IBGE divulga resultados preliminares do Censo Agro 2017
Brasília (26/7/18) – O Censo Agro 2017 identificou, até o momento, 5.072.152 estabelecimentos agropecuários no Brasil, em uma área total de 350,2 milhões de hectares. Em relação ao Censo Agro 2006, essa área cresceu 5% (16,5 milhões de hectares, o equivalente a área do estado do Acre) apesar da redução de 2% (103.484 unidades) no número de estabelecimentos.
Os dados fazem parte dos resultados preliminares do Censo Agro 2017, divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O evento contou com a participação de representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), um dos apoiadores da pesquisa.
A divulgação preliminar do Censo Agropecuário 2017 traz dentre outras informações, dados sobre as características do produtor agropecuário e dos estabelecimentos, a condição legal das terras e do produtor, número postos de trabalho e características da pecuária e da produção vegetal (efetivos e produtos da silvicultura, horticultura, floricultura, extração vegetal, lavouras permanente e temporária).
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TAMANHO DA ÁREA
Segundo o IBGE, dentre os estabelecimentos com 1.000 hectares ou mais, houve aumentos tanto em número (mais 3.287) quanto em área (mais 16,3 milhões de ha). Sua participação na área total passou de 45% para 47,5% de 2006 para 2017. Já os estabelecimentos entre 100 e 1000 ha viram sua participação na área total cair de 33,8% para 32% (menos 814.574 ha) e tiveram uma diminuição de 4.152 unidades.
Quanto à condição legal da terra, a proporção de estabelecimentos em terras próprias cresceu de 76,2% para 82%, mas a participação destes estabelecimentos na área total diminuiu de 90,5% para 85,4%. Já a proporção de estabelecimentos com terras arrendadas caiu de 6,5%, em 2006, para 6,3%, em 2017, embora a participação da modalidade na área total tenha crescido de 4,5% para 8,6%.
TRABALHO E TRATOR
Em 2017, havia 15.036.978 pessoas ocupadas nos estabelecimentos agropecuários. Em 11 anos, isso representa uma queda de 1,5 milhão de pessoas, incluindo produtores, seus parentes, trabalhadores temporários e permanentes. A média de ocupados por estabelecimento também caiu de 3,2 pessoas, em 2006, para 3 pessoas, em 2017. Em sentido oposto, o número de tratores cresceu 49,7% no período e chegou a 1,22 milhão de unidades. Em 2017, cerca de 734 mil estabelecimentos utilizavam tratores.
ÁGUA E INTERNET
O uso de irrigação também se ampliou, com aumento de 52% tanto em estabelecimentos (502.425) quanto em área (6.903.048 hectares). Além disso, o acesso à Internet nos estabelecimentos agropecuários cresceu 1.790,1%, passando de 75 mil, em 2006, para 1.425.323 produtores que declararam ter acesso em 2017.
ESCOLARIDADE
Cerca de 15,5% dos produtores disseram nunca ter frequentado escola e 79,1% não foram além do nível fundamental. Já a participação de mulheres e idosos de 65 anos ou mais na direção dos estabelecimentos aumentou, chegando a, respectivamente, 18,6% e 21,41%. Em 2006, as mulheres representavam 12,7% dos produtores e os idosos, 17,52%. Além disso, pela primeira vez, o Censo Agro investigou a cor ou raça dos produtores: 52% deles eram pretos ou pardos e 45% eram brancos, distribuição semelhante à da população do país, segundo a PNAD Contínua 2017.
Entre os endereços visitados, apenas 6.582 (ou 0,13%) não responderam ao Censo Agro 2017. Os resultados apresentados nesta divulgação preliminar ainda não incluem cerca de 3 mil questionários que estão passando por processo de validação e 1.213 estabelecimentos de coleta especial (empresas e grandes produtores). (Fonte: IBGE)