Cooperativismo apresenta suas demandas ao novo ministro da Agricultura
Dentre os assuntos discutidos estiveram a possibilidade de redução de juros, o seguro rural e a política de garantia de preço mínimo
Brasília (24/5) – Os presidentes Márcio Lopes de Freitas (Sistema OCB), e José Roberto Ricken (Sistema Ocepar) se reuniram agora há pouco com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, em Brasília. Esta foi a primeira reunião oficial entre representantes do cooperativismo e o novo ocupante da pasta e faz parte da estratégia do movimento cooperativista de se aproximar da nova equipe de governo, apresentando as cooperativas como uma ferramenta capaz de contribuir com a retomada do crescimento sustentável da economia brasileira.
Márcio Freitas reforçou a necessidade de o movimento cooperativista e o Ministério andarem juntos. “As cooperativas agropecuárias são responsáveis por 50% da produção agrícola do país. O setor se apresenta como um celeiro de confiança. No campo, não há produção sem confiança”, comenta a liderança cooperativista.
Nesta primeira reunião, da qual participaram, ainda, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e o representante nacional do Ramo Agropecuário, Luiz Roberto Baggio, os presidentes entregaram uma pauta prioritária ao Ministro e discutiram três pontos principais: a taxa de juros do Plano Agrícola e Pecuário, o Seguro Rural e a Política de Garantia de Preço Mínimo.
Segundo os dirigentes, o ministro Blairo Maggi mostrou-se aberto à discussão dos pleitos das cooperativas agropecuárias e assegurou que, assim que concluir a montagem de sua equipe, convocará uma nova reunião para discutir a pauta entregue na audiência de hoje.
TAXA DE JUROS – Este é, sem dúvida, um dos pontos de maior descontentamento de todo o setor do agronegócio brasileiro. A proposta do movimento cooperativista é diminuir as taxas de juros do crédito rural, dos atuais 9,5% ao ano para 7,5% ao ano. Além disso, elevar o montante de recursos para investimentos para R$ 42 bilhões e reduzir os juros do PCA e do Moderfrota de 8,5% e 10,5% ao ano para o patamar anterior de 7,5% ao ano.
SEGURO RURAL – A intenção das cooperativas agropecuárias é sensibilizar o novo ministro da Agricultura sobre a importância de se disponibilizar os R$ 741 milhões orçados para o Seguro Agrícola em 2016, além de estabelecer política de universalização do seguro agrícola, contemplando todas as regiões do país, bem como, pequenos, médios e grandes produtores rurais. Foi solicitado ainda o retorno dos percentuais de subvenção das safras anteriores, ou seja, 60% para as culturas de verão, e 70% para as culturas de inverno e a manutenção do projeto de negociação coletiva para soja, estendendo-o a cultura do trigo para as próximas safras.
PGPM – Com relação à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) o Sistema OCB sugere: recompor orçamentos, rever o papel do Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos, para desburocratizar as autorizações e, ainda, criar uma comissão para avaliar a operacionalização dos instrumentos da PGPM, visando a simplificação dos procedimentos.