Especialistas debatem a competitividade no café
Gustavo Prado que representou o presidente das Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, no evento, aponta o cooperativismo como ferramenta de aglutinação de forças capaz de garantir mais competitividade ao agronegócio, tendo em vista que a cafeicultura brasileira é feita em sua maioria por pequenos produtores.
O país é apontado pelos especialistas como detentor da pesquisa cafeeira mais dinâmica e de organizações políticas pluralistas e descentralizadas. Por outro lado, as limitações estariam focadas principalmente na valorização do câmbio, aumento desequilibrado dos custos de produção, pouca atenção à gestão da propriedade e baixo investimento em agregação de valor ao produto.
O superintende do Centro de Inteligência do Café (CIC), Aguinaldo José de Lima, apontou alguns fatores que afetam a competitividade e merecem discussão, como a necessidade de abaixar o custo de fertilizantes e defensivos, o que poderia ser conseguido com a redução de impostos. Simplificar a legislação para o trabalho temporário é outro debate necessário para redução de custos com mão-de-obra na colheita, que representa cerca de 60% dos custos de produção na maioria dos Estados produtores.
Nesta sexta-feira (11), encerra-se a programação do 5° Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. No período da manhã haverá dois painéis em debate: "Barreiras não tarifárias para o café" e "Novos rumos para a cafeicultura familiar".