OCB participa da avaliação do Programa Mais Alimentos

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Os resultados do Programa Mais Alimentos foram apresentados nesta quinta-feira (18/6), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA),Guilherme Cassel. A exposição foi feita no Palácio da Alvorada, com a presença de ministros, entre outras autoridades governamentais, e representantes de trabalhadores e do setor produtivo. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, e o secretário-executivo da entidade, Renato Nobile, participaram do evento, que reuniu cerca de 50 convidados.

Na ocasião, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o cooperativismo, à medida que o próprio presidente Lula concedeu a palavra ao presidente da OCB. Antes, admitiu que quando assumiu o governo acreditava que bastaria promulgar uma lei para promover a criação de cooperativas no País. A convivência com a representação do setor mostrou, porém, que “cooperativa nasce de um estágio de consciência das pessoas”, afirmou o presidente Lula.

O presidente da OCB, por sua vez, pode constatar o reconhecimento do governo federal à atuação das cooperativas brasileiras. Segundo ele, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto, ressaltou em seu pronunciamento que 85% do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) vêm sendo operacionalizados por meio dos bancos públicos e que outros 15% são efetivados pelas cooperativas de crédito. Somam-se as mudanças feitas no Pronaf, principalmente nas regras de enquadramento, para atender às cooperativas de forma mais ampla.

Conforme Freitas, as 1.113 cooperativas de crédito atuam em todo o País com mais de 4 mil postos de atendimento (PAC), especialmente em locais onde os bancos públicos nem os agentes financeiros privados estão presentes. “Este foi um desafio colocado para o setor no início do governo federal e, hoje, as cooperativas de crédito colaboram para que o País possa superar a crise financeira internacional”, ponderou o presidente da OCB.

Recorrendo a exemplos de cooperativas que vêm sendo atendidas pelas políticas públicas do atual governo, Freitas destacou o apoio que o setor tem recebido do MDA e dos ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, bem como de outras instituições federais a exemplo do Banco do Brasil. “Agradecemos a abertura e o diálogo com as cooperativas brasileiras, que são chamadas a participar das discussões e apresentar sugestões antes de serem implantadas as políticas públicas, o que não ocorria anteriormente”, ressaltou.

Sobre o Programa Mais Alimentos, Freitas lembrou que das mais de 1,6 mil cooperativas agropecuárias, 80% detêm áreas inferiores a 50 hectares e 27% são parceiros, meeiros, arrendatários e, portanto, beneficiários dessas políticas públicas do atual governo. Destacou também o papel importante do cooperativismo frente à crise internacional, uma vez que as cooperativas oferecem produtos e serviços mais acessíveis e por suas próprias características – uma organização de pessoas – têm conseguido minimizar seus impactos na sociedade brasileira.
 

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