Cooperativa Central de Arroz deve acirrar a disputa no mercado brasileiro e internacional

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Para competir nos mercados nacional e internacional, cinco cooperativas agropecuárias de Santa Catarina (SC) fundaram nesta semana a Cooperativa Central Brasileira de Arroz, que será internacionalmente conhecida pela sigla Brazil Rice. A constituição da nova cooperativa de segundo grau vinha sendo articulada há mais de duas décadas. Fundamentada no princípio da intercooperação, a criação é vista positivamente pelo Sistema OCB. “Na grande maioria das atividades agropecuárias, os volumes de produção necessitam auferir maior escala visando aumentar os níveis de competitividade em mercados que contam com a presença de grandes players atuando globalmente. A organização produtiva traz importantes reflexos como redução dos custos operacionais e de transação, a consolidação de marca, melhores condições de investimento e, consequentemente melhores margens”, explica o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativa Brasileiras (OCB), Paulo César do Nascimento.

O analista acrescenta que, sendo o Brasil um dos maiores produtores do grão no mundo, com 35% da produção nacional passando direta ou indiretamente por cooperativas, a formação da Cooperativa Central dará mais força para as demandas do setor na busca por condições mais favoráveis para a negociação dos grãos. Integram a cooperativa central a Cooperja, Cooperjuriti, Cravil, Copagro e Coopersulca, todas com sede em municípios catarinenses.  Essas cooperativas movimentam, por ano, 450 mil toneladas de arroz, o que representa cerca de 35% da produção do estado.

A Central coordenará as atividades das cooperativas filiadas tanto na comercialização, nos mercados nacionais e internacionais, como na aquisição, beneficiamento de arroz e demais produtos agropecuários. Também adotará e registrará marcas de comércio para promover seus produtos nos mercados consumidores. Para isso, participará de todas as fases da produção, podendo receber, armazenar, beneficiar, industrializar, comercializar, transportar, estivar, fretar e exportar os produtos agrícolas. Atuará na corretagem de vendas e compras de mercadorias, câmbio, títulos, valores e seguros. Vai credenciar-se como Companhia de Exportação (Trading Company) e como Armazém Geral, e operar como entidade exportadora e importadora. Além disso, produzirá, industrializará e comercializará subprodutos para alimentação animal, rações e suplementos.

O presidente Vanir Zanatta diz que suas primeiras ações serão direcionadas ao aperfeiçoamento da logística e comercialização em comum no mercado nacional e internacional dos produtos das cinco cooperativas filiadas. “A central promoverá a união das cooperativas filiadas e a ampla defesa de seus interesses econômicos e sociais, integrando suas atividades e a utilização recíproca dos serviços”, enfatizou.

Números - O Brasil cultiva 2,9 milhões de hectares e produz 12,6 milhões de toneladas de grãos, sendo que os dois maiores produtores são Rio Grande do Sul (respondendo por 60,9%) e Santa Catarina (com 8,4% da produção nacional). O arroz é a principal fonte de renda de 8.000 produtores catarinenses, gerando mais de 50.000 empregos diretos e indiretos. O estado cultiva 150,5 mil hectares e produz 1 milhão e 39 mil toneladas/ano em 60 municípios do Sul, Vale do Itajaí e Norte catarinense.
(Fonte: Ocesc)

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