Ramo Mineral vai discutir seu reordenamento em 2010
Mesmo com potencial elevado no Brasil, o Ramo Mineral ainda ressente de mais organização. O diagnóstico é do representante do setor junto à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Lélio Luzardi Falcão. Para corrigir o panorama, Falcão pretende mapear a situação do ramo em todo o País com o apoio da OCB.
O Ramo Mineral congrega as cooperativas com a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais. “Como o Brasil possui um sistema mineral muito cartelizado, onde o subsolo está nas mãos de algumas grandes empresas que detem as licenças para exploração do solo, os pequenos empreendimentos, como é o caso das cooperativas, ficam se acesso”, alerta o representante.
Este, segundo ele, é apenas um dos problemas que impedem a articulação e desenvolvimento das cooperativas minerais no País. Elas esbarram ainda em questões trabalhistas e ambientais. Como o ramo está pouco organizado, não tem conseguido, na visão de Falcão, colocar seu contraponto e atingir o desenvolvimento esperado.
Para iniciar o diagnóstico do segmento, Falcão propôs à OCB participar do Fórum Social Mundial 2010, colocando em debate o cooperativismo como gerador de renda e, portanto, alternativa à crise global. A edição do próximo fórum, que acontece de 25 a 29 de janeiro próximos, em Porto Alegre (RS), vai ampliar a discussão sobre a crise como não apenas econômica, mas também ambiental, alimentar, energética e humanitária.
Números - No último levantamento realizado pela OCB, ao final de 2008, o números apontaram que o Ramo Mineral congrega 19.975 associados em 53 cooperativas, gerando 105 empregos diretos.
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