Ocesc avalia medidas governamentais

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Ocesc avalia medidas governamentais

As medidas anunciadas pelo governo federal para amenizar a crise de renda da agricultura brasileira foram consideradas positivas para o Plano de Safra 2006/2007; paliativas para as medidas emergenciais; e decepcionantes para as estruturais, com exceção das opções privadas que servirão de balizamento para o produtor rural. Esta é a avaliação do presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Neivor Canton.

O líder cooperativista ressalta que várias reivindicações dos produtores e das cooperativas não foram atendidas, e cita como exemplos não contemplados no plano anunciado: a mudança da política cambial, a excessiva tributação do agronegócio, o seguro agrícola, a deficiente infra-estrutura (estradas, portos etc), aporte de recursos para as cooperativas de crédito alongarem os financiamentos com seus associados e aumento do volume de recursos para dar sustentação dos preços mínimos, dentre outras.

Como as medidas emergenciais prevêem a prorrogação de parte dos custeios da safra 2005/2006 e o refinanciamento da securitização, Pesa e Recoop estes valores alongados irão impactar no limite de crédito do produtor e irão diminuir o volume de recursos anunciados para o plano de safra 2006/2007, anulando o aumento de recursos controlado para o crédito rural.

O aumento do volume de recursos e prazos para pagamento dos insumos junto às cooperativas agropecuárias é benéfico, porém, o custo TJLP+4% ou 6%, conforme a linha de crédito, são considerados elevados e dificultarão a liquidação futura, já que o problema é de rentabilidade da atividade agropecuária.

Por outro lado, as medidas tanto emergenciais e do plano de safra, anunciadas para a agricultura familiar, são consideradas positivas, pelo dirigente cooperativista. “Agora temos que ter cautela já que qualquer ação irá dificultar a tomada de crédito futura devido aos impactos nos limites individuais de crédito”, avalia.

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