Lideranças prestigiam evento da Abag na Cocamar
Lideranças prestigiam evento da Abag na Cocamar
Cerca de 100 pessoas, entre lideranças agropecuárias, presidentes de cooperativas e representantes de vários outros setores ligados à atividade rural no Paraná, participaram na manhã desta quinta-feira, em Maringá, do encontro promovido por Abag (Associação Brasileira de Agribusiness) e Cocamar. O objetivo foi debater propostas que serão encaminhadas aos candidatos à presidência da República.Na abertura do evento, o presidente da Cocamar e diretor da Abag, Luiz Lourenço, enfatizou que já é praxe a realização desses encontros a cada quatro anos para pontuar as principais reivindicações do agronegócio e buscar o comprometimento dos candidatos.
Em seguida, o diretor da Abag e organizador do encontro, Luiz Antonio Pinazza, disse que apesar do campo estar enfrentando uma situação de grandes dificuldades há cerca de três anos, ainda contribui de forma substancial para com o País. Durante o período em que Roberto Rodrigues esteve à frente do Ministério da Agricultura, lembrou Pinazza, o Brasil acumulou um superávit comercial de US$ 100 bilhões graças ao agronegócio. Da mesma forma, acrescentou ele, a inflação é baixa devido aos valores considerados irrisórios dos alimentos, o que sacrifica os agricultores.
Por outro lado, embora isto tenha sido uma grande luta de Roberto Rodrigues, o governo federal acabou não implementando o seguro rural. De acordo com Pinazza, se tivessem sido disponibilizados entre R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões, parte dos produtores teria conseguido resolver seus problemas.
DEMANDA MUNDIAL - O diretor da Abag expôs também que nos próximos dez anos o mundo aumentará de forma significativa suas demandas por cereais, oleaginosas e carnes. A previsão é que o volume de carnes precisará crescer em 230 milhões de toneladas para atender o crescimento do consumo; o de oleaginosas, cerca de 60 milhões de toneladas, enquanto o de carnes, precisará ter uma expansão estimada em 48 milhões de toneladas.
Considerando que as fronteiras mundiais da agricultura encontram-se praticamente esgotadas, a expansão agrícola terá que acontecer, necessariamente, no Brasil, onde ainda há estoques de terras para explorar.
DIFICULDADES - Pinazza lembrou que de 1999 a 2004 o agronegócio brasileiro viveu um período favorável e a área cultivada no País saltou de 33 milhões para 48 milhões de hectares. Daquele último ano em diante, a situação enfrentada pelo produtor foi exatamente o reverso da moeda, com câmbio e preços desfavoráveis, doenças vorazes como a ferrugem da soja, renda em queda e dívidas sem liquidez. “Neste período, o governo não fez a sua parte”, enfatizou o diretor da Abag.
CONGRESSO - O resultado das discussões em Maringá servirá de subsídios para enriquecer o documento final que estará pronto para o Congresso Brasileiro de Agribusiness, de 1 a 2 de agosto no Hotel Meliá em São Paulo, oportunidade em que o plano com as propostas começará a ser entregue aos candidatos.
PRESENÇAS - Participaram do evento Abag-Cocamar as seguintes instituições: Agropar, Avipar, Copagra, Corol, Nova Produtiva, C.Vale, Unicampo, Sicredi, Sicoob, Faep (representada pelos sindicatos rurais de Maringá, Mandaguaçu, São Jorge do Ivaí e Umuarama), Ocepar, Alcopar, Seab, Central Paranaense de Álcool (CPA), Embrapa Soja, Universidade Estadual de Maringá (UEM), Sociedade Rural de Maringá, Centro Universitário de Maringá (Cesumar), Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AEASP), Emater/PR, Nortox, Fertipar, Milênia, Valcoop, Base Corretora, Usina Vale do Ivaí e Prefeitura Municipal de Maringá.
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