Especialistas debatem os desafios do cooperativismo em meio à crise

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Vitória (13/7/16) – Muitas foram as questões levantadas durante a terceira edição do ESB Debate promovido pela ES Brasil com correalização do Sistema OCB/ES deste ano, que trouxe como tema “O Novo Cooperativismo”. Mas, três delas tiveram destaque durante o evento, realizado ontem à noite: a necessidade de capacitação de mão-de-obra, o cuidado com a água e o grande e complexo desafio de reorganizar as relações de trabalho.

A oportunidade de debater problemas, conquistas, e novos rumos para o cooperativismo reuniu especialistas, gestores, cooperados e colaboradores, em Vitória. A experiência de 34 anos de atuação no meio cooperativista do mediador Carlos André Santos de Oliveira, superintendente do Sistema OCB/ES, enriqueceu ainda mais o conteúdo debatido.

As principais mudanças no cenário cooperativista nos últimos cinco anos foi o tópico que abriu a noite. O presidente do Sistema, Esthério Sebastião Colnago, destacou que apesar de já se verificar o crescimento no número de jovens e mulheres na função de direção, tanto dos núcleos de produção, quanto das cooperativas, é preciso ampliar de forma significativa essa participação. “Precisamos capacitar cada vez mais esses profissionais. Já formamos mais de 300 jovens para atuar junto às cooperativas e agora está sendo fortalecido o núcleo de capacitação das mulheres. A entrada desses profissionais nas cooperativas vai oxigenar o setor, humanizar os processos e trazer melhorias”, apontou o presidente.

Ao ser questionado sobre o papel do cooperativismo frente ao mercado de trabalho, e ainda, diante de tantos problemas, como garantir que não se torne mais um meio de precarização das relações de trabalho, o diretor de Crédito e Fomento do Bandes, Everaldo Colodetti, defendeu que o setor pode ser uma importante arma para solucionar o desemprego. Para ele, não haverá exploração do trabalhador. "Os bons exemplos tem mostrado tradição e modernidade como aliados", defendeu.

A doutora em Economia, coordenadora e professora dos cursos de graduação e mestrado da Fucape Business School, Arilda Teixeira, reiterou que o grande e complexo desafio, não apenas do Espírito Santo, mas de todo o Brasil, é capacitar a mão-de-obra. Para ela, o bom senso e a integridade moral que integram a base do cooperativismo não deixarão haver a precarização do trabalho.

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