Ocesc edita cartilha com proposta das cooperativas para o meio ambiente
Uma cartilha contendo “Propostas para a redução do impacto das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global sobre a produção agropecuária do agronegócio cooperativo de Santa Catarina” acaba de ser editada pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc).
Trata-se de uma ação educativa e política cujo objetivo é dar conhecimento à sociedade sobre a complexa questão ambiental e as preocupações do sistema cooperativista nesta área, além de relatar as ações desenvolvidas, explica o presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan. Esse projeto foi iniciado na gestão do presidente Neivor Canton.
A edição foi elaborada pela Ocesc com patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC). Os 3 mil exemplares estão sendo distribuídos aos profissionais de imprensa, órgãos públicos, escolas e instituições ligadas ao meio ambiente. O conteúdo está organizado em sete seções: a era do degelo; impacto das mudanças climáticas sobre o setor primário; oportunidades criadas pelas perspectivas de mudanças climáticas, estratégias de adaptação e mitigação; a continuidade do trabalho com as mudanças climáticas; glossário e parceiros.
As informações, análises e recomendações contidas no documento resultaram de workshop e de seis reuniões técnicas com a participação de 120 profissionais de cooperativas agropecuárias catarinenses, pesquisadores da Epagri, Embrapa e Coodetec realizadas em 2007 e 2008. O trabalho teve como ponto inicial as informações estratégicas sobre o aquecimento global e as conseqüência do impacto das mudanças do clima sobre a produção de alimentos.
Ao destacar a importância da publicação, o presidente da Ocesc enfatizou que as questões ambientais continuarão sendo decisivas no desempenho do agronegócio e influenciarão as barreiras comerciais. Observa que o fato positivo é o reconhecimento internacional e do governo federal de que, na formatação da política ambiental, os mecanismos econômicos não podem ser deixados de lado porque os atuais instrumentos de comando e controle – a legislação e os organismos estatais – não têm condição de preservar os recursos naturais.
Depois de reafirmar que as cooperativas continuarão priorizando a proteção dos recursos naturais, Zordan lembrou que o desmatamento é um dos temas centrais na discussão internacional no que se refere às mudanças climáticas e aquecimento global. Deve-se, agora, discutir a implementação de outros mecanismos, inclusive o de remuneração da floresta em pé, tese que tem ganhado força junto à comunidade cientifica internacional. (Fonte: Ocesc)
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