Fenacoop 2005 deve gerar R$ 30 milhões em negócios


A 2ª Feira Internacional das Cooperativas, Fornecedores e Serviços (Fenacoop 2005), realizada em São Paulo entre os dias 5 e 7 de outubro, recebeu cerca de 16 mil visitantes. "Ainda é cedo para uma avaliação definitiva, mas os expositores fizeram muitos contatos e a meta estipulada deve ser alcançada ou ultrapassada”, afirma Luiz Branco, diretor da WTM Management, empresa organizadora da feira. A previsão é que sejam gerados R$ 30 milhões em negócios. Em 2004, a feira recebeu pouco mais de 5.000 visitantes e gerou negócios da ordem de R$ 20 milhões. A edição de 2006 já está marcada. Será realizada de 18 a 20 de outubro, no mesmo local (Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo).

O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Aurélio Fuchida, diz que a Fenacoop 2005 foi um sucesso pelo aumento da participação, não só das organizações representativas de cooperativas, como do público. “A Fenacoop se consolida como evento nacional do cooperativismo brasileiro, principalmente pela profissionalização apresentada pelas cooperativas e empresas interessadas nesta segunda edição. A feira torna-se um indicativo de que há muito espaço para a participação das cooperativas na economia brasileira e instrumento para fortalecer o sistema cooperativista”, diz Fuchida.

Um exemplo desse sucesso é o da Associação de Mulheres Empreendedoras de Uberaba. “Conseguimos apresentar nosso projeto e ainda fizemos contatos com grandes lojas e exportadores”, afirma a presidente da associação, Alda Teixeira. Ela disse que o público da feira é qualificado, que “vem para fazer negócios e não para passear”.

O gerente da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Alexandre Gatti, disse que a entidade queria reforçar a marca da associação no mercado e apresentar os produtos das seis cooperativas mineiras que vieram à feira. “Já acertamos nossa participação na Fenacoop 2006. Existem 797 cooperativas em Minas. Nesta edição pudemos trazer apenas seis, mas vamos ampliar nosso estande para trazer um número maior no ano que vem”, diz o gerente da Ocemg.

Uma das cooperativas de Minas, a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), deve acertar a venda de seu produto para cooperativas de consumo de São Paulo. “Hoje, em São Paulo, nosso café é encontrado somente na rede Pão de Açúcar, que tem espaço de comercialização de cafés especiais. Em breve cooperativas de consumo devem passar a oferecê-lo também”, diz José Antonio Rodrigues, representante em São Paulo.

“A feira melhorou em público, em número de expositores e na qualidade de produtos expostos, mas precisa ampliar as oportunidades de negócios, segundo o diretor-executivo da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina, Paulo Von Dokonal. “A oportunidade é impar para as cooperativas mostrarem seus produtos ao mercado e na divulgação do cooperativismo, mas é preciso que empresários do ramo varejista saibam das oportunidades que a Fenacoop oferece. É preciso trazer mais empresários ao evento para ampliarmos ainda mais os contatos”, diz.

Já o coordenador administrativo da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), Dalci Matiello, acha que as cooperativas é que precisam melhorar sua capacidade de divulgação. “Sabemos produzir muito bem, mas ainda temos que aprender a comercializar nossos produtos”, afirma. Para ele, “a feira abriu oportunidades de negócios para as cooperativas de produção e as cooperativas de serviços adquiriram experiências das cooperativas do Sudeste”.

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