Cooperativas de trabalho discutem acesso a mercados
Salvador (6/12/18) - O Sistema Cooperativista Baiano se empenha para promover o desenvolvimento das cooperativas que atuam nos mais diversos setores da economia. Uma das ações é a realização de encontros dos ramos para que as cooperativas se aproximem e debatam temas de interesse comum. Na última segunda (3/12) foi a vez das cooperativas de trabalho do Sistema OCEB se reunirem, em Salvador, para conhecer o Projeto de Sustentabilidade do Ramo Trabalho e traçar estratégias para ampliar seu acesso ao mercado.
O evento teve a participação da coordenadora nacional do Ramo Trabalho na OCB, Margareth Garcia da Cunha, e da analista técnica e econômica da OCB, Carla Bernardes, que apresentaram o Projeto Sustentabilidade para o público. Elas explicaram que esse projeto veio em resposta aos desafios enfrentados pelas cooperativas de trabalho, no que diz respeito à imagem perante a sociedade, aos órgãos de fiscalização, Poder Judiciário e tomadores de serviços.
PROJETO SUSTENTABILIDADE
Atento a essa realidade, o Sistema OCB tem buscado fortalecer o modelo cooperativismo de trabalho e assegurar que cooperativas legítimas não sofram restrições no mercado. “A gente vem fazendo um trabalho grande de ressignificação da imagem do Ramo e, para isso, é necessário fazer nosso dever de casa. O projeto Sustentabilidade é isso: um trabalho de conformidade das cooperativas com a legislação atual”, explicou Carla.
Os resultados esperados com o projeto foram apontados por Margareth Cunha. “Precisamos estar em conformidade com Lei 12.690/2012, por isso, o intuito desse projeto é ter subsídios tanto para negociarmos com o Ministério Público do Trabalho quanto para representarmos bem o Ramo”, comentou a coordenadora nacional.
GESTÃO
Um aliado das cooperativas para avaliar se estão ou não em conformidade com as questões societárias, princípios e boas práticas de trabalho cooperativista é o PAGC – Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista. A analista de Monitoramento do Sescoop/BA, Geisa Félix, apresentou a situação das cooperativas baianas que aderiram ao PAGC e passaram pela rodada de avaliações. Ela lembrou da importância de as cooperativas cumprirem seus planos de melhorias, a partir do que foi diagnosticado, para que tenham condição de oferecer melhores serviços e, consequentemente, se posicionem de forma mais competitiva no mercado.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
A etapa de debate entre os representantes das cooperativas foi, para Marília Reis, Conselheira Diretora do Ramo Trabalho na OCEB, um momento fundamental. “O ponto alto do encontro foi o fato de as cooperativas se conhecerem, falarem de suas dores, suas dificuldades e, na percepção de cada uma, as possíveis soluções”, afirma.
A expectativa de Aline Fantin, enfermeira cooperada da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Saúde, é colocar em prática tudo o que foi discutido durante o evento. Para ela, o encontro oportunizou a integração e o debate coletivo de situações comuns que envolvem as cooperativas de trabalho. Já para Alexandre Machado Sampaio, administrador na Cooperativa Unibrasil Saúde, o evento foi “muito enriquecedor porque demonstrou a força que o cooperativismo, no caso do Ramo Trabalho, tem. Foi benéfico no sentido de mostrar que juntos somos mais fortes”.
FUTURO
Os participantes saíram do evento com o compromisso de se unirem cada vez mais, trabalharem juntos, com intercooperação, e as cooperativas podem continuar contando com o Sistema OCEB para aprimorarem a sua gestão, objetivando, sobretudo, a ampliação do seu acesso ao mercado com inteira adesão ao Projeto de Sustentabilidade do Ramo Trabalho. (Com informações do Sescoop/BA)