Expedição Agricultura Familiar faz sondagem de campo no Paraná

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Brasília (5/10) – Com nove dos dez produtos mais exportados pelo Paraná, a agropecuária de pequena escala do estado terá suas principais cadeias investigadas pela Expedição Agricultura Familiar a partir de hoje. O projeto técnico-jornalístico do Agronegócio Gazeta do Povo já percorreu Rio Grande do Sul e Santa Catarina e vai chegar à Bahia até o final deste mês. Todo o trabalho conta com o apoio do Sistema OCB.

A sondagem de campo vai mostrar como a agricultura familiar paranaense estrutura as cadeias produtivas de frutas, leite, produtos florestais, frangos, peixes, grãos, entre outras. O roteiro tem pontos de parada nos municípios de Irati, Francisco Beltrão, Saudade do Iguaçu, Cafelândia e Campo Mourão, rodando mais de 2 mil quilômetros.

LANÇAMENTO – No dia 7/10, uma segunda equipe realiza o lançamento oficial do projeto, com o seminário “Tendências da Agricultura Familiar no século XXI”, em Porto Alegre, no Centro Administrativo do Sicredi, a partir das 15 horas.  O evento contará com representantes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), além de reunir produtores, técnicos e demais interessados no tema.

SANTA CATARINA – Na segunda semana da Expedição Agricultura Familiar, foram percorridos municípios de Santa Catarina que concentram a produção nacional de cebola, maçã, frangos e suínos. Da região central ao oeste, a agropecuária se especializa em culturas como tabaco, hortaliças, grãos e também produz volume cada vez maior de leite.

A cidade de Chapecó foi a primeira a receber o seminário “Tendência da Agricultura Familiar no século XXI”, que contou com a participação de representantes da FAO, do MDA, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e dos técnicos e jornalistas do projeto.

“Quando nós falamos de agricultura familiar, estamos falando não apenas da grande maioria dos estabelecimentos rurais no mundo todo, como também de um modelo sustentável. No Brasil, a agricultura familiar representa 37% do Produto Interno Bruno (PIB) da agropecuária. E somente nos 20 anos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foram aplicados R$ 160 bilhões em mais de 26 milhões de contratos. Por isso, é preciso mostrar e ressaltar a importância dessa modalidade produtiva, especialmente para o agronegócio brasileiro”, analisou o consultor da FAO para a Região Sul do Brasil, Valter Bianchini.

No oeste de Santa Catarina, a importância da agricultura familiar está fortemente representada pelos números. Cerca de 95% de toda a produção da região está baseada sobre essa modalidade produtiva. “A agricultura familiar é o alicerce sobre o qual foi construído o agronegócio em nossa região. E que hoje resulta na existência de 1894 agroindústrias, 140 cooperativas, 263 associações e 21 mil famílias no campo”, pontuou o pesquisador da Epagri e mestre em Desenvolvimento Social Clovis Dorigon.

Iniciada em 21 de setembro, a Expedição Agricultura Familiar cruza 15 mil quilômetros em seis estados para mostrar como o segmento, que produz 70% dos alimentos consumidos no Brasil, tem gerado emprego e renda regionalmente. Além disso, os desafios da produção e distribuição de alimentos in natura e o potencial de expansão dos principais polos em atuação são outros assuntos abordados.

APOIO – Apoiam a Expedição Agricultura Familiar: o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), a Souza Cruz, o Sicredi, a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e a Toyota do Brasil. (Fonte: Assimp da iniciativa)

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