Cooperativas avaliam cenários para comercialização da safra

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De olho no mercado futuro das principais commodities agrícolas e cientes dos impactos da desvalorização cambial para a formação dos preços, presidentes, coordenadores e técnicos de cooperativas de produção de várias regiões do Brasil estão reunidos em Curitiba, nesta terça-feira (19/10), para o Seminário Tendências do Agronegócio - Cenário para 2011.

Promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com o apoio do Sistema Ocepar, o evento tem por objetivo analisar as perspectivas e tendências para produção, consumo e comercialização de soja e milho, discutir os reflexos do câmbio baixo no agronegócio nacional e analisar as políticas econômica e agrícola que visam apoiar a comercialização dos produtos agrícolas.

O Seminário, que conta com a participação de mais de 140 pessoas, foi aberto pelo superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, pelo secretário executivo da OCB, Renato Nóbile, pelo coordenador do ramo agropecuário da OCB e presidente da cooperativa Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio, e pelo superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Reni Denardi. Além de dirigentes e lideranças de cooperativas do Paraná, participam do evento o presidente da OCB Amazonas, Petrúcio Magalhães Jr., o  representantes da Ocergs, Derli Schmidt, o representante da Ocesp, Antônio Pedro Pezzuto Jr.,  e o vice-presidente da OCB Pernambuco, Elenildo Arraes. Representando o Ramo Agropecuário estão presentes José Francisco do Nascimento, da OCB Sergipe, Antônio Carlos Borges da OCB Goiás, Gervásio Kamitani, da OCB, Mato Grosso do Sul, e Carlos Picorelli, da OCB Rio de Janeiro. Também prestigiaram o evento, o deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o ex-secretário da Agricultura do Paraná e ex-secretário Nacional do MDA, Valter Bianchini, além de representantes de instituições parceiras do setor produtivo.

“Não é um evento formal, mas uma reunião de trabalho que tem por objetivo visualizar o cenário para comercialização da safra em 2011”, disse o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, na abertura do evento.  O dirigente destacou alguns pontos importantes e que compõe a pauta do Seminário, entre os quais, as políticas oficiais e a questão cambial. “A queda do dólar é o assunto do dia. Afinal, não adianta termos competitividade se temos um câmbio irreal. As políticas oficiais também são importantes porque há algumas questões para ser analisadas e algumas pendências que precisam ser resolvidas”, frisou. 

“Foi muito oportuna a iniciativa de reunir o ramo agropecuário do cooperativismo nacional para traçar as tendências do agronegócio e, desta forma, ajudar a montar as estratégias dentro das cooperativas para a parte mais difícil do processo produtivo, que é a comercialização”, disse o secretário executivo da OCB, Renato Nóbile. Na sua avaliação, a comercialização é sempre um gargalo para o setor produtivo nacional. “A fase de produção desenvolvemos bem, em função do conhecimento que temos do processo e das tecnologias de ponta que estão disponíveis. Mas a comercialização depende de muitas variáveis, por isso é sempre o nosso gargalo”, comentou.

Para o coordenador do Ramo Agropecuário da OCB, Luiz Roberto Baggio, além das questões econômicas, a iniciativa de promover o Seminário surgiu em função de outras preocupações, entre as quais, o posicionamento da imagem tanto das cooperativas quanto da agricultura. “Posso dar uma entrevista, como produtor, dizendo que a expectativa de produção está uma maravilha, no entanto, se fizermos uma conta simples para ver a rentabilidade da soja, por exemplo, percebemos que aparen-temente a situação está melhor em relação ao ano passado, mas uma análise ao reverso, isto é, não do quanto custa plantar, mas o preço que vamos vender, percebemos que algumas questões corroem a rentabilidade de forma muito expressiva”, frisa. O coordenador lembrou ainda que, independente do resultado do segundo turno das eleições no Brasil, a postura do setor produtivo é analisar os mecanismos que estão sendo usados para controle cambial e as políticas oficiais de apoio à produção e comercialização. “Há várias preocupações que precisamos prever, independente de quem for o presidente do Brasil, por isso, não estamos aqui hoje para discutir politicamente, mas setorialmente temos que ficar precavidos”, afirmou. Por fim, Baggio lembrou que as previsões climáticas também precisam ser consideradas pelo setor produtivo. “É importante definir os cenários para um posicionamento de mercado e para posicionamento do setor”, frisou.

Também o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário, seção Paraná, Reni Denardi, que na ocasião representou o ministro Guilherme Cassel, ressaltou a importância d"

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