal, praça de alimentação com culinária regional e apresentação de grupos musicais, cordelistas e teatrais. Estão presentes também stands de instituições educativas e de pesquisa, empresas privadas e órgãos do governo, que ocupam os pavilhões com rodadas de negócios, workshops, fóruns e debates sobre estratégias de inovação e competitividade na agropecuária.
Interessados em participar do evento, que ocorre das 8h às 22h, podem adquirir os ingressos na portaria do Parque de Exposições de Salvador – Av. Paralela, pelo valor de R$ 10,00. Crianças até 10 anos e idosos com mais de 60 anos estão isentos da taxa. (Com informações do Sistema OCEB)
Brasília (23/11/18) – Parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados apresentaram aos Ministérios da Agricultura e da Indústria, Comércio e Serviço ofícios solicitando dados para identificar a origem e o destino final da importação de leite em pó e derivados nos últimos três meses. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que acompanha de perto as discussões a respeito do tema, no âmbito dos poderes Executivo e Legislativo, também participou da audiência, apresentando a visão do setor.
Vice-presidente da Comissão, o deputado federal Evair de Melo (ES) afirma que a principal preocupação do setor é que, com o aumento da entrada no país de leite proveniente dos países do Mercosul, a ocorrência de triangulação e da importação de produtos a um preço abaixo daquele que é praticado no Brasil cause um grande prejuízo aos produtores, que já sofrem com a baixa remuneração.
“Os nossos produtores estão passando por muitas dificuldades pois a nossa legislação inescrupulosa está escancarando as fronteiras do país para produtos de qualidade duvidosa e a custo muito baixo, prejudicando o ganho de famílias brasileiras que trabalham honestamente. O Uruguai, por exemplo, está exportando mais do que produz. Precisamos garantir produtos de qualidade aos brasileiros a preço justo, mas não às custas de quem produz”, reiterou o deputado.
Desde 2017, Evair atua para barrar as importações do leite no país. Em agosto do ano passado, o parlamentar conseguiu aprovar um requerimento de sua autoria que exigia dos Ministérios da Agricultura e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços a tomada de medidas para suspender a importação de leite em pó e soro. O deputado também é autor do Projeto de Lei 9.044/17, que restringe as importações de leite de nações que não possuem leis ambientais e trabalhistas tão rigorosas quanto às leis adotadas pelo Brasil.
O objetivo da proposta é proteger os produtores nacionais da concorrência desleal com essas nações e prevenir a entrada de pragas e doenças que não existem no Brasil prejudicando produtores e consumidores com produtos de baixa qualidade.
Outra preocupação da Comissão de Agricultura é o possível reprocessamento do leite importado nas indústrias brasileiras antes de chegar aos consumidores finais, o que coloca em risco a saúde e a segurança alimentar da população. “Não podemos permitir que pragas e doenças que não existem no Brasil simplesmente invadam o país por conta de uma medida absurda”, completou Evair. (Com informações da assessoria do deputado Evair de Melo)
Brasília (8/11/18) – O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, entregou nesta quarta-feira (7/11) ao vice-presidente eleito do país, general Hamilton Mourão, o documento Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, com as principais contribuições do cooperativismo para a Presidência da República, no período de 2019 a 2022. O encontro foi realizado na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília.
As propostas estão apresentadas em cinco capítulos com destaque para a regulamentação do ato cooperativo. “Acreditamos que o próximo governo federal criará condições favoráveis para fortalecer o cooperativismo no país. As cooperativas exercem um papel fundamental na economia e são capazes de estimular o crescimento brasileiro”, afirmou Márcio Freitas, referindo-se ao primeiro capítulo do documento, Reconhecimento da importância econômica e social das cooperativas.
A OCB considera fundamental que o Poder Executivo adote medidas para diminuir entraves estruturais, burocráticos e financeiros. Dessa forma, o cooperativismo continuará contribuindo na geração de trabalho e de renda para milhares de pessoas.
O documento com 42 páginas reforça a importância do cooperativismo como um modelo de negócio, com estrutura de gestão e governança bem definidas, baseado na união das pessoas, que conecta o campo e a cidade, impulsionando o crescimento de comunidades locais, e do país como um todo, por meio do empreendedorismo coletivo e sustentável. Essa é a segunda vez que o Sistema formaliza uma carta de intenções aos eleitos para assumir a Presidência da República. A primeira ocorreu no pleito de 2014.
DEMANDAS
As proposições resultam de um processo participativo que ouviu mais de 1,3 mil lideranças cooperativistas representantes das 27 unidades estaduais do Sistema OCB presentes em todo o país e também dos 13 ramos de atuação do cooperativismo (agropecuário, consumo, crédito, educação, habitação, infraestrutura, mineração, produção, saúde, social, trabalho, transporte e turismo e lazer).
1. Reconhecimento da importância econômica e social das cooperativas
Esperamos que o próximo governo busque fortalecer o papel das cooperativas como parte da agenda estratégica do país, reconhecendo os diferenciais das sociedades cooperativas e seu alto impacto para o desenvolvimento de pessoas e comunidades. Isto não significa somente concordar com a sua importância, mas que este fator seja o propulsor de ações efetivas para dar maior competitividade às cooperativas, com destaque para a regulamentação do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.
