Créditos de carbono e as perspectivas de mercado
Contextualizar as estratégias no mercado de carbono, sobre a ótica do governo, academia e iniciativa privada foi a intenção do painel “Políticas públicas e privadas para a Mitigação das Mudanças Climáticas” apresentados na manhã desta quarta-feira (11/11) na sede da OCB, em Brasília (DF), segundo informou o gerente de Mercado da OCB, Evandro Ninaut, responsável pela coordenação do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista.
A intenção segundo, Carlos Henrique Delpupo, diretor da KeyAssociados – Soluções sustentáveis, foi mostrar no painel as negociações internacionais em curso e outras ações discutidas por países independentes e como elas podem trazer oportunidade de mercado para as cooperativas. Além disso, Delpupo, também falou sobre o MDL, as oportunidades e o posicionamento dos EUA - mercado que está se formando, se estruturando e que concorre com o mercado de Kyoto por se mais flexível. “Ou seja, oportunidades novas estão se formando e as cooperativas precisam se preparar para isso.”
Já o coordenador Geral de Mudanças Globais de Clima, Adriano Santhiago de Oliveira, trouxe as novidades prevista com as mudanças do protocolo de Quioto. O protocolo é um acordo internacional que prevê a redução das emissões de gases de efeito estufa por intermédio de mecanismos flexibilizadores. “O MDL é o único que permite a participação de países em desenvolvimento, para que eles reduzam emissões por meio de projetos que busquem o desenvolvimento sustentável”, disse Oliveira. Sobre as mudanças e destacou o protocolo deverá facilitar a inserção de novos projetos de MDL.
O professor pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Rômulo Silveira da Rocha Sampaio, mostrou, durante o painel ”Políticas públicas para mitigação das mudanças climáticas”, que diante da incerteza em torno das negociações que envolvem Copenhagem, e das metas que o Brasil começa a assumir na área florestal de redução do desmatamento, o setor produtivo tem como saída utilizar não só os mecanismos do mercado internacional como também outros desenvolvidos no País. “As cooperativas devem se valer dessa oportunidade de comercializar seus créditos de carbono em mercados paralelos”, sugere.
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