Câmara Setorial da Soja é instalada no Mapa
Sustentabilidade da cadeia produtiva, garantia de recursos para financiar a lavoura e adoção de mecanismos que assegurem rentabilidade ao produtor. Estas serão as prioridades da Câmara Setorial da Soja, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), instalada nesta quarta-feira (29/10), pelo ministro Reinhold Stephanes, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília (DF). A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) vai compor o grupo.
O técnico da Gerencia de Mercados, Marcos Matos, que participou das discussões avalia positivamente a iniciativa. A intenção, segundo ele é criar grupos de trabalhos para discutir assuntos como o alinhamento de metodologias que vão definir custos de produção. “Não temos mecanismos que assegurem ao produtor preços compatíveis, o que muitas vezes, põem em risco a sobrevivência do agricultor”.
As leis ambientais e a ampliação dos recursos para o crédito rural, que atualmente não atendem as necessidades do setor, serão outros pontos que a Câmara Temática vai tratar. Ele acredita que a Câmara Setorial, composta por 23 entidades, terá condições de contribuir para que a cadeia crie um alinhamento, que garanta a sua sustentabilidade.
Na avaliação do presidente da Câmara Setorial da Soja, Rui Carlos Ottoni Prado, o governo federal e as tradings deveriam ser mais ativos no financiamento da produção de soja diante da crise financeira mundial, para evitar a redução de recursos disponíveis para o custeio do plantio da safra 2008/2009. “As tradings deveriam ser mais agressivas, assim como o Tesouro Nacional”, ressaltou.
Prado comentou o afastamento do financiamento privado das atividades rurais, no qual as tradings respondem por 30% a 40%. Para ele, o crédito oficial deveria ser a principal fonte de recursos para fomentar a agropecuária. “Quem mais deveria investir no fomento é o Governo, enquanto as tradings poderiam ajudar na comercialização da produção”, enfatizou o presidente da Câmara, que também preside a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil).
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