2. Cooperativismo como motor de desenvolvimento do país
Destacamos a importância de propostas que valorizem o papel das cooperativas para combatermos a fome, alcançarmos a segurança alimentar e a melhoria da nutrição no Brasil e no mundo, por meio de uma produção agropecuária sustentável. Também consideramos fundamentais as políticas públicas que reforcem o papel das cooperativas na inclusão financeira, desenvolvimento regional e redução das desigualdades, bem como para superarmos os atuais desafios de transporte e logística de escoamento da produção brasileira, promovendo o desenvolvimento econômico e social do país.
3. Cooperativas em prol de cidades e comunidades mais sustentáveis
Destacamos diversas propostas de como as cooperativas podem contribuir, ainda mais, com o governo para prestação de serviços de interesse público com maior dinamismo e eficiência, com foco na ampliação do atendimento de saúde da população brasileira, no acesso à energia limpa e de alta qualidade no campo e nas cidades, no avanço à educação inclusiva, equitativa e de qualidade e em diversos setores econômicos onde as cooperativas atuam com destaque.
4. Cooperativismo como plataforma da economia colaborativa
Pensar em cooperativismo é também refletir sobre políticas públicas de incentivo às novas tendências de se trabalhar em rede, conectar pessoas e colocá-las no centro das tomadas de decisão de seus próprios negócios, por meio do empreendedorismo coletivo e da autogestão. Assim, sugerimos ao governo propostas de apoio às cooperativas como opção sustentável para milhares de trabalhadores brasileiros contarem com melhores condições de inserção de seus produtos e serviços no mercado.
5. Criando bases para um país do futuro
Uma parte significativa dos desafios para empreender no Brasil diz respeito à viabilização, por parte do governo, de um ambiente de negócios favorável aos investimentos. Neste sentido, acreditamos serem fundamentais as medidas de simplificação tributária, responsabilidade fiscal, combate à corrupção, desburocratização das atividades econômicas e de retomada de investimentos em infraestrutura e logística, dentre diversos outros desafios para a recondução econômica do país.
NÚMEROS
O cooperativismo está presente em todo o país, gerando oportunidades de inserção econômica e social a milhares de brasileiros, e melhorando qualidade de vida dos cooperados, seus familiares e empregados de cooperativas. Segundo dados da OCB, o Brasil conta com:
• 6.887 mil cooperativas;
• 14,2 milhões de cooperados;
• 398,1 mil empregos diretos.
Brasília (27/11/18) - Onze empresas receberam nesta terça-feira (27), em cerimônia de premiação no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Selo Agro+ Integridade 2018. A entrega foi feita pelo ministro Blairo Maggi, que destacou a importância do respeito à legislação pelas empresas, não só a do país de origem, mas também a de países com os quais têm relação comercial e, sobretudo, enfatizou o valor da “transparência total e absoluta”, segundo ele, condição essencial para preservar espaço no mercado.
Os representantes das empresas assinaram o pacto pela integridade, ética, sustentabilidade e de uso adequado do selo, que pode ser usado em produtos, sites comerciais, propagandas e publicações. As empresas premiadas são as seguintes: Iharabras SA Indústria Química, Baldoni Produtos Naturais Comércio e Indústria Ltda, Adecoagro Vale do Ivinhema SA, Adama Brasil, Indústria e Comércio Supremo Ltda, Old Friends Agropecuária Ltda, Produquímica Indústria e Comércio SA, Pif Paf Alimentos SA, Rivelli Alimentos SA, Leão Alimentos e Bebidas e Bunge Alimentos SA.
O conselheiro geral adjunto da Bunge da América do Sul no Brasil, Fernando Zanetti, disse que um ambiente institucional saudável é o caminho para a construção de um mundo melhor para todos. Destacou ações na área social realizados pela fundação da empresa e a inciativa do Mapa para estimular ideais éticos e conservacionistas.
A homologação das empresas foi feita pelo Comitê Gestor do Selo Agro+. Vinte e três apresentaram toda a documentação exigida pelas normas do prêmio. As inscrições para participar ficaram abertas entre 1º de fevereiro e 29 de junho.
“Percebemos que não bastava o Ministério da Agricultura ter o seu programa de compliance com foco anticorrupção”, disse o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki. “Era necessário que as empresas também tivessem o seu compliance alinhado com o nosso. Por isso, sugerimos um Pacto pela Integridade do Setor Produtivo Brasileiro. Muitas empresas estão com os seus programas em andamento”.
O ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, que acompanhou a construção do programa de compliance do ministério e a criação do selo, observou que os mecanismos de controle contra a corrupção e a observância de valores são investimentos que as empresas fazem para garantir o seu futuro.
Claudio Torquato, assessor de Controle Interno do Mapa e responsável técnico pelo programa Agro+ Integridade, comentou que o selo é um diferencial para as empresas disputarem espaço no mercado. O evento teve ainda a presença de representante do Instituto Ethos.
O Selo Agro + Integridade é um reconhecimento a empresas que adotam práticas de governança e gestão, capazes de minimizar riscos de ocorrência de desvios de conduta eque seguem a legislação, em especial a Lei Anticorrupção (Lei 12.846, de 1º de agosto de 2013).
O selo foi lançado pelo presidente Michel Temer e pelo ministro Blairo Maggi, em 12 de dezembro de 2017, quando foi que assinada a Portaria nº 2.462, com o regulamento da premiação.
O Mapa foi o primeiro ministério a implementar um programa alinhado ao Programa de Fomento à Integridade do Governo Federal (Profip) da CGU (Controladoria Geral da União). (Fonte: MAPA)