Sistema OCB tem encontro com cooperativas de crédito independentes
Objetivo é ampliar os debates sobre as ações de monitoramento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e divulgar os assuntos discutidos no âmbito do Banco Central do Brasil
Curitiba (9/6) – Realizada reunião com o grupo de cooperativas não filiadas à centrais ou federações, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Ao todo, participam 32 representantes de 20 cooperativas de crédito dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Brasília.
Também estiveram presentes a gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tânia Zanella, o coordenador do Ramo Crédito da OCB, Thiago Borba Abrantes, o gerente técnico do departamento de organização do sistema financeiro do Banco Central do Brasil (BCB), Rogério Mandelli Bisi, e o gerente de produção da Credicoamo Crédito Rural Cooperativa, Dilmar Antônio Peri, que representa as cooperativas de crédito não filiadas a centrais ou federações no Ceco.
O Sistema Ocepar foi representado por Gilson Martins e Devair Mem. O evento contou ainda com a participação do diretor executivo do Fundo Garantidor de Crédito Cooperativo (FGCoop), Lúcio Faria, e do diretor Claudio Weber.
A gerente geral da OCB, Tânia Zanella, fez questão de frisar a importância de as cooperativas de crédito estarem alinhadas e a par das discussões que ocorrem no âmbito do CECO. “As cooperativas não filiadas a centrais ou federações estão representadas no Conselho Consultivo e, por isso, precisam fazer parte do processo de discussão, emitindo sua opinião e contribuindo com o SNCC. Dessa forma, será possível ter mais assertividade e segurança nas ações e encaminhamentos institucionais feitos pela OCB no âmbito dos Três Poderes”, comenta a gerente geral.
INFORMAÇÃO - De acordo com Peri, a reunião atende a uma solicitação do BCB. “O Banco Central nos pediu para que nós monitoremos as cooperativas de crédito não filiadas a centrais ou federações e levemos até elas informações sobre tudo que está sendo discutido junto ao BCB e ao grupo do CECO, o andamento dos processos, o atendimento às demandas levantadas pelo setor, as resoluções publicadas. Esse é o nosso grande desafio. Nós começamos reunindo cinco cooperativas, hoje estamos com 20. Queremos, nos próximos encontros, agregar o maior número de cooperativas que estão fora do sistema”, afirmou. Segundo o gerente da Credicoamo, ao todo há 88 cooperativas de crédito independentes no país e o objetivo é promover reuniões com elas duas vezes por ano, uma em cada semestre.
CONSOLIDAÇÃO - Peri avalia que o cooperativismo de crédito está consolidado, destacando sua responsabilidade e capilaridade. “Em um número próximo a 600 municípios só existem as cooperativas de crédito à disposição da população. Isso mostra que há um processo de inclusão financeira. Com relação ao crédito na ponta, de uma forma geral, não há grandes problemas, exceto o desemprego que afeta a população. Mas quanto às cooperativas de crédito rural, o sistema do agronegócio está mais tranquilo e os agricultores já estão mais capitalizados. O crédito, de alguma forma, tem chegado às mãos do agricultor no momento e na quantia certa. Então, há muito pouco problema, mesmo com essas turbulências econômicas”, afirmou.
“O sistema cooperativo está consolidado, tranquilo e bem capitalizado. De um modo geral, as cooperativas estão bem preparadas, com grupo de governança muito forte. Isso dá uma tranquilidade para o mercado”, acrescentou. (Com colaboração da Assimp do Sistema Ocepar)