Desafios e benefícios do trabalho voluntário foram discutidos no Rio de Janeiro
Animação e muitas ideias para realizar ações de transformação social marcaram o lançamento oficial do Dia de Cooperar 2016 no Rio de Janeiro. Em um evento descontraído, representantes de cooperativas do Estado se reuniram e reforçaram o compromisso com o trabalho voluntário que o cooperativismo exerce. O evento aconteceu nesta sexta-feira, 29, na sede da OAB-RJ e contou com uma atividade que ajudou os participantes a mapearem os desafios deste trabalho e então criarem soluções em conjunto.
‘‘É este o espírito que devemos ter ao falar de transformar vidas. O Dia C é muito importante e gratificante para todos que acreditam que o cooperativismo pode construir e transformar vidas. Precisar realizar projetos sólidos para mostrar a força do segmento no Estado do Rio de Janeiro’’, é o que afirma Marcos Diaz, presidente do sistema OCB/Sescoop/RJ. Maria Eugênia Ruiz, Gerente de Desenvolvimento Social do Sistema OCB, apresentou o Dia de Cooperar (Dia C) 2016, os resultados alcançados pela campanha em 2015 e foi enfática ao lembrar do futuro que queremos deixar para as próximas gerações. ‘‘Ações voluntárias precisam se tornar políticas públicas nas comunidades, na sociedade. Precisamos juntar esforços, juntar pessoas para transformar a realidade atual do país. Os registros são importantes para crescermos e mostrar ao mundo a força do cooperativismo. Nós temos uma missão e precisamos leva-la a sério’’, ponderou.
Programa de Voluntários das Nações Unidas presente no Lançamento
Com o intuito de aprimorar o trabalho das cooperativas nas ações sociais, estiveram presentes no evento, representantes do Programa de Voluntários da ONU e também do Centro Rio+, para mostrar a importância do voluntariado para transformações reais e como isso deve contribuir para a sustentabilidade. Vale ressaltar que em 2016, o Dia C tem o compromisso de unir suas ações com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, instituídos pela ONU com início este ano. Os 17 ODS, como são conhecidos, têm a missão de erradicar a pobreza e a fome, diminuir as diferenças entre os povos, combater as mudanças climáticas, além de ensinar as pessoas a fazerem consumos responsáveis.
‘‘Os ODS foram lançados pelas Nações Unidas pois todos se deram conta de que faltava muito mais a entregar para a sociedade. Agora, os objetivos são universais. Precisamos pensar no futuro das próximas gerações. De uma certa forma, todos os objetivos estão interligados nos temas ambiental, social, e econômico’’, ressaltou Mônica Villarindo, representante do Programa. E continuou ‘‘As metas mostram que este é um compromisso não só dos governantes. Todos devem estar juntos e através do voluntariado, nós vamos conseguir. É necessário identificar nas cooperativas qual o objetivo e no que elas influenciam’’, afirmou. Mônica concluiu ao dizer que ‘‘ser transformador é sair do assistencialismo de ‘dar o peixe’. Esta é a hora de ensinar a pescar’’. Além da representante, estiveram presentes Laura Hildebrandt, especialista de políticas e coordenadora de iniciativa sobre cidades sustentáveis e também Michelle Elsaesser, representante do Espaço Jovem ODS do Centro Rio+.
Mapa da Cooperação:
Foi realizado uma atividade promovida pela carioteca, instituição que cria experiências para promover a integração, o nivelamento de conhecimento e ativar a criatividade. Ao utilizar ferramentas que estimulam a participação e a troca de experiência, as cooperativas foram capazes de perceber que são responsáveis pelos projetos e assim, criarem comprometimento com o resultado. Também esteve presente o Doutor Alcian Pereira de Souza, Delegado do IBECOOP (Instituto Brasileiro de Estudos em Cooperativismo) no Amazonas, que trouxe aos participantes uma palestra sobre a crise e oportunidades de transformação social para as cooperativas.