Osmar Dias pede solução imediata para apoiar agricultores

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Osmar Dias pede solução imediata para apoiar agricultores

O senador Osmar Dias (PDT/PR) fez um apelo nesta semana na tribuna do Senado para que o governo federal adote providências urgentes para apoiar os agricultores de todo o país que enfrentam uma crise sem precedentes. Segundo o senador, a área plantada de grãos no país pode cair 21% ou 1/5 da área atual, retrocedendo aos níveis de 1998. “Os agricultores não querem plantar porque não há uma política de apoio à produção. O agricultor planta, mas na hora de comercializar a safra, recebe menos do que gastou para produzir . Se não plantar, o agricultor enfrentará vários problemas: não terá renda, o desemprego aumentará. E há o risco de não atingir o grau de utilização da terra previsto pelo Incra, ficando sujeito à desapropriação de suas terras”.

A crise do agronegócio, analisa Osmar Dias, já provoca uma reação em cadeia, trazendo prejuízos para os setores de comércio e serviços. “O comércio já está vendendo 20% a menos do que vendia há 3 meses. No setor de tratores, já se vende 50% a menos. Quem vende colheitadeiras, viu a venda despencar em 70%”, disse. O senador ressaltou que a agricultura é responsável pelo superávit da balança comercial e permite o desenvolvimento dos pequenos municípios. “O governo Lula não passará para a história apenas por este capítulo negro do mensalão e das CPIs, mas, se não tomar providências que possam sanear o setor primário, também passará à história como o presidente que quebrou o agronegócio brasileiro”.

Segundo Osmar Dias, é necessário editar uma medida provisória ampla, contendo diretrizes que possam resolver o problema e não, somente adiá-lo.“A economia brasileira vai pagar um preço muito alto. O comércio já começa a sentir as conseqüências da quebra no campo. Daqui a pouco, o desemprego vai aumentar. Se o governo continuar virando as costas para o campo, obviamente a situação vai piorar muito. O país já está empobrecendo e as conseqüências disso estão se alastrando por todos os setores da economia”, disse. (Fonte: Ocepar).

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