Dados oficiais do BC apontam crescimento acima da média do mercado para cooperativas de crédito

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O Banco Central do Brasil (BC) divulgou no mês de junho os dados oficiais do desempenho do sistema financeiro nacional relativos ao primeiro trimestre de 2012. A performance das cooperativas de crédito foi extremamente positiva, apresentando evolução acima da média do mercado nacional nos principais indicadores de ativos, patrimônio, depósitos e crédito. Segundo o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, os números representam o crescimento da confiança da sociedade no trabalho desempenhado por essas instituições. “Ao longo dos últimos anos, o cooperativismo de crédito brasileiro vem experimentando um crescimento contínuo e representativo dentro do sistema financeiro nacional. O número de ativos das cooperativas – principal indicador do segmento – cresceu mais de 6% em relação a dezembro do ano passado, atingindo a marca significativa de R$ 92 bilhões, contra 4% do mercado. É um reflexo do aumento da credibilidade depositada pela população no trabalho que desenvolvemos”, afirma o gestor.

Numa rápida comparação entre os indicadores, é possível perceber o avanço conquistado pelas cooperativas de crédito. Com relação ao patrimônio, o crescimento no primeiro trimestre do ano foi de 5,45%, mais que o dobro do mercado, que alcançou a marca de 2,27%. Os empréstimos aumentaram em 5,7% em relação à dezembro de 2011, enquanto que as demais instituições financeiras cresceram 2,39%. “Mas o destaque especial é para o indicador ‘depósitos’”, destaca Giusti. “Enquanto o mercado teve um crescimento tímido, de apenas 0,5%, as cooperativas de crédito tiveram um aumento de 9,7%”, enfatiza o gestor.

Giusti analisa que o resultado expressivo se deve ao fato de que as cooperativas de crédito, ao longo de todo seu caminho de crescimento, conquistaram a possibilidade de oferecer aos clientes e cooperados uma remuneração aos depósitos bastante atrativa e segura, muitas vezes superior aos valores praticados por outras instituições financeiras. “Além disso, cada vez mais a sociedade percebe o valor das cooperativas de crédito como instrumentos de desenvolvimento socioeconômico e agregador de renda, contribuindo para a reciclagem dos recursos locais e para a eficiência do mercado financeiro nacional”, complementa. A expectativa do setor, segundo o gestor, é atingir uma série de outros números relevantes ao longo do ano. Com relação aos ativos, o gestor prevê o rompimento da linha dos R$ 100 bilhões, o que, em sua opinião, é um marco a ser celebrado.
 

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