Coral Coopercitrus/Credicitrus apresenta ópera em Bebedouro
O Coral Coopercitrus/Credicitrus, em conjunto com o Coral da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto (USP Ribeirão Preto) "Madrigal Revivis", encenam, nesta quarta (17/9) e quinta-feira (18/9), a Ópera Coral Café. A obra foi escrita pelo poeta modernista Mario de Andrade, com composição musical do músico ribeirão-pretano Jose Gustavo Julião.
A montagem acontece no Teatro Municipal de Bebedouro, sempre às 20h30. O ingresso pode ser trocado por 1 kg de alimento não-perecível. Antes das apresentações oficiais, acontecerá no dia 16 de setembro, às 20h30, no próprio Teatro Municipal de Bebedouro, um ensaio aberto ao publico.
Espetáculo - A Ópera Coral Café reúne no palco um total de 100 coralistas, que vem se preparando há cerca de seis meses. A preparação é realizada pelo corpo técnico responsável pela direção do espetáculo. As atividades incluem desde a preparação vocal até questões de cenas para as vozes dos corais que interpretarão as personagens criadas por Mário de Andrade.
No mês de setembro do ano passado, o espetáculo recebeu um público de mais de mil pessoas, no Teatro Pedro II, em Ribeirão Preto. Naquela ocasião, o ex-presidente do Sistema Coopercitrus, Leopoldo Pinto Uchoa, falecido recentemente, assumiu o compromisso de trazer a Ópera Coral Café para Bebedouro.
Embora Mario de Andrade seja considerado um dos principais nomes da literatura brasileira com sua produção cultural bastante cultuada, "Café" ainda é desconhecida do grande publico e revela um autor apaixonado pela idéia de unir música e protesto social. Um dos motivos que levaram Mário de Andrade a escrevê-la foi utilizar a arte como forma de protesto contra o governo de Getulio Vargas, durante o período ditatorial do Estado Novo, em 1937, projeto que não foi levado à realização devido à censura da época. A sua primeira encenação aconteceu em 2002, durante as comemorações dos 450 anos da cidade de Santos.
O projeto tem idealização, coordenação, direção musical e regência do maestro Sergio Alberto de Oliveira, direção cênica de Jose Mauricio Cagno, e cenografia de Costi Sarantopoulos, tem na co-produção a Cooperativa de Cafeicultores e Citricultores do Estado de São Paulo (Coopercitrus) e conta com apoio da Pro-Reitoria de Cultura e Extensão, através do Fundo de Cultura, Prefeitura do Campus da USP de Ribeirão Preto e Prefeitura Municipal de Bebedouro. (Fonte: Sistema OCB-Sescoop/SP)