Mercado internacional cooperativo é tema de debate na Expocoop 2014

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Curitiba (16/05) – Como evento paralelo à Expocoop 2014, o Sistema OCB realizou hoje, no mesmo local da feira, o Seminário Internacional de Mercado Cooperativo. Com o auditório lotado, palestrantes se revezam na discussão de temas como "Desafios e oportunidades para acesso ao mercado externo" e "Agregação de valor".

O primeiro painel do dia, moderado pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, tratou justamente dos desafios e oportunidades das cooperativas para o acesso ao mercado externo. Dando início às apresentações, Márcio Freitas agradeceu a todos os painelistas por "trazerem essa visão, que é fundamental para que nossas cooperativas desenvolvam sua inteligência estratégica".

O primeiro a falar foi o representante da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Marcos Soares. De acordo com o painelista, a Apex está evoluindo no processo de construção de uma política de exportações e de ajudar as empresas a comercializarem seus produtos no exterior. "Já temos um envolvimento com as cooperativas, mas ainda tímido. E penso que esse relacionamento pode ser muito maior", destacou Soares.

Segundo ele, a cultura exportadora no Brasil ainda é bastante limitada. Há concentrações geográficas que interferem no processo; a infraestrutura ainda é deficiente em vários locais, além de um baixo nível de recursos financeiros, especialmente para empresas de pequeno porte. "Também, a falta de informações das empresas sobre o mercado internacional - esta é uma limitação estratégica a ser superada", frisou.

PONTO POSITIVO – Por outro lado, a imagem favorável do Brasil no exterior em teremos de negócios foi um dos pontos positivos citados por Marcos Soares, juntamente com a participação expressiva do país e diversos setores do agronegócio, bem como a criatividade e inovação das empresas brasileiras.

Soares ressaltou, ainda, como extremamente positivos os resultados alcançados nos seis primeiros meses de execução do projeto de internacionalização do leite (o B-Dairy), realizado em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), por meio do qual o volume de exportações cresceu em cerca de 60% até agora.

EVOLUÇÃO – Em seguida, o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini, falou da experiência de sua cooperativa no mercado internacional. Explicou as variedades de vendas (imediata, programada, anuais) praticadas pela cooperativa, o passo a passo da comercialização visando os melhores resultados para os cooperados. "Ao longo do tempo fomos adquirindo técnicas e pessoal competentes que nos asseguram uma posição favorável no mercado o ano todo", afirmou.

BENEFICIAMENTO – Na sequência, o representante da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), Edson Matsuzaki, fez um histórico do surgimento da cooperativa, contando as vitórias e dificuldades enfrentadas ao longo dos seus 83 anos. A cooperativa que iniciou com a monocultura da pimenta do reino, evoluiu e hoje possui um sistema agroflorestal moderno e diversificado, alternando entre as culturas do cacau, açaí, graciosa, cupuaçu, dentre outros frutos e extratos naturais.

"Trabalhamos com o beneficiamento e agregação de valor aos produtos dos cooperados, fazendo polpas, geleias e óleos naturais, e já temos como clientes a Espanha, os Estados Unidos, a Argentina e o Japão.

DIFICULDADE – Nei Mânica, presidente da Cotrijal, também citou como dificuldade as falhas logísticas encontradas no Brasil, mas destacou: "somos uma cooperativa provedora de soluções ao nosso produtor. Temos compromisso com o resultado das atividades e negócios dos cooperados e queremos mostrar os benefícios que o cooperativismo traz 365 dias por ano".

Mânica ainda mencionou que a cooperativa presta mais de 40 atividades gratuitas aos cooperados e familiares. "Nosso desafio é a qualidade total, sempre. E tenho certeza que vamos vencê-lo. Cooperativa forte ajuda o produtor!"

POSICIONAMENTO – Finalizando o painel, o presidente da cooperativa Veiling Holambra, Johannes Van Oene, também falou da evolução conquistada pelos seus cooperados, produtores de flores ornamentais. "Este é um mercado que cresceu muito bem, especialmente nos anos 80. Hoje, comercializamos 252 milhões de unidades por ano, de 2.700 variedades distintas. Nossa intenção não é ser o maior, mas o melhor do mercado: o mais completo", concluiu.

No período da tarde o seminário prosseguiu com as discussões acerca do tem "Agregação de valor - agroindustrialização".

MEGAFONE - O Brasil cooperativo se mobilizou ao longo desta semana para participar da série de atividades que envolveu a Expocoop 2014. Por isso, o Sistema OCB apresenta o seu veículo de comunicação especial, que traz os principais números, fatos e imagens que marcaram a variada programação – exposições, rodadas de negócio, seminários, encontros e congressos. Acesse e leia.

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