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Setor leiteiro se reúne com ministra da Agricultura



Brasília (18/1/19) – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá criar, até abril, uma política voltada especificamente à cadeia produtiva do leite. O anúncio foi feito pela ministra Tereza Cristina, durante reunião com representantes de setor, dentre eles a OCB, nesta quinta-feira, em Brasília.

Segundo Teresa Cristina, a ideia é incluir essa política no Plano Plurianual a ser lançado em meados deste primeiro semestre. O objetivo é tirar a cadeia produtiva do leite do cenário de volatilidade que prejudica a renda dos produtores, restaurando o equilíbrio da atividade, uma das mais antigas do país. Para isso, afirma ela, “o Ministério vai ouvir todos os segmentos para uma ação conjunta em relação ao leite”.

A ministra destacou, também, a melhoria do preço do leite pago ao produtor em dezembro/18, com a redução das importações. Mesmo assim, lembrou que o setor precisa de apoio e de não se pode deixar produtores saírem do mercado por causas de importações que rebaixem os preços, especialmente durante safra.

 

DESENVOLVIMENTO

Muito preocupada com o setor, a ministra Tereza Cristina foi enfática em ressaltar a importância social e econômico do setor e, assim, a inevitabilidade de se construir um caminho de desenvolvimento para a atividade leiteira. A ministra destacou, ainda, a importância da extensão rural para os criadores, tanto na melhoria da produtividade quanto na qualidade do leite.

 

MERCOSUL

Tereza Cristina foi muito objetiva com relação ao mercado internacional de lácteos, informando sobre os trabalhos para solucionar as importações de leite junto às autoridades argentinas, mas alertou que o Brasil não pode criar cotas no Mercosul.

 

COOPERATIVAS

O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, reforçou o compromisso das cooperativas em apoiar a ministra e sua equipe no desenvolvimento de uma política para o setor de leite e derivados. Destacou, ainda, a iniciativa da OCB de se reunir previa e democraticamente com os representantes da cadeia do leite e, em conjunto, construir um documento único de apoio aos trabalhos do Ministério.

O coordenador da Câmara do Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira, ponderou sobre o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e sua importância para o setor primário, inclusive para a agricultura familiar, que é predominante na atividade. Dessa forma, chamou atenção para as questões de competividade, infraestrutura, desenvolvimento social e defesa comercial, todas estas de suma importância para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite. Ao final, Renato Nobile e Vicente Nogueira colocaram a OCB à disposição do ministério para, juntos, trabalharem na política de desenvolvimento do setor leiteiro.

 

REUNIÃO PREPARATÓRIA

Na manhã desta quinta-feira (17/1), na sede da OCB, em Brasília, diversas entidades da cadeia produtiva do leite e derivados se reuniram para elaborarem, juntas, um manifesto de apoio ao MAPA e propor eixos de atuação para o desenvolvimento da cadeia produtiva de lácteos. Além da OCB, estavam presentes representantes da FECOAGRO RS, Embrapa Gado de Leite, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), SINDILAT RS, Viva Lácteos e da Associação Brasileira da Indústria de Queijos.

Ao final da reunião, os representantes das entidades redigiram um documento – entregue à ministra Tereza Cristina, na parte da tarde – sugerindo os seguintes eixos temáticos:

  • Medidas de defesa comercial contra as importações desleais;
  • Competitividade (desoneração tributária, política agrícola, isonomia competitiva, infraestrutura, assistência técnica, qualidade e sanidade);
  • Inovação tecnológica;
  • Promoção do consumo e imagem do setor e;
  • Estímulo às exportações.

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