Sistema OCB discute crise do setor agrícola
Sistema OCB discute crise do setor agrícola
“A expectativa é grande e a esperança também.” A declaração foi feita pelo o presidente do Sistema OCB / Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, ao definir o ambiente do setor agropecuário em relação ao anúncio do Plano e Pecuário 2006/2007, a ser anunciado nesta quinta-feira pelos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, e da Fazenda, Guido Mantega, às 14h30, no Salão Leste do Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Apesar de o setor não ter sido chamado a discutir propostas para o novo plano, a OCB junto com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) estimam que o volume de crédito necessário ao financiando do setor seria da ordem de R$ 86,3 bilhões.
A principal preocupação das cooperativas agropecuárias, segundo Freitas, refere-se à solução para o endividamento do setor que acumula prejuízo das duas últimas safras e um nível de desemprego estimado em 100 mil postos de trabalho na agricultura. “Esperamos que, no mínimo, o novo plano venha com solução definitiva. Ou seja, que o agricultor possa ter renda, pagar o custeio e as dívidas contraídas a partir de 2004 com dignidade”
Nesta quarta-feira, um dia antes de o governo anunciar as novas medidas para o setor agrícola brasileiro, o presidente do Sistema OCB/Sescoop, reuniu-se com o Grupo de Trabalho Renda Agrícola, constituído para acompanhar e buscar alternativas para a superação da crise no setor. Participaram da reunião o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, o vice-presidente da OCB, Luiz Roberto Baggio e o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro. A pauta principal do encontro foi o alongamento do custeio 2005/2006. Na parte da tarde o grupo se reuniu com o assessor do ministério da Fazenda, José Gerardo Fontelles e logo após foram recebidos pelo diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Dercy Alcântara.
Amanhã (25/5) o governo federal anuncia o Plano Agrícola e Pecuário 2006/2007 que visa amenizar os impactos da crise enfrentada pelo agronegócio. Freitas, espera que o Plano possa contemplar também medidas estruturantes, envolvendo questões tributárias, fiscais, infra-estrutura, logística e seguro rural, que darão maior sustentabilidade ao setor durante os ciclos negativos da agricultura. “Precisamos um plano que beneficie os produtores para que eles tenham condições de continuar plantando na próxima safra”, resume.