Conheça a história da triatleta Pâmella Oliveira, apoiada pelo Sicoob/ES
Vitória (3/2) – A temperatura passa dos 40 graus em Puerto Vallarta, México. A sensação térmica chega aos cinquenta. O corpo parece não aguentar a exaustão de duas horas de competição. As dores e as cãibras aparecem. As pernas bambeiam pela primeira vez em anos. Com o corpo desidratado, Pâmella Oliveira resistiu o quanto pôde. Ao cruzar a linha de chegada dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, desabou no chão. E teve de ser carregada por dois homens para o atendimento médico.
A atleta capixaba lembra perfeitamente do dia 23 de outubro de 2011. “Tinha treinado durante anos, mas os Estados Unidos estavam com duas atletas - Sarah Haskins e Sara McLartyera – que eram muito fortes. E a chilena era boa na corrida. Permaneci junto delas durante quase toda a prova. A última parte da corrida foi muito dura e fazia muito calor. Me esforcei demais, queria muito aquela medalha”.
E, no caso de Pâmella, querer é poder. Não seria a dor ou o cansaço que a impediria de chegar até o final. Tanto que antes de desabar após a prova, sua reação foi gritar. Um grito de desabafo, porque sabia que levaria para casa a medalha de bronze.
“Gritei para quem duvidou e pra quem torceu. Era emoção demais estar entre as melhores numa das provas de resistência mais difíceis do mundo. Foi a melhor competição da minha carreira. E a mais marcante até agora”, lembra a atleta que, na época, tinha só 24 anos.
Não foi a primeira vez que a triatleta capixaba ganhou medalha nesse tipo de prova. Foi bronze na Copa do Mundo de Triatlo, em Tiszaujvaros, na Hungria; e a 11° nas etapas de Chicago, nos Estados Unidos, e na Cidade do Cabo, na África do Sul; e 13° no Japão, em Yokohama, todas em 2014.
Atualmente, ela que é considerada a oitava melhor do mundo na modalidade, e tem um único objetivo: chegar ao pódio das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Continue lendo...