A tarde do último sábado, 30, foi o dia escolhido pela cabelereira Samara Santos para passear com os filhos no Parque Cesamar, principal área verde de Palmas, capital do Tocantins. Ao chegar ao local, ela presenciou uma festa colorida, animada e repleta de atrações voltadas para celebrar o movimento Dia de Cooperar e a força do cooperativismo tocantinense. Sem entender como funciona, na prática, o modelo cooperativista, Samara logo se interessou em saber o motivo que levou tanta gente a ofertar serviços voluntários no parque.

‘‘Tive uma grande surpresa ao descobrir que esse evento é promovido pelas cooperativas do estado. Mais do que isso, me surpreendi ao saber que não é só hoje. Conversando com alguns voluntários, fiquei sabendo das iniciativas que são realizadas durante todo o ano. Estão de parabéns por tudo’’, comentou Samara, enquanto era puxada por um dos filhos para assistir à Corrida Cooperar.

Por falar na corrida, a edição foi um dos momentos mais animados do evento. Quem se preparou para testar o fôlego e o condicionamento físico foi o assistente administrativo Leonardo Pereira da Silva. O jovem de 25 anos percorreu os 3km de prova e percebeu que este é o momento ideal para se dedicar mais a prática esportiva. ‘‘Meu desafio pessoal é me preparar para obter uma classificação melhor em 2019 e, se possível, ser o vencedor. Afinal, preciso melhorar meu condicionamento físico para continuar sendo voluntário desse movimento’’, brincou Leonardo.

Sete cooperativas participaram do encontro e forneceram atividades recreativas, atendimento de saúde (aferição de pressão, teste glicêmico, entre outros) orientação financeira, entre outros. A superintendente do Sistema OCB no Tocantins, Maria José Oliveira, lembra, com alegria, que o Dia C é a grande celebração das atividades desenvolvidas ao longo dos anos. "Aqui nós vivenciamos a integração das pessoas que formam as cooperativas. Neste dia, todos os ramos trabalham juntos em uma ação coletiva. É o momento onde todos se tornam um. Ser cooperativista é ir além da parte econômica. É entender que os lucros só fazem sentido se tivermos responsabilidade social. Este é o nosso DNA’’, disse.

O vice-presidente do Sistema OCB no Tocantins, Gilberto Morais, ressaltou que além da celebração, o evento também busca difundir o cooperativismo. "Este é um tipo de organização que está entre os sistemas econômicos mais conhecidos. Buscamos a equidade entre as pessoas. A sociedade precisa despertar para o fato de que só viveremos em um mundo melhor quando enxergarmos o outro como nosso igual. O maior foco do cooperativismo são as pessoas".

Esta visão é compartilhada por aqueles que integram as cooperativas no Tocantins. Como é o caso do gerente do Sicredi Palmas, Júlio César Leite. "Para nós o principal é estar junto da comunidade. A essência do cooperativismo é essa. Ele é feito de pessoas para pessoas, então esse é nosso momento de comemorar os feitos e nos prepararmos para mais ", concluiu.

Em 2018, a celebração do Dia de Cooperar em Palmas atingiu 50% mais pessoas que no ano anterior. Cerca de 1500 pessoas participaram da programação que ocorreu no Parque Cesamar.

A cuidadora Jusceli Costa conhece bem a importância de ajudar o próximo. Mas, na manhã de sábado, 30, foi ela protagonista das atenções, recebendo cuidados especiais na celebração do Dia de Cooperar. De passagem pelo Centro, viu a animação na praça mais movimentada de Fortaleza e lá fez a festa. “Vou chegar em casa toda bonita, sabia? É a primeira vez que participo desse momento, estou achando ótimo. É muito bom ver alguém fazer algo pelo outro”, afirmou enquanto aproveitava os serviços gratuitos e esperava para esmaltar as unhas.

O artesão João da Silva também aproveitou os serviços ofertados pelo Dia C e renovou o visual com um corte de cabelo moderno, “de primeira qualidade”, trabalho realizado pelos voluntários da Associação dos Cabeleireiros do Estado do Ceará, que são parceiros do Dia C. “Muito importante para os fortalezenses essa oportunidade de ser beneficiado com tantas ações gratuitas e de qualidade”, considerou.

Foram 2.483 atendimentos em 20 serviços disponibilizados pelas cooperativas, tudo graças à união voluntária de pessoas empenhadas em transformar vidas. Cadastro de vagas de emprego e de doadores de sangue, emissão de documentos, consultoria financeira e nutricional, avaliação e higiene bucal com escovação e entrega de kits, degustação de produtos regionais, aula de zumba e alongamento, além de atrações culturais, incluindo a apresentação da Orquestra Unisol, formada por crianças e adolescentes do município de Itapipoca.

Destaque ainda para os serviços de aferição de pressão, teste de glicemia, orientação sobre câncer de útero, de mama e cuidados no combate ao mosquito Aedes aegypti proporcionados pela Cooperativa dos Profissionais de Enfermagem do Ceará (Coopen-CE). “O momento é único, oferece oportunidade para a comunidade receber dicas de saúde sem custo algum. Dia especial para o profissional e para quem recebe o serviço”, garantiu Sílvia Dionísio, diretora da cooperativa.

A celebração do Dia C 2018 no Ceará

A manhã de sábado na Praça do Ferreira foi uma pequena amostra do que é realizado pelas cooperativas do Estado. “É o quinto ano que realizamos o evento aqui. Estamos muito bem representados. Ficamos felizes em poder patrocinar momento de tanto apoio. Maravilhoso o trabalho de promover o bem-estar da comunidade”, explicou o presidente Sistema OCB-CE, João Nicédio Nogueira.

O dia foi encerrado sob o ritmo frenético do forró. Quase impossível ficar parado, ou deixar de puxar alguém para dançar em meio a tanta descontração. Na mesma ocasião em que se comemorava o Dia Internacional do Cooperativismo, a certeza de que são mesmo essas atitudes simples que movem o mundo. O trabalho contínuo das cooperativas enche os corações cearenses de orgulho. 

Marilda da Aparecida Galvão, moradora da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), chegou de forma tímida ao Parque dos Tropeiros, neste sábado, 30. Acompanhada de dois filhos adolescentes, sem saber o que iria encontrar, entrou na primeira tenda que lhe chamou atenção, a da Unimed, e logo foi encaminhada para aferir a pressão e testar a glicemia. Foi ali que descobriu que sua pressão estava muito alta e que precisava procurar atendimento médico com certa urgência. “Nunca tive sintoma algum, mas a enfermeira disse que é uma doença silenciosa e perigosa. Vou procurar a unidade de saúde mais próxima de casa”.

Mas mesmo que dona Marilda não vá por qualquer motivo, a unidade de saúde vai procurá-la para garantir que o tratamento continue. Isso porque, no momento em que ela foi atendida, seus dados foram coletados pela equipe de enfermeiras, como explica Katia Cristina Lesa, analista de responsabilidade social da Unimed Curitiba. “A nossa participação no Dia de Cooperar – Dia C foi a de auxiliar para que as unidades de saúde da região coletem dados da comunidade e, com isso, continuem o trabalho de prevenção e promoção da saúde. Ou seja, é uma parceria contínua com a comunidade”, explica. De acordo Katia, cerca de 400 pessoas foram atendidas durante todo o dia na tenda da Unimed.

