Ceco tem novo coordenador
O Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito (CECO), do Sistema OCB, tem novo coordenador. Nessa quarta-feira (27), o cargo foi transferido por Marco Aurélio Almada, presidente executivo do banco Sicoob, para Moacir Krambeck, atual presidente da Confebras. Moacir ficará à frente do colegiado no biênio 2022-2024, juntamente com o novo coordenador do Grupo Técnico do Ceco, Ivo Bracht, da Ailos.
Durante reunião plenária do colegiado, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforçou a aliança com o Banco Central na busca por soluções concretas para o cooperativismo de crédito. Ele avaliou, ainda, que o cooperativismo é o modelo ideal de negócios para as próximas gerações.
“Estamos vivendo momentos de transformações profundas e que serão cada vez mais intensas. Assim, temos também novos meios de fazer negócios e o modelo cooperativista serve como uma luva para essas tendências da humanidade de ter uma economia compartilhada e com a participação coletiva na tomada das decisões”, ponderou o presidente.
O novo coordenador, Moacir Krambeck, disse que são grandes os desafios, mas que o cooperativismo de crédito transformará o país de forma a criar desenvolvimento com equidade. Ele destacou o Projeto de Lei Complementar 27/20, que moderniza o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), e indicou a necessidade de urgência em sua aprovação.
“Somos um país com 230 milhões de brasileiros e 17 milhões de cooperativistas. Tenho certeza de que podemos avançar muito nesses números. O primeiro passo é a aprovação no Senado do PLP 27, que foi elaborado em conjunto pela OCB e Banco Central, e já aprovado pela Câmara por unanimidade. Esperamos que isso aconteça ainda neste ano.”
Ele também defendeu a aprovação da definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no escopo do texto da Reforma Tributária (PEC 110/19). “É um pleito antigo, constitucional, que precisa ser regulamentado”. Ainda segundo ele, é preciso buscar a ampliação do acesso pelas cooperativas de crédito aos recursos dos fundos constitucionais de financiamento (FCO, FNO e FNE), com o propósito de fortalecer o desenvolvimento regional por meio do setor cooperativo.
Almada, por sua vez, fez uma avaliação de sua gestão e agradeceu o apoio e parceria dos demais integrantes da coordenação. “Conseguimos avançar bastante, diante do contexto da pandemia, e o Sistema OCB tem papel importante na construção destes avanços. Um exemplo é a aprovação célere do PLP 27 na Câmara. Outro ponto salutar é a harmonia entre os diferentes líderes cooperativistas que compõem o CECO e, novamente, a OCB abriu esse espaço para que as coops de crédito pudessem interagir e produzir”.
O ex-coordenador também reforçou o desafio da aprovação do Ato Cooperativo. “Estimo que seja difícil, mas não impossível. Estou confiante com a gestão do Moacir e, com o apoio de todo o grupo, vamos evoluir ainda mais nesta questão”, complementou.
Ivo Bracht endossou as palavras de Krambeck e Almada sobre a necessidade de aprovação do PLP 27. “É um grande pilar para a intercooperação, pois permite que busquemos escalas maiores com mais eficiência. Tenho certeza de que vamos identificar novas oportunidades de negócios dentro desse universo em constante transformação digital”, ponderou. Para ele, os avanços estão intimamente ligados às possibilidades de intercooperação. “Nosso exemplo consagrado é o do [Fundo Garantidor do Cooperativismo Financeiro] FGCoop, que nasceu no âmbito do CECO e ganhou novos contornos. A intercooperação pode sim criar grandes instituições e soluções”, finalizou.