Zagre destaca cooperativismo em simpósio sobre Direito Cooperativo

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“Assistimos nos últimos dias uma confusão no judiciário, e isso tem acarretado uma relação tensa e equivocada entre as cooperativas e as instituições financeiras”. O alerta partiu do advogado da Cooperativa de Crédito Rural de São João Nepomuceno, Robson Zagre, ao falar aos participantes do II Simpósio de Direito Cooperativo, em Belo Horizonte (MG).
Zagre buscou nos princípios filosóficos e nos embasamentos legais argumentos para explicar como funciona o sistema cooperativo de crédito e quando questionado sobre o que vem primeiro - a lei ou o cooperativismo, afirmou: “O cooperativismo vem antes da lei e isso é claro, muito embora o texto constitucional carregue os princípios da solidariedade, da livre iniciativa, tendo como resultado, a fidelidade”.

O sistema cooperativo de crédito no Brasil vem apresentando posição altamente significativa, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) e pelo Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), maior sistema cooperativo de crédito no País, oriundo da iniciativa de cooperativas centrais e singulares que se organizarem na construção de uma rede de serviços financeiros, centrados nos pilares da solidariedade e da intercooperação.

Especialistas do assunto têm sido categóricos ao afirmar que o cooperativismo de crédito tem preenchido, com eficiência, as lacunas deixadas pelas instituições financeiras, citando como exemplos para o mundo inteiro, as experiências da Irlanda e do Canadá.

No Brasil, dados de junho do ano passado revelavam à época a pujança desse Sistema, composto por 14 cooperativas centrais, presente em 20 unidades da Federação, com mais de 1.600 pontos de atendimento e cerca de 1,4 milhão de associados.

O II Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Direito Cooperativo, que é uma realização do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), prossegue nesta quarta-feira (15/10).
 

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