Segundo José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, o evento tem como objetivo valorizar o cooperativismo e mostrar à sociedade o que ele representa. “As pessoas não sabem a dimensão da prática cooperativista. O presidente de uma das associações de moradores do CIC me perguntou o que poderia ser feito no seu bairro e como as pessoas poderiam se integrar ao cooperativismo. São tantas as possibilidades, que já marcamos uma reunião para debater todas as opções. Só isso já valeu todo o esforço de hoje!”, comemora.

Em Curitiba, a celebração reuniu cerca de cinco mil pessoas e 350 voluntários do Sistema Ocepar e das cooperativas parceiras. Neste ano, participam as cooperativas Dental Uni, Aurora, Sicoob, Central Sicredi, Sicredi Integração, Sicredi Medicred, Sicredi Campos Gerais, Sicredi Crednoreg, Unimed Curitiba e Unimed Paraná. Em todo o estado, foram nove mil voluntários trabalhando na data, que também marca o Dia Internacional do Cooperativismo.

Leonardo Boesche, superintendente do Sescoop/PR, destaca o Dia C como uma oportunidade para despertar o espírito cooperativista na população. “Toda cooperativa surge de uma dificuldade. O CIC é um bairro carente em muitos aspectos e, se esses moradores conseguirem entender o que é a prática do cooperativismo, podem encontrar diversas práticas capazes de transformar suas vidas. Este é o objetivo de hoje: o cooperativismo se mostrar para sociedade”, avalia.

E a dona Marilda, do início da matéria, além de cuidar da saúde, também aproveitou para ficar mais bonita, já que o evento disponibilizou outras atividades gratuitas, como corte de cabelo, design de sobrancelha e penteados. O público também pôde usufruir gratuitamente de avaliação odontológica; atividades de educação (contação de histórias, educação financeira e orientação na elaboração de currículo); lazer (pintura de rosto, jogos de tabuleiro, minigol, circuito de bike e apresentações artísticas); e cooperação (distribuição de mudas, livros e gibis, coleta de óleo e cadastro no Projeto Brasil Sem Frestas – que usa caixas de leite vazias para forrar casas de madeira de modo a proteger os moradores do vento e da chuva). Além disso, no palco do Parque dos Tropeiros, houve apresentações de dança e teatro do grupo Sou Arte, que encantaram públicos de todas as idades.

Água na torneira é coisa rara no município de Caicó – escolhido para receber a celebração do Dia de Cooperar 2018. Distante 282 km da capital do Rio Grande do Norte, Natal - e o 7º maior em população (68 mil) num estado com 167 municípios -, Caicó sofre há anos com a seca. Com o olhar voltado à população do local, cooperativas do estado, em parceria com a Prefeitura Municipal, inauguraram durante o evento, um poço de água limpa, no bairro Centro. O poço de água limpa vai beneficiar cerca de 15 mil moradores, de cinco bairros próximos. 

Em uma cidade onde é comum a população comprar água limpa, até para cozinhar, um novo poço público é motivo de felicidade. Agatangela Maria, auxiliar de serviços gerais, vibrou, provou e aprovou a qualidade da água que jorra do poço. “Fiquei muito feliz. Esse poço tinha sido perfurado há 1 ano, mas estava sem funcionar. Aqui é comum comprar água quase que semanalmente pois já ficamos até 30 dias sem ter água chegando da rua”, lembrou Agatangela.

Na casa de Valdemar Nivaldo, agricultor aposentado, a realidade não é diferente. Com água na torneira apenas três dias por semana, o novo poço também vai melhorar a vida da família dele. “Ano passado vivemos uma crise grande e esse ano o inverno foi breve. Pode faltar água a qualquer momento. Nunca se sabe. Com o poço, todo mundo vai poder pegar um tambor de água e garantir o abastecimento nas casas do bairro”, contou.

Para Sônia Rocha, superintendente do Sescoop RN, não é preciso ter muito dinheiro, nem projetos mirabolantes para atender às necessidades do próximo. Ela acredita que atitudes simples como abrir uma torneira e jorrar água fazem sim a diferença. “Basta que você tenha sensibilidade, um olhar diferente e saiba a real necessidade daquele que você pode apoiar. Com isso, é só colocar a mão na massa e fazer o trabalho”.

Se por um lado a cidade localizada no Sertão Potiguar sempre conviveu com a seca, por outro, essa dificuldade nunca serviu de desculpa para os seridoenses não irem em busca da realização de seus sonhos. É lá em Caicó que está localizada a primeira cooperativa do Seridó, que completa 40 anos em 2018, numa demonstração de persistência e delicadeza. Fundada em 1978, a Cooperativa de Produção Artesanal do Seridó (Coase) participou junto com outras 11 cooperativas da celebração do Dia de Cooperar, realizada na Ilha de Sant’Ana. Na manhã do sábado, 30, a população teve acesso a serviços gratuitos como atendimento médico, exames básicos de aferição de pressão arterial, glicemia, testes rápidos de DST’s, oficinas de primeiros-socorros, orientações de saúde bucal e entrega de kits, além de atrações culturais.

Uma das cooperadas da Coase é Laíse Tibúrcio, que trabalha desde os 22 anos fazendo bordados numa máquina de costura. A bordadeira levou para Ilha de Sant’Ana sua máquina de costura e atraiu olhares curiosos. “Essa é uma oportunidade de divulgarmos o nosso trabalho e de mostrar como ele é feito. Atualmente, trabalho como voluntária ensinando gratuitamente a arte do bordado à outras mulheres”, finalizou.

Conhecendo o cooperativismo

Vários jovens ainda aproveitaram o encontro para conhecer a história do cooperativismo no Seridó. Marcílio Pereira, 17, e Alice Medeiros, 19, são dois dos 25 alunos do curso Mediotec – curso técnico voltado ao Ensino Médio, realizado graças a uma parceria entre o Sescoop RN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) – são dois desses jovens.

Marcílio faz o curso de Agronegócio. Já Alice escolheu ser aluna do curso de Cooperativismo. Para ela, a oportunidade foi fundamental para sentir a potência do cooperativismo na região. ‘‘Escolhi esse curso pois acredito ter mais chances de trabalho na cooperativa da minha cidade, que é voltada para o ramo da agricultura familiar. Além disso, quero ter essa relação direta com o social nos meus dias de trabalho’’, finaliza.  

Em uma sociedade onde tempo é dinheiro, ser voluntário é importar-se com quem precisa, ajudar sem esperar algo em troca, substituir o dinheiro do tempo pela satisfação em ser útil para o próximo. A gratidão de cada beneficiado pelo Dia C é o salário dos voluntários que protagonizam esse movimento. Em 2018, três cidades realizaram simultaneamente a celebração do Dia C: Tomé-Açu, Castanhal e Santarém. Estimativas preliminares apontam que mais de duas mil pessoas foram atendidas.

