Antenados com o futuro
Um caminho sem volta. Mais de um ano após o início da pandemia do coronavírus no Brasil, não há uma pessoa, empresa, governo ou nação que não tenha passado por algum tipo de transformação. Reinventar processos, modernizar produtos, atualizar planos, ousar, foram algumas das expressões mais ditas nos últimos meses. Em todos os modelos de negócio, incluindo o cooperativismo, inovar tornou-se um requisito essencial para o desenvolvimento e manutenção do trabalho. Prova disso é que 84% das cooperativas brasileiras consideram a inovação fundamental e já incluíram o tema no planejamento estratégico da organização, como mostra a pesquisa inédita realizada pelo Sistema OCB sobre o assunto.
O estudo mostra que quase metade das cooperativas ouvidas pela OCB já executavam projetos de inovação antes da pandemia, principalmente nos setores de atendimento ao cliente, marketing e tecnologia. Nesse quesito, estão cooperativas de quase todos os ramos.
O problema é que apesar de valorizarem as novas tecnologias e estarem dispostas a se modernizarem, as coops ouvidas no estudo estão cientes de que têm um longo caminho a percorrer até implantarem uma cultura da inovação em suas organizações. Tanto que — em um processo de autoavaliação — foi registrada a média de 6,1 como nota dada pelas próprias cooperativas com relação ao grau de inovação de suas práticas. Para completar, apenas 3 em cada 7 as entrevistadas já tinham orçamento previsto para projetos nessa área, o que deve ser encarado como um ponto de melhoria dentro do cooperativismo. Afinal, para inovar também é preciso investir.
Outro dado interessante do mapeamento é o que aponta que 57% das cooperativas buscaram pessoas ou empresas externas para aprender sobre os projetos de inovação. E ações de capacitação, como treinamento, cursos, consultoria e eventos, foram apontadas por 39% como a principal forma de apoiar a inovação.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Inovação da OCB, Samara Araujo, os resultados da pesquisa motivaram a elaboração de novas estratégias de apoio às cooperativas e nortearam a formação de um novo programa de capacitação.
Com base nos resultados alcançados, mapeamos as principais dificuldades das nossas coops quando o assunto é inovação. A partir daí, conseguimos desenhar ações mais assertivas. A importância dessa pesquisa é justamente fazer com que a gente consiga fazer entregas relevantes para as cooperativas”, comenta a coordenadora.
“Temos aí no mínimo 72 pessoas espalhadas pelo Brasil sendo impactadas da mesma forma que eu e isso vai ter um impacto direto no trabalho delas. A ideia é que a gente consiga pulverizar a cultura de inovação com outras pessoas, em outros espaços”, completa.
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Esta matéria foi escrita por Débora Brito e está publicada na Edição 33 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação