Conferência no Quênia aborda oportunidades de intercooperação

O Sistema OCB participou, na última semana, de missão internacional no Quênia organizado pelo escritório regional da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) na África. O 9º Comitê Temático da Conferência Ministerial das Cooperativas Africanas abordou projetos de intercooperação entre cooperativas da África e também com outros países. O Brasil foi convidado para apresentar como trabalha o tema e tem desenvolvido seus processos de intercooperação ao longo dos anos.

O coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins, destacou dois projetos apoiados pela Agência Brasileira de Cooperação. O primeiro com Botsuana, que contribui para o desenvolvimento de cooperativas de horticultores, e o segundo com a Argélia, para apoiar a criação e consolidação de cooperativas de mulheres artesãs na região Sul do país.

“Abordamos também as possíveis oportunidades de intercooperação entre as cooperativas africanas, interagimos com diversos dirigentes e detalhamos como o Sistema OCB entende a transferência de conhecimentos entre cooperativos de países diferentes”, informou Martins.

Ainda segundo ele, também foram descritas as ações que deram certo em parcerias duradouras do Sistema OCB como as realizadas com a Alemanha e com países de língua portuguesa, em especial Moçambique. “A lei do cooperativismo de Moçambique, implementada em 2009, é inspirada na brasileira. Um grupo de técnicos da OCB auxiliou na proposição do projeto de lei que criou as regras e fortaleceu o ambiente jurídicos para as cooperativas daquele país. Foi a primeira proposição vinda da sociedade aprovada por unanimidade pelo Parlamento de Moçambique”, descreveu o coordenador.

Martins reforçou que a participação do Brasil no evento foi muito positiva pela troca de conhecimentos que representou. “Pudemos falar dos projetos que temos em andamento, tanto oferecendo quando recebendo intercooperação e também dos desafios que as cooperativas brasileiras enfrentam no momento, as agendas que buscamos aprovar junto aos poderes e outros temas sobre os quais temos nos debruçado, assim como conhecer muitas experiências significativas desenvolvidas pelo cooperativismo africano”, concluiu.

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