Cadastro ambiental rural é tema de discussão no Cosag
A proposta do Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi debatida por representantes do setor produtivo nesta segunda-feira (5/3), durante reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag). O encontro ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, e contou com a presença de líderes do segmento como a secretária de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Mônika Bergamaschi, e o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Vizentin.
A partir do momento em que for aprovado o novo Código Florestal brasileiro, o cadastro se tornará obrigatório para todos os proprietários rurais do país. O Cosag, se antecipando à aprovação, está promovendo discussões sobre como a ferramenta deverá funcionar, e a OCB, por seu notório conhecimento sobre o tema, vem participando desses debates, a convite do Conselho. “É uma oportunidade para trocar ideias e construirmos juntos esse cadastro, que será benéfico, não só ao governo, como também ao proprietário rural”, destacou o gerente de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gregory Honczar, que participou do encontro em São Paulo (SP).
O CAR tem por objetivo quantificar os possíveis passivos ambientais, e ao mesmo tempo simplificar (e baratear) a regularização ambiental das propriedades rurais brasileiras. A ferramenta será de simples manuseio e garantirá aos proprietários diversos benefícios. Entre os principais, destaca-se a segurança jurídica e ampliação do prazo para sanear pendências. “A partir do cadastro, as propriedades que eventualmente tiverem passivos terão a aplicação de multas suspensa e um prazo adequado para regularizar a situação”, explica Honczar. “Além disso”, complementa o gestor, “os produtores terão acesso a créditos oficiais, uma vez que este é vinculado a regularidade ambiental da propriedade”.
Sobre o Cosag - O Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), órgão técnico estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), coordenado pelo Instituto Roberto Simonsen (IRS), tem por objetivo debater, realizar estudos e propor políticas na área do agronegócio, promovendo a permanente interação das entidades com o assunto, analisando a repercussão das atitudes e posições da Fiesp, contribuindo para o diálogo permanente com os demais segmentos da classe empresarial e da sociedade em geral.