A estreante Tomé-Açu, região nordeste do Estado, foi escolhida para ser a capital estadual do cooperativismo com a celebração do Sistema OCB/PA, atendendo cerca de 1.200 pessoas. As cooperativas CAMTA, Sicredi Verde, Unimed Belém, Uniodonto e a Prefeitura municipal foram os grandes parceiros desta edição.

Em Castanhal, nordeste do Estado, a iniciativa foi da Cooperativa dos Educadores Autônomos de Castanhal (Ceac), apoiada pelo Sistema OCB-PA. Na programação, serviços gratuitos de saúde, cultura, esporte e lazer e a entrega de doações, como cestas básicas e a arrecadação do brechó do Dia C para a Associação de Apoio aos Pacientes de Oncologia de Castanhal (Apoc).

Em Santarém, região oeste do Estado, cerca de 500 pessoas foram beneficiadas com as ações da celebração neste sábado, lá no Residencial Salvação. Foram disponibilizados serviços gratuitos de emissão de documentos, atendimentos de saúde, atrações culturais, esporte e lazer. Essa é 5ª edição consecutiva da celebração em Santarém, que contou com a participação direta de 168 voluntários.

Para Rita Bastos, beneficiada da área de saúde, o Dia C ficará marcado para o resto da vida. Diagnosticada anteriormente com dois nódulos na tireoide, ela se consultou com um dos endócrinos voluntários da Unimed Belém e foi informada de que está totalmente curada.  “Estávamos muito preocupados. Sentia muitas dores e incômodos, mas orei muito a Deus. Hoje, o médico me avaliou e não encontrou mais os nódulos na garganta. Aconteceu um grande milagre. Por isso, sou grata ao meu Deus, assim como a todos que proporcionaram esta campanha”.

Além dessa grande notícia, Rita levou para casa, junto com seu marido, várias mudas doadas pela Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA). Produtores rurais do município, os dois também participaram da Feira de Economia Solidária e Cooperativismo, organizada pela turma de graduação Educação no Campo, da Universidade Federal do Pará (UFPA). O objetivo foi contribuir para a permanência da diversidade agrícola da região amazônica, que sofre com o desaparecimento de muitos tipos de sementes. Os alunos, que também são produtores, doaram e trocaram essas sementes raras com os agricultores de Tomé-Açu, o que garantirá a sustentabilidade ambiental do município.

O ano de 2016 ficará para sempre marcado na memória dos moradores do município de Tangará da Serra, a 390 km de Cuiabá, capital de Mato Grosso. A população, que sofreu por 10 dias com a falta de água, relembra como a falta de chuva somada a falta de um plano para represar água, fez com que uma cidade inteira repensasse maneiras de cuidar dos rios.

Para mudar essa história e não sofrer mais com outra crise hídrica, a Estação de Tratamento de Água – (ETA) Queima Pé, foi concluída e atualmente é fonte de abastecimento de água potável para 100 mil habitantes. “A crise de 2016 pegou todo mundo de surpresa e foi terrível. Naquele ano, eu já era colaboradora da Unimed e lembro de como todos foram impactados com a situação. Além das escolas que tiveram que suspender as aulas, algumas empresas e até hospitais precisaram diminuir o fluxo de atendimento”, recorda Antoniethy Barbara Pereira, cooperada e também voluntária do Dia de Cooperar.

Cientes da problemática e engajados na responsabilidade social, a Unimed Vale do Sepotuba está há dois anos apoiando a preservação da ETA, junto ao Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), e a prefeitura municipal. Desde que o trabalho começou, a cooperativa já plantou várias árvores e neste 30 de junho, data que celebrou a existência do movimento Dia de Cooperar, realizou o plantio de gramas e o inovador plantio eólico. Segundo Ricardo Gonsales, presidente da Unimed Vale do Sepotuba, os cuidados com a área já fazem parte da rotina dos voluntários da cooperativa. “Nossa maior preocupação é com a possível vinda de uma nova crise hídrica. Por isso, temos trabalhado arduamente para evitar essa situação”, pontua.

Ao longo dos cinco anos de Dia C no Mato Grosso, o estado já contabiliza 57 cooperativas atuantes, 25 mil voluntários e mais de 214 mil pessoas beneficiadas, direta ou indiretamente. “Atualmente, somos o segundo estado com maior número de ações em desenvolvimento entre as cooperativas no país. É o cooperativismo mostrando o que ele faz o ano inteiro para a comunidade, através do Dia C”, declara Onofre Cezário de Souza Filho, presidente do Sistema OCB/MT.

Se não descartado corretamente, um litro de óleo de cozinha pode contaminar até 20 mil litros de água. Ele entope instalações sanitárias, redes de esgoto e corrompe mananciais dos rios, prejudicando o meio ambiente. Preocupados com esse vilão que acarreta o desequilíbrio ecológico, cooperativas orientaram a população quanto à necessidade do descarte inteligente, durante a celebração do Dia de Cooperar em Penedo, Alagoas, neste sábado, 30.

A Oficina de Sabão Ecológico, iniciativa da cooperativa e colégio Inovar, trouxe para os participantes do encontro diversos aconselhamentos sobre a coleta do óleo de cozinha e como a transformação dele em sabão em barra pode também ser uma forma de gerar renda. “Queremos mostrar para jovens e adultos que é possível obter uma fonte de renda apenas com materiais que jogaríamos fora. Com criatividade e comprometimento, é possível empreender e cuidar do meio ambiente”, frisou Ariana Melo, professora de Química do Colégio Inovar e instrutora da oficina.

Quem saiu satisfeita da oficina foi a também professora Maria Madalena, que achou o debate sobre a responsabilidade de coleta muito importante. “Precisamos ter a conscientização de que o descarte deve ser feito impactando o meio ambiente o mínimo possível. Aqui explicaram que esse sabão tem uma duração superior aos que compramos em supermercados e que minha filha, que tem alergia, poderá usá-lo por ser neutro”, disse.

Marcos Rocha, presidente do Sistema OCB/AL, destacou que projetos que incentivam a preservação do meio ambiente e, ainda por cima, geram renda para a comunidade são o reflexo do que deve ser levado no movimento Dia de Cooperar. “Nosso intuito é fazer com que mais cooperativas estejam engajadas e dissemine cada vez mais projetos como esse”, explicou.

Além da oficina de conscientização, inúmeras ações voluntárias e gratuitas foram ofertadas para a população alagoana na orla do município de Penedo. Os serviços foram diversos, entre emissão de 1ª e 2ª vias de carteira de identidade, aferição de pressão arterial, glicemia capilar, índice de massa corpórea, consultas médicas, cortes de cabelo masculino e feminino, design de sobrancelhas e esmaltação de unhas.

Foram realizadas também oficinas de prevenção às drogas, oficina de ergonomia, feira de troca de livros, contação de histórias, oficina de decoração de garrafas e encadernação de bloquinhos, doação de mudas e muito mais! Com o belíssimo sol que fazia no sábado, a diversão das famílias ficou por conta do parque infantil, com cama elástica, piscina de bolinhas, touro mecânico e tobogã.

