28/10/2009 - Cooperativas mineiras terão verba do BNDES
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Monte Sião - Recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado (PNMPO), estão possibilitando maior ganho de escala à Sicoob-Credmalhas de Monte Sião, no Sul de Minas, por meio da ampliação de sua clientela potencial, que agora abrange outros municípios e setores.
"Com os recursos do BNDES aumentamos, em um ano, a nossa movimentação em 50%, tanto pelo lado da captação como da aplicação", informou Marcos Fernandes, do Sicoob Credimalhas a representantes de 14 cooperativas de vários estados do Nordeste e também do Paraná e Minas Gerais. Eles participaram na segunda-feira e ontem, em Monte Sião, da primeira missão técnica "Disseminando Boas Práticas", promovida pelo Sebrae Nacional e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG).
Os recursos do BNDES significaram acesso a recursos de funding a custos bastante baixos (TJLP mais 1,5% ao ano e prazo de 96 meses para pagamento, incluindo 24 de carência) em um momento em que a cooperativa vinha enfrentando fortemente a concorrência dos bancos tradicionais, que começaram a ofertar crédito a taxas menores com foco também em seus associados.
Além disso, os recursos estão permitindo um trabalho intenso junto aos chamados nano empreendedores e informais que tinham como única opção de acesso a crédito recursos com custos altíssimos provenientes de agiotas e empresas de factoring.
O atendimento da cooperativa já ultrapassou os limites de Monte Sião - município que faz parte do Circuito das Malhas do Sul de Minas - e se expandiu, por meio de postos avançados, a dois outros municípios da região, Bueno Brandão e Inconfidentes, que têm como ponto forte das respectivas economias a agricultura. O atendimento também avança em Socorro e Águas de Lindóia, municípios paulistas. Em Socorro , por meio de parceria com o Sindicato de Agricultores; em Águas de Lindóia, com a Associação Comercial.
O repasse do BNDES já atingiu R$ 1 milhão e possibilitou operações de crédito de R$ 8 milhões. Não há mágica nesses números: os empréstimos são concedidos com prazos bem menores de pagamento, em média 12 meses, que os pevistos para pagamento dos repasses feitos pelo BNDES, 96 meses. Além disso, cada uma das operações, que podem chegar a R$ 20 mil, contam com 15% (R$ 5 mil) de recursos próprios da cooperativa.
Linha do BDMG - Há 15 dias, a cooperativa começou também a operar com repasses do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) que possibilitarão empréstimos de R$ 10 mil por cliente, sem contrapartida da cooperativa. Como não há qualquer restrição sobre a composição dos empréstimos, a operação por cliente pode atingir até R$ 30 mil (R$ 15 mil do BNDES, R$ 5 mil da cooperativa e R$ 10 mil do BDMG). (ASN)
Veículo: Diário do Comércio - Belo Horizonte
Publicado em: 28/10/2009