Workshop apresenta novas oportunidades em créditos de carbono para cooperativas
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) encerrou, nesta quinta-feira (12/11), o Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, anunciando para março de 2010 a realização de uma segunda edição. O próximo evento vai concluir os projetos piloto em curso, que contam com o apoio da OCB. Será ainda o momento para a assinatura do protocolo de intenções entre a organização e o Governo Federal, que irá facilitar a inserção das cooperativas no mercado mundial de créditos de carbono.
O gerente de Mercados da OCB, Evandro Ninaut, explicou que o workshop alcançou os objetivos propostos e que o protocolo de intenções foi apenas apresentado no evento porque, as oficinas que integraram a programação tinham como meta gerar contribuições para o documento final. A assinatura, marcada para março será da OCB, Banco do Brasil e ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT), Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Desenvolvimento Agrário (MDA) e Meio Ambiente (MMA).
Novos mercados – Além das oficinas de trabalho, os participantes do workshop puderam conhecer, no segundo dia do evento, o ponto de vista dos financiadores e investidores. Divaldo Rezende, diretor presidente da Cantor CO2 e Brasil; Volnir Munerolli, assessor sênior da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil; e Otávio Vianna, chefe do Departamento de Operações do Meio Ambiente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), foram unânimes em dizer que as cooperativas brasileiras tem um mercado potencial para atuar e os bancos estão disponíveis para facilitar o acesso ao crédito que viabilize os projetos.
Conforme o que foi exposto no painel “Financiadores e investidores de projetos de MDL”, o Brasil é o quarto mercado ofertador de créditos e tem espaço para crescer a partir da inserção definitiva das cooperativas. A outra sinalização positiva é que “a entrada dos Estados Unidos como mercado comprador incrementa substancialmente esta comercialização”, pontuou Divaldo Rezende.
O assessor sênior da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil apresentou sete linhas de crédito para o desenvolvimento de projetos disponíveis para as cooperativas: Pronaf Florestal, Pronaf Eco, BNDES/Propflora, BNDES/Produsa, BNDES/Moderagro, BNDES/Prodecoop e FCO Pronatureza. Clique aqui para ver a apresentação do Banco do Brasil. Já Otávio Vianna disse que o BNDES oferta como mecanismos de financiamento renda fixa e renda variável. Clique aqui para acessar a apresentação do BNDES.
”As cooperativas interessadas em participar deste mercado devem se estruturar rapidamente, começando pelo desenvolvimento dos projetos. O caminho é se utilizar da expertise de empresas e especialistas na área para prestar consultoria”, concluiu Ninaut.