 Eduardo Regueira, presidente da Coopepe (Cooperativa Educacional de Penedo), ficou lisonjeado quando recebeu o convite para recepcionar a celebração do Dia C 2018 em Penedo. ‘‘Temos uma comunidade carente de todos esses serviços e queremos contribuir para mudar essa realidade. O cooperativismo por si só cumpre um grande papel social. Esse trabalho não para por aqui. Esse foi o ponta pé inicial para uma série de iniciativas que queremos promover no encontro”, finalizou.

A venezuelana Neves Pulgar, de 32 anos, era confeiteira no país vizinho e veio para o Brasil com os quatro filhos. Ela chegou a morar na rua por dois meses e há quatro vive em um abrigo de imigrantes em Boa Vista, capital de Roraima. Nem mesmo as dificuldades tiraram dela o sorriso de quem é apaixonada pelo circo.

A estrangeira ganhou até nome de palhaça depois de participar da oficina circense ministrada por voluntários durante a celebração do Dia de Cooperar 2018. A palhaça "Bombom" disse que encontrou na oficina uma maneira de voltar a sorrir. "Eu quero levar alegria para as pessoas e trabalhar como palhaça no Brasil", contou.

As atitudes simples movem o mundo e transformam vidas, como a do jovem Luís José Concepción, de 19 anos. Ele era estudante de logística de festas e eventos na Venezuela, mas teve que abandonar os estudos e mudar para o Brasil, onde graças a oficina de artesanato em vasos certificada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), pôde aprender outra profissão. O venezuelano de Barcelona Oriente, capital do estado de Anzoategui, acredita que no Brasil ele possa ter mais oportunidades que na sua terra natal. "Quero me profissionalizar ainda mais para seguir uma carreira e ganhar dinheiro aqui no Brasil", disse.

Assim como para Neves e Luís, o Dia C em Roraima mudou para melhor a vida de outros 700 venezuelanos que vivem no abrigo do bairro Jardim Floresta, na zona Oeste de Boa Vista, e serviu como oportunidade e esperança por dias melhores. Foram ministradas oficinas durante uma semana com cursos profissionalizantes, certificados pelo Sescoop/RR. Entre esses, houve reciclagem; língua portuguesa; artesanato em jarros para jardim; oficina de massa de modelar; escultura em balões e arte circense. Os cursos capacitaram 172 imigrantes, sendo 92 adultos e 80 crianças.

Cerca de 40 cooperativas roraimenses, com o apoio do Sistema OCB/RR, do ACNUR (Alto Comissionado das Nações Unidas para Refugiados), Exército Brasileiro e outros parceiros, realizaram pouco mais de 4 mil atendimentos aos estrangeiros abrigados. Durante o dia, foram oferecidos serviços nas áreas de saúde, como tipagem sanguínea; aferição de pressão arterial; verificação de IMC e glicemia; orientação de saúde bucal, entre outros. Os imigrantes também repaginaram o visual com corte de cabelo. 

“Espírito de voluntariado” levou alegria aos estrangeiros

A escolha do abrigo como palco da celebração do Dia C demostra a boa vontade das cooperativas, dos cooperativistas e das instituições parceiras que aderiram ao movimento, como forma de contribuir com os venezuelanos em meio ao difícil momento que passam. “O sistema cooperativista consiste na promoção de iniciativas voluntárias diversificadas em cada município do país. São atividades ligadas à cultura, educação, responsabilidade socioambiental, saúde, esporte e lazer. Hoje afirmamos o espírito de voluntariado e reforçamos que existe esperança quando alguém segura nas mãos e incentiva a caminhar. Esse também é nosso papel”, destacou o presidente do Sistema OCB/RR, Silvio de Carvalho.

Por mês, mais de 12 mil venezuelanos cruzam a fronteira para entrar em Roraima

Devido ao desencadeamento do fluxo migratório em razão da situação político e econômica da Venezuela, Boa Vista poderá ter até o final do ano cerca de 59 mil venezuelanos. A situação afeta a logística e a estrutura de setores públicos da cidade, segundo levantamento feito pela Prefeitura de Boa Vista e divulgado recentemente. Segundo o estudo, realizado de 28 de maio a 9 de junho, o Exército Brasileiro contabilizou que 12 mil venezuelanos estão cruzando a fronteira, mensalmente, para entrar no estado de Roraima, com uma média de 416 imigrantes por dia. Destes, 2.700, equivalente a 22% do total, opta por permanecer no município de Boa Vista.

Atualmente, cerca de 25 mil imigrantes residem na Capital, um equivalente a 7,5% da população da cidade. A maior parte dos estrangeiros vivem em abrigos, por isso que, para o assessor de comunicação social da Força Tarefa Logística Humanitária, coronel Andrade Pontes, o Dia de Cooperar ajuda a melhorar a qualidade de vida dos imigrantes. “As características do Dia de Cooperar de trazer coisas diferenciadas fazem com que a acolhida dos imigrantes seja ainda melhor”, afirmou.

Para a assistente sênior de informação pública da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Flávia Farias, as atividades desenvolvidas durante o encontro servirão como um segundo passo de integração dos venezuelanos no Brasil. “O evento foi lindo, cheio de cores e atividades fundamentais que ajudarão essas pessoas a darem um segundo passo para a integração’’, finalizou.

Por: Frank Denis 

Em clima de descontração e de muita cooperação, mais de quatro mil pessoas participaram da celebração do Dia de Cooperar no Parque de Coqueiros, em Florianópolis/SC. E quem deu o tom da festa foi a equipe de mais de 200 voluntários que se dispuseram a comandar a intensa programação de serviços de saúde, educação, lazer, cidadania e sustentabilidade, que foram oferecidos à comunidade ao longo do dia.  

Segundo o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Santa Catarina (SESCOOP/SC), Luiz Vicente Suzin, o cooperativismo vai além do capital, e investe, principalmente, no âmbito social. “Estamos conseguindo ótimos resultados com os trabalhos que são realizados nas comunidades, com iniciativas que promovem a valorização das crianças, dos jovens e das mulheres. O Dia C é uma ótima oportunidade para que as cooperativas possam demonstrar a sua essência na prática”, comenta.

Para Ana Paula Rodrigues, representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as cooperativas têm em seu DNA a preocupação com a comunidade e o encontro é o momento ideal para a apresentação desse objetivo à população. “As cooperativas assumem papéis de inclusão social e desenvolvimento sustentável em suas práticas a cada novo trabalho que realizam. Essa é a prova de que elas estão contribuindo para um país com mais igualdade”, explica.

Entre as atrações, os jogos cooperativos chamaram a atenção de quem passava pelo local. Com brincadeiras como o futepar, danças circulares e o paraquedas, os instrutores promoveram a integração entre o público presente. Segundo Cristiane Oliveira, facilitadora dos jogos, a proposta é criar um ambiente colaborativo e estabelecer uma relação de confiança entre as pessoas. “Desde muito pequenos nós aprendemos a competir e com as dinâmicas buscamos resgatar a essência do ser humano, que é a de colaboração. Com brincadeiras que estimulam olhar o mundo de outra forma, as pessoas se tornam parceiras e não adversários”, avalia.

O advogado Cesar Beckhauser levou os dois filhos e a mulher para participar do evento pela primeira vez. “O encontro é uma ótima oportunidade para curtir o dia em família, participar de diversas brincadeiras ao ar livre e exercitar a integração com o próximo. A organização do evento está de parabéns, pois o princípio da cooperação deve mais difundido no mundo”, diz.

