Senado discute impactos dos apagões na agropecuária

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Brasília (27/02) – Os impactos dos apagões de energia elétrica sobre as atividades agropecuárias e suas possíveis soluções foram discutidos hoje de manhã, durante audiência pública realizada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal. O Sistema OCB esteve presente, representando as cooperativas do ramo Infraestrutura.
 
Segundo o analista técnico e econômico, Marco Olívio Morato, expositor do Sistema OCB, o risco de falhas no fornecimento de energia por parte das cooperativas aumenta em função do atraso no repasse dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), uma vez que a falta destes valores prejudica os investimentos e a manutenção preventiva nos equipamentos de distribuição.
 
“As cooperativas do ramo Infraestrutura estão desde novembro do ano passado sem receber os recursos da CDE, cuja função é garantir a modicidade tarifária para consumidores de baixa renda, produtores rurais e as cooperativas permissionárias. Sem esse dinheiro, estimado em 30% do faturamento, as ações para a manutenção preventiva podem ser prejudicadas. Por isso, é necessário que o governo faça o pagamento deste recurso de forma contínua, o mais breve possível”, declara Marco Morato.
 
Após o debate, do qual também participaram representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A, definiu-se que o próprio Senado Federal tentará intermediar um diálogo entre os elos da cadeia da energia elétrica nacional e o governo, para que cada setor tenha suas peculiaridades respeitadas nas políticas públicas.
 
A audiência pública foi presidida e solicitada pela senadora Ana Amélia (RS), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

GLEISI HOFFMANN - Ontem, a senadora Gleisi Hoffmann, participou de uma reunião com a Diretoria do Sistema OCB. Os líderes cooperativistas pediram à parlamentar que ajudasse na liberação de R$ 25 milhões atrasados, oriundos da CDE. O repasse que deveria ser mensal está atrasado desde novembro de 2013. “Isso compromete a segurança energética de 38 cooperativas permissionárias e suas 400 mil unidades consumidoras”, frisa o analista do Sistema OCB.

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