Diretores do Sescoop e da OCB participam de congresso sobre agronegócio em SP
Os superintendes do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Organização das Cooperativas Brasieliras (OCB), respectivamente, Luís Tadeu Prudente Santos e Renato Nobile, estão em São Paulo, onde participam do 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA). O evento trata de assuntos relativos aos custos de alimentos e energia, e a capacidade de interação do setor com a sociedade e o governo. O tema deste ano é Mudanças e Paradigmas e tem como base o novo cenário que envolve a produção de energia e alimento.
As discussões colocam em reflexão a capacidade de articulação do agronegócio com o governo e a sociedade. São assuntos que despertaram o interesse do cooperativismo, já que praticamente 50% da produção agrícola no país passam, direta ou indiretamente, por uma cooperativa. “As cooperativas mobilizam hoje cerca de 3 milhões de pessoas no país e, formadas em sua maioria por pequenos e médios produtores, mostram sua força e capacidade de negociação a partir de indicadores como sua participação na produção agropecuária brasileira e receita, de US$ 4.417 bilhões, em exportações”, ressalta Nobile.
Pela manhã, dois painéis foram apresentados: Energia e alimento baratos, e A relação estabelecida pelo agronegócio com o Estado e com a sociedade. O Paradigma da energia barata, por sua vez, foi abordado por Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Segundo ele, com o advento da indústria automobilística, da aviação e de navios, o petróleo tornou-se o principal produto do mundo moderno. Por isso, o preço e as alternativas energéticas foram a tônica de sua explanação.
Para o superintendente do Sescoop, “o cooperativismo, que tem a sustentabilidade como compromisso, como parte de seus princípios, e atua, além do campo, em 12 outros ramos de atividades econômicas, pode contribuir e muito para o desenvolvimento de fontes alternativas destinadas ao setor produtivo”. “O sistema tem investido em Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), inclusive com o desenvolvimento de programas que incentivam as organizações cooperativas a atuarem, cada vez, na busca do desenvolvimento sustentável. Isso mostra o investimento do setor em uma gestão profissionalizada e responsável socialmente”, comenta Luís Tadeu Prudente Santos.
Quem falou sobre o Paradigma do alimento barato foi José Roberto Mendonça de Barros, Consultor da MB Associados. Em seu pronunciamento, Barros tratou da queda no valor dos alimentos nas últimas décadas, advinda dos avanços tecnológicos. Outro ponto destacado foram as cotações das commodities agrícolas, que atingiram patamares históricos. A inversão da tendência de queda dos preços agrícolas provocada pelo crescimento da demanda e alta dos preços do petróleo, cujos derivados são cada vez mais demandados pelas práticas de cultivo intensivo, será outro tema a ser debatido no 10º CBA, uma vez que põe em risco a oferta de alimentos.
Pelo Sistema OCB, também participaram do evento representantes do Conselho Diretor da instituição Ronaldo Scucato, Onofre Cezário e Celso Régis.