Inclusão cooperativista

Entre as oficinas ofertadas durante a celebração do movimento, destaque para a de cartonagem promovida pela Cooperativa Social de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência (Coepad). O projeto é realizado ao longo do ano com 43 cooperados e tem como objetivo devolver a autoestima e dar oportunidade de capacitação profissional para pessoas com deficiência intelectual.

De acordo com a coordenadora, Denise Carbonelli, a Coepad é a única cooperativa social do Brasil, sendo que o modelo catarinense está servindo de exemplo para outros Estados. “Trabalhamos principalmente para resgatar e fortalecer a autoestima dos nossos cooperados. Com as atividades oferecidas buscamos fazer com que eles se sintam respeitados e úteis”, afirma.

Um bom exemplo de sucesso do projeto é o cooperado João Luiz de Almeida, 55 anos, que participa ativamente dos cursos e encontrou na oficina de cartonagem um novo lar. “Há seis anos estou na Coepad e me sentir valorizado fez toda a diferença na minha vida. Eles confiam tanto em mim, que já tive a oportunidade de coordenar a equipe e organizar todas as tarefas que seriam executadas no dia. A cooperativa é uma segunda casa para mim”, finaliza.

Por: Dariane Carvalho

 

Com a proposta de mostrar a força do cooperativismo em Minas Gerais, a décima edição do Dia de Cooperar no estado, garantiu um sábado de muita diversão e informação para quem passou pela Praça Carlos Chagas, também conhecida como Praça da Assembleia, em Belo Horizonte. O encontro, que já está consolidado no calendário da capital, contou com um público de aproximadamente 4 mil pessoas e reuniu, neste ano, 19 cooperativas de diferentes regiões do estado, para um momento de celebração das iniciativas que beneficiam milhares de pessoas por meio do simples ato de cooperar.

Promovido em Minas Gerais desde 2009, o Dia C tem se tornado uma verdadeira vitrine para o trabalho das mais de 280 entidades que integram a rede cooperativa em Minas. Foi desde 2014 que o movimento ganhou escala nacional, sendo realizado de forma simultânea em todos os estados da federação. Na capital mineira, a programação se estendeu com atividades culturais gratuitas, reunindo show da banda Putz Grila e apresentações artísticas.

Muito mais do que um dia para celebrar ações cooperativistas, o Dia C é um momento de estreitar laços entre cooperativas e ampliar o diálogo com o cidadão. Para este ano, o Sistema Ocemg organizou as atividades por espaços temáticos, dando destaque para áreas de atuação de cada cooperativa. No “Espaço Lazer”, por exemplo, pais e filhos puderam aproveitar toda a manhã de sábado, e o início da tarde, com brincadeiras, oficinas de recreação circenses, entre outras atividades.

Já o “Espaço Educação e Sustentabilidade” foi dedicado à doação e troca de livros e descarte de lixo eletrônico. No “Espaço Saúde e Bem-Estar”, massagens, aferimento de pressão arterial e outros serviços pontuais em saúde. Um dos mais concorridos, o “Espaço Degustação Cooperativista” apresentou as delícias culinárias que fazem da gastronomia mineira uma das mais tradicionais do Brasil. E, no “Espaço Geração de Trabalho e Renda”, o público pode conhecer produtos e serviços das cooperativas que geram renda, movimentando a economia dos municípios.

Foi nesse espaço, inclusive, que a secretária Claudiane Speziali passou a maior parte do tempo. Interessada nos cristais de quartzo trazidos pela cooperativa Uniquartz, ela descobriu que os minerais carregam muito mais funções do que a simples energização de ambientes. “Eu não fazia ideia de que o cristal tinha outras funções. Quer dizer, dá para acreditar que uma pedra tão bonita também pode estar na tela do celular?”, comentou.

Ela ficou sabendo do Dia C após participar de um seminário patrocinado pelo Sistema Ocemg, e decidiu visitar a Praça da Assembleia. “Foi pura curiosidade porque a gente escuta falar sobre o cooperativismo, mas não entende como ele funciona, na prática. Então eu achei que valia a pena aproveitar o sábado aqui”, disse Claudiane. Ao conhecer as várias ações em benefício da população, a secretária elogiou não apenas as práticas, mas também a própria iniciativa do Dia C. “Eu achei ótimo. Além das iniciativas que vi que essas cooperativas realizam, deviam promover mais festas como essa’’, brincou.

Claudiane descobriu as inúmeras funções do quartzo após uma longa conversa com Enio Trindade, diretor administrativo da cooperativa. Embora a Uniquartz já participe da celebração desde 2016, essa foi a primeira vez que Enio saiu de Corinto, região central do estado, onde funciona a sede da entidade, para participar evento. Na capital, além de conversar com o público sobre seu trabalho, Enio viu a oportunidade de entrar em contato com outras cooperativas e cooperados.

“Essa conversa com os outros só é possível graças ao movimento. Ficamos tão concentrados no nosso trabalho que, às vezes, esquecemos que todas as pessoas são beneficiadas pelo próprio cooperativismo”, destacou. A Uniquartz surgiu, em 2011, para formalizar o trabalho de garimpeiros, mineradores e lapidários em Corinto. Após sete anos de atividades, a cooperativa já comemora os bons resultados, com filiais nos seis maiores municípios mineradores da região e garantindo o sustendo de aproximadamente 120 trabalhadores.

Cuidado com o meio ambiente

Além de tirar centenas de mineradores da informalidade, a cooperativa baseia todas as atividades no conceito de sustentabilidade, algo raro para o ramo de atuação, como explica Enio. De acordo com o diretor, a Uniquartz segue um padrão para realizar seu ofício extrativista: o retorno para a sociedade. ““Desde que fundamos a cooperativa, nossa maior preocupação tem sido a questão ambiental. Por isso, após o fim do trabalho em uma determinada região, nós recuperamos a área, plantando mudas de árvores típicas. É o nosso legado, que vai além da geração de renda e formalização da profissão”, pontuou.

É esse o tipo de percepção que torna o Dia C tão necessário para as cooperativas, como explica o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. O evento exterioriza, em um único dia, todos os benefícios que as práticas cooperativistas geram para os cidadãos. “O cooperativismo é extremamente modesto, faz as coisas, trabalha muito, transforma vidas e fica calado, não avisa o que faz. Então, nós decidimos organizar o Dia C para que pudéssemos divulgar nossos projetos, mas deixando claro que o que é visto em um dia acontece o ano inteiro”, pontuou Scucato.

Somente em 2017, mais de 2 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo trabalho de cooperativas em todo o Brasil. As iniciativas vão desde ruas de lazer, ações de cuidados com a saúde, orientações financeiras, reflorestamento, até reformas de instituições e atividades lúdicas e recreativas em entidades beneficentes. A cooperada Amanda Dias é mais uma na lista. Natural de Raposos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ela se formou no ensino médio há dois anos e garantiu um emprego na Dedos de Gente. Amanda trabalha na fabriqueta de Jardinagem, onde aprende a aplicar conceitos sustentáveis na sua rotina, tanto dentro quanto fora da cooperativa. “Eu aprendi a separar melhor o lixo e isso é uma coisa que eu passo para meus amigos, minha família. A gente fala com a comunidade sobre a reciclagem e o pessoal ajuda a gente nisso bastante”, comentou a jovem.

