Diretoria da Ocepar se reúne com a ministra Gleisi Hoffmann

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O futuro da agropecuária e do cooperativismo brasileiro foi o tema central de uma reunião realizada nesta quarta-feira (21/11), em Brasília (DF), entre a diretoria do Sistema Ocepar e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Durante o encontro – articulado pelo presidente da Ocepar e também diretor da OCB, João Paulo Koslovski – foram apresentadas uma série de propostas conjunturais e estruturantes que, se aprovados, beneficiarão tanto o setor agropecuário quanto as mais de 6.586 cooperativas brasileiras.

“A audiência foi muito positiva, pois tivemos a oportunidade de apresentar alguns projetos conjunturais pendentes de soluções junto ao governo federal e que estão afetando os investimentos em nossas cooperativas”, disse o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

Durante o encontro, foram debatidos cerca de dez pontos conjunturais, além de uma série de projetos de interesse estratégico e estrutural. Dentre eles, a revisão do crédito rural e a questão da capitalização das cooperativas de crédito. E já que o setor não tem acesso ao BNDESPar, propôs-se a existência de programas junto ao BNDES que possam financiar investimentos das cooperativas.

 
Receptividade
Os diretores do Sistema Ocepar avaliaram como positiva a audiência com Gleisi Hoffmann, destacando o fato de ela estar receptiva às propostas apresentadas. “A ministra demonstrou interesse pelo assunto e tem planos para montar projetos para o cooperativismo”, contou o presidente da Copagril, Ricardo Chapla. “Acredito que, dentro do que nós solicitamos, temos vários assuntos que serão concretizados no decorrer dos próximos meses”.

Já o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, destacou a importância de motivar o governo a se preocupar com a agricultura da mesma forma como se preocupa com a indústria. “A agricultura está ficando em segundo plano”, lamenta. “Por isso, precisamos valorizar o setor, divulgando a importância da agricultura. A partir desse reconhecimento, teremos políticas um pouco mais coerentes. Acredito que não se cresce, não se avança, não se industrializa, não se agrega valor sem financiamento. Isto deixamos muito claro para a ministra”. 


Encaminhamentos
A diretoria da Ocepar discutiu, ponto a ponto, cada uma das propostas levadas até a ministra Gleisi. “Nos colocamos à disposição para auxiliar no que for necessário, pois queremos que as coisas aconteçam com a agilidade que o setor cooperativista precisa para continuar seu processo de desenvolvimento”, disse Koslovski.

Ainda segundo o presidente da Ocepar, a ideia agora é participar dos grupos de trabalho que estão discutindo estes assuntos. “Mas independentemente disso, vamos constituir um grupo de dirigentes do Paraná para formatar uma proposta de médio e longo prazo para o agronegócio brasileiro”, anuncia. “Este trabalho será coordenado pela Ocepar. Na sequência, queremos levar para dentro da OCB; depois, vamos partilhá-lo com o governo, levando as intenções e as propostas do nosso setor. A meta é ter, em definitivo, uma política de médio e longo prazo que dê mais estabilidade à produção de alimentos no país”.

O superintendente da OCB, Renato Nobile, acrescentou: “Nosso anseio de ter uma política agrícola permanente, em vez de ciclos do Plano Safra, parece estar bem próxima de ser realizada também”.

“Se conseguirmos encaminhar essa agenda, o cooperativismo ganhará maior competitividade e ficará melhor capitalizado”, pondera o representa nacional do ramo Agropecuário do Sistema OCB e presidente da Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio. “As propostas são boas para o setor e principalmente para o associado, que terá melhores oportunidades de geração de renda”.


Reconhecimento
O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, parabenizou a iniciativa do Sistema Ocepar de solicitar audiência com a ministra Gleisi Hoffmann. “Foi muito providencial, oportuno e importante, porque tivemos a oportunidade levar as reivindicações do setor e a necessidade de o governo ter uma política mais ampla e de longo prazo”, argumenta. “Também conversamos sobre a necessidade de desburocratizar o crédito rural, tornando-o um crédito rotativo”.

Lang também destacou o fato de a Ocepar ter se colocado à disposição para realizar um trabalho de âmbito nacional e não apenas paranaense. E ele está certo. Ao promover esse encontro, a Ocepar está liderando uma agenda política positiva para todo o cooperativismo brasileiro. 

A reunião com a ministra-chefe da Casa Civil contou com as participações do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski; do diretor José Aroldo Gallassini; do presidente da Frimesa, Valter Vanzella; do presidente da C.Vale, Alfredo Lang; do presidente da Integrada, Carlos Murate; do presidente da Cocamar, Luiz Lourenço; do presidente da Copagril, Ricardo Chapla e do presidente da Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio. O encontro com Gleisi Hoffmann também foi acompanhado pelo superintendente da OCB, Renato Nóbile e pelo assessor da ministra, Gilson Bitencourt.


Banco do Brasil
No mesmo dia da reunião com ministra-chefe da Casa Civil, a diretoria da Ocepar se reuniu com o vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias. “Levamos os principais anseios das cooperativas em relação aos programas de relacionamento com o banco”, informou Koslovski. “Nossos diretores puderam se manifestar e expor suas demandas. Realmente sentimos que existe um interesse da instituição em se aproximar cada vez mais das cooperativas para atender as demandas por financiamento do setor”.

Algumas propostas apresentadas no encontro com Gleisi Hoffmann
• Ajustes no Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e no Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap Agro);
• Crédito para financiar atividades meio e que não são amparadas no âmbito do Prodecoop e Procap Agro;
• Criação de um programa que permita a formação de parcerias entre o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as cooperativas. (Com informações do Sistema Ocepar)

 

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