Líderes do Sistema OCB planejam o futuro do cooperativismo brasileiro

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Brasília (27/1) – Brasília recebe hoje o grupo composto por membros da Diretoria Executiva e dos Conselhos de Administração, superintendentes de unidades estaduais - representando as cinco regiões do país -, além de representantes das gerências gerais e áreas finalísticas do Sistema OCB para um encontro que tem por objetivo planejar o futuro do cooperativismo brasileiro. É a Oficina de Planejamento, promovida pela unidade nacional, que acontece de hoje até amanhã (28/1) no Naoum Plaza Hotel.
 
Conduzindo a abertura dos trabalhos, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, lembrou que o processo de trabalhar o cooperativismo de forma estratégica teve início há dez anos: “naquela época, demos início a um desenho, um formato, que culminou em nosso planejamento estratégico. Hoje, esse mesmo planejamento está sendo revisto e atualizado, com uma visão sistêmica, para atender as demandas do nosso setor”, afirmou.
 
Durante os dois dias em que ficará reunido, o grupo terá como meta identificar potenciais oportunidades e ameaças para o Sistema OCB, além de definir e elencar os desafios estratégicos do cooperativismo. Todo o trabalho será norteado por pesquisas e levantamentos realizados com a consultoria da empresa Macroplan. “O material de apoio vai ajudar na construção de um mapa de Cenários e Desafios do Cooperativismo, até o ano de 2025”, explica o gestor de planejamento da Casa, Emmanuel Malta.
 
Segundo Malta, a pesquisa foi elaborada via web, por meio de questionários específicos, direcionados a um grupo focal composto de dirigentes de 25 estados e oito ramos. Ela foi realizada nos últimos meses de 2013, com mais de 600 pessoas (dirigentes, especialistas, gestores e público-focais). “Os dados evidenciam as principais necessidades e demandas das cooperativas e indicam os gargalos do cooperativismo que precisam ser superados”, garante o gestor.
 
“Em uma análise geral, o documento revela que a visão do cooperativismo por todos aqueles que atuam nele é contagiante e entusiasmada. O reconhecimento desse modelo como uma alternativa econômica e social é o que todos concordam”, avaliou o presidente Márcio Freitas.
 
 
VISÃO
Participando da oficina, o presidente do Sistema Ocepar e membro da Diretoria da OCB, João Paulo Koslovksi, avaliou como extremamente positivos os resultados que a pesquisa trará para o planejamento: “Foram ouvidos aqueles que realmente fazem o cooperativismo acontecer; isso  agrega credibilidade às informações. E o melhor: esta pesquisa reflete verdadeiramente o que está ocorrendo em nosso movimento. O importante é que, em cima desses dados, a gente possa direcionar nossos recursos para melhores resultados. Esse é sempre  objetivo do planejamento: aperfeiçoar as ações para que possamos atender melhor às demandas das cooperativas, refletindo em resultado positivo para o cooperado.”
 
Em um contraponto interessante e bastante relevante, o presidente do Sistema OCB/PE, Malaquias Anselmo, ressaltou: “São dados que vão ajudar a repensar o cooperativismo, definir estratégias e superar dificuldades. Porém, é preciso muito cuidado para não apenas garantirmos a inovação, e esquecermos que as cooperativas têm um diferencial a ser trabalhado. Do contrário, estaremos lidando com empresas comuns, mercantis, de capital, e não é esse o objetivo”.
 
Complementando, o presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cezário, ressaltou a novidade como um diferencial promissor: “Estamos falando em um planejamento embasado em uma pesquisa. Vai ser diferente dos anteriores, com certeza, e a principal expectativa é podermos construir nosso plano, definir nossas metas e elencar nossos objetivos com base em dados fundamentados – o que nos garantirá muito mais certeza de acertar.”
 
Representando o governo no Conselho Nacional do Sescoop, Erikson Chandoha, do Ministério da Agricultura, também avaliou como positivo esse processo de construção do planejamento estratégico do Sistema OCB: “Trata-se de um levantamento de grande relevância. Para nós, conselheiros, por exemplo, prevejo que irá facilitar, inclusive, na tomada de decisões quando do encaminhamento de algum projeto com o qual geralmente não temos identificação imediata – como é o caso das áreas não finalísticas da instituição”.

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