Conselho Federal de Medicina promove Fórum Nacional de Cooperativismo Médico
Cooperativas e entidades médicas discutem até amanhã sobre regulamentação e aspectos do mercado de órteses, próteses e materiais especiais
Brasília (29/6/16) – Com o objetivo de debater as novas perspectivas e regulamentação do mercado de Órteses, Próteses e Materiais Especiais no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) iniciou hoje, em Brasília, o VII Fórum Nacional de Cooperativismo Médico, que prossegue até amanhã. A abertura do evento ocorreu hoje e contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do vice-presidente da Unimed do Brasil, Orestes Barrozo Medeiros Pullin.
Márcio Freitas, fez questão de ressaltar que o Brasil passa por um difícil momento político, com grave repercussão no setor produtivo, causando um desequilíbrio econômico geral e que, somente com confiança e união, será possível salvar o país. Para ele, a Unimed, por exemplo, é mais que um hospital ou consultório, é um grande armazém de confiança.
“A cooperativa médica proporciona o retorno da esperança em tempos melhores e, sem isso, não temos como tirar o Brasil dessa situação econômica difícil. Assim como fez em crises anteriores, o cooperativismo marcará sua participação na história da superação de mais essa turbulência na economia”, comenta o presidente do Sistema OCB.
UNIÃO – Para o vice-presidente da Unimed do Brasil, Orestes Barrozo Medeiros Pullin, a aproximação entre o cooperativismo médico e as demais entidades do setor é muito importante. “Este processo foi iniciado desde a primeira edição do fórum e, com o passar do tempo, já é possível perceber que os espaços entre cada um dos atores do Sistema Nacional e Saúde Suplementar diminuíram consideravelmente. Tanto é que, hoje, discutimos juntos aspectos importantes da legislação e até questões de mercado”, analisa.
Já o presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, ressaltou a importância de reconhecer o cooperativismo médico como uma forma declarada de defesa dos interesses profissionais. “É uma das formas de intermediar do trabalho médico mais legítima e que garante muita autonomia profissional. Além disso, o cooperativismo, que tem princípio constitucional, estimula a valorização profissional, a gestão profissionalizada, a busca constante por capacitação e, ainda, estimula a difusão de valores éticos”, comenta Carlos Lima.
SOBRE O EVENTO – O fórum contou, ainda com a presença dos presidentes João Nicédio Alves Nogueira (OCB/CE) e André Pacelli (OCB/PB) e, ainda: a senadora Ana Amélia (RS), o deputado federal, Lelo Coimbra (ES), ambos integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino de Araújo Cardoso Filho, o coordenador da Comissão de Cooperativismo Médico do Conselho Federal de Medicina, José Hiran da Silva Gallo.
O primeiro painel debateu as “Novas perspectivas e regulamentação do mercado de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME): em que podemos avançar?”, que versou sobre os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional.
Em seguida foi realizada a mesa redonda “Mercado de OPME”, com representantes da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica, da Unimed do Brasil, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e da Associação Médica Brasileira (AMB).
À tarde foi a vez do painel “Custo assistencial versus autonomia do médico: o impacto nos honorários médicos”, que teve como palestrante o presidente da Central Nacional Unimed, Mohamad Akl. Os debatedores foram o presidente da AMB, Florentino de Araújo Cardoso Filho; do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima e da Federação das Cooperativas de Especialidades Médicas, Sirleide de Oliveira Costa Lira. Também foi convidado um representante da ANS.
Em seguida ocorreu o painel “A ética e os mecanismos de compliance na comercialização de produtos médicos”, com o presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Victor Mezei, um representante da Johnson & Johnson e da Unimed Cuiabá, Arlan de Azevedo Ferreira.
AMANHÃ - Nesta quinta-feira (30/6), o Fórum começa com o painel “Desafios da judicialização – o judiciário como gestor em saúde, existe limite?”. Como palestrante foi convidado um representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os debatedores serão o juiz federal do Tribunal Regional Federal da 4ª (TRF-4) Clênio Jair Schulze; o coordenador jurídico do CFM, Alejandro Bullón; o superintendente jurídico institucional da Unimed do Brasil, José Claudio Ribeiro Oliveira; e um representante da ANS.
O final do VII Fórum Nacional de Cooperativismo Médico, no final de manhã, será marcado pela apresentação de uma carta com posicionamento das entidades médicas sobre o que foi discutido no evento. (Fonte: Conselho Federal de Medicina)
NÚMEROS DO RAMO SAÚDE
- 38% dos beneficiários de operadoras médico-hospitalares são vinculados a cooperativas médicas.
- São cerca de 20 milhões de beneficiários.
- Presente em 85% do território brasileiro, as cooperativas contribuem para a interiorização de médicos e odontólogos no Brasil.
- As cooperativas de saúde tiveram, em 2015, receita de contraprestações de aproximadamente R$ 55 bilhões e atenderam a mais de 25 milhões de pessoas.
- O cooperativismo de saúde agrega hoje cerca de 265 mil cooperados e empregam mais de 90 mil pessoas.
- O Sistema Unimed é o maior sistema de cooperativismo médico do mundo.
- Possui 264 mil cooperados
- A Uniodonto é a maior cooperativa odontológica do mundo.