Pará apresenta produtos de cooperativas ao Exército
Brasília (24/8/18) – Dos laticínios produzidos no Salgado Paraense, hortaliças de Irituia até as polpas de frutas de Tomé-Açu, a produção cooperativista no Pará é bem diversificada. Tamanha variedade chamou a atenção de comandantes do Exército, nos estados do PA, Amapá e Maranhão. Eles estiveram na Feira da Agricultura Familiar organizada dentro da 8ª Região Militar, em Belém, na última terça (21/8). O objetivo foi ampliar o conhecimento acerca do que realmente é produzido pelos agricultores cooperados e adaptar os editais licitatórios da instituição voltados ao PAA de acordo com a realidade regional.
QUALIDADE
“Os comandantes dos estados nortistas estiveram em Belém para uma reunião e aproveitamos a oportunidade. Todos ficamos impressionados com as possibilidades apresentadas na Feira através da grande variedade de produtos que poderão ser adquiridos para alimentação dos nossos quarteis e até em campanha. Destaco o esforço dos que estão trabalhando nesta vertente, apresentando à sociedade produtos com excelente qualidade”, afirmou o general, Davi Oliveira, comandante da 8ª Região Militar.
POTENCIAL
O volume de produtos demandado pelo Exército é bastante expressivo. Um exemplo é a chamada pública realizada também na terça (21/8). A aquisição de gêneros alimentícios referentes a agricultores familiares chegou a um valor de quase R$ 5 mi.
Considerando as demais unidades da corporação espalhadas pelo estado, o número de compras do Exército é ainda maior, o que motivou o Sistema OCB/PA a articular a programação da feira.
ARTICULAÇÃO
O caso do Exército no Pará é um dos exemplos da série de articulações que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) tem promovido em todas as regiões do país, com o intuito de divulgar a organização da agricultura familiar brasileira, evidenciando a qualidade dos produtos e, ainda, a capacidade de atendimento às demandas dos órgãos públicos, por meio de seus editais, como, por exemplo, os do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
A expectativa é de que, a partir da Feira da Agricultura Familiar, com a exposição de produtos das cooperativas, o Exército tenha condições de elaborar editais voltados ao PAA com maior assertividade, contemplando as características intrínsecas ao movimento cooperativista, para que as cooperativas tenham mais condições de competir com outros fornecedores.
A primeira Feira da Agricultura Familiar foi resultado do Seminário de Compras Públicas ocorrido no final de junho, em Marabá, com a parceria do MDS e da VALE. Um outro resultado, é a realização de uma espécie de feira quinzenal dentro das vilas militares para aproximar as famílias à produção cooperativista.
PRODUTOS
Foram expostas hortaliças, geleias, frutas, farinhas e algumas guloseimas produzidas a partir das matérias primas como bolos feitos de espinafre, macaxeira e banana, cachaça de jambu, mel, iogurtes e queijos. Participaram as singulares CASP, COOPABEN, CAMTA, D´IRITUIA e COOAPEMI.
Na oportunidade, foi feita uma rodada de apresentação das cooperativas para os coordenadores e responsáveis pelas unidades descentralizadas que possuem autonomia para organizar a própria chamada pública. Os comandantes degustaram os produtos, avaliaram a qualidade, conheceram a diversidade e o volume produzido.
COMPRAS INSTITUCIONAIS
Segundo dados do MDS, que coordena o PAA, as compras de alimentos giraram em torno de R$ 2,7 bilhões em 2017. Em relação às compras da agricultura familiar, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas lideraram o ranking das compras institucionais no ano passado. Juntas, as duas instituições compraram mais de R$ 67 milhões.
“Já acompanhamos essa demanda há um bom tempo, apresentado o cooperativismo agropecuário. A Feira é uma oportunidade que as cooperativas conquistaram de despertar negócio e se apresentar no cenário de um mercado muito bom, com valores de compra bastante atrativos. Por termos sido convidados, já mostra que estão abertos ao diálogo, interessados em estreitar essa relação”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol. (Com informações do Sistema OCB/PA)