Comitiva do AM cobra, em Brasília, reversão de atos de reserva ambiental
Brasília (15/6/16) – Uma comitiva do estado do Amazonas, composta por lideranças políticas e do setor produtivo, acompanhadas pelo presidente do Sistema OCB/AM, Petrucio Magalhães Júnior, e pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas, Muni Lourenço, esteve hoje em Brasília, para uma série de reuniões audiências com parlamentares. A intenção foi defender uma posição contrária aos decretos assinados pela presidente afastada Dilma Rousseff, que criam seis reservas ambientais federais no sul do estado do Amazonas, e destinam áreas produtivas a povos indígenas.
Parte das áreas abrangidas pelos decretos federais envolve cooperativas especializadas na produção leiteira. “Há casos, onde os cooperados detêm a posse da terra há décadas. São dezenas de pessoas que tiram seu sustento do leite e sua produção não agride ao meio ambiente. Aliás, essa produção abastece, especialmente, o mercado consumidor de Manaus, que poderá sofrer com a falta do produto, caso a situação não seja revertida”, comenta Petrucio.
Para a liderança cooperativista amazonense, os decretos vão paralisar a economia do estado, considerando que o Amazonas é o maior preservador do país. “Não somos contra o meio ambiente, muito menos contra a demarcação de terras indígenas, agora, não é razoável que esses produtores tenham que sair das áreas produtivas para ceder aos povos indígenas”, avalia.
Na parte da manhã, o grupo foi recebido por representantes da Confederação Nacional da Agricultura e por integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura. À tarde, foi a vez de visitar as lideranças políticas no Congresso Nacional e, também, com representantes da Presidência da República.
Durante sua explanação, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas, Muni Lourenço, se mostrou otimista nos encaminhamentos a serem dados pelos parlamentares.
“Estamos confiantes na atuação dos deputados em prol da reversão dos decretos. Só isso poderá contemplar a expectativa da população aflita do sul do Amazonas, por entender o risco iminente de uma grave repercussão socioeconômica para milhares de famílias rurais e, ainda, para empreendimentos já licenciados tanto no segmento mineral e agropecuário que tanto geram emprego e renda”, declara Muni Lourenço.
RESPOSTA – Agora à tarde, durante audiência com senador, Omar Aziz (SP), o parlamentar fez questão de deixar bem clara sua posição, em relação aos decretos da presidente afastada Dilma Rousseff. “Cabe a nós, tanto do Senado quanto da Câmara, lutar para que os trabalhadores do Amazonas possam continuar suas atividades. Essas pessoas vêm protegendo nossas florestas há muitos anos e não é agora que elas prejudicariam o meio ambiente. Eles têm todo o direito de trabalhar e viver, ganhando o dia-a-dia deles e gerando mais a qualidade de vida a suas famílias”, comenta o parlamentar.