OCB/RJ comemora hoje 45 anos de lutas pelo cooperativismo fluminense

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Rio de Janeiro (10/3) – O cooperativismo é um dos segmentos econômicos que mais crescem no estado do Rio de Janeiro. Até o mês de janeiro de 2016, o número de cooperados chegou a 189.054, com crescimento de 14,25% em comparação a 2014, quando foi registrado um total de 187.629 associados. Esse resultado só foi possível graças ao trabalho que vem sendo desempenhado pela OCB/RJ, que há 45 anos escreve a sua história, figurando cada vez mais como a entidade máxima de representação das cooperativas fluminenses.

Para entendermos como foi possível chegar até aqui, é preciso voltar no tempo, até 1969, quando foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com a tarefa de representar e defender os interesses do cooperativismo no Brasil. A Organização foi registrada em cartório um ano após a sua criação, sendo caracterizada como sociedade civil, sem fins lucrativos, com neutralidade política e religiosa. A partir daí, começou a criação das Unidades Estaduais.

Dois anos depois, em 10 de março de 1971, foi criada a até então denominada Organização das Cooperativas do Estado da Guanabara (OCEG). A partir de 1975 constituiu-se a Organização das Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro (OCERJ). Dezoito anos depois uma nova transformação: a OCERJ transforma-se em Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ). Por fim, veio a última modificação, em 2004. Em julho daquele ano, o Sindicato foi transformado em Federação das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro (OCB/RJ).


FORTALECIMENTO – O presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, credita o fortalecimento do cooperativismo na agenda de desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio de Janeiro ao trabalho desenvolvido ao longo de quase meio século. “A OCB/RJ vem trabalhando de forma eficaz no objetivo de aprender, com a prática, que a maneira mais eficaz de fortalecer o movimento cooperativista é expandir o diálogo com as bases. Estamos promovendo a troca de experiências com as nossas cooperativas. Realizamos fóruns para variados ramos e trabalhamos na realização de cursos e eventos de intercooperação”, comenta Diaz, no cargo desde 2011.

Um exemplo de conquista no período foi a constituição de uma central de cooperativas de crédito: o Sicoob Central Rio. O estado estava sem uma Central desde 2005, com a liquidação da Central de Cooperativas de Crédito do Estado do Rio de Janeiro (Cecrerj). Criada há cinco anos e composta por cooperativas singulares, a Central já figura como uma das maiores centrais que compõem o Sicoob Confederação. Uma das cooperativas de crédito mais antigas do Rio de Janeiro, o Sicoob Cecremef vivenciou um período difícil no segmento e, também, a volta por cima após a constituição da central do Sicoob.

“Nos últimos anos, o Sistema OCB/RJ tem sido um parceiro fundamental para o desenvolvimento do cooperativismo no Rio de Janeiro, principalmente ao segmento crédito. O Sicoob Cecremef reconhece o quanto é importante ter um órgão centralizado que possa levar as discussões políticas no âmbito nacional”, diz o presidente da cooperativa, Francisco Bezerra.

O transporte/táxi é outro segmento pujante e a OCB/RJ tem trabalhado na realização de capacitações juntos aos profissionais e atuado juridicamente contra ameaças à categoria de forma significativa. A Cooparioca é uma das mais importantes no Rio de Janeiro, sendo dirigida por Severino Vicente de Lima.

“A OCB/RJ está sempre interagindo com o ramo e trabalha para contribuir com a categoria. Esse ano tivemos um curso de capacitação do taxista com a ajuda da OCB/RJ. A nossa categoria, mesmo com todos os obstáculos enfrentados, vem crescendo e se valorizando mais no Rio de Janeiro. Isso se deve ao trabalho realizado pela nossa representação sindical”, fala.

A OCB/RJ também tem atuado em outros segmentos cooperativistas, como o Trabalho. Nessa questão, a instituição tem auxiliado as cooperativas na adequação à Lei 12.690/2012 na reforma estatutária e no reconhecimento das cooperativas do segmento pelas instituições, como o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Em novembro de 2015, inclusive, durante o fórum das cooperativas do ramo, foi apresentado parecer do jurista Diego Figueiredo Moreira Neto – um dos mais renomados no Brasil -, que protege as cooperativas que seguem o regimento trabalhista.

Entre as cooperativas beneficiadas nessa questão está a Datacoop, que atua em bibliotecas. Para Iracema Rodrigues, presidente da cooperativa, o trabalho realizado pelo órgão é representativo. “Está sendo muito importante o trabalho que vem sendo feito. Estamos em um outro patamar e a OCB/RJ tem contribuído muito para o crescimento e reconhecimento da cooperativa perante aos órgãos”, diz.

As metas estão traçadas e há diversas ferramentas para vencer o desafio de tornar o cooperativismo reconhecido pela sociedade fluminense por sua competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados. “A OCB/RJ sabe dos desafios que todos os ramos têm e estamos batalhando para vencer cada um deles”, reforça o presidente Marcos Diaz. (Fonte: Assimp Sistema OCB/RJ)

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