PLP 177 deve passar sem problemas no Senado
Nesta quarta-feira (13/8), o plenário da Câmara dos Deputados apreciou 18 projetos, entre os quais dois que estabelecem os marcos legais para o funcionamento das cooperativas de crédito e de trabalho, que tramitavam há anos na casa, gerando angústia a todo o sistema cooperativista. Os dois foram aprovados. A atuação da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) foi decisiva para destravar a pauta de votação e incluir os projetos na relação de prioritários. Como diretor do ramo crédito na Frencoop, o deputado federal Arnaldo Jardim comemora.
“Enfrentamos contradições políticas, partidárias, uma grave reação das instituições financeiras, que temem o crescimento da fatia do cooperativismo de crédito no mercado...”, descreve Jardim a respeito das dificuldades para se chegar a um consenso sobre o projeto de regulamentação das cooperativas de crédito (PLP 177/04).
O deputado ressalta o trabalho de aproximação e convencimento do Banco Central, órgão regulador das cooperativas de crédito. “Avançamos, e muito, nas relações com o Bacen, que hoje respeita o esforço da auto-regulação das cooperativas, principalmente o seu sistema próprio de auditoria. Depois de um longo tempo de amadurecimento, inclusive na afinação com o Executivo, conseguimos convergir para a aprovação de um projeto que estabelece as bases de desenvolvimento do ramo, com perspectivas para um crescimento contínuo do cooperativismo de crédito no País”.
Segundo o cooperativista Arnaldo Jardim, o consenso na votação da Câmara deve repercutir numa aprovação rápida e sem sustos no Senado. O deputado reforça também o papel do Sistema OCB após a regulamentação. “Tanto a Organização das Cooperativas Brasileiras como os seus braços estaduais crescem como referência do sistema cooperativista. E o seu órgão de aprendizagem, o Sescoop, assume papel mais importante ainda para promover as atualizações e qualificações dos quadros das cooperativas, de acordo com o novo marco legal, zelando pela preservação dos valores e princípios cooperativistas”. (Fonte: Ocesp)
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