Para Amanda, a oportunidade de ter encontrado o primeiro emprego em uma cooperativa a ensinou conceitos que ultrapassam a barreira profissional. “Adolescente é meio ‘revoltado’ com tudo, né? Só que quando eu entrei, eu aprendi a ter mais postura, ter mais consciência no meu dia a dia. Aí eu já percebo que não somente comigo, mas com os outros meninos que trabalham lá, o jeito muda, a maneira de se comportar, de ter um cuidado com a nossa cidade, não jogar o lixo no chão. Tudo isso eu aprendi lá dentro e foi muito importante na minha vida”, disse.

Por: Vitor Cruz

Parecia um sábado como outro qualquer para quem passeia pela Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro, pela manhã. Mas neste 30 de junho, quem chegou para ir ao RioZoo se deparou com uma grande e colorida festa. Foi assim que a professora Fernanda Matos se sentiu ao chegar com o marido e os filhos Beatriz, de 4 anos, e Ricardo, de 6, para um passeio em família. Na entrada do jardim zoológico, eles puderam participar da celebração ao Dia de Cooperar, usufruindo dos serviços espalhados pelas tendas cooperativistas.

“Foi uma grata surpresa encontrar tudo isso aqui. As crianças estão adorando todas as atividades, principalmente as pinturas faciais e brincadeiras. Já tiraram fotos com os personagens e eu e meu marido aproveitamos para pegar algumas dicas sobre educação financeira, alimentação saudável e conservação ambiental”, comentou a professora que ainda aproveitou para conhecer mais sobre o modelo cooperativista. 

Além dos serviços gratuitos e orientações, os mais de mil e quinhentos visitantes que passaram pela celebração do Dia C, puderam sentir a essência do cooperativismo e conhecer mais sobre o movimento. “Hoje temos uma grande festa de representatividade. É dia de festejar, confraternizar e mostrar para a sociedade o que é o cooperativismo. É o dia das cooperativas externarem o significado do nosso trabalho na busca pelo equilíbrio sócioeconômico do país”, pontuou Rafael Garbois, superintendente do Sescoop/Rio. 

Vinte cooperativas do estado participaram da festa. Pela primeira vez, três sistemas do cooperativismo financeiro se juntaram para prestar consultoria financeira. Nas tendas do Sicoob Central Rio, Sistema Unicred e Sicredi Rio, além da ajuda de especialistas para os adultos, as crianças receberam cartilhas com histórias em quadrinhos sobre como cuidar do dinheiro, brincaram em um enorme jogo de tabuleiro, onde eram os peões, pintaram e desenharam. A criançada também se divertiu na tenda conjunta da Datacoop (Cooperativa de bibliotecários, arquivistas, museólogos, documentalistas), onde um ator vestido de palhaço contou histórias e arrancou muitas gargalhadas do público. 

“É a primeira vez que participamos dessa celebração e pude sentir o que é o cooperativismo. Ver essa união dentro do estado é maravilhoso. As cooperativas aqui estão fazendo com que haja reconhecimento de seu trabalho, além de mostrar que a sociedade pode prosperar quando caminha junto”, falou Nea Mariozz, subsecretária adjunta de Turismo do Rio de Janeiro.

Em prol de um mundo melhor, algumas cooperativas deram dicas de sustentabilidade. Na tenda do Sicoob Cecremef os visitantes receberam orientações de como fazer uma horta em casa; a Unimed Rio falou sobre conservação de alimentos e a Coopfuturo, mostrou como é possível reciclar e transformar lixo em móveis, acessórios e até mesmo vassouras.

Aqueles que passaram pela Quinta da Boa Vista também contaram com serviços gratuitos de saúde com apoio de cooperativas que fizeram aferição de pressão arterial e de glicemia, deram dicas e realizaram massagens. A Coopdesk e a Ecocoop, orientaram sobre o vírus da gripe (H3N2) e incentivaram a população a tomar a vacina preventiva contra a doença. Já a Uniodonto Duque de Caxias e a Uniodonto Rio deram orientações sobre higiene bucal e técnicas de escovação. “O cooperativismo me transformou e tenho muito orgulho disso. Eu sou um cidadão melhor, me sinto honrado em ajudar as pessoas. Antes percebia isso como solidariedade, mas aqui a gente aprende que não é só isso. Acredito em um movimento onde juntos podemos muito mais. Juntos vencemos diversas barreiras na vida”, disse Luiz, cooperado há mais de 25 anos na Sicoob CreMendes, cooperativa de crédito mais antiga do Brasil, que já completou 90 anos. 

 A Orquestra Sinfônica da Baixada Fluminense abriu o evento e encantou o público ao tocar músicas clássicas, sucessos da MPB e o hit latino 'Despacito'. O projeto Musicalidade, a banda Unijazz Brasil, a roda de samba do projeto Hoje tem Samba, Douglas Castilho e Banda e o grupo Os Sensacionais do Passinho colocaram os visitantes para dançar. O encerramento da festa ficou por conta da bateria da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.

‘‘Temos um potencial de crescimento no Rio de Janeiro. Tanto de pessoas entrando em cooperativas já existentes, quanto o surgimento de novas cooperativas. O foco da nossa gestão continua sendo o desenvolvimento profissional de nossos cooperados, lideranças e gestores. Essa busca é o que garante o sucesso do cooperativismo”, finalizou Vinicius Mesquita, presidente do Sistema OCB-RJ.

Por Raphaela Gentil

“O trabalho voluntário mudou a minha vida em um curto período de seis meses. Durante dois anos, sofri com a síndrome do pânico, mas desde que conheci esse movimento, minha existência foi se transformando e eu percebi que a vida dos outros vale tanto quanto a minha”, narrou a dona de casa Fabiana Gomes da Silva, 47 anos. Ela é voluntária do Dia de Cooperar no Espírito Santo, e esteve na celebração, atuando e aproveitando alguns serviços, como o corte de cabelo. O encontro ocorreu na Paróquia São José de Anchieta, na Serra, município da Grande Vitória.

Com um largo sorriso, ela contou que, antes de ser voluntária, só ficava em casa, com medo de tudo. Porém, quando se colocou à disposição para dar aulas na igreja e atuar em equipe, começou a pensar mais nos outros e estar disponível para qualquer trabalho. Atualmente, ela compreende plenamente que as atitudes, por mais simples que sejam, realmente transformam o mundo.

Mobilização em todo o estado

A celebração do Dia de Cooperar 2018 representa o momento de comemorar as iniciativas realizadas ao longo de todo o ano por 125 cooperativas ligadas ao Sistema OCB no Espírito Santo, além de centenas de voluntários. Para o Superintendente do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira, “esse momento converge perfeitamente com os princípios do cooperativismo. Faz com que o Dia C possa ser mais bem compreendido pela sociedade, uma vez que a essência de nosso trabalho é compartilhar”, disse.

