Plano Agrícola e Pecuário destinará R$115,2 milhões para a safra 2012/2013

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Dando ênfase ao médio produtor e à ampliação do crédito, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2012/2013 disponibilizará R$ 115,2 bilhões para financiamento da produção agropecuária. O valor representa um crescimento de 7,46% em relação ao montante do Plano 2011/2012 (R$ 107,2 bilhões). Dentre as medidas anunciadas está o aumento de 20% nas linhas de crédito específicas para o cooperativismo. O movimento, que também foi destaque no pronunciamento de integrantes do governo, especialmente da presidente Dilma Rousseff, esteve representado no lançamento pelo superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, que compareceu ao evento acompanhado da secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônica Bergamasco.

A presidente Dilma e o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, exaltaram a importância do cooperativismo no processo de crescimento e produção sustentável do país. “Isso nos deixa extremamente satisfeitos. É um sinal de que o sistema cooperativista está conquistando de forma cada vez mais marcante o seu espaço no cenário agropecuário nacional. A expansão dos recursos destinados ao movimento reflete justamente isso, afinal, hoje, cerca de 50% de tudo que é produzido no Brasil passa, de alguma forma, por uma cooperativa”, afirmou Nobile.

O superintendente da OCB destacou, ainda, o papel desempenhado pelas cooperativas de crédito no repasse desses valores aos produtores rurais. Atualmente, o segmento responde por 13% do volume total e 22% dos contratos relacionados a custeio. “Isso é reflexo da capilaridade do cooperativismo, presente muitas vezes em lugares onde não há interesse de um banco comercial atuar. Assim, o cooperado tem acesso de forma menos burocrática ao dinheiro para viabilizar a safra”, ressaltou.

Nobile também chamou atenção para a necessidade do Sistema OCB continuar trabalhando pela redução das taxas de juros voltadas para o setor cooperativista: “Dentro do programa que atende ao fomento de capital de giro, por exemplo, a redução para 9% neste plano ainda está fora da realidade do mercado financeiro nacional, uma vez que a de custeio está em 5%, e a Selic segue uma tendência de queda. Vamos continuar atuando para diminuir esse indicador”. Nesse sentido, a secretária Mônica Bergamasco endossou o pensamento de Nobile afirmando que é extremamente necessário contar com taxas mais baixas, em função do alto custo de produção.

Apresentando o posicionamento do governo a respeito das medidas divulgadas, a presidente Dilma frisou: “Mais recursos com taxas de juros menores é uma marca desse plano. Queremos que o produtor rural concentre suas energias na semente, na terra, e não nas taxas do banco, e que esteja livre para se aprimorar”. E defendeu que a agricultura é capaz de se expandir, apesar da crise mundial, gerando emprego e renda: “O mundo, por mais tecnológico que seja, jamais prescindirá de energia e alimentos. Com o plano, a expectativa é ampliar o espaço da setor dentro e fora do país”.

Em seguida, o ministro da Agricultura enfatizou que “esse plano foi cuidadosamente construído pelo governo, e é, sem sombra de dúvidas, o mais democrático e auspicioso de todos os tempos”. A concepção do PAP contou com sugestões do cooperativismo brasileiro encaminhadas ao Mapa pelo Sistema OCB.
Os recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 estarão disponíveis a todos os produtores rurais a partir da próxima segunda-feira, 2/7.

(Com informações – Mapa, O POVO)

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