CDES debate desafios do cooperativismo

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A tramitação ágil dos projetos de lei pertinentes ao cooperativismo  no Congresso Nacional são os principais desafios do setor na atualidade, além do acesso ao crédito para capital de giro, custeio, comercialização da safra agrícola, considerada demandas conjunturais. Eles foram apresentados nesta quarta-feira (18/02) a cerca de 50 convidados e membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), durante o Colóquio Desafios e Oportunidades do Cooperativismo, pelos representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Unicafes e Unisol.

Ao abrir o colóquio, a secretaria do CDES, Esther Bemerguy de Albuquerque, fez um breve histórico do CDES e relacionou os temas centrais do colóquio – desafios, medidas para enfrentar os efeitos da crise internacional e interlocução com o governo. Em seguida, os representantes da OCB, Unicafes e Unisol,também presentes à mesa de abertura do evento, apresentaram os desafios do cooperativismo brasileiro. 

Antes da sua manifestação, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentou um vídeo institucional sobre a dimensão social e a força econômica do cooperativismo brasileiro. Mostrou que a OCB conta com 7.682 cooperativas, mais de 7,6 milhões de associados e 255 mil empregos. Atualmente, 13% da população brasileira estão envolvidas com o cooperativismo, que responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, ao atuar em 13 ramos de atividades, faturar quase R$ 85 bilhões e exportar US$ 4 bilhões, em 2008. “Há a perspectiva de crescer 10% este ano, em faturamento e nas exportações”, disse, ao estimar que as cooperativas vão  investir R$ 10 bilhões este ano, valor inferior aos R$ 12 bilhões aplicados em 2008.

 

Freitas destacou a expressão política do setor, que conta com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), pluripartidária, com 201 deputados federais e 12 senadores. Convidou os participantes do evento para o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2009, no próximo dia 11 de março, quando será realizada a eleição e a posse da nova Diretoria da Frencoop, às 8h30, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília (DF).

 

Além dos desafios apresentados unanimemente pelas três entidades – OCB, Unisol e Unicafes – Freitas destacou a necessidade de uma maior interlocução institucional com o governo para se ter um olhar permanente sobre o cooperativismo, bem como maior conhecimento pela sociedade e o enfrentamento do neoprotecionismo, decorrente das medidas emergentes e decorrentes da crise internacional nos mercados interno e externo.

 

Os presidentes da Unisol, Arildo Mota Lopes, e da Unicafes, José Paulo Crisóstomo Ferreira, que falaram antes do presidente da OCB, também ressaltaram o fato de as cooperativas serem organizações de pessoas em que a gestão é coletiva e participativa, além de elencar igualmente as dificuldades e desafios das cooperativas brasileiras. Todos concordam que o cooperativismo é um modelo de sociedade que promove o desenvolvimento, gera trabalho, emprego e justiça social.

 

O evento, uma iniciativa do CDES que reúne representantes da sociedade brasileira enquanto órgão consultivo da Presidência da República - mais conhecido como Conselhão, contou com a participação dos presidentes das organizações estaduais da OCB – José Merched Chaar (AM), Ruiter Luiz Andrade de Páudua (TO), Gilcimar Barros Pureza (AP), Valdemiro Francalino da Rocha (AC), Roberto Coelho (RN), Roberto Marazi (DF), do superintendente da OCB, Luís Tadeu Prudente Santos, do secretário-executivo da OCB, Renato Nobile, e do"

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