Este ano, os participantes puderam conferir a saúde com atendimentos médicos gratuitos (clínico geral e pediátrico), aferição da pressão arterial, demonstração de primeiros socorros para casos de AVC e bebê engasgado. Também contaram com orientações para elaboração de currículo e tratamentos de beleza – corte de cabelo, manicure, pedicure e maquiagem. Tiveram aqueles que saíram do encontro com brindes, pipoca, algodão doce, picolés, churros e outras guloseimas.

Para Dionísio Avanza Filho, médico cooperado da Unicred e voluntário do Dia C, esse trabalho gera grande satisfação. “Sou formado há 41 anos e sempre me senti bem prestando serviço voluntário para quem precisa. Fazer algo por elas traz benefícios para mim, pois não há nada mais reconfortante do que ver como todos saem satisfeitos quando recebem atenção e cuidados com a saúde”, destacou.

Houve ainda atendimento jurídico a cargo de advogados da OCB/ES. O taxista Sedimar Ridolf, morador de Vitória, aproveitou para obter informações com a equipe. Ele saiu feliz, após ter suas dúvidas esclarecidas pelas equipes voluntárias. ‘‘Devo confessar que me ajudaram com uma situação complicada, que estava me tirando o sono. Saio daqui instruído e disposto a procurar meus direitos na justiça’’, salientou.

A celebração do Dia C também foi realizada em diversos municípios do interior do estado, como Santa Maria de Jetibá, Nova Venécia e São Gabriel da Palha, onde os participantes puderam apreciar show de bandas locais, ginástica laboral e apresentações de danças. Segundo Josiani Correia Mariano, coordenadora do Dia C no Espírito Santo, esse evento é importante para lembrar dos trabalhos que são realizados ao longo dos anos, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas. ‘‘O evento apresenta uma amostra das ações cooperativistas, demonstrando nosso engajamento e o engajamento de muitos voluntários”, completou a coordenadora.

É importante ressaltar que as cooperativas capixabas contribuem com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as 169 metas estabelecidas pelas Nações Unidas para erradicar a pobreza extrema do mundo até 2030.

Por Janete Carvalho

Enquanto o diabolô voava das mãos do palhaço Batatão, a pequena Marina Gomes, de 6 anos, tentava fixar os olhos no grupo de araras que fazia algazarra em torno das árvores que sombreavam toda a extensão das tendas da festividade em comemoração ao Dia de Cooperar, no Zoológico de Goiânia. Marina era uma das centenas de crianças que aproveitaram aquela manhã de sábado para brincar, comer quitutes e aprender.

O Dia de Cooperar já é conhecido dos goianienses. O trabalho das cooperativas em prol do desenvolvimento das comunidades, bem como suas conquistas  são celebrados uma vez por ano, com uma grande festa na capital do estado. Este ano, estiveram presentes 17 cooperativas de diversos ramos.O trabalho e as conquistas realizadas pelas cooperativas são celebrados uma vez por ano, com uma grande festa na capital do estado. Este ano, estiveram presentes 17 cooperativas de diversos ramos.

Heitor Bezerra, de 3 anos, sem dizer, pareceu concordar que o evento é animado. O menino se empolgou com a explicação da instrutora do Projeto Sorriso, fruto da Uniodonto, que ensinava sobre a escovação correta dos dentes. “Em casa ele reluta. Temos que criar um ambiente lúdico para que escove os dentes corretamente. Hoje foi o máximo. Ele se empolgou e me disse que quer escovar os dentinhos corretamente todos os dias”, disse a mãe, Adriana Bezerra. O Projeto Sorriso oferece tratamento dentário gratuito a pessoas em situação de rua, crianças carentes, idosos e jovens internos em casas de recuperação. “Este trabalho é permanente. Em alguns locais, voltamos periodicamente para que o tratamento seja efetivo e transforme vidas. Hoje apresentamos o que fazemos durante o ano”, reforçou a responsável pelo projeto, Luara Veiga.

O presidente do Sistema OCB-GO, Joaquim Guilherme Barbosa, avaliou que a união é justamente o grande trunfo do cooperativismo. Para ele, esse tipo de união, entre cooperativas e a sociedade, reforça o melhor dos valores sociais, por permitir o empreendedorismo sem a voracidade predatória. “O cooperativismo é justo pois cria um ambiente de compartilhamento. Por isso fazemos questão de que as crianças estejam envolvidas no Dia C, para que elas aprendem desde cedo a busca por soluções de maneira justa e assim, fazerem do mundo, um lugar mais justo”, sintetizou.

 “É um espaço para a família”, avalia o psicólogo Eduardo Corceli, 48. “Vim com minhas filhas e esposa para passear e fui surpreendido por este encontro que me fez refletir sobre a importância do trabalho voluntário. Celebrar a união e o ato de cooperar me mostrou que eu também preciso doar mais o meu tempo em prol de outros’’, disse.

O Dia C em Goiás contou com a presença de pelo menos 2 mil visitantes, 180 voluntários e 17 cooperativas.

Por Eduardo Pinheiro

Mauricio Silva, 25 anos, esperava sua vez de ser atendido pelo oftalmologista.  Em situação de rua na área do Centro de Manaus, o jovem aproveitou quase todos os serviços que o movimento nacional Dia de Cooperar ofereceu na Arena da Amazônia, na capital amazonense neste sábado, 30. “Não é a primeira vez que tenho apoio direto das cooperativas aqui de Manaus. Há um bom tempo recebo orientações e cuidado. Mas essa é a primeira vez que estou participando desse encontro pois fui convidado e resolvi vir. É um suporte muito grande, principalmente para quem está na rua, como eu. Fico muito feliz com tudo isso”, comenta Maurício, que está na rua há quase dez anos.

Mas não são apenas os beneficiados que saem felizes. Os voluntários também aproveitam o momento para dar o melhor de si em prol dos outros, como é o caso da estudante Ana Natiellen, de 15 anos, que trabalhou durante a manhã na área de recreação. “Fico satisfeita em poder acolher quem precisa e, principalmente, as crianças, pois sei que elas são o futuro do país e merecem todo o carinho e atenção”, destaca.

COOPERATIVISMO

Um sorriso, um aperto de mão... Atitudes simples que realmente transformam. É dessa forma que cooperativas amazonenses, instituições parceiras e voluntários se uniram à equipe do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/AM), para levar à população de Manaus serviços gratuitos, em mais uma celebração do Dia de Cooperar. “Para todos nós, que somos cooperativistas, o Dia C enche os corações de alegria. Cooperamos todos os dias de nossas vidas, mas o sábado foi especial porque  doamos mais de nós, mais do nosso tempo. Isso é cooperativismo”, declara José Merched Chaar, presidente do Sistema OCB/AM.

Amor ao próximo

Terezinha Socorro, presidente da Copamart (Cooperativa de Trabalho de Artesanato Amazonense), trabalha todos os anos realizando projetos estruturados nas comunidades e municípios amazonenses e esteve presente no evento para celebrar os feitos. “Essa é uma forma de contribuirmos com aquilo que sabemos fazer: o artesanato. Hoje, realizamos oficinas e ensinamos as pessoas, sempre com muito amor, a fazer vários objetos. Nossa missão é incentivar essas pessoas a terem uma nova forma de investir, a terem uma profissão”, diz.

Este ano, a celebração em Manaus atraiu muita gente nova. Marco Antônio dos Reis, coordenador voluntário dos projetos Pedala Manaus e Bike Anjo, foi um dos que esteve pela primeira vez como parceiro no encontro. Ele conta que a finalidade dos dois projetos é levar aos iniciantes os conhecimentos acumulados por ciclistas experientes. “Buscamos, por exemplo, pessoas que começaram a andar de bicicleta e abandonaram a atividade depois de sofrer quedas que geraram traumas. Nossos projetos os ajudam a retomar o esporte, com lições básicas de teoria e prática”, afirma Marco Antônio e continua, “pode não parecer, mas o trauma de quem já pedalou e hoje não mais, é real. Com apoio das cooperativas, desenvolvemos parcerias para aumentar a quantidade de voluntários nesses projetos e assim, alcançamos mais pessoas para que elas também saiam por aí pedalando e satisfeitas''.

Fundada no ano de 2017, a cooperativa Segap (Cooperativa de Trabalho em Segurança de Grandes Eventos, Agentes de Portarias e Porteiros de Condominios do Estado do Amazonas), participa pela primeira vez do Dia C este ano e, durante a celebração, ofertou qualificação profissional para quem está a procura de uma nova profissão. Segundo Aldovando Lima, vice-presidente da Segap, a cooperativa já capacita pessoas no dia a dia e, por isso, nada mais justo que levar um pouco desse trabalho também de forma voluntária. 

O Dia C é realizado em Manaus desde 2013 e a previsão é que beneficie cada vez mais pessoas nos próximos anos. “Encontramos alguns desafios no começo, mas que se mostraram mínimos diante de todos os benefícios que o movimento traz”, finaliza Cláudia Sampaio, superintendente do Sistema OCB/AM, entidade que atua em prol do desenvolvimento do cooperativismo no estado amazonense.

Por Gessiane Garcia

Um dos maiores cantores da música brega brasileira levantou o público presente no Memorial da América Latina neste sábado. Com 50 anos de carreira, Sidney Magal cantou e animou o público ao cantar sucessos de sua trajetória durante show para celebrar o movimento Dia de Cooperar em São Paulo.

Mais de mil pessoas acompanharam o show e puderam, não apenas se divertir, como também conhecer a força do cooperativismo na maior metrópole do mundo. Movidas pela curiosidade e pela vontade de conhecer as novidades apresentadas no encontro (como a bikesuco), as crianças foram as responsáveis por abrilhantar ainda mais a tarde. Elas se divertiam enquanto os adultos participavam das palestras de orientação financeira, aferição de pressão e a massoterapia.

Não foram só os festejos juninos que levaram alegria e diversão a Caruaru/PE neste mês de junho.  A celebração do Dia C reuniu cooperativas de todo o estado para levar serviços gratuitos e ações de voluntariado para centenas de pessoas, no bairro do Salgado. Mais de 120 voluntários se mobilizaram para abrilhantar um dia repleto de atividades gratuitas para a população. 

Para a Doutora Nadyvan Queiroz, presidente da Unimed-Caruaru, participar do Dia C é uma forma de apresentar o cooperativismo para quem ainda não o conhece. “Ficamos felizes em participar de uma celebração como essa. Aqui temos a oportunidade, não só de oferecer serviços para a comunidade, mas também de mostrar o que fazemos no dia a dia e como nosso modelo econômico é especial e diferenciado'', disse. 

Além dos serviços de saúde, também foram oferecidos cortes de cabelo, atendimento com psicólogos, orientação financeira, recreação infantil e atrações culturais. A celebração do Dia de Cooperar, que envolve o trabalho das cooperativas com a comunidade, representa um dos princípios do cooperativismo de dedicar tempo aos outros e promover práticas de desenvolvimento sustentável para todos.

As cooperativas piauienses mostraram a força do cooperativismo para mais de quatro mil pessoas no Teresina Shopping, neste sábado, 30. Com o apoio de parceiros, cooperativistas e voluntários ofereceram orientações de saúde, emissão de documentos, e um show pra lá de engraçado com o comediante Lucas Veloso, o Didi Mocó da nova versão do programa Os Trapalhões. ‘‘Senti uma verdadeira energia essa noite. Não conhecia esse movimento e achei o máximo estar próximo de pessoas tão sinceras, parceiras e queridas. Fazer um pouco de graça em uma festa tão importante como essa, faz com que eu me sinta também parte do Dia de Cooperar’’, disse Lucas.

Mas o encontro não parou por aí. O Lar de Maria, entidade que apoia crianças com câncer em Teresina/PI, esteve no encontro e recolheu doações de cabelo para confecção das peruquinhas. A ONG The Street Store (que recolhe roupas a serem doadas para pessoas em situação de rua) e a ONG APIPA, (que abriga animais abandonados), receberam muitas doações e divulgaram seus trabalhos na ocasião.

Este ano o assistente administrativo Leonardo Pereira da Silva resolver testar seu preparo físico e se preparou para a Corrida Cooperar, promovida pela segunda vez pelas cooperativas de Palmas/TO, no Parque Cesamar. O jovem de 25 anos percorreu os 3 km de prova e percebeu que este é o momento ideal para se dedicar mais a prática esportiva. ‘‘Meu desafio pessoal é me preparar para obter uma classificação melhor em 2019 e, se possível, ser o vencedor. Afinal, preciso melhorar meu condicionamento físico para continuar sendo voluntário desse movimento’’, brincou Leonardo. 
O dia ainda reuniu dezenas de famílias que foram atraídas pelas atividades ofertadas este ano por sete cooperativistas. Segundo a superintende do Sistema OCB/Sescoop-TO, Maria José Oliveira, esta é uma grande celebração idealizada para promover o DNA cooperativista.

Aproximadamente 60 voluntários estiveram diretamente ligados à reforma de duas quadras esportivas do Parque Ecológico do Sóter, na Mata do Jacinto em Campo Grande/MS. A revitalização do espaço foi uma ação pontual em comemoração ao Dia C e, por este motivo, o local foi palco da celebração do movimento no estado. De acordo com o Sistema COM/MS, as quadras estavam em situações precárias e as cooperativas dividiram as despesas e colocaram a mão na massa para realizar a mudança. 
Além desse trabalho, o encontro também levou 200 voluntários a atenderem mais de duas mil pessoas, com atividades de orientação financeira, palestras sobre hábitos saudáveis, além de atividades para as crianças e aulão de dança.

Foi em um dos maiores centros de lazer da cidade do Rio de Janeiro, que as cooperativas se reuniram e comemoram o Dia de Cooperar. A Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão, recebeu a visita de aproximadamente duas mil pessoas, que curtiram a data com aproveitando várias apresentações musicais. A Orquestra Sinfônica da Baixada Fluminense abriu o evento e surpreendeu o público ao tocar o hit 'Despacito’. O projeto Musicalidade, a banda Unijazz e duas rodas de samba também se apresentaram. O encerramento do evento ficou por conta da bateria da escola de samba Estação Primeira de Mangueira